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IMPLANTODONTIA – UNIVERSIDADE CEUMA Neuma Maria de Melo Lopes Osseointegração Contexto histórico: A odontologia sempre teve como desafio lançar mão de habilidades clínicas consideráveis para ajudar os pacientes a enfrentar o endentulismo total ou parcial. ● Problemas dentários, que historicamente foram os mais dificéis, podem ser resolvidos hoje com o uso de implantes dentários. ● Pacientes completamente endêntulos agora usufruem da segurança e da função de próteses fixas. ● Pacientes que não têm dente pilar na extremidade, posterior da arcada, que geralmente teriam que usar próteses parciais removivéis, agora podem ser tratados beneficamente com próteses fixas sobre implantes dentários. ● Vítimas de traumatismo que perderam dentes e ossos podem ser reabilitadas com sucesso também com próteses fixas sobre implantes. → Os implantes começaram a surgir nos meados do século XX. ● Em uma conferência realizada em Toronto em maio de 1982, a odontologia norte-americana foi apresentada a um corpo científico de pesquisa sueca sobre a interface osso-implante um conceito conhecido como OSSEOINTEGRAÇÃO. → Aquele novo conceito apresentado baseava-se na instalação atraumática do implante e de carga não imediata sobre este implante. Esses fatores contribuem para um considerável maior nível de previsibilidade do implante que jamais foi possivél. ● O grupo sueco de pesquisa coordenado por P. L Branemark relatou alto sucesso na mandíbula por mais de 15 anos. → Critérios rigorosos de sucesso foram propostos pela comunidade científica (1988) e tiveram grande aceitação. ● Por meio desses críterios, taxas de sucesso de 85% ao final de um período de observação de 5 anos e 80% ao final de um período de 10 anos são consideradas. Números até então nunca vistos. Definições: Osteointegração ou osseointegração é a união estável e funcional entre o osso vivo e uma superficíe de titânio ou zirconio. ● Este fenômeno ocorre após a inserção de peça em titânio dentro do osso e a migração das células ósseas para a superficie deste metal. ● O fenômeno ocorre após a inserção de peça em titânio dentro do osso com trauma minimizado e controlado e a migração das células ósseas para a superficie deste metal onde devem realizar a deposição óssea sem alterações nocivas como problemas infecciosos e movimentação não compativél com a formação óssea. → Células perivasculares são recrutadas como precursores osteogênicos para migrar até a superficie do implante, onde elas irão diferenciar em osteoblastos secretoriamente ativos durante o processo de osteogênese de contato. A primeira matriz óssea depositada na superfície do implante é a linha cementant seguida pelo colágeno que irá então mineralizar. Assim os teoblastos maduros ficam separados da superficíe do implante pela linha cementante, osso mineralizado e a camada de tecido osteoide. Critérios de sucesso dos implantes comumente asseitos: 1. O implante unitário é imóvel quando testado clinicamente. 2. Não há evidência de radiotransparência perimplantar, observada através de radiografia padronizada. 3. A média da perda óssea vertical é menor que 0,2 mm por ano após o primeiro ano do implante em função. 4. Não há presença de dor, desconforto ou infecção presentes relacionadas ao implante. 5. O desenho do implante não impossibilita a instalação de uma prótese sobre implante com uma aparência satisfatória para o paciente e para o dentista. Quatro fatores principais são requeridos para se alcançar uma osseointegração com sucesso na interface osso-implante: 1. Um material biocompativél. 2. Um implante precisamente adaptado ao sítio ósseo preparado. 3. Cirurgia minimamente traumática para reduzir o dano tecidual. IMPLANTODONTIA – UNIVERSIDADE CEUMA Neuma Maria de Melo Lopes 4. Uma fase de cicatrização em que os tecidos fiquem imóveis e sem trauma. Biocompatibilidade: Um material biocompativél é nescessário para promover cicatrização sem uma rejeição de corpo estranho pelo tecido hospedeiro. Se materiais biocompativéis não são utilizadas, o corpo reage isolando o material de implante estranho através da formação de teciido de granulação e tecido conjuntivo ao seu redor. Foi demonstrado que titânio e certas cerâmicas de fosfato de cálcio são biologicamente inertes. Requisitos – cirurgia: Fresagem ideal: o tamanho do espaço entre o osso e o implante imediatamente após a instalação do implante é crítica para o alcance da osseointegração. Distâncias longas: dificuldade na formação ossea estabilização e osseointegração. Distâncias curtas: compressão exagerada e morte celular (osseointegração prejudicada). “A imobilidade do implante durante a fase de cicatrização é influenciada pela preparação precisa do sítio, pela qualidade óssea e a quantidade óssea nas dimensões verticais e bucolíngual”. Cirurgia – instalação: Uma vez que o implante é instalado, um parafuso tapa-implante é parafusado sobre ele e a mucosa é suturada sobre o implante. Em alguns casos, o implante não é coberto e um cicatrizador de pequena altura é instalado sobre o implante, posicionando-se a mucosa que fica ao seu redor. Em todos os casos, o implante é protegido de forças oclusais. Osseointegração: O alcance de uma osseointegração bem sucessida é principalmente avaliado durante a segunda fase cirúrgica, na qual o implante é exposto, o parafuso tapa implante é removido, e um “abutment protético” é instalado sobre o implante. INFLUÊNCIA DO DESING DO IMPLANTE NO SUCESSO DO TRATAMENTO ● Quanto maior o contato com o osso melhor a fixação do implante. ● Diâmetros e tamnhos maiores permitem maior área de contato ósseo. ● Implantes curtos tem boa indicação clinica. ● Angulação de implantes permite uma instalação de maiores tamanhos. ● Plataformas reduzidas (switch), tem melhor aceitação e estabilidade tecidual quando comparadas a plataformas convencionais. Contato com o osso: ● Quanto maior a densidade óssea, maior a interface osseointegração. ● Quanto maior diâmetro do implante, melhor dissipação de forças cervicais. ● Quanto maior o comprimento do implante, melhor dissipação de forças cervicais. Desenhos de implantes: Implantes curtos Implantes longos Diâmetro estreito Diâmetro largo Diâmetro largo Diâmetro estreito Podem ser hexágono interno, hexagono externo e cone-morse. Implantes inclinados: Não podemos indicar implantes inclinados aleatoriamente e sim como parte de um planejamento visando a melhor reabilitação do paciente. Fatores implantes dependentes da osseointegração: ● Biocompatibilidade (titânio e zirconia). ● Forma do implante. ● Superficie do implante. ● Instalação, localização e inclinação (principios cirúrgicos e protéticos). Tratamento de superficie de implantes: 1. Jateamento. 2. Condicionamento ácido. 3. SLA (jateamento com areia condicionado com ácido). IMPLANTODONTIA – UNIVERSIDADE CEUMA Neuma Maria de Melo Lopes 4. Slactive (jateamento com areia condicionando com ácido modificada). 5. TPS (plasma de titânio). 6. HÁ (hidroxiapatita). 7. Laser no sucesso da osseointegração. Influência da modificação da superficie: As caracteristicas favoráveis obtidas com o tratamento de superficie dos implantes: ● Podem permitir a sua instalação em função mais precocimente (aceleram sua osseointegração e celularidade). ● Ampliar a gama de aplicações possíveis para osso alveolar de densidade inferior (aumentar a superficie de contato ósseo e compactação do osso nativo). Dificuldades geradas pelo tratamento de superfície: ● Quando usados dentro da técnica correta e com boa manutenção não apresentam dificuldades. ● Quando há instalação errônea ou perda tecidual e exposição do corpo do implante.- Dificuldade no controle de placa. - Inflamação dos tecidos perimplantares. - perimplantite e se não tratado pode levar a perda do implante. Tratamento de superficie no mercado atual: Atualmente os implantes cone morse são totalmente tratados. ● Os HE tem a plataforma lisa e corpo tratado. HE X Cone morse? Os dois são muito bons e apesar de apresentarem caracteristicas semelhantes, os dois são bastante indicados. 2º FASE DE REABERTURA CIRÚRGICA/REABERTURA ● Preparar os tecidos para a confecção da prótese. ● Os tapa implantes são substituídos por cicatrizadores. ● É nescessário ter uma espessura ideal em relação ao cicatrizador. ● Anatomia óssea. Quantidade de gengiva queratinizada suficiente. E fazer o uso de retalhos e enxertos associados. Objetivos da segunda fase cirúrgica: ● Tratar da espessura e volume do tecido mole. ● Eliminar tecido ósseo que interfira na moldagem. ● Anatomia ideal ao tecido ósseo. ● Adequado ajuste do cicatrizador. ● Anatomia ideal ao tecido mole. ● Adesão da interface/qualidade mucoimplantar. Cicatrização dos tecidos moles: Importância dos tecidos moles: Proteção e sustentação. Critérios de sucesso a longo prazo: O implante bem-sucedido deve ter um selamento perimucoso íntegro entre o tecido mole e a superficie do pilar “abumet” do implante. ● Na dentição natural o epitélio juncional promove um selamento na base do sulco gengival contra a invasão de substâncias químicas e bacterianas. Foi demonstrado que as células epiteliais se aderem à superficie do titânio praticamente da mesma forma que as células epiteliais se aderem à superficie do dente natural, isto é, através da lâmina basal e pela formação de hemidesmossomos. P ER FI L D E EM ER G ÊN C IA Cicatrizador Provisórios IMPLANTODONTIA – UNIVERSIDADE CEUMA Neuma Maria de Melo Lopes → A ligação difere daquela que ocorre nos dentes naturais ao nível da aderência do tecido conjuntivo. Na dentição natural, as fibras de Sharpey se estendem do osso da lâmina dura e se inserem no cemento da superficie da raiz dental. → Uma vez que não há cemento e ligamento periodontal na superficie de implantes endósseos, A SUPERFICIE DE ADERÊNCIA EPITELIAL É ALTAMENTE IMPORTANTE. → Se este selamento é perdido, a bolsa periodontal pode se estender diretamente às estruturas ósseas. Assim, se o selamento se rompe ou não está presente, a área da interface osso-implante é sujeita a doença periimplantar. → Embora a aderência abumet (pilar) – epitélio juncional não seja mecanicamente forte, é adequado que resista à invasão bacteriana com a assistência de cuidados domiciliares. → Quando os implantes estão estáveis e tem um colar de titânio altamente polido atravessando o tecido, é relativamente fácilmanter-se a saúde gengival e periimplantar. → Uma vez que os implantes osseointegrados têm uma relação diferente entre o implante e o osso, parece haver diferentes mecanismos que agem contra a inflamação causada por bactérias e seus produtos. Porque tratar o periodonto em pacientes com implantes? A patogenicidade das bactérias parece ser particularmente diminuída nos pacientes completamente endêntulos tratados com implantes dentários. ● A inflamação ao redor da dentição natural nos pacientes parcialmente edêntulos pode contribuir para uma incidência levemente maior de doença periimplantar nesses pacientes. Fibras colágenas gengivais – dente e implante: Espaço biológico: ● Barreira protetora; ● Homeostase; ● Deve ter suas medidas respeitadas; → O espaço biológico é essencial na remoção de qualquer agressão que possa atingir o periodonto, portanto ele é responsável por manter a saúde periodontal. Sua função em condições fisiológicas é o vedamento biológico para o ligamento periodontal e o suporte ósseo alveolar subjacente. Sondando a gengiva e mucosa peri-implantar: ● Localização da ponta da sonda em dentes e implantes. ● Sonda próxima ao epitélio juncional. ● Tecidos inflamados – maior penentração da sonda. Espaço biológico de proteção do sistema de sustentação periodontal. Sulco gengical, epitélio juncional e uma inserção conjuntiva que “fecham a porta” de entrada de microrganismos aos tecidos profundos de sustentação dental. IMPLANTODONTIA – UNIVERSIDADE CEUMA Neuma Maria de Melo Lopes Pacientes com implante: ● Epitélio juncional longo. ● Ausência de cemento e ligamento. ● Conexão direta com o osso. ● Trata-se como se houvesse doença periodontal. MOLDAGENS EM IMPLANTODONTIA Moldagem em implantes: ● Momento e transferir o resultado do planejamento cirúrgico para a realidade. ● Transferir o posicionamento dos implantes instalados na boca para o modelo de estudo ou trabalho. Moldagem ou transferência: Transferência caracteristicas e posicionamento dos implantes. Materiais nescessários: 1. Análogos ou réplicas (implante ou componente). 2. Transferente (transfer). Componentes de moldagem: 1. Instala o transferente (transfer) na boca para realizar moldagem e copiar a posição do implante e as características anatômicas vizinhas relacionadas a confecção do(s) elemento(s) dentário(s). 2. Remove-se o molde instala o análogo (replica) e vaza-se o gesso para confecção do modelo. 3. Modelo confeccionado, observar todas as referencias bucais mantidas e reproduzidas no modelo, como: dentes, altura, distâncias mesio-distais e posicionamento dos implantes. Modelo + antagonista: ● Oclusão do paciente. ● Dimensão vertical. ● Verificação de bridas e freios. ● Hábitos parafuncionais. ● Giroversão dentais. ● Inclinações dentais. ● Formato do arco. ● Saúde estrutural dos dentes remanescentes. Requisitos básicos: ● Uso de moldeiras adequadas rígidas ou semi-rígidas com retenção e espaço para material de moldagem suficiente. ● Envolver completamente o arco dental e rebordo residual. ● Copiar as características de tecido mole (bridas e freios). ● Ausência de bolhas e falta de material irão gerar falhas no molde (infidelidade do modelo). ● Copiar todas as áreas adjacentes e evitar distorções do molde. ● Moldeiras metálicas ou plásticas. ● Materiais de moldagem em implantes. - Alginatos (modelo de estudo). - Silicona (adição e condensação) modelos de trabalho. - Polieter. - Material para registro interarticular (cera e resina acrílica tipo Duraley). Temos: ● Moldeiras metalicas convencionais (moldagem fechada). ● Moldeira plástica aberta customizada. ● Moldeira individualizada. Donovan (2004) descreve as principais características que um material de moldagem deve apresentar: ● Fidelidade. Implante Ausência de cemento Falta de células progenitoras no sítio para inserção dos implantes Conexão direta osso-implante. Ausência de ligamento periodontal Periodonto •Cemento: •Fibras gengivais e principais. •Tecido conjuntivo com menos fibras. •Ligamento periodontal. • 3 fontes de irrigação. Peri-implante: •Ausência de cemento. •Fibras paralelas e circulares. •Tecido conjuntivo com muitas fibras colágenas. •Menor número de células. •Ausência de ligamento periodontal. •2 fontes de irrigação. IMPLANTODONTIA – UNIVERSIDADE CEUMA Neuma Maria de Melo Lopes ● Memória elástica. ● Estabilidade dimensional. ● Escoamento e flexibilidade. ● Facilidade de manipulação. ● Hidrofilibilidade. ● Tempo de vida. ● Conforto ao paciente. ● Fatores econômicos. Materiais para impressão: Silicone por adição – apresenta a melhor estabilidade dimensional em relação aos outros. ● Além disso, possui tempo de vazamento de gesso de até uma semana. ● Isso torna possível o envio da moldagem dentária para o laboratório antes de realizar o vazamento, deixando essa função para o protético. ● O silicone por adiçãopossui ótima precisão de cópia e tempo de trabalho de médio a longo. Tipos: Putty: mais econômico. Tem baixa fluidez e deve ser utilizado com um material complementar. Putty soft: possui maior fluidez e excelente reprodução, o que melhora e facilita a moldagem em relação ao putty convencional. Heavy: material mais rígido e que pode ser usado como material de base ou único. Mono: de uso único. Ideal para ser usado em áreas dentadas. Dificuldade moderada ao remover o molde da estrutura intraoral e tem poder de cópia regular. Polieter: Tem maior estabilidade dimensional quando comparado ao silicone por adição e possui tempo de vazamento de gesso de até sete dias. ● Como é mais rígido, dificulta as moldagens dentárias quando utilizada em todo a arcada pela dificuldade de retirada do material. ● O polieter é bastante utilizado em moldagens unitárias. Seu custo é relativamente alto, mas possui excelente rendimento. Polissulfeto: ● É o material menos rígido e tem a vantagem de ser facilmente removido do molde. Quando utilizado deve ser vazado imediatamente, pois há a liberação de água como reação química após a moldagem. ● Possui custo baixo, mas é preciso muito cuidado para manuseá-lo, pois tem um odor desagradável. Pouco usado atualmente. Silicone por condensação: Tem boa estabilidade dimensional e deve ser vazado imediatamente, pois libera álcool etílico em sua reação, o que causa uma contração do molde. ● Apresenta uma dificuldade moderada ao remover o molde da estrutura intraoral e tem poder de cópia regular. Materiais de impressão: Segundo Crhistensen 1992, existem algumas comparações entre as características dos materiais. ● Os três materiais resultam em cópia “fiel suficiente” para a realização de um modelo de trabalho. ● Verifica-se para seleção o odor a facilidade de manuseio e o conforto e segurança na moldagem. ● Elasticidade: excelente para siliconas adição e boa para poliéter e silicona condesação. Resistência ao rasgamento: são similares. Hidrófila: sillicona satisfatória e excelente para polissulfetos. ● Custo alto para poliéter e silicona. Denovan (2004), classifica a silicona de adição como melhor escolha pelos seguintes aspectos: ● Melhor detalhe final memória elástica. ● Não há subproduto de reação de polimerização. ● Sem odor nem sabor. ● Estabilidade dimensional. ● Viscosidade, rigidez e tempo de trabalho satisfatórios. ● Sistema automix. Desvantagem: não pode ser manipulado com luvas látex.
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