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* INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DIREITO E NORMA JURÍDICA Professora Especialista: Henara Marques da Silva Coelho da Paz. Bacharel em Direito pela Universidade Potiguar. Advogada militante. * * DIREITO E NORMA JURÍDICA Ao dispor sobre fatos e consagrar valores, as normas jurídicas são o ponto culminante do processo de elaboração do Direito e o ponto de partida operacional da Dogmática Jurídica, cuja função é a de sistematizar e descrever a ordem jurídica vigente. * DIREITO E SUAS ASCEPÇÕES Direito como ciência ou epistemologia jurídica (estudo dos princípios, métodos e objeto do direito); Direito como justo ou axiologia jurídica (enfoque do direito como justo, justiça); Direito como norma ou dogmática jurídica (estudo do conteúdo do direito – norma jurídica); Direito como faculdade ou Teoria dos Direitos Subjetivos (estudo das prerrogativas do cidadão que pode, ou não, exercê-lo); Direito como fato social ou Sociologia Jurídica (estudo dos aspectos sociais do Direito que surge e existe na sociedade). * REGRAS, LEIS E NORMAS REGRAS são condutas prescritas de ordem social, moral ou religiosa e o seu descumprimento gera desconforto de ordem íntima ou comportamental. LEIS é a forma pela qual o ordenamento transmite suas normas. É portanto, um mandamento escrito que transmite e indica ao homem determinada conduta ou imposição. * NORMA JURÍDICA CONCEITO: São a substância do Direito Objetivo, fruto da elaboração exercida pelo homem. Com efeito, conhecer o direito é conhecer as normas jurídicas em seu encadeamento logicamente sistematizado. Portanto, a norma jurídica é a conduta exigida ou o modelo de organização social imposto pelo Estado. Ordenamento Jurídico: é um conjunto de prescrições, ou proposições prescritivas, que podem ser entendidas como conjunto de palavras destinadas a prescrever certos comportamentos. * Para Hans Kelsen, a norma jurídica seria um imperativo hipotético, pois somente é obrigatória se concorrerem as condições definidas na própria norma com o intuito de atingir determinado objetivo. Logo, sua eficácia está condicionada a essas circunstâncias (fatos sociais). Ex. Alguém só é condenado por roubo se configurar a conduta descrita na norma. Isso se dá em face do fenômeno da tipicidade. Dessa forma, a norma possui a seguinte estrutura: Se A é, B deve ser, sob pena de S. Ex. Se João é pai de Maria, dever prestar-lhe alimentos, sob pena ser decretada sua prisão civil. ESTRUTURA LÓGICA DA NORMA: * CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS: ¥ BILATERALIDADE - as normas sempre vinculam duas ou mais pessoas, atribuindo a uma a faculdade de exigir a observância do dever jurídico por elas imposto e a obrigação de cumpri-lo à outra. ¥ GENERALIDADE – a norma obriga da mesma forma todos que se acham em igual situação jurídica. ¥ ABSTRATIVIDADE – a norma visa atingir o maior número possível de situações. ¥ IMPERATIVIDADE – é a imposição de um comportamento. * ¥ COERCITIBILIDADE – é a possibilidade de uso da coação, ou seja, quando inobservada, pode invocar o imperium do Estado (coação) para fazer valer suas disposições no meio social. A coação subdivide-se em: - PSICOLÓGICA: é a força psíquica do Direito que se dirige à vontade dos indivíduos, intimidando-os através de penalidades previstas para a hipótese de violação das normas jurídicas; - MATERIAL: é a força ou a sanção propriamente dita, a qual é aplicada quando o destinatário da regra não a cumpre espontaneamente. * COAÇÃO X SANÇÃO Coação é uma reserva de força a serviço do direito. Sanção é a medida punitiva para a hipótese de violação efetiva das normas. * CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS: ¥ QUANTO AO SISTEMA QUE PERTENCEM - Nacionais. - Estrangeiras. - De Direito uniforme. ¥ QUANTO À FONTE - Legislativas. - Consuetudinárias. - Jurisprudenciais. * ¥ QUANTO AOS DIVERSOS ÂMBITOS DE VALIDEZ Espacial - Gerais: normas federais. - Locais: normas federais, estaduais ou municipais. Temporal - De vigência por prazo indeterminado. - De vigência por prazo determinado. Material - Direito Público. - Direito Privado. * ¥ QUANTO A HIERARQUIA - Constitucionais. - Complementares. Art. 69 da CF. - Ordinárias. - Regulamentares - Decretos - Individualizadas – Negócios jurídicos. ¥ QUANTO A SANÇÃO - Perfeita. Prevê nulidade. - Mais do que perfeita. Prevê nulidade e uma pena. - Menos do que prefeita. Prevê penalidade apenas. - Imperfeita. Não há nulidade ou pena. * ¥ QUANTO À QUALIDADE - Positivas ou permissivas. - Negativas ou proibitivas. ¥ QUANTO ÀS RELAÇÕES DE COMPLEMENTAÇÃO - Primárias. - Secundárias. ¥ QUANTO A VONTADE DAS PARTES -Taxativas. Resguardam interesses fundamentas da sociedade. - Dispositivas. Resguardam interesses privados. ¥ QUANTO À FLEXIBILIZAÇÃO - Rígidas. Ex.: Aposentadoria compulsória. - Elásticas. Ex.: Guarda de menores. * ¥ QUANTO A PRESENÇA NO ORDENAMENTO - Implícitas. - Explícitas. ¥ QUANTO À INTELEGIBILIDADE/PROCESSO DE COMPREENSÃO - De percepção imediata. - De percepção reflexiva ou mediata. - De percepção complexa. * ● VIGÊNCIA - Validade formal da norma. ● EFETIVIDADE - Observância da lei pelos seus destinatários. ● EFICÁCIA - É a produção dos efeitos das normas no mundo externo. ● LEGITIMIDADE - Estudo de onde emana a norma. * ● RETROATIVIDADE E IRRETROATIVIDADE ¥ Regra geral a norma rege apenas fatos futuros; Art. 5º, XXXVI. ¥ Exceção, a norma pode ter efeito retroativo para reger fatos pretéritos; ¥ Revogação e Conflito de normas. Art. 2º da LICC - Derrogação x Ab-rogação * ● REVOGAÇÃO. - Art. 2º da LINDB. Critérios: - Cronológico. - Hierárquico. - Especialidade. ● CONFLITO DE NORMAS OU ANTINOMIA Critérios: - Especialidade. - Subsidiariedade. - Consunção. * * * * * *
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