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P1 A importância da necropsia

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Anatomia Patológica – P1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Medicina Veterinária
Aluno: Jeferson Bruno da Silva – Matrícula: 201406074-4
26 de julho de 2016 - A importância da necropsia
A Importância da Necropsia
Existiam muitos tabus e aspectos desconhecidos em relações às doenças e por isso evitava-se fazer a necropsia. Um exemplo é a raiva. Isso atravancou o crescimento do conhecimento. Nos últimos 30 anos, tivemos um crescimento nisso e a rural contribuiu muito para todo esse desenvolvimento. O clínico trabalha em conjunto com patologista. 
Vamos adquirir também a forma de como coletar, quando coletar e o que. Além dos métodos de necropsia e seguiremos especificamente um método sistematicamente ao longo de todo o semestre para que não se esqueça de nenhum passo e para que possamos ser extremamente descritivos. 
Precisamos saber diferenciar os fenômenos cadavéricos dos fenômenos intravitais.
Alterações/Achados Incidentais: achados de pouca importância na patogenia da doença ou na causa morte do animal, mas eles chamam bastante atenção. 
Alterações Pós-Morte
Achados Incidentais de Necropsia
Importância: reconhecer e evitar que se confundam as alterações decorrentes da morte com as provocadas em vida pelas doenças e também estimar o tempo e hora da morte – medicina legal.
Quanto mais tempo passar depois da morte, maiores serão as alterações pós-mortais e a capacidade de interpretar as lesões vai ser dificuldade então o ideal é que o animal seja necropsiado o mais rápido após a morte. 
É importante deixar a eutanásia mais tardiamente porque você pode ter melhor interpretação conforme a evolução da doença ocorre e qual a conduta clínica que teremos e a forma com que trataremos o outro animal. Se estivermos no campo e o animal estiver muito ruim e caso exista o risco de perder o animal (porque é longe, não tem transporte, não possui tempo etc) é preferível fazer a eutanásia e a necropsia. Se houver dificuldades na chegada do patologista é bom realizar uma medida de segurança, colocar num saco plástico, cobrir ou então fazer a refrigeração. O problema da refrigeração é que ela congela os cristais das células e causa alterações histopatológicas.
Alterações imediatas:
Insensibilidade; 
Imobilidade;
Parada das funções cardíacas e respiratórias;
Inconsciência
Arreflexia a estímulos táteis, térmicos e dolorosos.
Esses pontos são importantes para acontecer a realização da eutanásia. 
Alterações mediatas:
Fenômenos autolíticos
Fenômenos de putrefação. 
Fenômenos Autolíticos
Autólise = Fenômeno destrutivo que implica em auto-digestão celular. É resultante de enzimas liberadas pelas células após a morte. 
	Fenômenos Putrefativos
É de natureza bacteriana, porque não há mais controle imunológico, neuronal etc. Geralmente essas bactérias estão no trato digestório, no meio externo (pele) e todos os epitélios com conexão do meio externo (digestório, respiratório, genital e urinário). Os Clostridium spp são os que mais se proliferam na carcaça.
Células que precocemente mostram os efeitos da autólise:
Nervosas;
Miócitos cardíacos;
Da medula da adrenal;
Do trato intestinal;
Epitélios especializados de certas vísceras como pâncreas
Hepatocitos;
Epitélio dos túbulos renais.
Primeiro vão desaparecendo as vísceras e depois de todas elas desaparecerem a musculatura se liquefaz e então as cartilagens começam a sofrer ação. Os ossos ficam por último. 
Tecidos que oferecem maior resistência à autólise e putrefação:
Pele;
Tecidos fibrosos;
Cartilagens.
Condições que modificam a marcha da putrefação.
Temperatura ambiente/deslocamento de ar;
Grau de umidade/doenças desidratantes;
Higiene do ambiente;
Sangria;
Doenças toxêmicas e septicêmicas.
Doenças necrotizantes ou gangrenosas;
Tamanho do animal;
Febre;
Exercício antes do óbito;
Idade;
Cobertura tegumentar;
Tétano/taxa metabólica alta;
Estado nutricional.
Quando eu falo em congelar/descongelar a gente vai contar com as condições de a putrefação aumentarem porque o animal vai levar um tempo até refrigerar e congelar e durante esse tempo as alterações continuam e no descongelamento é a mesma coisa e o líquido do descongelamento vai se depositar nas cavidades. 
Reconhecimento das alterações cadavéricas/marcha da putrefação.
Rigor mortis – enrijecimento da carcaça
Algor mortis – resfriamento da carcaça
Livor mortis – mancha cadavéricas e da putrefação
Hipóstase
Coagulação sanguínea
Embebição pela hemoglobina 
Embebição pela bile
Pseudomelanose.
O sangue coagula na hora da morte, mas depois que o animal começa a entrar em putrefação o sangue começa a coagular também. A coloração mais escura se chama pseudomelanose.
Na hipóstase e embebição pela hemoglobina há, muitas vezes, descrição equivocada de que o animal tinha lesão quando na verdade eles já estavam apodrecendo. Isso é até bem comum para os iniciantes na necropsia.
Período gasoso = timpanismo pós-morte. Os gases se acumulam nas cavidades, nos espaços onde há capacidade de acumular. E a medida que eles vão se deslocando pelo organismo eles formam o enfisema cadavérico.
Enfisema cadavérico é caracterizado por:
Crepitações;
Deslocamentos;
Torções;
Ruturas;
A maceração é quando o tecido vai se liquefazendo. Estado pastoso -> semilíquido -> líquido.
Por fim tem o período coliquativo e por ultimo o período de esqueletização. 
Cronologia Pós-Morte (pegar no slide depois).

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