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Aula IV - Direito e Norma Jurídica

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
DIREITO E NORMA JURÍDICA
Professora Especialista: Henara Marques da Silva Coelho da Paz.
Bacharel em Direito pela Universidade Potiguar.
Advogada militante.
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DIREITO E NORMA JURÍDICA
Ao dispor sobre fatos e consagrar valores, as normas jurídicas são o ponto culminante do processo de elaboração do Direito e o ponto de partida operacional da Dogmática Jurídica, cuja função é a de sistematizar e descrever a ordem jurídica vigente.
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DIREITO E SUAS ASCEPÇÕES
 Direito como ciência ou epistemologia jurídica (estudo dos princípios, métodos e objeto do direito);
Direito como justo ou axiologia jurídica (enfoque do direito como justo, justiça); 
 Direito como norma ou dogmática jurídica (estudo do conteúdo do direito – norma jurídica);
 Direito como faculdade ou Teoria dos Direitos Subjetivos (estudo das prerrogativas do cidadão que pode, ou não, exercê-lo);
 Direito como fato social ou Sociologia Jurídica (estudo dos aspectos sociais do Direito que surge e existe na sociedade).
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 REGRAS, LEIS E NORMAS
REGRAS são condutas prescritas de ordem social, moral ou religiosa e o seu descumprimento gera desconforto de ordem íntima ou comportamental.
LEIS é a forma pela qual o ordenamento transmite suas normas. É portanto, um mandamento escrito que transmite e indica ao homem determinada conduta ou imposição.
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NORMA JURÍDICA
CONCEITO: São a substância do Direito Objetivo, fruto da elaboração exercida pelo homem. Com efeito, conhecer o direito é conhecer as normas jurídicas em seu encadeamento logicamente sistematizado. 
 Portanto, a norma jurídica é a conduta exigida ou o modelo de organização social imposto pelo Estado.
 Ordenamento Jurídico: é um conjunto de prescrições, ou proposições prescritivas, que podem ser entendidas como conjunto de palavras destinadas a prescrever certos comportamentos.
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Para Hans Kelsen, a norma jurídica seria um imperativo hipotético, pois somente é obrigatória se concorrerem as condições definidas na própria norma com o intuito de atingir determinado objetivo. Logo, sua eficácia está condicionada a essas circunstâncias (fatos sociais). Ex. Alguém só é condenado por roubo se configurar a conduta descrita na norma. Isso se dá em face do fenômeno da tipicidade.
Dessa forma, a norma possui a seguinte estrutura:
			Se A é, B deve ser, sob pena de S.
		Ex. Se João é pai de Maria, dever prestar-lhe alimentos, sob pena ser decretada sua prisão civil. 
ESTRUTURA LÓGICA DA NORMA:
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CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS:
 ¥ BILATERALIDADE - as normas sempre vinculam duas ou mais pessoas, atribuindo a uma a faculdade de exigir a observância do dever jurídico por elas imposto e a obrigação de cumpri-lo à outra.
 ¥ GENERALIDADE – a norma obriga da mesma forma todos que se acham em igual situação jurídica.
 ¥ ABSTRATIVIDADE – a norma visa atingir o maior número possível de situações.
 ¥ IMPERATIVIDADE – é a imposição de um comportamento. 
 
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 ¥ COERCITIBILIDADE – é a possibilidade de uso da coação, ou seja, quando inobservada, pode invocar o imperium do Estado (coação) para fazer valer suas disposições no meio social. 
 A coação subdivide-se em:
 - PSICOLÓGICA: é a força psíquica do Direito que se dirige à vontade dos indivíduos, intimidando-os através de penalidades previstas para a hipótese de violação das normas jurídicas; 
 - MATERIAL: é a força ou a sanção propriamente dita, a qual é aplicada quando o destinatário da regra não a cumpre espontaneamente.
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 COAÇÃO X SANÇÃO
Coação é uma reserva de força a serviço do direito.
Sanção é a medida punitiva para a hipótese de violação efetiva das normas.
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CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS:
 ¥ QUANTO AO SISTEMA QUE PERTENCEM 
 - Nacionais.
 - Estrangeiras.
 - De Direito uniforme.
 
 ¥ QUANTO À FONTE
 - Legislativas.
 - Consuetudinárias.
 - Jurisprudenciais.
 
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 ¥ QUANTO AOS DIVERSOS ÂMBITOS DE VALIDEZ
 Espacial
 - Gerais: normas federais.
 - Locais: normas federais, estaduais ou municipais.
 Temporal
 - De vigência por prazo indeterminado.
 - De vigência por prazo determinado. 
 Material
 - Direito Público.
 - Direito Privado.
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 ¥ QUANTO A HIERARQUIA
 - Constitucionais.
 - Complementares. Art. 69 da CF.
 - Ordinárias.
 - Regulamentares - Decretos
 - Individualizadas – Negócios jurídicos. 
 ¥ QUANTO A SANÇÃO
 - Perfeita. Prevê nulidade.
 - Mais do que perfeita. Prevê nulidade e uma pena. 
 - Menos do que prefeita. Prevê penalidade apenas.
 - Imperfeita. Não há nulidade ou pena. 
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 ¥ QUANTO À QUALIDADE
 - Positivas ou permissivas.
 - Negativas ou proibitivas.
 ¥ QUANTO ÀS RELAÇÕES DE COMPLEMENTAÇÃO
 - Primárias. 
 - Secundárias.
 ¥ QUANTO A VONTADE DAS PARTES
 -Taxativas. Resguardam interesses fundamentas da sociedade.
 - Dispositivas. Resguardam interesses privados.
 ¥ QUANTO À FLEXIBILIZAÇÃO 
 - Rígidas. Ex.: Aposentadoria compulsória. 
 - Elásticas. Ex.: Guarda de menores. 
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 ¥ QUANTO A PRESENÇA NO ORDENAMENTO
 - Implícitas.
 - Explícitas.
 ¥ QUANTO À INTELEGIBILIDADE/PROCESSO DE COMPREENSÃO 
 - De percepção imediata.
 - De percepção reflexiva ou mediata.
 - De percepção complexa. 
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● VIGÊNCIA 
 - Validade formal da norma.
● EFETIVIDADE
 - Observância da lei pelos seus destinatários.
● EFICÁCIA
 - É a produção dos efeitos das normas no mundo externo.
● LEGITIMIDADE
 - Estudo de onde emana a norma.
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● RETROATIVIDADE E IRRETROATIVIDADE
 ¥ Regra geral a norma rege apenas fatos futuros; Art. 5º, XXXVI. 
 ¥ Exceção, a norma pode ter efeito retroativo para reger fatos pretéritos; 
 ¥ Revogação e Conflito de normas.
 Art. 2º da LICC
 - Derrogação x Ab-rogação
 
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● REVOGAÇÃO.
 - Art. 2º da LINDB.
 Critérios:
 - Cronológico.
 - Hierárquico.
 - Especialidade.
 ● CONFLITO DE NORMAS OU ANTINOMIA
 Critérios:
 - Especialidade.
 - Subsidiariedade.
 - Consunção.
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