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AULA 4 NORMA JURIDICA

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A NORMA JURÍDICA 
1.1 Conceito.
1.2 Estrutura lógica e características da norma jurídica 
1.3 Principais características: 
a)Bilateralidade
b) Generalidade
c) Abstratividade
d) Imperatividade
e)alteridade, 
f) coercibilidade, 
g) atributividade.
h)Heteronomia
CONTEÚDO
1.4 Classificação da norma
1.5 Planos de validade da norma jurídica:
1 – A NORMA JURÍDICA.
Nossos objetivos nesse encontro
 
AULA 1
Compreender o conceito de norma jurídica e sua estruturação.
Compreender os diversos critérios de classificação das normas jurídicas.
Estabelecer a distinção entre os diversos critérios de classificação das normas jurídicas.
Identificar os planos de validade da norma 
NORMA JURÍDICA - CONCEITO
AULA 1
Segundo o Direito Positivo, a norma jurídica é o padrão de conduta social imposto pelo Estado, para que seja possível a convivência entre os homens. Paulo Nader conceitua como sendo a conduta exigida ou o modelo imposto de organização social. Segundo Orlando Secco , trata-se de regras imperativas pelas quais o Direito se manifesta, e que estabelecem as maneiras de agir ou de organizar, impostas coercitivamente aos indivíduos, destinando-se ao estabelecimento da harmonia, ordem e da segurança da sociedade.
1 - BILATERALIDADE 
O direito existe sempre vinculando duas ou mais pessoas, conferindo poder a uma parte e impondo dever à outra. Expressa o fato da norma possuir dois lados: um representado pelo direito subjetivo e o outro pelo dever jurídico, de tal modo que um não pode existir sem o outro, pois regula a conduta de um ou mais sujeitos em relação à conduta de outro(s) sujeito(s)(relação de alteridade).
	Sujeito ativo (portador do Direito Subjetivo)
	Sujeito passivo (possuidor do dever jurídico)
 
CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS JURÍDICAS
2. GENERALIDADE
 
Temos que a norma jurídica é preceito de ordem geral, que obriga a todos que se acham em igual situação jurídica. Da generalidade da norma deduzimos o princípio da isonomia da lei, segundo o qual todos são iguais perante a lei.
3. ABSTRATIVIDADE
 As normas jurídicas visam estabelecer uma fórmula padrão de conduta aplicável a qualquer membro da sociedade. Regulam casos como ocorrem, via de regra, no seu denominador comum. Se abandonassem a abstratividade para regular os fatos em sua casuística, os códigos seriam muito mais extensos e o legislador não lograria seu objetivo, já que a vida em sociedade é mais rica do que a imaginação do homem e cria sempre acontecimentos novos e de formas imprevisíveis. 
Revela a missão de disciplinar as maneiras de agir em sociedade, pois o direito deve representar o mínimo de exigências, de determinações necessárias. Assim, para garantir efetivamente a ordem social, o direito se manifesta através de normas que possuem caráter imperativo. Tal caráter significa imposição de vontade e não simples aconselhamento.
4 - IMPERATIVIDADE 
5 - COERCIBILIDADE
Quer dizer possibilidade de uso de coação. Essa possui dois elementos: psicológico e material. 
O primeiro exerce a intimidação, através das penalidades previstas para as hipóteses de violações das normas jurídicas. 
O elemento material é a força propriamente, que é acionada quando o destinatário da regra não a cumpre espontaneamente. As noções de coação e sanção não se confundem. 
Coação é uma reserva de força a serviço do Direito, enquanto a sanção é considerada, geralmente, medida punitiva para a hipótese de violação de normas.
ACEPÇÕES DA PALAVRA COAÇÃO
Coação como violência praticada contra alguém
Coação como força organizada para garantir o cumprimento do Direito
CONCEITO DE SANÇÃO
PROCESSO DE GARANTIA DE CUMPRIMENTO DE UMA REGRA
SANÇÃO JURÍDICA  PREDETERMINADA E ORGANIZADA
COAÇÃO X COERÇÃO
O termo Coerção, ou coercibilidade é a possibilidade de se invocar o uso da força para a execução da norma jurídica, se necessário. A força passa a ser um “meio” a que o Direito recorre para se fazer valer, quando se revelam insuficientes os motivos que, comumente, levam os interessados a cumpri-la. Quando efetivamente recorre-se à força física, temos a “coação”.
Classificação das normas jurídicas
Os autores variam na apresentação das formas de classificação das normas jurídica; existe mesmo certa ambigüidade e vacilação na terminologia. Fato é que a classificação pode ser realizada de acordo com vários critérios.
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Normas Jurídicas quanto ao sistema a que pertencem:
 Nacionais
Estrangeiras
Direito Uniforme	
Normas Jurídicas quanto à fontes:
Legislativas
Consuetudinárias
Jurisprudenciais
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Normas Jurídicas quanto aos diversos âmbitos de validez :
Âmbito Espacial
Gerais
Locais
Âmbito Temporal
Vigência por prazo determinado
Vigência por prazo indeterminado
Normas Jurídicas quanto à Hierarquia :
Constitucionais – CF e emendas
Complementares – quórum de aprovação diferenciado
Ordinárias – Leis, Medidas Provisórias, leis delegadas
Regulamentares - Decretos
Individualizadas – testamentos, sentenças, contratos
Âmbito Material
Genéricas 
Individualizadas
Normas Jurídicas quanto à Sanção:
Perfeitas – Prevê nulidade do ato quando de sua violação
Mais que perfeitas – Prevê nulidade e pena quando violada
Menos do que perfeitas – Determina pena quando descumprida
Imperfeitas – não considera nulo o ato, nem comina sanção
Normas Jurídicas quanto à qualidade:
Positivas – permissivas
Negativas - proibitivas
	Validade das Normas Jurídicas.
Uma norma jurídica, para que seja obrigatória, não deve estar apenas estruturada logicamente segundo um juízo categórico ou hipotético, pois é indispensável que apresente certos requisitos de validade. 
	Na lição de Paulo Nader, a validade de uma norma jurídica pode ser vista sob três aspectos:
	1) Vigência 
	2) Efetividade 
	3) Eficácia
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a) Validade formal = VIGÊNCIA
	Vigência vem a ser “a executoriedade compulsória de uma norma jurídica, por haver preenchido os requisitos essenciais à sua feitura ou elaboração” (Miguel Reale). 
	Desta forma, a norma jurídica tem vigência quando pode ser executada compulsoriamente pelo fato de ter sido elaborada com observância aos requisitos essenciais exigidos:
	1) emanada de órgão competente,
	2) com obediência aos trâmites legais,
	3) e cuja matéria seja da competência do órgão elaborador.
b) Efetividade
	Atributo consistente no fato de que a norma jurídica deve ser observada quanto por seus destinatários quanto por seus aplicadores.
Aproximação do dever ser normativo da realidade social.
Para Nader o atributo eficácia significa que a norma jurídica produziu, realmente, os efeitos sociais planejados. 
Para Maria Helena Diniz, “vigência não se confunde com eficácia; logo, nada obsta que uma norma seja vigente sem ser eficaz, ou que seja eficaz sem estar vigorando”.
Pode ser que determinadas normas jurídicas, por estarem em choque com a tradição e valores da comunidade, não encontrem condições fáticas para atuar, não seja adequadas à realidade. 
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c) Eficácia
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CASO CONCRETO 1 Características da norma jurídica
Carlota Silveira, proprietária de imóvel alugado para Raimundo Honorato, já perdeu as esperanças de receber os aluguéis em atraso ou reaver seu imóvel de volta. Isto porque Raimundo vive dando desculpas esfarrapadas há mais de seis meses para não pagar o aluguel ou deixar o imóvel.
Sem saber o que fazer procura Dr. Elesbão famoso advogado do local que a orienta a notificar Raimundo para pagar o que deve em determinado prazo, sob pena de despejo, e mostra a Carlota o art. 65 da lei 8.245/91 (Lei do Inquilinato) que assim dispõe:
 Art. 65. Findo o prazo assinado para a desocupação, contado da data da notificação, será efetuado o despejo, se necessário com emprego de força, inclusive arrombamento.
Pergunta-se:
a)Qual a principal característica da norma jurídica que se percebe no artigo acima citado? Justifique.
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CASO CONCRETO 2
Em tempos de eleições municipais marcadas pela ameaça da violência do crime organizado e das
milícias, um assunto tem sido bastante comentado na mídia nacional: a intervenção federal nos Estados. Aliás, este assunto tem sido freqüentemente citado nestes últimos anos, uma vez que escândalos e falcatruas vêm sendo constantemente desvendadas, políticos perdendo seus mandatos e pouco a pouco a credibilidade na classe política sendo colocada em xeque. No entanto, nossa Constituição Federal dispõe de dispositivos protetivos que podem ser aplicados em casos extremos como o art. 34 que assim dispõe:
Art. 34 - A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
(...)
A partir da leitura do trecho acima, responda:
a)Ao impor uma conduta a ser observada pela União em relação aos Estados e ao Distrito Federal, levando em conta o critério da imperatividade como se pode classificar o art. 34 da CF/88? Fundamente.
b) É correto afirmar que, no que diz respeito ao critério da imperatividade o caput do art. 37 da Constituição Federal de 1988 se equipara ao art. 34 acima citado?

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