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Resumo- ANALOGIA E PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO

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IED 
RESUMO: ANALOGIA E PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
sandoval.rochacn@gmail.com 
Universidade Estadual de Alagoas 
PROCEDIMENTOS DE INTEGRAÇÃO: ANALOGIA LEGAL- PAULO 
NADER- CAPÍTULO 19 
 
LACUNAS DA LEI 
Noções de Integração e de Lacunas: A integração é um processo de 
preenchimento de lacunas, existentes na lei, por elementos que a própria 
legislação oferece ou por princípios jurídicos, mediante operação lógica e juízos 
de valor. 
A integração se processa pela analogia e princípios gerais de Direito. 
As leis, por mais bem planejadas, não logram disciplinar toda a grande 
variedade de acontecimentos sociais. A lacuna se caracteriza não só quando a 
lei é completamente omissa em relação ao caso, mas igualmente quando o 
legislador deixa o assunto a critério do julgador. 
A integração da lei não se confunde com as fontes formais, nem com os 
processos de interpretação do Direito. Os elementos de integração não 
constituem fontes formais porque não formulam diretamente a norma jurídica, 
apenas orientam o aplicador para localizá-las. A pesquisa dos meios de 
integração não é atividade de interpretação, porque não se ocupa em definir o 
sentido e o alcance das normas jurídicas. 
Muitos casos não podem ser resolvidos com base em normas 
preexistentes. 
“Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, 
os costumes e os princípios gerais de direito.” 
NOÇÃO GERAL DE ANALOGIA 
Conceito: A analogia é um recurso técnico que consiste em se aplicar, a 
uma hipótese não prevista pelo legislador, a solução por ele apresentada para 
uma outra hipótese fundamentalmente semelhante à não prevista. 
Utiliza a lei de um caso semelhante e aplica ao caso concreto, em que a 
lei é omissa (fala do professor em sala). 
IED 
RESUMO: ANALOGIA E PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
sandoval.rochacn@gmail.com 
Universidade Estadual de Alagoas 
Analogia não é fonte formal, porque não cria normas jurídicas, apenas 
conduz o intérprete ao seu encontro. 
A aplicação da analogia legal decorre necessariamente da existência de 
lacunas da lei. É uma técnica a ser empregada somente quando a ordem jurídica 
não oferece uma regra específica para determinada matéria de fato. Uma vez 
manifesta, a lacuna deverá ser preenchida, utilizando-se, em primeiro lugar, do 
procedimento analógico. 
Juiz: sua função será localizar, no sistema jurídico vigente, a hipótese 
prevista pelo legislador e que apresente semelhança fundamental com o caso 
concreto. 
O Direito Natural, através de seus princípios basilares, também dá 
fundamento à analogia. 
O PROCEDIMENTO ANALÓGICO 
Somente após criterioso estudo, pode-se chegar à conclusão de que há 
semelhança de fato e identidade de razão entre o caso enfocado e o paradigma 
escolhido. 
Para que se torne possível a aplicação da analogia, não basta que entre 
os casos comparados haja muitas características semelhantes. 
Muitos autores distinguem duas espécies de analogia: a legal e a jurídica. 
A analogia legal é a hipótese acima analisada, em que o paradigma se 
localiza em um determinado ato legislativo, enquanto a analogia jurídica se 
configuraria quando o paradigma fosse o próprio ordenamento jurídico. 
Entendemos que existe apenas uma espécie de analogia, a legis, porquanto a 
chamada analogia juris nada mais representa do que o aproveitamento dos 
princípios gerais de Direito. 
O aplicador do Direito enceta pesquisa na legislação a fim de focalizar um 
paradigma, um caso semelhante ao não previsto. Uma vez localizado, desde que 
a semelhança seja no essencial e haja identidade de motivos, a solução do 
paradigma será aplicada ao caso não previsto em lei. 
IED 
RESUMO: ANALOGIA E PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
sandoval.rochacn@gmail.com 
Universidade Estadual de Alagoas 
 
PROCEDIMENTOS DE INTEGRAÇÃO: PRINCÍPIOS GERAIS DE 
DIREITO- PAULO NADER- CAPÍTULO 20 
 
O Direito brasileiro consagrou-os como o último elo a que o juiz deverá 
recorrer, na busca da norma aplicável a um caso concreto. Os princípios gerais 
de Direito garantem, em última instância, o critério de julgamento. 
Diante de uma situação fática, os sujeitos de direito, necessitando 
conhecer os padrões jurídicos que disciplinam a matéria, devem consultar, em 
primeiro plano, a lei. Se esta não oferecer a solução, seja por um dispositivo 
específico, ou por analogia, o interessado deverá verificar da existência de 
normas consuetudinárias. Na ausência da lei, de analogia e costume, o preceito 
orientador há de ser descoberto mediante os princípios gerais de Direito. 
“O jurista penetra em um campo mais dilatado, procura apanhar as 
correntes diretoras do pensamento jurídico e canalizá-lo para onde a 
necessidade social mostra a insuficiência do Direito positivo”. 
AS DUAS FUNÇÕES DOS PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO 
Na vida do Direito os princípios são importantes em duas fases principais: 
na elaboração das leis e na aplicação do Direito, pelo preenchimento das lacunas 
da lei. 
O ponto de partida para a composição de um ato legislativo deve ser o da 
seleção dos valores e princípios que se quer consagrar, que se deseja infundir 
no ordenamento jurídico. O Direito possui princípios estratificados pelo tempo e 
outros que vão se formando. 
A qualidade da lei depende, entre outros fatores, dos princípios escolhidos 
pelo legislador. O fundamental, tanto na vida como no Direito, são os princípios, 
porque deles tudo decorre. Se os princípios não forem justos, a obra legislativa 
não poderá ser justa. 
As regras jurídicas constituem, assim, irradiações de princípios. 
IED 
RESUMO: ANALOGIA E PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
sandoval.rochacn@gmail.com 
Universidade Estadual de Alagoas 
Na segunda função dos princípios gerais de Direito, que é de preencher 
as lacunas legais, o aplicador do Direito deverá perquirir/investigar os princípios 
e valores que nortearam a formação do ato legislativo. 
NATUREZA DOS PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO 
A polêmica dominante é travada entre as duas grandes forças da Filosofia 
do Direito: a positivista e a jusnaturalista. 
O positivismo, sustenta a tese de que os princípios gerais de Direito são os 
consagrados pelo próprio ordenamento jurídico e, para aplicá-los, o juiz deverá 
ater-se objetivamente ao Direito vigente sem se resvalar no subjetivismo. 
 As afirmações desta corrente, em síntese, são as seguintes: a) os 
princípios gerais de Direito expressam elementos contidos no ordenamento 
jurídico; b) se os princípios se identificassem com os do Direito Natural, abrir-se-
ia um campo ilimitado ao arbítrio judicial; c) a vinculação de tais princípios ao 
Direito Positivo favorece a coerência lógica do sistema; d) os ordenamentos 
jurídicos possuem um grande poder de expansão, que lhes permite resolver 
todas as questões sociais. 
Para a corrente jusnaturalista ou filosófica, os princípios gerais de Direito 
são de natureza suprapositiva, constantes de princípios eternos, imutáveis e 
universais, ou seja, os do Direito Natural. Para essa corrente os princípios que 
deverão ser aplicados serão os do Direito Natural, de vez que, ao elaborar as 
leis, o legislador se guia por eles. 
Os sistemas jurídicos de quase todos os países incluem os princípios 
gerais de Direito como processo de integração jurídica.

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