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Artigo - Senescencia

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10 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
SENESCÊNCIA é o envelhecimento natural o qual proporciona às pessoas 
conviverem de forma harmônica com as limitações impostas pelo decorrer dos anos e 
manter-se ativo até fases tardias da vida. Entretanto, para uma faixa de idosos o 
envelhecimento se dá de forma anormal ou patológica, sofrendo o indivíduo o efeito 
negativo das doenças que se manifestam principalmente como uma incapacidade 
progressiva para a vida ativa. A isto chamamos SENILIDADE. 
Com o aumento da expectativa de vida nas últimas décadas, não só em nosso país, bem 
como no mundo inteiro, estas doenças se tornaram “visíveis” e “palpáveis” 
principalmente para os profissionais de saúde e seus familiares. Dentre estas doenças 
encontramos a DOENÇA DE ALZHEIMER, uma doença degenerativa que assola uma 
grande parte da população mundial que envelhece diariamente. Apesar de descrita pela 
primeira vez há mais de 100 anos, continua sendo foco de pesquisas e estudos no que 
tange o seu diagnóstico e tratamento.O grande desafio deste incremento populacional é 
conseguir com que todos tenham, pelo menos, um pouco de qualidade de vida, já que as 
doenças crônico-degenerativas levam quase sempre a imobilidade e ao isolamento. 
Com o propósito de realizar um estudo atualizado sobre Alzheimer, foi feita esta 
revisão bibliográfica pela internet, na qual textos relacionados ao tema foram 
levantados. Os programas de busca utilizados foram os do PubMed, Medline e Lilacs 
(palavras-chave: Alzheimer, demência, β amilóide, proteína tau), bem como textos 
envolvendo dados epidemiológicos, fisiopatologia, diagnóstico, farmacologia e 
aspectos psicosociais, além de perspectivas futuras sobre a doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
HISTÓRICO 
 
Alois Alzheimer (1864-1915), um neuropatologista que viveu e trabalhou na 
Alemanha na virada do século XIX (COLLINS, 1998). Em 1907, publicou o caso 
clínico de uma paciente de 51 anos de idade que apresentou como primeiro sintoma, 
desconfiança em relação ao marido, em seguida, perda de memória rapidamente 
progressiva, desorientação espacial e temporal, delírios, dificuldade na linguagem e 
leitura bem como possíveis alucinações auditivas. Em seus relatos, a doença durou 
quatro anos e meio quando, então, a paciente veio a óbito. Na fase terminal, ela estava 
totalmente embotada, acamada e apresentando incontinência urinária (ALZHEIMER, 
1907; VERHEY, 2009; AIMMINGS, MENDEZ, 2005). 
Alzheimer realizou a autópsia na qual percebeu que o cérebro da paciente 
encontrava-se difusamente atrofiado. Os cortes realizados com corante de Bielschowsky 
de prata mostraram alterações neuronais que vieram a ser conhecidas como 
aglomerados neurofibrilares. Ele também demonstrou numerosos focos miliares que 
foram chamados de placas senis ou neuríticas (ALZHEIMER, 1907; VERHEY, 2009; 
AIMMINGS, MENDEZ, 2005). 
Já em 1910, Kraepelin aplicou o epônimo de doença de Alzheimer (DA) à 
patologia anteriormente descrita. Diferentemente do que Alzheimer havia enfatizado ser 
essa demência uma forma pré-senil, em 1962, Corseillis a reconhece na pré-senilidade e 
na senilidade. Então, com os avanços alcançados pela microscopia eletrônica, Kidd 
descreve a ultra-estrutura dos entrelaçamentos neurofibrilares. Davies e Maloney 
relatam, em 1976, haver perda seletiva de neurônios colinérgicos centrais na DA e, em 
1983, Coyle, Price, DeLong, propõe que seja um distúrbio da inervação colinérgica 
cortical. E,em 1984, Hyman, Van Hoesen e Damasio propõem uma hipótese de falta de 
conexão para a amnésia na DA. Então, em 1985, surgem critérios para o diagnóstico 
anatomopatológico da doença do Instituto Nacional do Envelhecimento. Forlenza e 
Gattaz confirmam a influência dos depósitos de β-amilóide e da proteína tau na doença. 
Com o avanço das pesquisas, em 1993, Strittmater, Roses e colegas descrevem a 
associação entre apolipoprotreína E4 e DA familiar de início tardio. Em seguida, em 
1995, são identificados os genes da pré-senilina 1 e 2 (FORLENZA, GATTAZ, 1988; 
JUNIOR, DAMASIO, 2000; STRITMATTER et al, 1993; COYLE et al, 1983; 
12 
 
DAVIES, MALONEY, 1976; HYMAN et al, 1984; KACHATURIAN, 1985; LEVY-
LAHAD et al, 1995). 
Em 2000, surgem os critérios do DSM-IV-TR para a definição de demência 
criado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA). Continuam, portanto, as 
pesquisas para elucidação da fisiopatogênese da doença. 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 
 
A doença de Alzheimer (DA) constitui um problema de saúde pública, 
principalmente, em decorrência do envelhecimento populacional (APRAHAMIAN et al, 
2009). Representa a causa mais comum de síndrome demencial sendo consenso na 
literatura que é responsável por 50 a 60% dos casos de demência na população idosa 
(GRATÃO, 2006), sendo seguida pela isquemia cerebrovascular, que causa demência 
vascular (NITRINI et al, 2005), ambas fazendo parte do grupo de demências não 
reversíveis. Representa a terceira doença terminal mais comum, depois da doença 
cardíaca e do câncer em nações desenvolvidas (AIMMINGS, MENDEZ, 2005). 
A prevalência da doença de Alzheimer nos países desenvolvidos gira em torno 
de 1,5% em pacientes ao redor de 65 anos e até 30% em pacientes por volta de 80 anos 
(RITCHIE, LOVESTONE, 2002), mostrando o quanto a idade está implicada como 
fator de risco para a doença. 
Nos Estados Unidos, no ano de 2000, existiam 4,5 milhões de pacientes 
diagnosticados com DA, correlacionando com os números de 1997 onde existiam 2,3 
milhões. Isso representa um gasto anual de 100 bilhões de dólares (ERNST, HAY, 
1994; EVANS et al, 1991). Há estimativas atuais de um gasto de 50.000 doláres anuais 
com um único paciente portador da doença em estágio avançado (BIRD, MILLER, 
2006), ocasionando, assim, um grande impacto social. 
Estudos realizados no Brasil apresentam prevalência e incidência semelhantes 
aos dados de estudos estrangeiros (EVANS et al, 1991; BIRD, MILLER, 2006). Um 
estudo populacional realizado em Catanduva, estado de São Paulo, onde 25% dos 
idosos foram avaliados, encontrou-se como etiologia mais freqüente para demência, a 
doença de Alzheimer, perfazendo no total 51,% dos casos (EVANS et al, 1991). A taxa 
de incidência anual foi de 7,7 casos por 100.000 habitantes (JORM et al, 1987). 
A prevalência DA aumenta progressivamente com o avançar da idade. A partir 
dos 65 anos, a prevalência dobra a cada 5 anos, sendo de 60 a 64 anos de 0,7% 
chegando a 38,6% em pacientes com 90 anos, mostrando que a incidência parece não 
diminuir na faixa etária dos muitos idosos (OTT et al, 1998; JORM, JOLLEY, 1998). 
13 
 
As alterações genéticas constituem outro fator de risco para a doença 
(AIMMINGS, MENDEZ, 2005). A doença de Alzheimer de início precoce é 
autossômica dominante e pode manifestar-se já na terceira década de vida (ASKIN-
EDGAS et al, 2006). As mutações do gene da proteína precursora do amilóide no 
cromossomo 21, dos genes das pré-senilinas 1 e 2 no cromossomos 14 e 1, 
respectivamente, e da apolipoproteína E (ApoE) no cromossomo 19 representam 
mutações genéticas que podem aumentar o risco para DA. Essas três mutações 
representam 2% dos casos de DA (AIMMINGS, MENDEZ, 2005). 
Existem 3 alelos da apolipoproteína sendo o є4 presente em 15% da população e 
está muito elevado nos portadores de Alzheimer (FARRER et al, 1997; SOUZA et al, 
2003). A ausência desse alelo significa um risco de início tardio de ocorrência de DA 
em 15%, sendo aumentado para 30 a 50% na presença de uma cópia do alelo e até 60 a 
90% quando há 2 cópias (KAMBOH et al, 1995). Além disso, os cromossomos 10 e 12 
podem conter polimorfismos que aumentam a suscetibilidade para DA de início tardio 
(AIMMINGS, MENDEZ, 2005). 
Outro fator de risco é a história familiar, visto que irmãos de pacientes têm duas 
vezesmais risco de desenvolver a doença e a concordância de gêmeos idênticos é de 
40% aproximadamente, bem maior do que a de gêmeos dizigóticos (ASKIN-EDGAS et 
al, 2006; NEE et al, 1987). Os portadores de síndrome de Down apresentam expressão 
elevada do gene da proteína precursora do amilóide localizado no cromossomo 21 
(VISSER et al, 2000). 
Existem outros fatores que podem aumentar o risco para DA, mas ainda são 
questionados cientificamente como o trauma cranioencefálico, a etnia caucasiana, o 
alumínio e a aterosclerose (GREEN et al, 2002). O sexo feminino também pode 
representar um fator de risco independente da maior longevidade das mulheres (BIRD, 
MILLER, 2006). 
Vale ressaltar também os fatores protetores como o nível de escolaridade 
CUMMINGS et al, 1998). Um estudo revela que os indivíduos com oito anos ou mais 
de escolaridade a prevalência foi de 3,5%, enquanto que nos analfabetos foi de 12,2% 
(McGEER et al, 1996). 
Alguns estudos observacionais relatam que os anti-inflamatórios não hormonais 
(AINES) podem ter associação com maior proteção contra a doença de Alzheimer 
segundo estudos observacionais (McGEER et al, 1996; Etminan et al, 2003). Outra 
substância que pode diminuir o risco de DA é o estrógeno (CUMMINGS et al, 1998). 
Entretanto, alguns trabalhos em mulheres após a menopausa com uso de estrógeno não 
comprovaram alteração cognitiva ou quaisquer outros benefícios (WANG et al, 2000; 
HEDERSON et al, 2000). 
Realizou-se um estudo placebo-controlado, aleatório, no qual foram dadas altas 
doses de vitamina E a pacientes com DA moderada onde foi revelado melhora clínica e 
14 
 
menor institucionalização (McGEER et al, 2006), contudo, um outro trabalho demonstra 
ser maior a mortalidade entre usuários de vitamina E em altas doses (WANG et al, 
2000). 
As estatinas representam fármacos promissores incluídos no tratamento 
coadjuvante e profilático da DA, pois estudos epidemiológicos demonstraram efeito 
protetor contra a mesma (JICK et al, 2000; WOLOZIN et al, 2000). Estudo recente 
revela menos placas amilóides em pacientes normais usuários do que os não usuários 
após sua necrópsia (LI et al, 2007). 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
A Doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurodegenerativo comum, 
relacionado com a idade, e caracterizado, microscopicamente, por perda neuronal, 
degeneração sináptica intensa, formação de emaranhados neurofibrilares e deposição 
extracelular de proteína β-amilóide no cérebro com formação de placas senis. Dentre as 
alterações macroscópicas pode-se citar: redução do peso do encéfalo, atrofia cortical 
difusa bilateral e simétrica, caracterizada por estreitamento dos giros e alargamento dos 
sulcos. Há também redução do volume da substância branca cerebral, bem como da 
espessura do córtex cerebral, dilatação dos ventrículos laterais e do terceiro ventrículo. 
Apesar da grande quantidade de pesquisas e estudos, a fisiopatologia dessa doença é 
pouco compreendida, entretanto muitos esforços são voltados para as principais 
alterações neuropatológicas da DA que são: degeneração sináptica, perda neuronal e o 
acúmulo no córtex de placas senis e emaranhados neurofibrilares (ZABAR, 2006; 
PITTELLA, 2006) 
Placas senis são lesões de deposito extracelulares cujo principal componente é 
proteína β-amilóide, que é composta de um polipeptídio insolúvel com cerca de 42 
aminoácidos provenientes de uma proteína maior chamada proteína precursora do 
amilóide (PPA). A PPA constitui-se numa glicoproteína transmembranosa codificada a 
partir do cromossomo 21 com peso molecular entre 100 e 140 kDa. Ela possui entre 695 
e 770 aminoácidos, os quais se dividem em três componentes solúveis: uma pequena 
parte intracitoplasmática, outra transmembranosa e um segmento maior 
extracitoplasmático. Secretada para o espaço extracelular pelos neurônios, a PPA possui 
importantes funções fisiológicas, sobre as quais ainda se sabe pouco, embora exista a 
hipótese de que ela possa participar da manutenção da integridade e da regulação 
sináptica. Sua proteólise fisiológica realizada pela enzima α-secretase cliva a PPA ao 
longo da cadeia da proteína β-amilóide, impedindo a formação de β-amilóide intacto. 
Os fragmentos resultantes são solúveis, sem ação tóxica para o sistema nervoso central 
(ZABAR, 2006; PITTELLA, 2006; DUYCKAERTS et al, 2009; SELKOE et al, 2008). 
15 
 
Na DA, durante a proteólise patológica da PPA, ocorre um processamento 
alternativo e anormal envolvendo duas reações enzimáticas seqüenciais: a da enzima β-
secretase, a qual cliva a parte extracelular da PPA em um fragmento chamado C99 e a 
da gamma-secretase, um complexo enzimático que inclui a presenilina-1 e presenilina-
2, que clivam o C99 em proteína β-amilóide. Mutações nos genes das presenilinas 1 e 2 
(PSEN1, PSEN2) e nos genes da PPA, aumentam a produção da proteína β-amilóide 
através da alteração da clivagem da PPA e do aumento de depósito de β-amilóide, 
respectivamente (DUYCKAERTS et al, 2009; SELKOE et al, 2008; LUCATELLI et al, 
2009). Esta possui a tendência espontânea a formar filamentos longos, os quais se 
ligam aos resíduos de neurônios que estão em apoptose, acumulando-se lentamente no 
meio extracelular e formando placas senis difusas, que não são suficientes para causar 
demência. Estas evoluem para placas senis neuríticas, formadas por um núcleo central 
de β-amilóide envolto por diversas outras substâncias, como: proteínas sinápticas, 
inflamatórias, fibrilas neuríticas, células gliais ativadas, dentre outras (GANDY, 2005; 
CHAVES, AVERSI-FERREIRA, 2008). 
As placas senis distribuem-se difusamente, atingindo primeiramente o 
hipocampo e a porção anterior da base do cérebro, depois, lentamente, o neocórtex e a 
substância cinzenta subcortical dos lobos temporais, parietais, frontal e occipital. Elas 
causam disfunção sináptica com subseqüente morte e perda neuronal, que, 
macroscopicamente, traduzem uma significativa atrofia cerebral (ZABAR, 2006;, 
CHAVES, AVERSI-FERREIRA, 2008; CARAMELLI , 2005). 
O principal fator de risco genético para o desenvolvimento de placas senis na 
DA é a presença da isoforma E4 da apolipoproteína E (ApoE). A ApoE é um 
componente de algumas lipoproteínas corporais, sendo produzida pelos astrócitos a 
partir de três alelos (E2, E3, E4) de genes localizados no cromossomo 19. Sua função 
constitui em manter a estrutura e o metabolismo apropriado das lipoproteínas, 
participando do transporte, absorção e redistribuição do colesterol entre os tecidos, além 
de reparar danos neuronais excessivos, remanejando os lipídios dos corpos celulares aos 
axônios e regenerando as células de Schwann. Dessa forma, ela restabelece as conexões 
sinápticas (LUCATELLI et al, 2009). Nos portadores do alelo E4, o processo patológico 
ocorre devido à aparente ineficácia da isoforma E4 na realização do reparo celular, que 
favorece a formação dos filamentos componentes das placas senis (LUCATELLI et al, 
2009; BARROS et al, 2009; BERTRAM et al, 2007; SCHIPPER, 2009). 
Outro traço patológico característico da DA são os emaranhados neurofibrilares, 
constituídos por inclusões intraneuronais compostos por agregados de proteína tau, a 
qual é normalmente associada aos microtúbulos do citoesqueleto celular. Este é formado 
pelas proteínas tubulinas α e β, cuja estabilidade é mantida graças às pontes de proteína 
tau. Devido a um processo de hiperfosforilação anormal de causa desconhecida, a 
proteína tau sofre alteração de conformação espacial e perde afinidade pelos 
microtúbulos, dissociando-se do citoesqueleto e formando filamentos helicoidais 
16 
 
insolúveis que, associados, constituem os emaranhados neurofibrilares. A 
desestabilização do citoesqueleto provoca distrofia e edema dos microtúbulos, com 
conseqüente morte neuronal (ZABAR, 2006; CHAVES, AVERSI-FERREIRA, 2008; 
CARAMELLI , 2005). 
Em estágios avançadosda DA ocorre uma importante perda neuronal a nível do 
prosencéfalo basal, região constituída pelo núcleo septal, complexo da banda diagonal e 
núcleo basal de Meynert, resultando em redução da produção de acetilcolina e 
conseqüente hipofunção colinérgica. Essas áreas do SNC inervam o hipocampo, 
amígdala e neocórtex cerebral, que desempenham importante papel na atenção, 
formação e consolidação da memória, na resposta emocional e nos pensamentos 
superiores. A deficiência colinérgica contribui com prejuízos nas atividades de vida 
diária e cognição, além do surgimento de sintomas neuropsiquiátricos, como: alterações 
do sono, comportamento motor aberrante, alterações de personalidade, agitação, etc. 
(CHAVES, AVERSI-FERREIRA, 2008; BERTRAM et al, 2007; SCHIPPER, 2009; 
AVERSI-FERREIRA et al, 2004; AVERSI-FERREIRA et al, 2005; AVERSI-
FERREIRA, PENHA-SILVA ,2005). 
Outro neurotransmissor alterado é o glutamato, cujas concentrações aumentam 
nas sinapses, além dos seus receptores pós-sinápticos tornarem-se mais sensíveis. Essas 
alterações induzem a uma despolarização parcial, ativação do receptor N-Metil-D-
Aspartato (NMDA) e um influxo aumentado de íons cálcio no neurônio. A 
hipercalcemia intracelular induz a formação de metabólitos reativos de oxigênio, altera 
a cromatina nuclear e fragmenta o DNA, o que favorece a morte neuronal. (CHAVES, 
AVERSI-FERREIRA, 2008). O influxo de cálcio no neurônio também induz a liberação 
exagerada de neurotransmissores sinápticos, levando a uma depleção desses 
transmissores e, conseqüentemente, dificultando a transmissão de sinais nervosos. 
(MEDEIROS, 2007). 
No hipocampo também podem ser encontrados os corpos de hirano, que são 
estruturas intracitoplasmáticas claras, eosinofílicas, em bastonete ou circulares, 
marcados por anticorpos contra proteína actina, tau, neurofilamentos e fragmentos de 
PPA. São freqüentes na DA, mas pouco específicos (DUYCKAERTS et al, 2009). 
As alterações microscópicas citadas anteriormente facilitam o entendimento das 
alterações macroscópicas. 
A atrofia cortical, localizada principalmente no córtex entorrinal, no hipocampo 
e nas amígdalas, tem como sua principal causa a morte e perda neuronal provocada pelo 
acúmulo de emaranhados neurofibrilares de proteína tau. Os giros temporais inferior e 
superior e o giro frontal médio são severamente afetados, enquanto os giros frontal 
inferior e o orbitofrontal são poupados. (DUYCKAERTS et al, 2009; HALLIDAY et al, 
17 
 
2003) O grau de atrofia pode ser correlacionado diretamente com o estadiamento 
neuropatológico, bem como a intensidade da disfunção cognitiva. (PITTELLA, 2006). 
A redução do volume cerebral está associada à redução da espessura e altura 
corticais, bem como a atrofia dos neurônios da substância cinzenta e dos seus 
respectivos axônios na substância branca (DUYCKAERTS et al, 2009; LERCH et al, 
2008). Devido à redução do volume da substância branca cerebral, observa-se dilatação 
dos ventrículos laterais e do terceiro ventrículo. (PITTELLA, 2006). 
Essas alterações nesses vários sistemas de neurotransmissores,principalmente 
acetilcolina e glutamato, devem ser melhor detalhado para o entendimento da doença de 
Alzheimer. 
 
 
DIAGNÓSTICO CLINICO 
 
 
 
 
A DOENÇA DE ALZHEIMER é definida como sendo uma doença degenerativa do 
SNC, heterogênea nos seus aspectos etiológico, clínico e neuropatológico. É 
considerada como a causa mais comum de demência, representando, assim, 50 a 60% de 
todos os casos (MACHADO, 2005). Devido ao seu início insidioso, acredita-se que 
mais da metade dos pacientes permanecem sem diagnóstico, principalmente na sua fase 
inicial. Muitos desses pacientes procuram mascarar suas falhas cognitivas a fim de não 
serem notados. Vemos também, ainda hoje, familiares e até profissionais de saúde que 
desconsideram os déficits cognitivos apresentados pelos portadores de DA como sendo 
fatos comuns ao envelhecimento. 
 É necessário, então, um grande empenho por parte de todos os profissionais da 
área de saúde, especialistas ou não, e dos familiares, a fim de que o reconhecimento 
precoce dos sintomas possa levar rapidamente a um diagnóstico preciso da doença e, 
conseqüentemente, um tratamento adequado. 
 O diagnóstico clínico de DA pode ser confirmado somente quando houver 
evidência de DEMÊNCIA, ou seja, quando existem déficits de múltiplas funções 
cognitivas que causem declínio significativo nos níveis prévios de cognição. 
Habitualmente na DA ocorre um déficit de memória (capacidade prejudicada de reter 
novas informações ou de recordar informações anteriormente aprendidas) e pelo menos 
um dos seguintes déficits: 
1. Agnosia - dificuldades sensoriais; 
2. Apraxia – dificuldade para executar atividades motoras, apesar de a função 
motora estar intacta; 
18 
 
3. Afasia – alterações da linguagem ou 
4. Transtornos das funções executivas (planejamento, seqüenciamento, 
organização).(MACHADO,2005; LAKS et al, 2006) 
 Entre os critérios descritos para o diagnóstico da DA os que são mais utilizados 
são os da quarta edição do MANUAL ESTATÍSTICO E DIAGNÓSTICO DE 
DESORDENS MENTAIS (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiatria (APA), 
1994 ( Quadro 19.2) (APA, 1994) e os da décima versão da Classificação Internacional 
de Doenças (CID-10) (Quadro 19.3) (WHO,1993). Critérios para o diagnóstico mais 
detalhado são utilizados por centros de pesquisa e clínicas especializadas 
principalmente para a finalidade de estudos epidemiológicos e de investigação 
científica. Os mais conhecidos são os de um grupo de trabalho do Instituto Nacional de 
Neurologia e da Associação da Doença de Alzheimer e Desordens Relacionadas nos 
EUA (NINCDS-ADRDA), que classificou a DA como POSSÍVEL, PROVÁVEL e 
DEFINIDA de acordo com os achados clínicos, patológicos e de exames 
complementares (Quadro 19.4) (McKHANN et al, 
1984).
 
19 
 
 
 
20 
 
 
Apesar de não haver consenso nem definição uniforme para a subdivisão da 
DA, a CID-10 propõe que ela seja feita de dois modos: primeiro, observando a idade de 
início e classificando-se a doença como precoce ou tardia, com um ponto de corte 
aproximadamente aos 65 anos de idade; segundo, avaliando-se como o indivíduo 
combina com uma das duas supostas síndromes, dos tipos precoce ou tardio que levam 
em conta a velocidade de progressão e a configuração dos aspectos clínicos 
(MACHADO, 2005) 
O comprometimento das funções cognitivas freqüentemente é acompanhado e, 
às vezes, antecedido por déficits não-cognitivos, que são conhecidos como os sintomas 
21 
 
psicológicos e do comportamento das demências (BSPD – behavioral and psychological 
symptoms of dementia). Estudos mostram que qualquer desses sintomas pode ocorrer 
em qualquer estágio da doença, e que quase todos os pacientes portadores de DA irão 
apresentar alguns desses sintomas em algum momento durante a evolução da doença. 
(Quadro 19-1) (REISBERG et al, 1989). 
A DA inicia-se, geralmente, a partir da sétima, da oitava ou da nona década de 
vida, embora raros casos sejam descritos em pessoas com até 30 anos de idade. A piora 
progressiva dos sintomas acontece de forma contínua, porém gradual, usualmente num 
período de 8 a 10 anos. Ocorre grande variabilidade na velocidade de progressão dos 
sintomas, desde períodos tão curtos quanto dois anos até tão longos quanto 20 anos ou 
mais. Apesar de os sintomas terem uma ordem de aparecimento previsível, podem 
ocorrer diversas formas de apresentação clínica e de progressão da doença, com a 
presença de comprometimentos cognitivos diferentes em cada paciente. 
REISBERG et al, (1988, 1997) estipularam um modelo detalhado para descrição 
evolutiva da doença de acordo com o comprometimento funcional dos indivíduos 
acometidos pela DA denominado FAST (Functional Assessment Stating), que abrange 
16 estágios e subestágiosde progressão (Quadro 19.6)(REISBERG, 1988). 
 Na fase inicial, que dura em média dois a três anos, os sintomas são difusos e 
vagos e se desenvolvem gradualmente. O declínio das funções cognitivas compromete o 
desempenho das atividades cotidianas, porém não é grave o suficiente para impedir que 
o paciente tenha uma vida independente na comunidade. A perda de memória 
freqüentemente é a primeira alteração observada pelos pacientes e familiares. Os 
déficits mais observados são os da memória recente, proporcionando dificuldades de 
aprendizado e lembrança de fatos novos. Os pacientes geralmente perdem objetos 
pessoais, esquecem de conversas recentes e não conseguem repetir um número de 
telefone extenso. Há diminuição na habilidade de planejamento, organização e 
julgamento, que se reflete na atuação profissional, na capacidade para executar tarefas 
complexas e nas atividades instrumentais da vida diária (AVDI), tais como manejo das 
finanças e compras de supermercado. Dentre os BSPD, os mais encontrados são os 
sintomas depressivos, refletindo assim as reações emocionais diante da diminuição das 
habilidades cognitivas e do desempenho funcional, porém pode também encontrar 
agitação e agressividade (WEINTRAUB, 2009). 
 
 
 Na fase intermediária, onde as perdas são moderadas, limitações mais sérias vão 
surgindo para uma vida independente. A piora dos prejuízos cognitivos exige agora a 
assistência de terceiros para a realização das AVDI. Com o progresso da doença, as 
atividades ficam cada vez mais restritas, fazendo-se necessário uma supervisão 
22 
 
constante das AVD. Esse período que dura em média 2 a 10 anos, há um declínio mais 
acentuado da memória e da capacidade de aprendizado, podendo o paciente parecer 
viver no passado. Com o passar do tempo, a memória remota também pode ficar 
comprometida. O raciocínio lógico, a capacidade de realizar cálculos, resolver 
problemas é afetado de maneira singular. Os distúrbios espaciais e a agnosia visual 
cortical podem se manifestar na dificuldade de reconhecer locais e faces familiares. Os 
sintomas psicológicos e de comportamento (BSPD) são mais freqüentes a partir dessa 
fase da doença, em geral ocasionando um maior nível de estresse aos familiares e 
cuidadores do que ao próprio paciente. Os sintomas psicológicos incluem as idéias 
delirantes, que acometem mais da metade dos pacientes, as alucinações sobretudo 
visuais. A apatia está presente em mais de cinco) % dos pacientes me pode ser 
confundida com depressão (WEINTRAUB, 2009). 
Na fase avançada ou tardia, há um acentuado comprometimento de toda a 
cognição. A memória torna-se afetada gravemente, ocasionando completa incapacidade 
de reter novas informações e perda memória biográfica. Os pacientes passam então a se 
comunicar somente através de sons incompreensíveis e se tornam cada vez mais 
incapazes de expressar quaisquer necessidades. Distúrbios de comportamento podem ser 
uma forma de manifestar que estão com fome, sede, dor, etc. Ao final, eles ficam 
acamados, com incontinência urinária e fecal. Após uma média de 8 a 12 anos nesse 
estágio, a morte sobrevém por causa de complicações de imobilidade e infecções 
paralelas tais como pneumonia, infecção urinária e úlceras de decúbito (WEINTRAUB, 
2009). 
Apesar de a doença ser considerada um diagnóstico de exclusão, uma boa 
anamnese e a confirmação por parte de familiares próximos bem como a avaliação do 
estado mental podem alcançar uma precisão de diagnóstico de até 90% dos casos de 
DA. Na avaliação do seu quadro clínico é importante observar as grandes variações 
encontradas na apresentação clínica e no avanço dos sintomas de acordo com a idade de 
início dos sintomas, fatores de risco, comorbidades etc. Os domínios cognitivos e não-
cognitivos podem ser afetados de maneira diferente, sendo importante reconhecer as 
várias formas de apresentação clínica e o ritmo de evolução da mesma. Por haver mais 
de 60 doenças capazes de causar um quadro de demência, é necessário que depois de 
estabelecido o diagnóstico, mesmo que haja uma grande suspeita de DA, seja realizada 
uma investigação a fim de excluir a presença de outras condições. Portanto, na história 
clínica, é importante indagar a respeito da relação de medicamentos, comorbidades, 
alimentação, alcoolismo, doenças sistêmicas e intoxicações (WEINTRAUB, 2009). 
 Em minha prática clínica diária, observo uma grande quantidade de pacientes já 
em fase intermediária ou avançada, devido ao descaso por parte de familiares que 
consideram esses déficits descritos como parte do processo normal de envelhecimento. 
Mesmo após 103 anos da primeira descrição de um caso da doença, vemos a grande 
dificuldade de se estabelecer parâmetros adequados quando estamos diante de quadros 
considerados limítrofes. 
23 
 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 
Sabendo que os déficits cognitivos da DA são adquiridos, é importante 
diferenciá-los dos déficits intelectuais preexistentes(p.ex. retardo mental). Devem ser 
diferenciados dos déficits cognitivos relacionados com o envelhecimento normal, do 
delirium, do transtorno cognitivo leve e da depressão. É importante que se excluam 
outras condições que podem causar demência, tais como as relacionadas com o SNC 
(p.ex. doença cerebrovascular, doença de Parkinson, doença de Huntington, hematoma 
subdural, hidrocefalia de pressão normal, tumores cerebrais), bem como as doenças 
sistêmicas (p.ex. hipotireoidismo, deficiências de vitamina B12 e folato, deficiência de 
niacina, hipercalcemia, neurossífilis, infecção por HIV) e as induzidas por substâncias 
(MACHADO, 2005). 
 
DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DA NEUROIMAGEM 
 
A imagem estrutural do SNC é avaliada pela tomografia computadorizada (TC) 
e pela ressonância magnética (RM) de crânio. Nos exames de imagem, como a TC e a 
RM, existem várias controvérsias, principalmente em protocolos de pesquisas, e no 
aprofundamento de análise de doenças específicas. Porém esses exames são importantes 
e de extrema utilidade para o diagnóstico clínico (BOTTINO et al, 2006). 
As técnicas da TC surgiram na década de 70 e revolucionaram a capacidade dos 
médicos visualizarem estruturas cerebrais in vivo. A TC é utilizada principalmente na 
detecção de lesões de massa intracraniana (p.ex. tumores e hematomas cerebrais), sendo 
importante na investigação de pacientes que apresentam síndrome cerebral orgânica, o 
que permite excluir causas reversíveis (BURNS, 1993). 
No idoso normal ocorre um certo grau de ATROFIA CEREBRAL, com perda 
tanto de substância branca como cinzenta. Ocorre também um aumento de ventrículos e 
alargamento de sulcos e fissuras cerebrais. Em geral o que diferencia o idoso normal do 
idoso com demência degenerativa é a intensidade das alterações, em especial a atrofia, 
que é habitualmente maior no indivíduo doente. Um exame de TC normal não afasta o 
diagnóstico de demência, porém a TC pode excluir a presença de outras doenças 
neurológicas, tais como a hidrocefalia de pressão normal, hematoma subdural ou 
malformações vasculares. Contudo é freqüente um paciente com quadro clínico de 
demência tenha um exame de TC normal ou sem alterações significativas de análise 
visual (BOTTINO et al, 2006). 
24 
 
Com o aparecimento das técnicas de aquisição de imagem por ressonância 
magnética (RM), na década de 80, chegou-se ao “padrão-ouro” dos métodos de 
imagem, que fornecem informações sobre a estrutura do cérebro. A RM é mais sensível 
que a TC para identificar tumores, infartos, edema cerebral e áreas de desmielinização 
(BESSON et al, 1990). Vários estudos, utilizando métodos quantitativos de RM, 
investigaram as alterações cerebrais relacionadas com a idade. Os resultados indicaram 
que há o surgimento de atrofia cerebral e aumento do líquor com o envelhecimento 
normal (BOTTINO, 2000). 
O emprego dos métodos funcionais de neuroimagem no diagnósticodas 
demências pode hoje ser justificado quando substratos anatômicos ou estruturais não 
estão presentes para corroborar a etiologia do processo de declínio cognitivo (Warwick, 
2004). Um dos problemas maiores com o emprego dos métodos funcionais é a definição 
de quais particularidades funcionais são mais importantes ou específicas para 
caracterizar um determinado distúrbio cognitivo. 
 
SPECT – Tomografia por emissão de fóton único 
 
 Dentre os traçadores mais utilizados, destacam-se os marcadores de fluxo 
sanguíneos. São compostos que, uma vez na circulação sanguínea, atravessam a barreira 
hematoencefálica e se concentram na célula nervosa em proporção ao fluxo cerebral 
regional (‘Rcbf’). Esses compostos constituem, na sua maioria, aminas lipofílicas, que 
apresentam princípios distintos de concentração neuronal. Apesar desses mecanismos 
distintos, os compostos mais comumente disponíveis se concentram no tecido nervoso 
proporcionalmente ao fluxo sanguíneo cerebral. Como acontece na maioria das 
condições fisiológicas e fisiopatológicas ocorre um acoplamento entre fluxo e 
metabolismo cerebral, incrementos de fluxo podem representar áreas hiperfuncionantes, 
e o oposto também é verdadeiro. Dentre os compostos disponíveis, destacam-se o 
hexametileno-propileno-aminaoxima (HMPAO) e o dímero de etilcisteinato (ECD), 
ambos marcados com tecnécio-99m (PIEZ & HOLMAN, 1985). Logo que 
administrados por via endovenosa, ocorre uma rápida extração de primeira passagem 
nos primeiros dez minutos, e posteriormente ocorre pouca redistribuição do 
radioindicador, ou nenhum grau de redistribuição. 
Um fator limitante é o de ordem técnica, pois os tomógrafos disponíveis 
possuem habitualmente resolução espacial limitada a defeitos da ordem de 1,0 a 1,5 cm. 
Portanto, é necessário que déficits funcionais sejam extensos o suficiente para serem 
detectados por esses sistemas. A maior dificuldade quanto ao emprego de métodos 
funcionais de neuroimagem é determinar os limites de normalidade de funcionamento 
cerebral. Algumas vezes pode-se observar maior concentração de radiotraçador em um 
25 
 
lobo temporal em comparação com o lobo contralateral, e isso pode corresponder à 
simples variância de normalidade por assimetria volumétrica normal entre os dois lobos. 
A demência do tipo Alzheimer caracteriza-se por envolver primariamente o córtex 
entorrinal, com posterior progressão para o giro hipocampal e córtex de associação. O 
padrão funcional mais específico da doença de Alzheimer é o déficit de fluxo sanguíneo 
cerebral regional em córtex temporoparietal posterior bilateral (BUCHPIGUEL, 2006). 
 
H-MRS – espectroscopia de prótons por ressonância magnética 
 
 Uma outra técnica que permite estudar in vivo de modo não invasivo a 
composição de metabólitos do cérebro é a espectroscopia de prótons por ressonância 
magnética (H-MRS). Fornece dados sobre alterações metabólicas e bioquímicas 
associadas à disfunções/lesões do tecido nervoso. É baseada nos mesmos princípios 
físicos de obtenção de imagem por ressonância magnética, diferindo desta na maneira 
da utilização das informações e apresentação dos dados. Enquanto a RM oferece 
informações de ordem anatômica (estrutural), a ERM traz informações químicas 
(funcional) a respeito dos metabólitos, oferecendo dados/medida sobre o metabolismo 
intermediário do tecido nervoso, obtido a partir de um volume escolhido (voxel) para 
ser analisado. A distribuição dos neurometabólitos também não é uniforme nas diversas 
faixas etárias. Estudos comparativos enfocaram as concentrações de N-acetilaspartato, 
creatina e colina nas substâncias cinzenta e branca, em voluntários normais e idosos. Os 
níveis de N-acetilaspartato se apresentaram mais elevados na substância cinzenta, 
porém sem apresentar diferença entre os sujeitos jovens e idosos, mesmo com 
significativa redução do volume de substância cinzenta nos mais idosos. Considerando 
que o N-acetilaspartato é um índice de integridade neuronal, a substância cinzenta se 
apresenta intacta nesses idosos sadios (ENGELHARDT & MOREIRA, 2006). 
A H-MRS, apesar de ser uma técnica relativamente nova e ainda não utilizada de 
rotina, já desponta como de grande utilidade clínica, permitindo identificar in vivo e de 
modo não-invasivo metabólitos constituintes de uma amostra de tecido nervoso 
examinado. Estes metabólitos observados que pertencem a diversas vias de 
metabolismo intermediário, são de relevância clínica em condições normais e 
patológicas (BUCHPIGUEL, 2006). 
 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
 
26 
 
 A DA cursa com redução da função colinérgica central, principalmente em áreas 
límbicas e temporoparietais. Encontramos degeneração das projeções colinérgicas 
oriundas do prosencéfalo basal em direção à formação hipocampal, bem como 
diminuição da atividade da enzima colina-acetiltransferase, responsável pela síntese de 
acetilcolina. Esta disfunção acomete predominantemente o nível pré-sináptico, com 
relativa preservação da neurotransmissão pós-sináptica. Essa é a base racional da 
terapêutica com drogas que aumentam a disponibilidade sináptica de acetilcolina 
(FORLENZA, 2005). 
O tratamento pode ser definido em quatro níveis: 
1. Terapêutica específica, que tem como objetivo reverter processos 
fisiopatológicos que conduzem a morte neuronal e a demência; 
2. Abordagem profilática, que visa retardar o início da demência e prevenir 
declínio cognitivo parcial ou provisório; 
3. Tratamento sintomático, que visa restaurar, ainda que parcial ou provisório, as 
capacidades cognitivas, as habilidades funcionais; 
4. Terapêutica complementar, que busca o tratamento das manifestações não-
cognitivas da demência, como depressão, psicose, agitação psicomotora, 
distúrbios do sono e agressividade (FORLENZA, 2005). 
 
Várias substâncias psicoativas têm sido propostas para preservar ou restabelecer a 
cognição, o comportamento e as habilidades funcionais do paciente com demência. 
Entretanto, os efeitos das drogas que estão aprovadas hoje para o tratamento da DA 
restringem-se ao retardo da evolução natural da doença, permitindo apenas uma melhora 
temporária do estado funcional do paciente ( FORLENZA, 2005). 
 
INIBIDORES DAS COLINESTERASES 
 
Os inibidores das colinesterases são as principais drogas hoje licenciadas para o 
tratamento específico da DA. Seu uso se norteia no pressuposto déficit colinérgico que 
ocorre na doença, e procura aumentar a disponibilidade sináptica de acetilcolina, através 
da inibição das suas principais enzimas catalíticas, a ACETIL e a 
BUTIRILCOLINESTERASE. Possui efeito sintomático discreto sobre a cognição. 
Podem ser classificados com base na reversibilidade e duração da inibição das 
colinesterases. (Tabela 1). Tacrina, galantamina e donepezil são inibidores reversíveis 
da acetilcolinesterase, respectivamente de duração curta, intermediária e longa. Tacrina 
e rivastigmina inibem também a butirilcolinesterase, o que pode causar um maior 
número de efeitos colaterais periféricos. 
27 
 
 
A resposta aos inibidores de colinesterases é heterogênea, sendo que alguns pacientes 
beneficiam-se muito, enquanto outros, muito pouco. Dados mostram que, em estudos 
controlados por placebo, os benefícios são observados a partir de 12 a 18 semanas, e 
possivelmente, desaparecem após seis a oito semanas da interrupção do tratamento. 
(JANN, 1998). Segundo estudos que avaliaram a eficácia dos inibidores, a sua 
administração em pacientes com DA leve ou moderada resulta em benefícios discretos, 
porém significativos em relação aos grupos não tratados, sobre o comportamento, a 
cognição e as capacidades funcionais. Devido à ausência de preditores clínicos ou 
biológicos de eficácia, justifica-se a prescrição de um inibidor de colinesterase para 
todos os pacientes com DA leve ou moderada, desde que não haja contra-indicaçõespara o seu uso. É importante tomar a decisão de qual o momento interrompê-las. As 
drogas devem ser descontinuadas nos seguintes casos: 
(1) Quando o paciente adere mal ao tratamento; 
(2) se a deterioração cognitiva mantém-se no mesmo ritmo prévio, após três a seis 
meses de tratamento; 
(3) quando há uma acelerada deterioração, depois de um período inicial de 
estabilização; 
(4) se, após uma interrupção do tratamento, verifica-se que a droga não está mais 
proporcionando benefícios. (LOVESTONE et al., 1997) 
Estudos iniciais com tacrina verificaram sua eficácia em pacientes com DA e 
iniciaram a terapia de reposição colinérgica. Entretanto, logo foi documentado sua 
hepatotoxicidade, observada em 30 a 50% dos casos. A dificuldade posológica aliada 
aos seus efeitos colaterais levaram-na ao desuso. 
Os inibidores das colinesterases de segunda geração (donepezil, rivastigmina e 
galantamina) possuem propriedades farmacológicas semelhantes. Sua atuação se dá 
promovendo aumento da disponibilidade sináptica da acetilcolina em uma janela 
terapêutica de até 30 a 60%. Os efeitos colaterais destas drogas também são 
semelhantes, apresentando no geral boa tolerabilidade. Dentre eles descrevem-se 
náuseas, vômitos, diarréia, anorexia, dispepsia e dor abdominal. No sistema 
cardiovascular temos síncope, arritmia e bradicardia (FORLENZA, 2005). 
 
28 
 
MEMANTINA 
 
 O uso da memantina na DA se justifica devido ao seu efeito sobre os receptores 
glutamaérgicos que também estão alterados na doença. O glutamato é o principal 
neurotransmissor excitatório cerebral, principalmente em regiões associadas à cognição 
e à memória. A sua segurança clínica foi demonstrada por meio de estudos clínicos 
controlados por placebos com mais de 500 pacientes portadores de demência leve ou 
moderada (PANTEV et al., 1993). A memantina bloqueia os receptores NMDA no 
estado de repouso e, assim como o magnésio, é deslocado de seu sítio de ligação em 
condições de ativação fisiológica; por outro lado, não se desprende do receptor na 
vigencia de ativação patológica. Por isso a descrição de ação neuroprotetora da 
memantina. (MISZTAL et al., 1996). Os efeitos colaterais mais relatados foram diarréia, 
vertigens e cefaléia . A absorção da droga no trato gastrointestinal leva ao pico de 
disponibilidade sérica entre três e oito horas. A eliminação é renal e não interfere com 
as enzimas do citocromo P450 (JARVIS & FIGGIT, 2003). Em pacientes com DA 
moderada a grave recebendo doses estáveis de inibidores de anticolinesterase, o 
tratamento combinado com memantina, é seguro e bem tolerado, bem como pode 
proporcionar desfechos mais favoráveis nos parâmetros funcionais, cognitivos e 
comportamentais (TARIOT et al., 2004). 
 
OUTRAS ABORDAGENS TERAPÊUTICAS 
 
ANTIOXIDANTES 
Vários estudos demonstraram que o estresse oxidativo, através da formação de 
radicais livres de oxigênio, pode favorecer a patogenia da DA, assim justificando o 
emprego de substâncias antioxidantes. Apesar de não proporcionarem melhora objetiva 
da cognição, podem retardar a evolução natural da doença, exercendo um suposto efeito 
neuroprotetor. No entanto, faltam estudos comprobatórios quanto ao real benefício da 
vitamina E na DA (SANO et al., 1997). 
 
GINKGO-BILOBA 
 
O extrato de ginkgo-biloba, Egb 761, contém glicosídeos de ginkgoflavonas e 
terpenóides, cuja ação combinada favorece o aporte sanguíneo cerebral por 
29 
 
vasodilatação e redução da viscosidade do sangue, além de reduzir a densidade de 
radicais livres de oxigênio nos tecidos nervosos (LUO, 2001). Estudos clínicos em 
pacientes com mostraram achados inconstantes. Encontra-se em andamento alguns 
estudos multicêntricos internacionais para avaliar o efeito do Egb 761 na prevenção de 
demência do tipo DA. 
 
PERSPECTIVAS FUTURAS 
 
O desenvolvimento de opções terapêuticas mais eficazes consiste em um dos 
objetivos mais perseguidos no cenário da pesquisa internacional. Mais do que a 
terapêutica, necessita-se de drogas capazes de modificar a evolução natural da doença, 
bem como a sua cura. Diante disto, é importante a compreensão dos mecanismos que 
levam à morte neuronal. Baseado nisto, surgem novas drogas como o fator de 
crescimento neuronal, os inibidores da hiperfosforilação da tau, a terapia antiamilóide e 
a imunoterapia (FORLENZA, 2005). 
 
FATOR DE CRESCIMENTO NEURONAL 
 
Os neurônios dos núcleos colinérgicos do prosencéfalo basal são sensíveis à 
ação do fator de crescimento neuronal (NGF), sendo este proposto como estratégia de 
tratamento para a DA. A nível experimental, observou-se melhora nos padrões de fluxo 
cerebral após administração intraventricular de NGF em três pacientes. Entretanto 
alguns efeitos colaterais surgiram como dores intensas e perda de peso (NORDBERG, 
2003). 
 
TERAPÊUTICA ANTIAMILÓIDE 
 
As terapêuticas antiamilóide têm como teoria a hipótese da cascata do amilóide. 
Sabemos que o acúmulo de β amilóide é um evento precoce e obrigatório na patogênese 
da DA. Há distrofia neuronal após a deposição de formas tóxicas do peptídeo β amilóide 
e, logo depois, a formação dos emaranhados neurofibrilares. Além disso, ocorrem 
reações de estresse oxidativo que levam a conversão das placas senis em placas 
neuríticas (FORLENZA, 2005). 
30 
 
As drogas com esta propriedade antiamilóide ainda estão em fase de experimentação e 
se agrupam assim: 
1. Inibidores da fibrilogênese; 
2. Inibidores da formação; 
3. Promotores da depuração do β amilóide. 
Entre os inibidores da fibrilogênese do β amilóide podemos citar o clioquinol e o NC-
531. Essas substâncias reduzem a transformação de formas solúveis do β amilóide em 
polímeros β – pregueados insolúveis(FORLENZA, 2005). 
 
IMUNOTERAPIA 
 
Quando SCHENK et al., (1999) descreveram em modelos de camundongos 
transgênicos o clareamento das placas de β amilóide em tecido cerebral mediado por 
anticorpos, houve um grande interesse em estratégias imunoterapêuticas. Neste estudo 
foram selecionados quatro lotes de camundongos transgênicos PDAPP. O primeiro lote 
recebeu um agente imunogênico derivado da proteína β amilóide humana (Aβ-42) 
sintética, o segundo foi imunizado com peptídeos derivados da sequência primária do 
componente amilóide –P sérico (SAP), e o terceiro e quarto lotes foram considerados 
controles, recebendo solução tampão ou nenhuma substância respectivamente. Os 
camundongos receberam 11 aplicações em um intervalo de 11 meses. A imunização de 
animais jovens preveniu o desenvolvimento e a formação de placas β amilóide, distrofia 
neurítica e astrogliose. Dos nove camundongos imunizados com Aβ-42, incluindo um 
com baixos títulos de anti-Aβ, sete não apresentaram depósitos detectáveis nas análises 
cerebrais. A imunização com Aβ-42, além de evitar a deposição de β amilóide nos 
tecidos, também aumentou o clareamento do β amilóide cerebral. 
Estudos posteriores, de JANUS et al (2000) e MORGAN et al (2000) 
descreveram que a imunização ativa com peptídeo β amilóide, em camundongos 
transgênicos também melhorava o desempenho cognitivo, com reversão do 
comprometimento de aprendizado e memória. Estes e outros trabalhos impulsionaram a 
realização do estudo imunogenético em humanos. Alguns dos achados clínico-
laboratoriais desse estudo foram apresentados na XIX Conferência Internacional sobre 
Doença de Alzheimer e desordens relacionadas (Filadélfia, 2004). Os resultados dos 
testes laboratoriais desse estudo revelaram que apenas 20% dos pacientes imunizados 
apresentaram resposta imunológica positiva (definida por títulos de anticorpos anti β-
amilóide acima de 1:2.200). Nesses indivíduos, observou-se redução das concentrações 
de proteína tau no LCR, porém sem diferenças em relação aos controles quanto aos 
31 
 
títulos liquóricos de Aβ-42. Os parâmetros neuropsicológicosprimários também não 
foram significativamente diferentes entre pacientes responsivos e controles (GILMAN 
et al., 2004). 
Em outros estudos clínicos, mostrou-se que a reatividade intrínseca e células T à 
antígenos próprios β amilóide existe em muitos indivíduos e aumenta quanto maior a 
idade. Esses achados podem proporcionar uma nova direção para o desenho de novas 
vacinas. Os laboratórios farmacêuticos Élan/Wyeth, responsáveis pelo desenvolvimento 
da imunoterapia com a droga NA-1792, iniciaram recentemente estudo de fase I com 
base na imunização passiva, onde se administra um anticorpo monoclonal anti β-
amilóide (AAB-001), suplantando talvez os efeitos e (riscos) oriundos da ativação 
imunológica excessiva dos pacientes (FORLENZA, 2005). 
 
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS EM CUIDADORES E PACIENTES COM 
DEMÊNCIA 
 
Sabemos do grande estresse que acomete os cuidadores bem como os familiares dos 
pacientes demenciados. Muitas vezes a sobrecarga é superior aos seus limites, 
ocasionando, muitas vezes desagregação na estrutura familiar. As fases intermediária e 
tardia constituem verdadeiros desafios aos profissionais devido a heterogeneidade da 
apresentação em cada caso (FERRETI, 2004). De todas as demências, a de 
ALZHEIMER é a mais comum. As manifestações não-cognitivas, incluindo os 
distúrbios comportamentais são eventos que podem interferir dramaticamente na 
execução das AVDs, levando muitas vezes a casos de institucionalização (GARRE-
OLMO et al, 2002; SMITH et al, 2001; FERRETI, 2004,1999). A farmacologia, com o 
uso dos inibidores de colinesterase, possibilitou a melhora desses quadros, mas há 
consenso sobre a necessidade da intervenção biopsicossocial no contexto das 
demências(IPA, 2003; AAN, 2000). 
Alguns trabalhos têm discutido a eficiência dos grupos de informação e suporte 
para os cuidadores com demência. Esses estudos salientam que a abordagem não-
farmacológica ou a terapia combinada (medicação+ suporte) pode se constituir valiosa 
aliada para a compreensão – pelo cuidador – do que realmente é demência, e, 
principalmente de maneira adequada de se lidar com comportamentos diferentes, além 
de permitir maior autonomia cognitiva e funcional desses pacientes por um maior tempo 
(BOTTINO et al., 2002; GARRIDO et al, 1999; KAUFER et al., 2002; TERI, 2000). A 
maior parte dos estudos tem, através da educação dos cuidadores, seu principal subsídio 
para a melhoria na qualidade de vida desses pacientes e suas famílias. 
32 
 
A demência gera frequentemente um sentimento de perda a todos que estão envolvidos 
no cuidado do paciente. Sendo assim, os profissionais envolvidos com esse tipo de 
paciente devem sempre estar atentos às suas percepções e a seus sentimentos que podem 
interferir nas observações das necessidades médicas dos mesmos (FERRETI & 
BOTTINO, 2006). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Considerando o maior interesse por parte dos profissionais e da população em geral 
acerca da DOENÇA DE ALZHEIMER no mundo inteiro, o presente trabalho vem 
contribuir para o conhecimento e atualização desta patologia tão evidente em nosso 
meio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
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