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História da Implantodontia Artigo Aux

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Historia de Evolu~Ao da
Implantodontia
Somente em 1942 e que se deu urn
cunho cientifico a implantodontia, na Sue -
cia, corn Gustav Dahal, que iniciou os im-
plantes subperiosteos . Sua tecnica fo i
aperfeicoada, algum tempo depois, pelo s
implantodontistas Golberg, Gerschkoff ,
Belo, Areal, Lew, Barandes e por Elo y
Borgo .
Formiggini, na Italia, foi quern criou o s
implantes endosseos, em 1942, gracas a
urn acidente ; apos a exodontia de urn Ca-
nino, tamponou o alveolo corn gaze iodo-
formada . 0 paciente . que deveria retorna r
a seu consultorio uma semana depois, so o
fez meses depois . Formiggini observou
que a gaze havia ficado retida no alveolo ,
tendo sido removida com grande dificul-
dade . Enviada ao laboratdrio para exame
histopatologico, observou-se aderido a
gaze tecido conjuntivo fibroso . Partindo
desse principio Formiggini idealizou um
implante metalico em forma de parafuso ,
'pois imaginava ele que o tecido conjuntivo
fibroso que se formaria al ficaria mai s
aderido as espirais do parafuso .
Posteriormente apareceram os implan-
tes de Perron, de Chercheve, de Bordon ,
de Azulay, de Suros, de Muratori, de Lew ,
de Scialon, de Tramonte, de Linkow, d e
Trattner, de Sandhaus e os tridimensionai s
de Julliet .
Recentemente tern-se pesquisado a
forma fisica dos implantes em busca de no -
vos desenhos que concentrem menos es-
tresse no osso .
Vol. XII • N? 5%0 akimbo 1985
JOSE BEZERR A
Diretor Cientifico da SOLAIAT — Sociedad e
Latino-Americana de Implantes Aloplasticos e
Transplantes . Membro Efetivo da APIO —
Associacao Paulista de Implantes Odontologicos .
Membro Efetivo da APCD — Associacao Paulist a
de Cirurgioes Dentistas . Professor de Implantes d a
SOLAIAT .
Histdria propriamente dit a
Id na epoca dos farads os implantes alo -
plasticos eram utilizados nas mtimias .
Foi encontrada na praia dos Mortos, e m
Honduras, uma mandibula corn urn im-
plante de urn incisivo central talhado e m
pedra preta e, segundo estudos, executad o
na epoca pre-colombiana . Prova-se que
esse implante ficou muito tempo na boca
do implantado, pela presenca de grande
quantidade de tar-taro que recobria a face
lingual e os dentes naturais proximais .
Em 1937 a implantodontia era empirica -
mente utilizada como uma necessidade d e
substituir ou recolocar dentes perdidos .
Nessa ocasiao Venable e Stuck apresen -
taram trabalho sobre a analise eletrolltic a
entre os metais puros e ligas de implanta -
Cao em tecidos vivos, mostrando que os in-
sucessos ocorridos ate a epoca eram causa-
dos pela instabilidade quimica dos metai s
e ligas implantadas .
Aceito pars publicacao em 30/01/84 .
6
No Brasil, em Sao Joao da Boa Vista ,
cidade do interior do Estado de Sao Paulo ,
o Dr . Ceschin aperfeicoou o implante tri-
dimensional de Julliet, engrossando-1he a
base do pilar junto a lamina horizontal ,
dando-1he maior resistencia as fraturas .
O professor Orlando Meira Cardoso ,
em Sao Paulo, depois de longa e exaustiv a
pesquisa em macacos, cachorros e porcos ,
aperfeicoou as tecnicas cirurgicas e estru-
turas metalicas dos implantes justa-xs-
seos, dando-lhes maior estabilidade .
Os americanos faziam a fixacao dos im-
plantes justa-Osseos com parafusos ; o pro-
fessor Souza eliminou esses parafusos que
so causavam danos ao osso ; hoje podemo s
apresentar os trabalhos do prof. Souza e do
prof. Orlando, sem os parafusos, corn
mais de 20 anos desafiando toda especie d e
injurias e aceitando qualquer tipo de desa-
foro . Figura lc
Figura la
	
Figura ld
Figura le
Vol. XII • N? 5 rJOM Junho 198 5
Figure lb
9
Figura 2
a . Unit6rios
Ha casos de ausencia unitaria que n a
odontologia convencional seriam resolvi -
dos corn uma protese fixa . Corn esse pro -
cedimento estariamos sacrificando mai s
dois elementos, ou seja : em se tratando d e
urn incisivo central, temos de desgasta r
outro central alem de urn incisivo lateral .
Corn o implante agulheado unitario resol -
veremos corn maiores vantagens esse pro -
blema .
Vol. XII • N? 5rJOM.Junho 1985
	
1 1
Alcance atual dos implantes
Pais da implantodonti a
Pierre Fouchard ja em 1786 prescrevi a
implantes com cortes histol ggicos . E el e
considerado o pai da implantodontia an-
tiga . Enquanto Fouchard e considerado o
pai da implantodontia empirica, Formig-
gini e considerado o pai da implantodonti a
moderna . Gustav Dahal e o pai da implan-
todontia justa-ossea . Benjamin Belo e o
pai da implantodontia do Brasil .
Em Sao Paulo temos como o papa d a
implantodontia justa-ossea o prof . Or-
lando Meira Cardoso, seguido de outro s
que foram seus alunos ou que estivera m
sob sua sombra durante algum tempo .
Evolucao dos implantes
Depois de se estabelecer a compatibili-
dade quimica dos materiais implantaveis ,
os estudos evoluiram para o comporta-
mento mecanico dos implantes no osso .
Surgiram entao novos desenhos para aper -
feicoamento dos implantes quanto a sua
forma fisica . Apareceram, alem dos para-
fusos, as laminas, agulhas, ceramicos sub-
periosteos e estruturas totais fundidas 	
justa-Osseo . As laminas evoluiram quanto
a forma, e chegou-se a conclusao de qu e
seus cantos arredondados, e nag em an-
gulo vivo, exerciam menos estresse n o
osso.
Quanto aos implantes agulhados, tern -
se procurado dar a colocacao das agulha s
no osso uma disposicao geometrica . A
forma ideal e a tripode que, seguindo a s
leis da Fisica, atende melhor as leis meca-
nicas da Engenharia .
Figura 3
Para os implantes justa-osseos, alem de
se eliminar os parafusos	 atitude tomada
pelo prof . Souza	 , o prof . Orlando pre
-
coniza maior descolamento do periosteo ,
moldando-se, na mandibula, a fossa su-
blingual que dara maior fixacao a estrutur a
metalica e na maxila ate o arco zigomatic o
e a regiao pos-tuber .
Nas dual arcadas as zonas de apoio ou
c ixacao devem ser sempre em osso basal, e
nunca em osso alveolar .
A pnmeira vantagem e nao desgastar-
mos os outros dois dentes ; a segunda ,
maior rapidez em estabelecer a estetica d o
cliente ; a terceira, cirurgia incruenta e me -
nos traumatizante ; a quarta vantagem, fei-
ta em consultorio e corn anestesia local .
b . Extremos livre s
As ausencias de dentes posteriores tern
como meio comum de solucao do proble -
ma a protese parcial removivei de extremi -
dade livre semi possibilidade de colocacao
de uma protese fixa . A implantodontia re-
solve esse problema corn grande facilidad e
atraves do implante agulheado ou lami-
nado .
Figure 4a
Figure 4b
Figura 5 a
Figure 4c
Figura 4d
12
Figura 5 b
Vol. XII • N° s 0:1O M Junho 1985
Figure 6 b
Figure 6a
O tecido Osseo e composto de : 1 . Celu-
las simultaneamente presentes ; 2 . Subs-
tancia intercelular .
1 . As celulas simultaneas sao :
a. Osteoblastos	 Responsavei s
pela formacao Ossea .
b. Osteocitos	 Osteoblastos adul -
	
tos	 presentes na substancia in -
tercelular .
c. Osteoclastos	 Grandes celulas
multinucleadas e responsavei s
pela destruicao e remodelage m
do osso .
	
Vol . XII • N? 5 dJO M Junho 1985
	
1 3
estabelecer a aparencia estetica e the de-
volver apenas 30% de sua atividade fun-
cional atraves da prdtese total muco-su-
portada . Nesses casos a implantodonti a
alem de the devolver a estetica devolve-lh e
tambem, se nao 100% pelo menos de 70 a
90% de sua funcionalidade, atraves do s
implantes justa-osseos .
Estimulos osseos
Figura 5c
c. Espaeos proteticos amplos
Em casos de grandes espacos protetico s
a implantodontia soluciona tambem con'
os implantes laminados ou agulheados clu e
ciao ao cliente maior seguranca e estabili-
dade funcional .
d. Edentulos totals
0 edentulo total e, para si e para a socie -
dade, urn mutilado, e a odontologia, sem o
auxilio da implantodontia, so ]he podera
Figura 6c
Figura6d
2 . Substancia intercelular
Tambem chamada matriz ossea, corn-
poe-se de sais minerais emoldurados por
uma substancia organica denominad a
colageno ou osseina, a qual da ao osso a
caracteristica viscoelastica . 0 colagen o
apresenta-se na forma de fibras agrupadas
em feixes, existindo entre as fibras u m
fluido cujo componente principal a urn
mucopolissacarideo (sulfato condroiti-
nico) e que tern a funcao cementante .
A matriz organica a mole e nela se en-
contram sais' minerais em forma comple-
xa, respondendo pela dureza do osso . Es-
ses sais sao principalmente carbonatos e
fosfatos de calcio e menores quantidades
de sodio, magnesio, potassio, cloro e
fluor . 0 osso tolera a implantacao de ma-
teriais biocompativeis, desenvolvendo na s
suas interfaces : osso-implante urn tecido
conjuntivo fibroso que circunda o im-
plante e cuja espessura se aproxima do li-
gamento periodontal .
Urn implante deve ser feito de materia l
biocompativel e biofuncional em relacao
ao osso . 0 ouro, por exemplo, nao s e
presta para implantes, poise biocompati-
vel, mas nao a biofuncional . 0 desenho
dos implantes nao pode ter contornos ern
angulos vivos, mas sim arredondados . Urn
implante corn angulos vivos apresentara
em curto tempo reabsorcoes na vizinhanca
desses angulos e esta fadado ao insucesso .
0 osso a dividido em alveolar e basal . 0
osso alveolar a poroso e menos resistent e
do que o basal, que se apresenta mais corn -
pacto e nao contem porosidades . 0 osso
alveolar se altera acentuadamente durant e
toda a vida; a um osso que existe em fun-
cao dos dentes e, por isso, contem alveolo s
que desaparecem corn a perda dos dentes .
urn osso que sofre reabsorcoes se nao for
estimulado ; portanto, quando ha perda dos
dentes ele se reabsorve ate o basal .
Urn implante subperiosteo ou justa-
osseo a indicado onde urn implante endos -
seo ou intra-Osseo nao tenha indicacao . 0
implante justa-osseo devera apoiar-se,
sempre em osso basal, e nunca em osso al -
veolar.
Sempre que abordamos o terra implan-
tes, a maior duvida que surge, tanto entre
os colegas odontologos como entre os can-
didatos a implantes, e a rejeicao . Para es-
clarecermos esta duvida recorremos a imu -
nologia para explicar o que seja rejeicao .
A rejeicao pode ocorrer apos ser efetua-
do urn transplante de orgao devido a um a
rend() de defesa do organismo, havendo a
formacao de anticorpos . As celulas plas-
maticas transportam esses anticorpos do
tecido linfatico para esta area . Como con-
segiiencia, desencadeia-se uma reacao an -
tigeno-anticorpo com a rejeicdo do trans-
plante . Estamos falando de transplante ,
que nada tern a ver com implante .
Os implantes sao feitos corn materiais
aloplasticos, como ja falamos anterior-
mente, biocompativeis corn o organismo e
cientificamente comprovados de total neu-
tralidade . Enquanto que os transplante s
sac) feitos com material biologico, isto e ,
vindos da propria pessoa, autogeno, ou de
outra pessoa, heterogeno . Os implante s
nao provocam reacao do tipo antigeno-
anticorpo, rend() esta efetuada apenas
pelos transplantes . Portanto, concluimos
que a rejeigao so pode ocorrer corn o s
transplantes, e nao com os implantes .
Referencias
I . BELLO, B . V. e AREAL, P. — Dentaduras implantadas no Rio d e
Janeiro, 1956 .
2 . BORGO . E. — Avaliasao dos amortecedores deforcas em implan-
tes jusra-dsseo e inrra-dsseo — Trabalho apresentado no 2 ."
Simpdsio Intemacional de Implantes e Transplantes, realizad o
em Caracas, de II a 17 de agosto de 1968 .
3 . BALIAN, M . — Implantodontia intra-6ssea — Editora Genesis —
Rio de Janeiro,— 1976 .
4. SOUZA, J . A . — Implantes subperi6steos totais dos macilares —
Edisoes Iguacu — Brasil, 1964 .
5 . FOSCARINI, G. — The New Blades for Oral Implantolog, . Co-
pyright, 1976 .
6 . MEIRA CARDOSO, O. — Curso ministrado em Santa Cruz de La
Sierra, Bolivia, de 14 a 17 de outubro de 1982 .
7 . GLAUCO . G . L. — Osso— Apostila de aula do curso de implanto-
dontia, ministrado pelo Dep . de Odom . da Pol. Geral do Rio d e
Janeiro em convenio com o IBI, 1975 .
8 . SCIALOM, J. — SOIA — Brasil — Premier Svposium Internacio-
nal des Implants-Aiguilles — Paris, 1969.
Enderego do auto'.
DR . JOSE BEZERRA
Rua do Acre, 121 — Alto da Mo6ca
03181 — Sao Paulo — SP
14
	
Vol. XII • N? 5100 MJunho 1985
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