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* OSTEOARTRITE / OSTEOARTROSE * Osteoartrite / Osteoartrose Início do século XX: Tipo “atrófico” – inflamação sinovial, osteoporose e erosão da cartilagem e osso; jovens Tipo “hipertrófico”- ausência de inflamação; perda focal de cartilagem, hipertrofia do osso subcondral e da cartilagem nas margens articulares; idosos; 1907- Garrod – distinção entre Artrite Reumatóide e osteoartrite/osteoartrose * Osteoartrose / osteoartrite Doença articular degenerativa, por uso e desgaste da articulação. Asssociada ao envelhecimento. Consequência inevitável (?) Doença exclusivamente articular Grupo heterogêneo de patologias : Perda focal da cartilagem articular, acompanhada de reação hipertrófica no osso subcondral Achados radiológicos comuns Manifestações clínicas semelhantes * Osteoartrite / Osteoartrose Paciente típico: idoso, com dor, deformidades e rigidez articular, perda progressiva de função. Histologicamente envolve todos os tecidos da articulação diartrodial : cartilagem, osso subcondral, ligamentos, meniscos, musculatura periarticular – “insuficiência articular” Porém cartilagem considerada central * Articulação diartrodial ou sinovial * Cartilagem articular Central na função da articulação e fisiopatologia da OA Capacidade de absorver impacto,distribuir carga e autolubrificação Avascular, sem inervação Condrócitos e matriz extracelular: colágeno tipo II e proteoglicanos * * Alterações celulares, bioquímicas e teciduais Alterações estruturais Dor e outras manifestações clínicas Evento desencadeante (?) Envelhecimento * Osteoarthritis or osteoarthrosis: the definition of inflammation becomes a semantic issue in the genomic era of molecular medicine Attur M.G. et al Osteoarthritis Cartilage 2002;10:1-4 * Fisiopatologia Doença de causa mecânica quimicamente mediada Evento desencadeante -> degradação por ação de enzimas proteolíticas Metaloproteinases da matriz ( MMP) Participação de diversos medidadores inflamatórios: IL-1 e TNF-alfa; e NO Tentativa de reparo -> proliferação de condrócitos, síntese de colágenos e proteoglicanos\ Reparo desorganizado Posteriormente fissuras, redução e exposição do osso subcondral Aumento de atividade osteoblástica no osso subcondral – esclerose óssea, osteófitos * * * Epidemiologia Doença articular mais comum; principal causa de dor e incapacidade no idoso. Tendência a aumento com o envelhecimento da população Dificuldades na definição Estudos de prevalência com radiografia 0,1 % entre 20 e 30 anos 10- 20 % aos 40 anos 85 % entre 55 e 65 anos 100 % aos 85 anos * Epidemiologia Porém baixa correlação clínica X radiologia mulheres > 55 anos c/ OA de joelhos radiográfica, dor em apenas 65% mulheres c/ OA de mãos radiológica, dor em 70% Em maiores de 40 anos, prevalência clínica 30 % X radiológica 70 % Porque alguns pacientes desenvolvem sintomas e outros não? Mulheres tem 3 vezes mais sintomas com a mesma alteração radiológica Fatores psicossociais: aposentados X trabalhando; separados X casados; * Classificação OA primária ( idiopática) Fatores de risco Idade Obesidade Genéticos (principalmente formas poliarticulares em mulheres) Fatores mecânicos extrínsecos : laborais e recreativos Fatores mecânicos intrínsecos: geno varo e valgo, frouxidão ligamentar * OA secundária Doenças articulares inflamatórias ( artrite reumatóide) Condrocalcinose Artrite séptica Causas mecânicas: traumas, hipermobilidade, meniscectomia Neuropatias ( artropatia de Charcot) Metabólicas ( hemocromatose, ocronose, acromegalia) * Manifestações clínicas Anamnese: Dor articular aos movimentos ( protocinética ) Rigidez pós-repouso menor que 30 minutos Deformidade articular Proeminências ósseas Bloqueio articular Falseio Artrite e derrame articular * Manifestações clínicas Exame físico: Crepitações Dor a mobilização Restrição de movimentos Deformidades Instabilidade articular Aumento ósseo Atrofia muscular * * OA em articulações específicas Mãos Nódulos de Heberden Nódulos de Bouchard Risartrose OA erosiva * * Joelhos Compartimento femurotibial medial – varo Compartimento femurotibial lateral -valgo Retropatelar – compressão da patela Crepitações * Quadril Dor na região inguinal, nádegas, menos comumente referida no joelho Dor a rotação interna e externa Manobra de Patrick / FABERE ( Flexão / ABdução E Rotação Externa ) * * Coluna Articulações zigoapofisárias Espondilose ou discopatia Dor, rigidez, compressão de raízes nervosas, estenose do canal lombar * Alterações radiológicas Radiografia Simples Redução do espaço articular Esclerose do osso subcondral Osteófitos Alteração do contorno da articulação Cistos Ressonância – mais precoces, mais não utilizados de rotina Laboratório – normal * * * * * * * Diagnóstico Diagnóstico: clínico e radiológico “ Armadilhas” / diagnóstico diferencial: Reumatismos de partes moles Claudicação vascular Neuropatias periféricas Artrites infecciosas Artrite por cristais Artrites inflamatórias Frequência aumentada de FR e FAN nos idosos * Manuseio do paciente com OA Tratamento atual sintomático e paliativo Reduzir a dor Preservar a função e performance Educação do paciente (“ self management”) Drogas modificadoras de doença? Cirurgia ( artroplastia / prótese articular) * Tratamento não farmacológico Perda de peso Proteção articular Meios físicos – gelo, calor ; Exercício físico Equipamentos de auxílio na marcha – bengalas, muletas, andador Palmilhas anti-varo Estabilização da patela – goteiras elásticas * Exercícios para fortalecimento muscular Exercício ativo e não mobilização passiva Fortalecimento muscular - musculação Alongamento Passo 1:Levantar o membro contra a gravidade; começar com 6 a 10 repetições Passo 2: Aumentar progressivamente a resistência com pesos ou tirass elásticas Alongar Exercícios aeróbicos : caminhada, hidroginástica, bicicleta * Tratamento farmacológico Agentes tópicos AINE tópicos Capsaisina Analgésicos Acetoaminofeno 4 g/dia Dipirona * Antiinflamatórios não esteroidais AINES tradicionais associados a bloqueadores bomba prótons Inibidores seletivos de COX-2 Opióides Contra indicação aos AINE ou má resposta Ex: tramadol, codeína; adesivos de fentanil * Corticóide intraarticular Benefício curto - 1 a 4 semanas, mas início rápido Maior benefício derrame articular e inflamação Não associado a progressão da doença quando usado intervalos 4 a 6 meses. Terapia intraarticular * Ácido hialurônico intraarticular –“viscosuplementação” Início tardio – 2 a 5 semanas Efeito prolongado – 4 a 12 meses -> SADOA Não foi demonstrado efeito modificador da doença Terapia intraarticular * Reduzir progressão da doença – como medir? Prótese articular? Sintomas durante uso e após suspensão Radiografia Ressonancia? Marcadores bioquímicos? Drogas modificadoras de doença na OA (DMOADs) * Glicosamina Efeito sintomático (?) para sulfato de glicosamina 1500 mg/dia ( RottaPharma – no Brasil: Glucoreumin) mas não para outros sulfatos de glicosamina nem para cloridrato de glicosamina Sulfato de Glicosamina: redução progressão radiografica? Reduz percentula de pacientes para protese articular? Drogas modificadoras de doença na OA (DMOADs) * Sulfato de condroitina Efeito sintomático não demonstrado Redução na progressão radiográfica da OA de joelhos Benefício radiografico X sintomático Glicosamina e sulfato de condroitina combinados Melhora sintomatica em pacientes com OA de joelhos moderada a grave Drogas modificadoras de doença na OA (DMOADs) * Diacereína Efeito sintomático Efeito modificador de doença na OA de quadril Extratos não saponificados de abacate e soja Efeito sintomático ? Três estudos mostraram efeito, porém um quarto e maior e mais prolongado não mostrou Não demonstrado efeito modificador de doença Drogas modificadoras de doença na OA (DMOADs) * Doxiciclina Não associada a efeito sintomático Efeito modificador de doença (radiografia) na OA de joelhos Drogas modificadoras de doença na OA (DMOADs) * Difosfato/hidroxicloroquina Recomendação do consenso da SBR Porém, não é possível ainda considerar que existam DMOADs – espaço articular X benefício clínico Drogas modificadoras de doença na OA (DMOADs) * Tratamento cirúrgico Indicado em pacientes sem resposta a terapia clínica Osteotomias Debridamento artroscópico Prótese articular * * * * * * * * * * * * 22
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