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Ciências Sociais

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Título : A formação da sociedade capitalista no Brasil - 1º bimestre
Conteúdo :
1. A formação da sociedade capitalista no Brasil 
           O objetivo desta unidade é refletir sobre a maneira como o Brasil foi inserido no mundo capitalista, e a partir daí , identificar as causas da dependência externa.
         A sociedade brasileira se formou  a partir do processo de expansão do capitalismo europeu a partir do século XV. No início todas as relações comerciais eram voltadas para a metrópole e aqui se mantinha relações sociais baseadas na escravidão.
        Somente no século XIX, com a abolição da escravidão e a chegada de um grande contingente de imigrantes é que se introduziu o trabalho livre.  Com o  ciclo do café, outras atividades econômicas se desenvolveram como: transporte ferroviário, o sistema bancário, pequenas indústrias de alimentos e têxteis, que dinamizaram a vida nas áreas urbanas
         Vários estudos indicam que o processo de industrialização do Brasil esteve ligado ao desenvolvimento da economia cafeeira no Estado de São Paulo.
         O processo de  industrialização teve início com a  introdução do trabalho livre e  com o grande surto migratório que o país viveu no século XIX, que gerou um mercado consumidor de produtos industriais.
         Segundo (VITA: 1989,p. 137) a forma como os negócios do café se organizaram,   possibilitou a formação de uma ‘consciência burguesa’  entre os fazendeiros. Pois o capital acumulado no café era utilizado na diversificação das atividades econômicas.  Desde modo, o capital acumulado com a venda do café era investido em outra atividade que possibilitasse a obtenção de lucro. 
        Já no início dos anos 20, grandes empresas norte-americanas instalaram  filiais no Brasil. Ford, Firestone, Armour, IBM etc. (NOVAES:1984 p.117). Com a crise mundial do início dos anos 30, a economia brasileira deixa de ser voltada para a exportação e se apóia na interiorização e na industrialização. Porém, somente na década de 50, com a chegada de um grande número de empresas estrangeiras,  que buscam produzir para o mercado externo, o desenvolvimento industrial ganha forte impulso.  
Questão: 
Em deterrminados países, como o Brasil, a formação de uma indústria local de bens de consumo dependeu de recursos acumulados com a exportação agrária. A socióloga Cristina Costa , em relação a este processo afirma: "Um caso típico, neste sentido, ocorrido no Brasil, foi a industrialização de São Paulo, que, sem a concorrência dos produtos europeus, pôde se desenvolver com a utilização do capital gerado pela exportação do café". Esta colocação está relacionada:
A 
Aos momentos iniciais do processo de formação da sociedade capitalista no Brasil, principalmente, a partir do início do século XX.
B 
Ao processo de globalização da economia brasileira, iniciado após a industrialização da década de 50.
C 
Ao momento gerado pela 2a. Guerra Mundial, independente do que ocorreu no setor agrário nacional.
D 
Ao processo de desenvolvimento da agricultura brasileira que sempre possuiu características de desenvolvimento capitalista.
E 
Ao processo de industrialização atual, incentivado pelas exigências da globalização da economia.
Alternativa correta: A 
2. O capitalismo dependente 
            O grau de dependência que a economia brasileira têm com relação às potências estrangeiras pode ser compreendido a partir da  análise  do modelo de desenvolvimento industrial que o país teve, onde se privilegiou a indústria de bens de consumo em detrimento na indústria de bens de capital.
            Outro aspecto que merece ser mencionado à respeito da dependência estrangeira, diz respeito à ausência de produção de tecnologia no país, que optou  por um modelo de desenvolvimento industrial marcado tanto pela dependência tecnológica como pela de capital estrangeiro. [1]
             Uma das mais importantes teorias explicativas para a dependência estrangeira, surgiu no encontro de exilados de diversos regimes ditatoriais que proliferavam na América Latina.  Destaca-se nos estudos sobre a dependência, a obra Dependência e desenvolvimento na América Latina de Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto. É a obra que teve maior repercussão das Ciências Sociais em nível internacional.
             A obra destaca a natureza política e social do desenvolvimento na América Latina e trata das particularidades do desenvolvimento do capitalismo na América Latina. A constituição social do povo brasileiro, que tem uma burguesia nacional de origem agrária, colocou a burguesia  internacional  como o  principal agente do desenvolvimento capitalista brasileiro.  Para não correr os riscos inerentes ao empreendedorismo, a  burguesia nacional optou por sua aliança com o capital internacional e forte dependência do Estado. 
            A obra aponta a fragilidade do povo brasileiro, com uma elite que atua como agente dependente do capitalismo internacional e do Estado.  Quanto ao povo, a ausência de uma consciência de classe (veja conteúdo sobre Karl Marx) dada a situação inicial de um povo escravo e sem terra, atua  como mero figurante ou espectador nas principais decisões sobre os destinos do país.   Assim é exposta a fragilidade da sociedade civil, o povo age como massa e a elite como agente dos interesses internacionais.
             Por fim ,a obra nos permite compreender a dependência das elites empresariais do Estado e do capilismo internacional e  do povo como agente passivo. Esta fragilidade da sociedade civil, contribuiu para o fortalecimento do Estado, que assumiu entre nós a função centralizadora e agente patrocinador do desenvolvimento econômico.
Questão:
ENADE 2000 - Após a Segunda Grande Guerra, muitos países em desenvolvimento, sobretudo os da América Latina, adotaram um modelo de desenvolvimento que ficou conhecido como industrialização por substituição de importações. Esse modelo se caracterizava por:
A 
 Incorporar uma estratégia de orientação do desenvolvimento para fora, ou seja, em direção ao mercado internacional.
B 
Praticar elevado grau de subsídios à exportação de produtos manufaturados com o objetivo de estimular a produção interna destes bens.
C 
Conceder elevados incentivos à exportação de insumos e produtos intermediários, como forma de estimular a produção doméstica de bens finais.
D 
Utilizar barreiras comerciais para dificultar a importação de bens manufaturados e, conseqüentemente, estimular a produção interna destes bens.
E 
Incentivar as importações de bens de consumo final de alto conteúdo tecnológico, no lugar das importações de produtos de baixo conteúdo tecnológico, com o intuito de modernizar a indústria doméstica
 Alternativa correta: E          
4.3. Referências Bibliográficas:
 NOVAIS, Carlos E. Capitalismo para principiantes. 8ª. Ed. – São Paulo: Ática, 1984.
 
SINGER, Paul. A formação da classe operária. 5ª ed. São Paulo: Atual; Campinas: Editora da UNICAMP, 1988.
 
VITA, Álvaro. Sociologia da Sociedade Brasileira. São Paulo: Ática, 1989.
[1] Não é possível pensar no processo de industrialização brasileiro, sem levar em conta o processo de expansão das empresas européias e norte-americanas no pós-guerra.
Título : Introdução ao pensamento científico sobre o social - 1° bimestre
Conteúdo : 
1. Introdução ao pensamento científico sobre o social: Renascimento e Ilustração
Nesta unidade, temos como objetivo compreender os fundamentos sob os quais o capitalismo se desenvolveu na Europa a partir do século XVI.  Para isso, vamos analisar dois  movimentos intelectuais  que levaram a mudança de mentalidade na época e propiciaram o desenvolvimento da sociedade moderna: o Renascimento e a Ilustração. Com a analise do pensamento de  autores como Rousseau, Maquiavel e Comte,  é possivel  compreender as transformações sociais que culminaram com a formação do mundo moderno, capitalista, que é o que pretendemos analisar no decorrer deste curso.  
A partir do século XV significativas mudanças ocorrem na Europa, que culminaram com acrise do sistema feudal. Inicia-se uma nova era não só para a organização do trabalho, o conhecimento humano também sofre modificações. O ser humano deixa de apenas explicar ou questionar racionalmente a natureza, para se preocupar com a questão de como utilizá-la melhor. Essa nova forma de conhecimento da natureza e da sociedade, na qual a experimentação e a observação são fundamentais, aparece neste momento, representada pelo pensamento de Maquiavel (1469-1527), Galileu Galilei (1564-1642), Francis Bacon (1561-1626), René Descartes (1596-1650).
O pensamento social do Renascimento se expressa na criação imaginária de mundos ideais que mostrariam como a realidade deveria ser, sugerindo, entretanto, que tal sociedade seria construída pelos homens com sua ação e não pela crença ou pela fé.
Thomas Morus (1478-1535) em A Utopia defende a igualdade e a concórdia. Concebe um modelo de sociedade no qual todos têm as mesmas condições de vida e executam em rodízio os mesmos trabalhos.
Maquiavel em sua obra O Príncipe afirma que o destino da sociedade depende da ação dos governantes. Analisa as condições de fazer conquistas, reinar e manter o poder.  A importância dessa obra reside no tratamento dado ao poder, que passa a ser visto a partir da razão e da habilidade do governante para se manter no poder, separando a análise do exercício do poder da ética.
Segundo (COSTA: 2005,p.35) as idéias de Thomas Morus e  Maquiavel expressam os valores de uma sociedade em mudança, portadora de  uma visão laica* da sociedade e do poder.
Com a Ilustração*, as idéias de racionalidade e liberdade se convertem em valores supremos.  A racionalidade aqui é compreendida como a capacidade humana de pensar e escolher. Liberdade significa que as relações entre os homens deveriam ser pautadas na liberdade contratual, no plano político isto significa a livre escolha dos governantes, colocando em xeque o poder dos monarcas. Os filósofos iluministas concebiam a política como uma coletividade organizada e contratual. O poder passa a ser visto  como uma construção lógica e jurídica.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) em sua obra O contrato social, afirma que a base da sociedade estava no interesse comum pela vida social, no consentimento unânime dos homens em renunciar as suas vontades em favor de toda a comunidade (COSTA: 2005, p. 48). Rousseau identificou na propriedade privada a fonte das injustiças sociais e defendeu um modelo de sociedade pautada em princípios de igualdade.
Diferentemente de Rousseau, John Locke (1632-1704) reconhecia entre os direitos individuais e o respeito à propriedade. Defendia que os princípios de organização social fossem codificados em torna de uma Constituição.
Concluímos que a sociologia pré-científica é caracterizada por estudos sobre a vida social que não tinham como preocupação central conhecer a realidade como ela era, e sim propor formas ideais de organização social. O pensamento filosófico de então, já concebia diferenças entre indivíduo e coletividade, e como afirma (COSTA:2005, p.49) “Mas, presos ainda ao princípio da individualidade, esses filósofos entendiam a vida coletiva como a fusão de sujeitos, possibilitada pela manifestação explícita das suas vontades”. 
Questão: 
O renascimento é considerado um dos mais importantes momentos da história do Ocidente, entendido como o momento da ruptura entre o mundo medieval, com  características de sociedade agrária, estamental, teocrática e fundiária e o mundo moderno, urbano, burguês e comercial. Neste período emerge um novo pensamento social que tem por base: 
a-) Estímulo ao individualismo, rejeição ao pensamento religioso, valorização da razão.
b-) Estímulo à atrividade agrária, rejeição do pensamento racional e valorização da igreja.
c-) Estímulo à vida coletiva, rejeição ao pensamento religioso e valorização das práticas consideradas mágicas.
d-) Estímulo ao individualismo, rejeição ao pensamento racional e valorização da igreja.
e-) Estímulo a atividade manufatureira, rejeição ao pensamento científico e valorização do pensamento mágico. 
 
Alternativa correta: A
2.  O pensamento científico sobre o Social
            A preocupação em conhecer e explicar os fenômenos sociais sempre foi uma preocupação da humanidade. Porém a explicação com base científica é fruto da sociedade moderna, industrial e capitalista. A Sociologia como ciência, surgiu no século XIX e significou que o pensamento sobre o social se desvinculou das tradições morais e religiosas,  Como afirma (COSTA: 2005, p.18).  
“Tornava-se necessário entender as bases da vida social humana e da organização da sociedade, por meio de um pensamento que permitisse a observação, o controle e a formulação de explicações plausíveis, que tivessem credibilidade num mundo pautado pelo racionalismo”. 
            Augusto Comte (1798-1857) foi o autor que desenvolveu pela primeira vez, reflexões sobre o mundo social sob bases científicas. Para este autor, o  papel da Sociologia seria conhecer as leis sociais para poder prever os fenômenos e agir com eficácia. (QUINTANEIRO. 2007 p. 19); Em um contexto de grande desenvolvimento das ciências físicas e biológicas, se inspirou no avanço dos conhecimentos sobre o corpo humano para traçar analogia entre o corpo humano e uma corpo social. Em sua análise compreendia a sociedade como um grande organismo, no qual cada parte possui uma função específica. e o bom funcionamento do corpo social depende da atuação de cada órgão.  Esta ideia é passível de ser exemplificada em nosso cotidiano se observamos as relações de trabalho em uma empresa, onde cada um depende do trabalho do outro e o bom funcionamento da organização é identificado na interrelação do trabalho de diferentes indivíduos.
            Segundo Comte, ao longo da história a sociedade teria passado por três fases: a teológica, a metafísica e a científica. Concebia a fase teológica como aquela em que os homens recorriam à vontade de deus para explicar os fenômenos da natureza. A segunda fase, o homem já seria capaz de utilizar conceitos abstratos, mas é somente na terceira base, que corresponde à sociedade industrial, que o conhecimento passa a se pautar na descoberta de leis objetivas que determinam os fenômenos.
            Comte procurou estudar o que já havia sido acumulado em termos de conhecimentos e métodos por outras ciências como a matemática, biologia, física, para saber quais deles poderiam ser utilizados na sociologia.
          O conhecimento sociológico permite ao homem transpor os limites de sua condição particular para percebê-la como parte de uma totalidade mais ampla, que é o todo social. Isso faz da sociologia um conhecimento indispensável num mundo que, à medida que cresce, mais diferencia e isola os homens e os grupos entre si. 
         Questão:
         O despontar da Sociologia no século XIX significou o aparecimento da preocupação do homem com o seu mundo e a sua vida em grupo, numa nova expectativa, livre das tradições morais e religiosas provocando assim, uma preocupação com as regras que organizavam a vida social que, se observadas e apreendidas, poderiam dar a este homem explicações razoáveis que tornassem possível prever e controlar os fenômenos sociais. Resultando assim:
 
         a-) na possibilidade de se poder intervir conscientemente nos processos, tanto para reforçá-los como para negá-los, dependendo dos interesses  em jogo;
 
        b-) no tratamento das questões relativas à vida social, como temas do senso comum e não de interesse do cientista;
         c-) na definição do objeto de estudo da Sociologia
 
        d-) na criação de um vocabulário próprio com conceitos que designam aspectos precisos da vida social;
 
        e-) numa indagação a respeito de como as sociedades devem se organizar para serem tão perfeitas quanto possível.
 
Alternativa correta: A
 
Texto base: COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 3a. ed. São Paulo: Moderna, 2005 
Exercício 1
A Sociologia surgiu em um contexto socialespecífico, marcado por profundas transformações sociais que criaram a necessidade de compreender a sociedade sob a perspectiva da ciência. Este contexto histórico foi:
 
A)
o pensamento grego e as guerras púnicas influenciaram decisivamente na constituição da sociologia;
B)
as revoluções burguesas inglesas foram fundamentais para que a sociologia se fundamentasse como ciência;
C)
a revolução francesa não constituiu um fator importante para o pensamento ocidental e o surgimento da sociologia;
D)
 
a revolução industrial e a revolução francesa foram fundamentais para a instalação da sociedade capitalista e o surgimento da sociologia;
E)
o movimento sindical foi influenciado pela sociologia assim como os sociólogos atuam nesse movimento no século XIX.
 
Sugestão
Justifique a resposta dada ao exercício:
Exercício 2
Foi  no Renascimento que o homem europeu retornou  a prática do pensamento especulativo, concebendo o seu papel na história dos acontecimentos como agente. O pensamento social renascentista expressou-se nas obras de pensadores como  Nicolau Maquiavel e Thomas Morus. Nestas duas obras observa-se:
A)
uma análise clara das bases em que se assenta o poder pólítica da época;
B)
a expressão dos ideais de vida moderada, laboriosa e igualitária;
C)
a vida dos homens já aparecendo como resultado das condições econômicas e políticas e não de sua fé ou de sua consciência individual;
D)
o modelo de monarca ideal para reinar e manter seu poder;
E)
uma apurada crítica da ordem social;
Sugestão
Justifique a resposta dada ao exercício:
Exercício 3
Pode-se dizer que a partir do Renascimento ocorreram transformações profundas na Europa. Entre elas destacam-se:
A)
A formação de uma mentalidade laica e a negação do individualismo
B)
A formação de uma postura crítica em relação ao conhecimento científico
C)
A formação de uma mentalidade laica e a defesa do emprego de métodos científicos
D)
A consolidação da mentalidade religiosa já que o teocentrismo foi adquirindo maior credibilidade.
E)
A formação de uma mentalidade laica, embora os filósofos e pintores deste período tenham valorizado os princípios religiosos.
Sugestão
Justifique a resposta dada ao exercício:
Título : Tranformações do capitalismo no século XVIII - 1o. bimestre
Conteúdo :
1. – Transformações sociais do século XVIII: Revolução Francesa
 
Nesta unidade nosso objetivo é compreender a maneira como o capitalismo se afirmou como modo de organização social a partir do século XVIII. Para isso recorreremos a análise das revoluções burguesas[1] pela capacidade de provocar as mudanças que puseram fim ao sistema feudal. A importância dessas revoluções é que estimularam o desenvolvimento do capitalismo, pondo fim às monarquias absolutistas e contribuíram para a eliminação  de  barreiras que impediam o livre desenvolvimento econômico.
         As idéias propagadas pelo iluminismo, conduziram a crítica ao pensamento teológico e o avanço do pensamento racional, contribuindo para mudança dos costumes e do pensamento da época.  Buscava-se transformar não só o pensamento, mas a própria sociedade, criticando os fundamentos da sociedade feudal. Autores como Rousseau, Montesquieu procuravam mostrar como a sociedade feudal era injusta e irracional, impedindo o exercício da liberdade humana.
         No final do século XVIII a monarquia francesa procurava garantir os privilégios da nobreza, que não pagava impostos e possuía o direito de receber tributos, em um contexto no qual crescia a miserabilidade do povo. A burguesia também se opunha ao regime monárquico, pois este, não permitia a livre constituição de empresas, impedindo a burguesia de realizar seus interesses econômicos.
      Em 1789, com a mobilização das massas em torno da defesa da igualdade e da liberdade, a burguesia toma o poder e passou a atuar contra os fundamentos da sociedade feudal. Procura organizar o Estado de forma independente do poder religioso e promove profundas inovações na área econômica ao criarem medidas para favorecer o desenvolvimento de empresas capitalistas. Dentre as mudanças significativas impostas pela Revolução Francesa, vale destacar a promulgação de uma legislação que limitava o poder da família,proibindo os abusos da autoridade paterna. Os bens da Igreja foram confiscados e a educação deixa de ser controlada pela Igreja e se torna obrigação do Estado.  
      As massas que participaram da revolução, logo foram surpreendidas pelas medidas da burguesia, que proibiram as manifestações populares e os movimentos contestatórios passam a ser reprimidos com violência.
 
     Questão:
Podemos dizer que a Revolução Francesa (1789) foi um fato histórico crucial para o desenvolvimento e consolidação do mundo moderno, tendo em vista que:
 
a)       Teve como principal conseqüência a centralização do poder da igreja católica, que terminou firmando-se como a principal instituição responsável pelo controle do poder político, antes muito diluído entre as famílias nobres que governavam a Europa.
b)      Criou condições para a separação definitiva, no mundo ocidental, entre Estado (política) e Igreja (religião), de modo que os fatos políticos passaram a ser entendidos como fenômenos sociais definidos pelo jogo de forças entre indivíduos e grupos que formam uma dada sociedade. Em outras palavras, consolidou a política como ação livre de qualquer tipo de influência mágica ou mística, seja na condução e sentido dos acontecimentos, seja na legitimação do poder.
c)       Criou as condições de florescimento da moderna indústria, tendo em vista que, pela primeira vez na história, combinou-se, no ambiente de trabalho, emprego de tecnologia (máquinas) e organização racional dos trabalhadores no processo fabril.
d)      Abriu espaço para uma série de movimentos de caráter conservador, que buscavam a restauração dos princípios da sociedade feudal
e)      Foi responsável pela consolidação de uma nova forma de governo, conhecido como monarquia constitucional, em que a figura do rei perdeu poder de decisão política e, em seu lugar, entrou a figura do primeiro-ministro.
Alternativa correta: B 
 
 2.  Transformações do capitalismo no século XVIII: Revolução Industrial
             A revolução industrial eclodiu na Inglaterra na segunda metade do século XVIII. Ela significou algo mais do que a introdução da máquina a vapor, e aperfeiçoamento dos métodos produtivos. A revolução nasceu sob a égide da liberdade: permitir aos empresários industriais que desenvolvessem e criassem novas formas de produzir e enriquecer. 
Desde modo, a revolução industrial constitui uma autêntica revolução social que se manifestou por transformações profundas na estrutura institucional, cultural, política e social.
O desenvolvimento de técnicas leva os empresários a incrementar o processo produtivo e aumentar as taxas de lucro. Isto leva os empresários a se interessar cada vez mais pelo aperfeiçoamento das técnicas de produção, visando produzir mais com menos gente.  A relação de classes que passa a existir entre a burguesia e os trabalhadores é orientada pelo contrato – o que permite inferir que a liberdade econômica e a democracia política – temos o trabalhador livre para escolher um emprego qualquer e o empresário  livre para empregar quem desejar.(MEKSENAS:1991, p. 47) , ela significou uma profunda transformação na maneira dos homens se relacionarem.
Aspectos importantes da Revolução Industrial
1. A produção passa a ser organizada em grandes unidades fabris, onde predomina uma intensa divisão do trabalho.
2. Aumento sem precedentes na produção de mercadorias.
3. Concentração da produção industrial em centros urbanos.
4. Surgimento de um novo tipo de trabalhador: o operário
 A revolução industrial desencadeou uma maciça migração do campo para cidade, tornando as áreas urbanas o palco de grandes transformações sociais. Formam-se as multidões que revelam nas ruas uma nova face do desenvolvimento do capitalismo: a miserabilidade.No interior das fábricas as condições de trabalho eram ruins. As fábricas não possuíam ventilação, iluminação e os trabalhadores eram submetidos à jornadas de trabalho de até 16 horas por dia. Era usual nas fábricas a presença de mulheres e crianças a partir de 5 anos atuando na linha de produção. Quanto aos homens, amargavam a condição de desemprego. 
Os problemas sociais inerentes à Revolução Industrial foram inúmeros: aumento da prostituição, suicídio, infanticídio, alcoolismo, criminalidade, violência, doenças epidêmicas, favelas, poluição, migração desordenada.
           Por fim, é preciso esclarecer que os problemas acima expostos são típicos da sociedade capitalista. Tornando a vida em sociedade altamente complexa, por isso precisamos de uma ciência para compreender os nexos que ligam a realidade. 
 
Questão:
 
Podemos apontar como consequência da Revolução Industrial:
 
a-) O decréscimo da população urbana, que era explorada no penoso trabalho da indústria.
 
b-) A humanização imediata das relações de trabalho, principalmente no que se refere a salários, condições de higiene e jornada de trabalho.
 
c-) O crescente controle por parte do operário do conjunto do processo produtivo, impedindo a fragmentação do saber e a alienação.
 
d-) O desenvolvimento da urbanização, dos transportes, das comunicações e da produção em série.
 
e-) Fim da exploração dos operários urbanos e o nascimento das ideias socialistas. 
 
Alternativa correta: D 
Texto base: MARTINS, Carlos B. O que é Sociologia.São Paulo: Brasiliense, 1992.  
[1] As revoluções burguesas foram: Revolução Gloriosa (1680) na Inglaterra, a Revolução Francesa (1789), a Independência Americana (1776) e a Revolução Industrial inglesa a partir de 1750. Enfocaremos em nosso curso somente as Revoluções Francesa e Industrial por constituírem as duas faces de um mesmo processo: a consolidação do regime capitalista moderno.
 
Exercício 1
No início da Revolução Industrial o trabalho infantil foi utilizado com grande intensidade pelos capitalistas por quê:
A) apelava para o ideal de homem ativo e poupador
B) apelava para o dever do trabalho e o repúdio a ociosidade
C) orientava a criança para a disciplina, o esforço físico e o bem estar social
D) supunha, na criança, maior docilidade e obediência em virtude de sua fragilidade.
E) exigia da criança a subsistência e a liberdade de ocupar o tempo livre.
Justifique a resposta dada ao exercício:
Exercício 2
ENADE 2004
"O homem se tornou lobo para o homem, porque a meta do desenvolvimento industrial está concentrada num objeto e não no ser humano. A tecnologia e a própria ciência não respeitam valores éticos e, por isso, não tiveram respeito algum com  o humanismo, para a convivência e para o sentido mesmo da existência. Na própria política, o que contou no pós-guerra foi o êxito econômico e, muito pouco, a justiça social e o cultivo da verdadeira imagem do homem. Fomos vítimas da ganância e da máquina. Das cifras. E, assim, perdemos o sentido autêntico da confiança, da fé, do amor. As máquinas andaram por cima da plantinha sempre tenra da esperança. E foi o caos."
ARNS, Paulo Evaristo. Em favor do homem. Rio de Janeiro: Avenir, s\d, p. 10.
De acordo  com o texto, pode-se afirmar que:
A)
A industrialização, embora respeite os valores éticos, não visa o homem.
B)
A confiança, a fé, a ganância e o amor se impõem para uma convivência possível.
C)
A política do pós-guerra eliminou totalmente a esperança entre os homens.
D)
O sentido da existência encontra-se instalado no êxito econômico e no conforto.
E)
O desenvolvimento tecnológico e científico não respeitou o humanismo.
Sugestão
Justifique a resposta dada ao exercício:
Exercício 3
A Revolução Industrial ocorrida no final do século XVIII transformou as relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do século XX.
Pode-se afirmar que as conquistas no início do século XX são decorrentes de:
A) a expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais
B)
a expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por trabalhadores especializados.
C) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses
D)
o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos parlamentos.
E)
a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais européias. 
Sugestão
Justifique a resposta dada ao exercício:
Título : Módulo 2 - Aspectos do desenvolvimento humano e os períodos do ciclo vital
Conteúdo : 
Módulo 2
 
(A) Aspectos do desenvolvimento humano e os períodos do ciclo vital
 
Leitura Obrigatória:
PAPALIA, D. E; OLDS, S. W; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 8ª. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
 
Leitura para Aprofundamento:
BEE, Helen. Ciclo Vital. 1ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 1997.
KAIL, Robert V. A criança. 1ª. Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
 
 
De acordo com Papalia (2006), o campo do desenvolvimento humano constitui-se do estudo científico de como as pessoas mudam, bem como das características que permanecem estáveis durante toda a vida e o estudo científico deste processo evolutivo é recente, sendo conhecido atualmente comodesenvolvimento do ciclo vital.
 
O QUE É PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO?
 
A Psicologia do Desenvolvimento é um ramo da psicologia que se preocupa em responder como e por que as capacidades dos indivíduos vão se diferenciando ao longo da vida. Focaliza seus estudos nas mudanças e nas consistências (continuidades), na universalidade e na individualidade. Busca um entendimento sistemático da sequência de mudanças físicas, cognitivas, psicossociais e seus desdobramentos ao longo do ciclo vital. 
 
O QUE É CICLO VITAL? 
Estudar o Ciclo Vital significa admitir que o desenvolvimento humano ocorre durante a vida inteira e cada período é influenciado pelo o que aconteceu antes e irá afetar o que virá depois. Sugere também que cada fase tem sua importância, características e valores especiais.
 
Os autores variam na maneira como compreendem a divisão dos períodos do desenvolvimento do ciclo vital. Uma das maneiras seria a seguinte: formação e desenvolvimento pré-natal; crianças de 0 a 2 anos, crianças de 2 a 6 anos, crianças de 7a 12 anos, adolescência, adulto-jovem, meia-idade, velhice e morte. Entende-se que cada um dos períodos tem acontecimentos e tarefas desenvolvimentais características, embora, seja importante lembrar que se trata de uma divisão didática e que, por vezes, a análise do desenvolvimento de um determinado indivíduo não corresponde exatamente à descrição do período.
 
Oito Períodos do Ciclo Vital (Papalia, 2006:52)
- Período pré-natal (concepção ao nascimento)
- Primeira Infância (nascimento aos 3 anos)
- Segunda Infância (3 – 6 anos)
- Terceira Infância (6 – 11 anos)
- Adolescência (11 – 20 anos)
- Jovem Adulto (20 – 40 anos)
- Meia-Idade (40 - 65 anos)
- Terceira Idade (65 anos em diante)
 
Além desta organização pela cronologia, há também a possibilidade de se estudar enfocando os vários aspectos do desenvolvimento, como: físico-motor, cognitivo e psicossocial. No entanto, é importante que fique claro que o desenvolvimento de cada um desses aspectos irá afetar os demais, por isso o estudo deve enfocar a análise global do desenvolvimento e o contexto sócio-histórico em que o sujeito está inserido. Dessa forma, cabe ressaltar também, que embora o desenvolvimento seja inerente à própria condição humana, a delimitação desta área para estudo é inter-relacionada com fatoressócio-históricos.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre o conceito de conhecimento do senso comum e conhecimento científico.
 
2) Faça o seguinte exercício:
 
ð Selecione uma foto de quando você tinha aproximadamente dez anos de idade e uma recente. Observe-as, e tente fazer uma reflexão listando no que você mudou e o que foi mantido. Como você entende essas mudanças e continuidades?
ð Pense num grupo de pessoas com as quais você mantém relações de longo prazo: amigos, família ou ambos. Pense em cada uma delas e tente listar, quais são as continuidades através do Ciclo de Vida desta pessoa? E as suas? Você consegue identificar as continuidades ao longo do desenvolvimento dos indivíduos com os quais trabalhou? Como as entende?
 
3) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
A psicologia do desenvolvimento é uma das disciplinas mais abrangentes e complexas dentro da ciência psicológica. Sua evolução é recente e tem seguido uma tendência atual, a qual pode ser descrita como: (assinale a alternativa correta).
a) Uma área da psicologia que acompanha as transformações ocorridas na capacidade de relacionamento social dos indivíduos, analisando as influências biológicas, psicológicas e sociais desse desenvolvimento.
b) Um ramo da psicologia que estuda as mudanças ocorridas no homem desde o nascimento até a idade adulta.
c) Uma parte da psicologia que estuda como uma mudança ocorre e por que, considerando as influências sociais no desenvolvimento humano.
d) Uma área da ciência psicológica que estuda as transformações observadas no ser humano, levando em consideração os aspectos biopsicossociais, desde a concepção até a morte.
e) Um ramo da psicologia que descreve o desenvolvimento afetivo.
 
A alternativa correta é a (D). A alternativa que apresenta a resposta mais correta é: A psicologia do desenvolvimento é uma área da ciência psicológica que estuda as transformações observadas no ser humano, levando em consideração os aspectos biopsicossociais, desde a concepção até a morte.
 
 
(B) Processos de desenvolvimento: mudança e estabilidade
 
Leitura Obrigatória:
PAPALIA, D. E; OLDS, S. W; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. 8ª. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
 
Leitura para Aprofundamento:
BEE, Helen. Ciclo Vital. 1ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 1997.
KAIL, Robert V. A criança. 1ª. Ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
 
 
Até o século XVII, as crianças não eram vistas como qualitativamente diferentes dos adultos, eram consideradas como “adultos em miniaturas”, menores, mais fracas e menos inteligentes (Áries, 1978); a adolescência não era vista como um estágio separado do desenvolvimento até o início do século XX e provavelmente, nenhum de vocês passou pela pré-adolescência. Portanto, uma série de fatores sociais, econômicos, culturais co-constroem uma determinada forma de se descrever e compreender a realidade. Assim, deve-se sempre lembrar que uma ciência não é um dogma, precisa ser lida criticamente.
 
De acordo com Papalia (2006:50), à medida que o campo do desenvolvimento humano tornou-se uma disciplina científica, seus objetivos evoluíram para incluir a descrição, explicação, predição e modificaçãodo comportamento. Descrição é uma tentativa de retratar o comportamento com precisão. Explicação é a revelação das possíveis causas do comportamento. Predição é prever o desenvolvimento futuro com base no desenvolvimento pregresso ou presente. Modificação é a intervenção para promover o desenvolvimento ideal.
 
Exemplo: estudo sobre o desenvolvimento da linguagem
- descrever o momento em que a maioria das crianças começa a falar;
- explicar o que causa ou influencia este desenvolvimento.
- prever como a capacidade de linguagem interfere (ou informa) sobre a fase seguinte;
- modificar (interferir) neste comportamento de linguagem
 
Da mesma forma, os cientistas do desenvolvimento estudam dois tipos de mudança no desenvolvimento:quantitativa e qualitativa. A mudança quantitativa é uma mudança de número ou quantidade, como as do crescimento em altura, peso, vocabulário ou frequência de comunicação. A mudança qualitativa é uma mudança no tipo, na estrutura ou na organização.
 
A maior parte das pessoas apresenta estabilidade ou constância durante o desenvolvimento físico, desenvolvimento cognitivo e desenvolvimento psicossocial que estão interligados em um processo único no ciclo vital.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça as leituras indicadas, atentando para os conceitos apresentados neste módulo.
 
2) Acompanhe o seguinte exercício:
 
O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam. (Guimarães Rosa)
 
A partir desta citação e da Psicologia do desenvolvimento pode-se afirmar: (assinale a alternativacorreta):
 
a)       Para compreendermos o desenvolvimento humano, precisamos compreender tanto a mudança quanto à consistência, tanto a universalidade quanto a individualidade. O corpo teórico da psicologia do desenvolvimento busca o entendimento desses processos.
b)       Para compreendermos o desenvolvimento humano, precisamos compreender o ser humano como um objeto de estudo, um ser abstrato, desvinculado das suas idiossincrasias.
c)        Para compreendermos o desenvolvimento humano precisamos compreender que “cada caso é um caso”, não podemos estabelecer idiossincrasias.
d)       Para compreendermos o desenvolvimento humano, precisamos compreender apenas a universalidade da personalidade humana. O corpo teórico da psicologia do desenvolvimento busca o entendimento desse processo.
e)       Para compreendermos o desenvolvimento humano, precisamos compreender a maturação do indivíduo.
 
Se você compreendeu adequadamente, assinalou a alternativa (A). O ser humano é um ser abstrato, datado e co-construído pelas condições históricas e sociais que o cercam. Para compreendermos o desenvolvimento humano temos que ir além do estudo da personalidade humana e da maturação do indivíduo.
 
3) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
 
Título : A formação da sociedade capitalista no Brasil - 1º bimestre
Conteúdo :
1. A formação da sociedade capitalista no Brasil 
           O objetivo desta unidade é refletir sobre a maneira como o Brasil foi inserido no mundo capitalista, e a partir daí , identificar as causas da dependência externa.
         A sociedade brasileira se formou  a partir do processo de expansão do capitalismo europeu a partir do século XV. No início todas as relações comerciais eram voltadas para a metrópole e aqui se mantinha relações sociais baseadas na escravidão.
        Somente no século XIX, com a abolição da escravidão e a chegada de um grande contingente de imigrantes é que se introduziu o trabalho livre.  Com o  ciclo do café, outras atividades econômicas se desenvolveram como: transporte ferroviário, o sistema bancário, pequenas indústrias de alimentos e têxteis, que dinamizaram a vida nas áreas urbanas
         Vários estudos indicam que o processo de industrialização do Brasil esteve ligado ao desenvolvimento da economia cafeeira no Estado de São Paulo.
         O processo de  industrialização teve início com a  introdução do trabalho livre e  com o grande surto migratório que o país viveu no século XIX, que gerou um mercado consumidor de produtos industriais.
         Segundo (VITA: 1989,p. 137) a forma como os negócios do café se organizaram,   possibilitou a formação de uma ‘consciência burguesa’  entre os fazendeiros. Pois o capital acumulado no café era utilizado na diversificação das atividades econômicas.  Desde modo, o capital acumulado com a venda do café era investido em outra atividade que possibilitasse a obtenção de lucro. 
        Jáno início dos anos 20, grandes empresas norte-americanas instalaram  filiais no Brasil. Ford, Firestone, Armour, IBM etc. (NOVAES:1984 p.117). Com a crise mundial do início dos anos 30, a economia brasileira deixa de ser voltada para a exportação e se apóia na interiorização e na industrialização. Porém, somente na década de 50, com a chegada de um grande número de empresas estrangeiras,  que buscam produzir para o mercado externo, o desenvolvimento industrial ganha forte impulso.  
Questão: 
Em deterrminados países, como o Brasil, a formação de uma indústria local de bens de consumo dependeu de recursos acumulados com a exportação agrária. A socióloga Cristina Costa , em relação a este processo afirma: "Um caso típico, neste sentido, ocorrido no Brasil, foi a industrialização de São Paulo, que, sem a concorrência dos produtos europeus, pôde se desenvolver com a utilização do capital gerado pela exportação do café". Esta colocação está relacionada:
A 
Aos momentos iniciais do processo de formação da sociedade capitalista no Brasil, principalmente, a partir do início do século XX.
B 
Ao processo de globalização da economia brasileira, iniciado após a industrialização da década de 50.
C 
Ao momento gerado pela 2a. Guerra Mundial, independente do que ocorreu no setor agrário nacional.
D 
Ao processo de desenvolvimento da agricultura brasileira que sempre possuiu características de desenvolvimento capitalista.
E 
Ao processo de industrialização atual, incentivado pelas exigências da globalização da economia.
Alternativa correta: A 
2. O capitalismo dependente 
            O grau de dependência que a economia brasileira têm com relação às potências estrangeiras pode ser compreendido a partir da  análise  do modelo de desenvolvimento industrial que o país teve, onde se privilegiou a indústria de bens de consumo em detrimento na indústria de bens de capital.
            Outro aspecto que merece ser mencionado à respeito da dependência estrangeira, diz respeito à ausência de produção de tecnologia no país, que optou  por um modelo de desenvolvimento industrial marcado tanto pela dependência tecnológica como pela de capital estrangeiro. [1]
             Uma das mais importantes teorias explicativas para a dependência estrangeira, surgiu no encontro de exilados de diversos regimes ditatoriais que proliferavam na América Latina.  Destaca-se nos estudos sobre a dependência, a obra Dependência e desenvolvimento na América Latina de Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto. É a obra que teve maior repercussão das Ciências Sociais em nível internacional.
             A obra destaca a natureza política e social do desenvolvimento na América Latina e trata das particularidades do desenvolvimento do capitalismo na América Latina. A constituição social do povo brasileiro, que tem uma burguesia nacional de origem agrária, colocou a burguesia  internacional  como o  principal agente do desenvolvimento capitalista brasileiro.  Para não correr os riscos inerentes ao empreendedorismo, a  burguesia nacional optou por sua aliança com o capital internacional e forte dependência do Estado. 
            A obra aponta a fragilidade do povo brasileiro, com uma elite que atua como agente dependente do capitalismo internacional e do Estado.  Quanto ao povo, a ausência de uma consciência de classe (veja conteúdo sobre Karl Marx) dada a situação inicial de um povo escravo e sem terra, atua  como mero figurante ou espectador nas principais decisões sobre os destinos do país.   Assim é exposta a fragilidade da sociedade civil, o povo age como massa e a elite como agente dos interesses internacionais.
             Por fim ,a obra nos permite compreender a dependência das elites empresariais do Estado e do capilismo internacional e  do povo como agente passivo. Esta fragilidade da sociedade civil, contribuiu para o fortalecimento do Estado, que assumiu entre nós a função centralizadora e agente patrocinador do desenvolvimento econômico.
Questão:
ENADE 2000 - Após a Segunda Grande Guerra, muitos países em desenvolvimento, sobretudo os da América Latina, adotaram um modelo de desenvolvimento que ficou conhecido como industrialização por substituição de importações. Esse modelo se caracterizava por:
A 
 Incorporar uma estratégia de orientação do desenvolvimento para fora, ou seja, em direção ao mercado internacional.
B 
Praticar elevado grau de subsídios à exportação de produtos manufaturados com o objetivo de estimular a produção interna destes bens.
C 
Conceder elevados incentivos à exportação de insumos e produtos intermediários, como forma de estimular a produção doméstica de bens finais.
D 
Utilizar barreiras comerciais para dificultar a importação de bens manufaturados e, conseqüentemente, estimular a produção interna destes bens.
E 
Incentivar as importações de bens de consumo final de alto conteúdo tecnológico, no lugar das importações de produtos de baixo conteúdo tecnológico, com o intuito de modernizar a indústria doméstica
 Alternativa correta: E           
4.3. Referências Bibliográficas:NOVAIS, Carlos E. Capitalismo para principiantes. 8ª. Ed. – São Paulo: Ática, 1984. SINGER, Paul. A formação da classe operária. 5ª ed. São Paulo: Atual; Campinas: Editora da UNICAMP, 1988. VITA, Álvaro. Sociologia da Sociedade Brasileira. São Paulo: Ática, 1989.
[1] Não é possível pensar no processo de industrialização brasileiro, sem levar em conta o processo de expansão das empresas européias e norte-americanas no pós-guerra.
Exercício 1
No início do século XX, contata-se que não havia no Brasil  desenvolvimento econômico e industrial comparável aos países da Europa  EUA. Esta constatação levou as oligarquias rurais  a afirmar que  "o Brasil era um país com vocação agrária". Esta afirmativa   exprimia os interesses desses grupos que eram contrários ao desenvolvimento da indústria.  
Assinale a afirmativa que expressa os interesses da oligarquia rural.
A)
A ascensão econômica da burguesia industrial significaria uma ameaça aos interesses e aos domínios das oligarquias de origem rural.
B)
A forte convicção de que a industrialização era uma atividade que traria benefícios econômicos e sociais para o país.
C)
Seria impossível que a burguesia industrial conseguisse romper a resistência do governo central.
D)
Seria impossível que a burguesia industrial conseguisse romper o cerco imposto pelos países de capitalismo avançado.
E)
Acreditavam que a burguesia industrial deveria investir no setor agrícola pois seria impossível competir com a qualidade dos produtos importados.
Sugestão
Justifique a resposta dada ao exercício:
Confirma
Exercício 2
A cultura do café no Oeste paulista a partir do século XIX teve consequências relevantes para o país. Assinale a alternativa que NÃO corresponde  a este contexto.
A)
A cultura do café provocou a decadência do trabalho escravo e a introdução do trabalho livre.
B)
A cultura do café contribuiu para dinamizar outras atividades econômicas como: a criação das primeiras ferrovias e o sistema bancário.
C)
A cultura do café contribuiu para o processo de urbanização, pois era nas áreas urbanas que se realizava a comercialização do café e o financiamento da produção.
 
D)
A necessidade de garantir mão-de-obra para a lavoura do café foi responsável pela imigração de 1.400.000 trabalhadores europeus.
E)
A cultura do café contribuiu para a preservação do trabalho escravo e para a crise das cidades industriais, que perderam população.
Sugestão
Justifique a resposta dada ao exercício:
Confirma

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