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Administrativo I - Resumo Prof Augusto Napuceno

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Administrativo I
Professor Augusto 
Rio, 22/2
Doutrina recomendada:
José dos Santos Carvalho Filho 
Maria Silva Zanela de Pietro 
Administração Pública e o direito administrativo
Competência: Art 21 ao 31 da CF
Súmula 473 do STF
O presente ramo do direito visa legitimas através de um conjunto normativo e preceitos jurídicos as relações do poder público para com seus administrados, bem como do Estado junto as suas estruturas e agente abrangendo as chamadas relações extroversas e introversas.
Funções Públicas e Poderes do Estado
Art. 2º da CF – São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
	Diante das esferas federativas e seus respectivos entes federados cada um dos poderes (executivo, legislativo, judiciário) exercerá nos termos do art. 2º da CF e de suas competências constitucionais funções públicas típicas e atípicas respectivamente tidas como predominantes e coadjuvantes.
Obs: Diante das funções públicas exercidas por cada poder é preciso reconhecer e assim distinguir o que é exercício legítimo de função pública atípica e aquilo que realmente reputa lesividade a separação de poderes. Desta forma caberá a cada poder a prática de atos judicantes normativos e administrativos, assim legitimados e inerentes a sua realidade finalística. De outro lado o que não pode se aceitar são interferências comissivas que transcendam o exercício legal típico e atípico. 
Art. 49, inciso V da CF.
Semana 1) Partindo das influências advindas do Estado francês pode se dizer que a ideia de governancia enquanto administração pública compartilhada harmônio somente e não mais absolutista reverbera o cenário pátrio do direito administrativo. Assim pode se dizer que, destacando os artigos 1º e 2º da CF temos respectivamente representados a teoria do contrato social advinda de Locke, Robees e Rousse e a tripartição dos poderes e suas funções trazidas nas ideia de Montesquieu 
Ferramentas organizacionais do Estado
	Os entes federativos compreendidos enquanto corpos da administração pública ao exercerem suas competências legais na gestão do interesse público promoverão a organização interna e externa de suas estruturas através da desconcentração (movimento organizacional externo, administração direta – administração indireta). 
Obs: Embora reconhecidamente a desconcentração seja predominante enquanto movimento organizacional interno da administração direta não há como negar sua utilização neste mesmo sentido nas estruturas advindas da administração indireta. 
Rio, 8/3
Princípios da Administração Pública
	Vencida a etapa positivista do direito pátrio e considerando a influência do pensamento constitucional alemão, surge no direito brasileiro uma nova realidade constitucional denominada neoconstitucionalismo. Com isso, restam absorvidas pela constituição um conjunto de princípios responsáveis por auxiliar com grandeza constitucional os atos e relações advindas do Estado. 
Conjuntos Principiológicos 
	Diante do estudo a ser realizado quanto aos princípios aplicáveis a administração pública teremos a seguinte disposição: princípios expressos dada sua leitura explícita no artigo 37 da CF, princípios reconhecidos ou implícitos, uma vez que mesmo não tendo redação expressa, terão suas essências extraídas por através da simples escrita de dispositivos constitucionais e infraconstitucionais. Além destes, teremos os princípios especiais que de forma originárias ou por derivação serão visualizados e aplicados pontualmente a cada contexto do direito administrativo estudado. 
Princípios expressos: artigo 37 da CF
*Ler súmula 13 do STF
	Considerando a legitimidade do MP enquanto fiscal da lei advinda do art. 127 e segs. da CF, bem como no uso adequado da Lei 7.347/85, houve clara lesão ao princípio da impessoalidade conforme art. 37 caput e seu §1º. Assim a conduta adotada pelo agente político em questão, teve natureza totalmente pessoal, afastando-se do esperado atendimento ao interesse público. Desta forma será dada procedência ao pleito proposto, reconhecendo a nulidade do ato de publicidade em questão. 
Princípio da moralidade 
Obs: é a partir da leitura da Súmula vinculante 13, cabe destacar que o próprio STF embora tenha editado tal enunciado, possui posicionamento excepciona a contratação não efetiva de colateral consanguíneo em casos de cargos políticos nos quais se possa vislumbrar a luz do princípio da eficiência perfil profissional adequada a função. Assim será realizada uma ponderação subjetiva de valores que licitamente afasta a regra objetiva da dita súmula.
Princípio da publicidade 
	O referido princípio reputa em sede predominante a publicidade objetiva, ou seja, informação de interesse geral é indeterminado. Contudo, não como ignorar a publicidade subjetiva presente em contextos informativos de natureza individual determinada. Além disso, cabe lembrar que bem todo ato administrativo ou jurídico do poder público perfaz um dever de publicidade na verdade só terá esta natureza aquelas hipóteses que signifiquem deveres e obrigações a seus titulares, ou seja, mero fluxo de informações para cumprimento de expediente não gera por regra tal dever. 
Princípio da eficiência 
Rio, 15/3 
Pasta D, 5
Princípios reconhecidos ou implícitos
Princípio da supremacia do interesse público 
Obs: Apesar de originariamente soberano e inabalável, o interesse público a luz do presente princípio, embora mantenha a regra de sua prevalência foi afetado por processo de relativização que criou um cenário de exceção no qual o interesse público quando a ponderação de valores demonstrar danos eminentes ou efetivos aos direitos fundamentais a vida e a dignidade da pessoa humana.
Obs 2: Além do que foi tratado anteriormente, é preciso ressaltar que o interesse público também poderá colidir com outro interesse público, no entanto caberá a autoridade competente analisar e ponderar respectivamente os indícios de superveniência e não previsibilidade, pois assim se poderá concluir pelo atendimento do melhor interesse público.
48:30
Princípio da indisponibilidade do interesse público 
	Neste caso as prerrogativas funcionais atribuídas a cada agente público e as estruturas da administração pública devem guardar nítida relação com a satisfação do interesse público, do contrário a fruição destas torna-se automaticamente indisponível (desvio de finalidade/excesso de poder). 
Súmula 473 do STF - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque dêles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Principio da autotutela 
	O referido princípio reputa a ideia de autocontrole que será exercido dos diferentes poderes do Estado quando na prática de atos administrativos seja em função pública atípica ou típica ao se deparar com ilegalidade (anulação) ou desnecessidade pública (revogação). 
Obs: Cabe destacar que a Súmula 473 do STF em sua parte penal trás um sentido ilimitado no que tange o judiciário do controle de poderes. No entanto, essa prerrogativa também representada no art. 5º inciso XXXV da CF refere-se extintamente à controle de legalidade. Não só dispositiva como também principiológica. 
Princípio da razoabilidade e proporcionalidade 
	Há que se falar que é predominantemente na doutrina a ideia que razoabilidade e proporcionalidade portam-se respectivamente como principal e acessório. Contudo, é preciso destacar que cada um dos princípios possuem a sua identidade jurídica, ou seja, a razoabilidade é definida através da valoração feita pelo poder público entre agir e não agir desta ou daquela forma.
	Respeitada as competências legais, já a proporcionalidade ultrapassa essa valoração inicial e corresponde ao teor da dosimetria e, portanto, da densidade quanto ao meio empregado para atingir o objetivo de interesse público. 
 R: Diante do que trata o art. 5º da CRFB inciso LXIX,bem como o rito especial da Lei 12.016/09 será impetrado mandado de segurança individual repressivo com pedido de liminar no sentido de garantir a José o imediato retorno ao certame para que não se perca o objeto tutelado na demanda quanto ao mérito se acredita na concessão na ordem de segurança uma vez que fora lesionado seu direito de publicidade subjetivo conforme o art. 5º LXIX. Cabe ainda frisar que tal hipótese lesiva só se faz possível a partir do entendimento jurisprudencial sob o princípio da razoabilidade, ou seja, para os tribunais superiores ainda que haja previsão no edital de mera publicidade objetivo transcorrido o prazo desarrazoável de mais de 1 ano da última etapa ou do término do certame deveria ocorrer publicidade subjetiva através de notificação pessoal inequívoca no endereço informado pelo concursando quanto a questões que impliquem em direitos e obrigações com este. 
Pesquisar 3 jurisprudências para formular a resposta para o dia da prova. Manuscrito!
Princípio da finalidade 
	Interesse público especial, expresso. Tem que tá atrelado em uma finalidade de interesse público específico.
Princípio da motivação
	Motivo - razão ≠ Motivação – reduzir a termo/justificar aquele ato 
Art. 37, inciso II da CRFB 
	A exemplo do que trata o art. 50 da Lei 9.784/99 é possível afirmar de forma ampla que a partir de uma previsão legal caberá a autoridade pública competente justificar fática e juridicamente os atos que reputam direitos e obrigações a outrem (pessoa física ou pessoa jurídica). 
Obs: Cumpri destacar que as hipóteses isentas de motivação também estarão atreladas a uma previsibilidade legal, conforme ilustra a parte final do inciso II do art. 37 da CRFB. No mais, em restando o ato desobrigado porém praticado de forma motivado esta vinculará para efeitos de controle de legalidade.
Princípio da insindicabilidade do mérito administrativo
	Na verdade o presente princípio reputa com maior relevância uma discussão polemizada na doutrina, ou seja, em se tratando de controle judicial da administração pública caberá tão somente uma análise acerca de ilegalidades dispositivas e/ou principiológicas. Assim não cabe ao judiciário por afronta a separação de poderes sindicar pura e simplesmente o mérito administrativo.
Rio, 22/3 - Pasta A, 7 e 8
	Após o estudo das ferramentas organizacionais do Estado, caberá analisar de forma pormenorizada as estruturas e suas peculiaridades daquilo que se conhece por administração pública	 direta e indireta. Atualmente, a doutrina elenca os 3 setores da administração, tendo no primeiro adm. direto e indireto. No segundo, os delegatórios de serviços públicos e no terceiro as organizações sociais. 
Administração pública direta
	Compõe este cenário os entes federativos, seus órgãos públicos e respectivos agentes públicos. Verticalidade federativa – neste caso, ainda que se reconheça uma posição de superioridade da união federal para com os demais entes não há constitucionalmente uma hierarquia em sede de subordinação, devendo assim ser respeitada cada competência direcionada a cada ente federativo, conforme art. 21 ao 31 da CF e correlatos. 
Órgãos públicos - garantido que cada corpo da administração possa exercer sua administração. 
Art. 61, §1, II, “e” c/c 84, inciso VI, ambos da CF
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. 
e) criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública;
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
 VI - dispor, mediante decreto, sobre:
organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
Considerando a natureza de organismos despersonificados, os órgãos públicos por via de regra são estruturas internas da adm. pública que desempenham por uma relação de subordinação uma conexão finalística funcional entre Estado pessoa jurídica e agentes públicos pessoas físicas em uma relação definida pela chamada teoria do órgão. 
OBS: A dita teoria do órgão se explica através da imputação volitiva de vontade, ou seja, a adm. pública conectada aos seus agentes por força dos órgãos públicos terá suas vontades concretizadas através de um exercício funcional finalístico presente nas atribuições de cada agente.
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
XI - criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública;
Criação, transformação e extinção dos órgãos 
	Respeitando os termos do art. 48, XI, 61 §1, II, “e” e 84, VI, “a”, todas da CF/88 a criação e extinção dos órgãos partirá da iniciativa da autoridade competente e surgirá no mundo jurídico por força de lei.
	No entanto, após a edição da emenda constitucional 32 de 2001 restou possível alterar caracteristicamente o funcionar de órgãos públicos por decreto desde que não surja aumento de despesa ou criação e extinção efetiva ou similar.
Semana 4) Não há como prosperar a pretensão advinda do chefe do executivo em questão, pois embora seja competente formalmente para fazê-lo, operou no presente caso vício nesse sentido lesionando diretamente os artigos 61 §1, II, alínea “e” e 84 inciso VI, alínea “a” da CF/88, uma vez que para aprovação de criação e extinção de órgãos públicos far-se-á necessária a edição de lei, e não de decreto. Assim, torna-se nulo o ato normativo praticado padecendo a inexistência jurídica.
OBS: Capacidade jurídica/processual extraordinária – apesar da regra de ausência de personalidade jurídica dos órgãos públicos, o cenário jurisprudencial (Ministra Eliane Calmont) defende em grau extraordinário que determinados órgãos públicos de grandeza constitutiva e de prerrogativas constitucionais poderão defender-se ativamente contra atos lesivos e/ou de usurpação quanto a tais garantias legais sendo recorrente a utilização do mandado de segurança como remédio constitucional.
Agentes Públicos
Lei 8.429/92 – Improbidade 
	A partir da conceituação dispositiva do art. 2 da Lei 8.429/92, serão definidos enquanto agentes públicos de direitos aqueles indivíduos que por força de um vínculo jurídico funcional exercem função pública estando ou não atrelado a cargo ou emprego público. 
OBS: A investidura em cargo ou emprego público reputa ao agente público o exercício de uma ou várias funções públicas, no entanto, nem toda legitimação para exercício de funções públicas advém da investidura de cargo ou emprego público. Ex: jurados, mesários, estagiários, conciliadores na adm. pública.
Regimes Jurídicos
	Em uma análise meramente superficial sobre o assunto, convém destacar que na adm. pública incidirá nas pessoas jurídicas de direito público regime estatutário, enquanto nas pessoas jurídicas de direito privados regime celetista. Respeitados ainda os casos de regime especial. Uma vez que lei específica disponha sobre determinado cargo ou carreira. 
Adm. pública indireta
	A adm. pública direta por força de seus entes federativos poderá para fins de atendimento do interesse público valer-se da descentralização para gerir de forma pontual, ainda que indiretamente, determinadas áreas de sua competência. Constituindo a adm. pública indireta nos cenários típicos e atípicos. No primeiro teremos a criação das autarquias (típica e absoluta) que exerceram atividade administrativa tal qual a Fazenda Pública, fundações públicas (típica relativa) que vinda da iniciativa privada ou do Estado exercerá atividade de cunho social. 
	Empresa pública (capital 100% público) e Sociedade de Economia Mista (capital dominante majoritariamentepúblico) sendo que neste último caso, tais entidades configuram o que o art. 173 da CF/88 chama de estado empresário. 
*Art. 37, inciso XIX c/c art. 5 do Decreto 200/67
Autarquias 
	Tal entidade compromete-se a prestação de atividade administrativa do Estado a partir de sua criação por lei e transferência de recursos patrimoniais, humanos e financeiros que passam a ser sua titularidade para operacionalizar sua atuação finalística. 
Capital – patrimônio – pessoal 
Rio, 29/3 - Pasta D, 11
Administração Pública Direta e Indireta – continuação
Função Administrativa 
	Quando falamos de capital, as autarquias, assim como as fundações, elas além de receber cotação orçamentária do poder público constituinte, elas não tem finalidade lucrativa. Elas desempenham atividade típica e o Estado tipicamente não tem o animus (intenção lucrativa), em sede atípica vai ter. Por hora o Estado, através das autarquias, passa a dotação orçamentária a elas para desenvolvimento das atividades finalísticas, mas nada impede que a autarquia também tenha desenvolvimento de atividade remunerada. 
Ex: CESPE e o MB, é uma autarquia federal educacional (Universidade) e a CESPE é uma das maiores bancas de concurso, então nesse sentindo, organiza provas e recebem por isso. 
	Como esse capital recebido vai ser utilizado, vai ser necessário entrar em cena: Capital Lucro e Superávit. O Superávit geralmente é aquele dinheiro que supera as despesas, ou seja, é o ativo que supera o passivo. Esse ativo não goza de liberalidade. O ativo em sede de superávit que goza de liberalidade é lucro. Mas o superávit nesse sentido de capital naquelas entidades que não tem finalidade lucrativa (Autarquias e Fundações) ele tem natureza compulsória, que significa dizer o dinheiro recebe essa nomenclatura, o dinheiro que é ativo superando o passivo, de superávit porque tem que ser revertido obrigatoriamente na finalidade daquela entidade. Se assim não for, terá que ser devolvido aos cofres públicos da origem (esfera respectiva). 
	Se a CESPE e o MB não revertem potenciais superávit na sua atividade fim tem que ser devolvida aos cofres públicos federais ou, ainda, se a faz de forma irregular terá que responder diante ao TCU. 
	Além de capital tem o patrimônio que acontece que a Autarquia precisa iniciar as suas atividades. Essa Autarquia recebe patrimônio, ou seja, muda a titularidade e assim poderá gerar assim melhor o patrimônio. Patrimônio são bens públicos (art. 98 ao 103 do CC). Além disso, tem o pessoal são as pessoas que vão trabalhar de formar efetiva (esquece terceirização e temporário) e pessoas jurídicas de direito público ingressam através de concurso público para ocupar cargo público (art. 41 do CC). O poder público pode contratar terceirizado para atividade meio.
*Essa discussão de terceirização atual não deve se sustentar, porque lesiona muitas situações profissionais já consolidadas, inclusive por clausula pétrea.
	No momento da criação das autarquias o poder público transferirá a esta patrimônio, renda, receita e recursos humanos em sede iniciativa. No entanto, após o momento inaugural, caberá a própria entidade fomentar em sede progressiva seu patrimônio, renda e pessoal.
	Os bens das autarquias tem natureza de bens públicos com as prerrogativas inerentes definidas nos art. 98 e 103 do CC.
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
	Quanto aos recursos humanos serão respeitadas as regras de concurso público nos termos do art. 37, inciso II e II, da Constituição Federal. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;           
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
	Por fim, quanto à receita da autarquia nada impede que se desenvolva atividade como a CESPE em banca de concurso. Porém não se confunda remunerabilidade com atividade finalística com lucratividade, o que é vedado neste cenário. 
OBS: Superávit = compulsoriedade 
Em tendo superávit, pode usar isso premiar servidores/diretores de um determinado setor? Esse superávit pode/deve ser revertido na atividade da autarquia mas que tem variáveis aceita pelo STJ.
EX: Houve uma premiação em sede natalina. O que gera essa bonificação é que utilizar da forma que bem entender, e nesse momento perde a natureza de superávit e passa ser natureza de lucro, pois permitiu a liberalidade quando foi passado o valor. O STJ entende que pode usar esse superávit com o fim de bonificação subjetiva, desde que não perca o caráter de reversibilidade/compulsoriedade na atividade fim. Ex: Ser usado por um curso de aperfeiçoamento e reverter isso em atividade fim.
Ex: Um militar que foi fazer um curso de mestrado profissional e recebeu uma proposta irrecusável de emprego. Uma estratégia prática é não terminar o curso, pois pode gerar dois caminhos se terminar: a redução do valor que tem que pagar e automaticamente desabilita comprometimento com o MB tendo que terminar o curso com os seus recursos próprios ou então você assina o termo de compromisso, mas houve uma redução desse termo de compromisso e paga parte do curso.
	Em havendo superação quanto a receita ativa para quanto a passiva, cabe a entidade respectiva de direito público reverter tais verbas obrigatoriedade para as suas atividades finalísticas. Assim entende o STJ pela possibilidade extraordinária de utilização do superávit para benefícios pecuniários subjetivo desde que possa ser demonstrado nitidamente o compromisso de reversibilidade para que com a sua atividade fim. A exemplo disso podemos citar o custeio de cursos de aprimoramento profissional para os seus agentes.
Responsabilidade Civil das Autarquias 
	A partir do que trata o art. 37, §6, da CF/88, as autarquias por sua personalidade publica respondem objetivamente pelas condutas comissivas de seus agentes quando lesiva. No entanto, em se tratando de ato lesivo advindo de omissão entende-se pela omissão genérica a qual reputa uma responsabilidade subjetiva, ou seja, além do nexo causal deve está demonstrada culpa ou dolo do agente.
Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
OBS: Nos casos de omissão específica configuradas pela ausência de cumprimento de um dever legal do Estado, entende o professor Sergio Cavalieri Filho pela aplicação de uma responsabilidade objetiva. 
Prerrogativas das autarquias (natureza processual e natureza tributária)
	Toda e qualquer autarquia por sua personalidade de direito público prerrogativas protetivas por força de seu status de fazenda pública. Desta forma, além das proteções especificas quanto aos seus bens públicos, vale destacar o art. 183 do CPC, bem como o 150, inciso VI, alínea “a” e respectivamente reputam a uma realidade de prazo processual privilegiado e imunidade tributária.
Regime jurídico
	Partindo de uma análise meramente residual todas as autarquias que detenham simples dualidade de autonomia (administrativa e financeira) farão parte do chamadoregime jurídico simples. No entanto, ao se observar autarquias detentoras de uma autonomia tríplice (administrativa, financeira e regulamentar normativa) serão consideradas regime jurídico especial, o que acontece em nossa realidade pátria com as agências reguladoras e as entidades de classe. 
OBS: A OAB é entidade de classe? Considerando a interpretação de autarquia suis gênese (não é um encaixe perfeito, mas faz parte) do STF para com a OAB, esta possui maior grau de proximidade com autarquia especial na qualidade de entidade de classe para fins de gestão e regulação da advocacia ainda que não siga preceitos públicos deste cenário, tais como concurso público e procedimento licitatório. 
OBS: Definitividade de mandato 
Art. 5o O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente (CD I) e os demais membros do Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) serão brasileiros, de reputação ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados, devendo ser escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea f do inciso III do art. 52 da Constituição Federal.
Art. 9o Os Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato em caso de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar.
Parágrafo único. A lei de criação da Agência poderá prever outras condições para a perda do mandato.
	A partir do que trata o art. 9 da Lei 9.986/00, não há como a autoridade competente que instituiu membro de conselho delitivo de autarquia especial exonera-lo de oficio. Assim, só haverá a saída do cargo por sua renúncia ou por decisão administrativa disciplinar, bem como judicial. Assim só haverá a saída do cargo por sua renúncia ou por decisão administrativa disciplinar, bem como judicial.
Semana 5) A) Não. O poder discricionário não pode ser confundido com ferramenta para trato de mero inconformismo, pois na verdade o exercício de tal poder advém de uma valoração feita pelo agente competente dentro dos limites legais existentes. Desta forma houve plena nulidade quanto a constitutividade da investidura de Joao no aludido cargo delitivo, isto porque segundo trata o art. 5 da lei 9986/00 há clara obrigatoriedade quanto ao perfil técnico profissional para função o que não se deslumbrou no presente caso. 
B) Neste mesmo sentido, não há como prosperar por sua ilegalidade a exoneração de oficio praticada, pois a luz da definitividade de mandato só poderá perder tal cargo por sua renúncia ou por punição advinda de processo administrativo disciplinar ou judicial, conforme art. 9 da mesma lei citada acima. 
Funções Públicas 
	Toda fundação será tratada como pública por força da atividade social de interesse público que exerce. No entanto, ao se falar de personalidade jurídica a regra do art. 5, inciso IV do Decreto Lei 200/67 impõe uma personalidade privada mesmo que a fundação tenha sido constituída pelo poder público. 
 Decreto Lei 200/67, art. 5, inciso IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. 
OBS: Fundações autárquicas *criadas nos mesmos termos das autarquias* – superada a regra de personalidade jurídica acima é dominante na doutrina o entendimento de que o Estado justificando uma atividade social a ele inerente poderá criar fundações públicas com personalidades de direito público que com este caráter excepcional denominam-se fundações autárquicas restando atendidas por todas prerrogativas de Fazenda Pública. 
Constitutividade das Fundações 
	A partir do art. 62 do CC, surgem por força de aprovação do Ministério Público de seu estatuto as fundações públicas de direito privado criadas pelo poder público ou pela iniciativa privada, sofrendo controle finalístico e, por conseguinte de legalidade pelo MP estadual respectivo.
Patrimônio das Fundações 
	Os bens das Fundações devem estar integrados a sua atuação social, no entanto, não perdem sua natureza de bens privados sem qualquer prerrogativa protetiva absoluta. 
OBS: Impenhorabilidade relativa os bens das fundações, embora privadas, poderão se valer em casos determinados de uma extraordinária vedação quanto a penhora, pois o que se quer proteger é a continuidade do trabalho social desenvolvido. 
Ex: Fundação Xuxa Meneguel em que tem 5 ônibus para transporte. O banco bradesco pediu a penhora de imediato de todos os veículos das fundações. O juiz indefere a penhora. Os bens que são destinados a prestação da atividade social, por seu relevante interesse público, poderão se valer dessa impenhorabilidade relativa. 
*Pessoal – as Fundações Públicas de direito privado, adindo da iniciativa privada, não respeitam por regra obrigações de ordem pública como: licitação, concurso público, controle financeiro pelo TCU, salvo no casos de dotação orçamentárias públicas direcionadas a estas. Por outro lado, as que forem criadas pelo poder público possuirão natureza híbrida, ou seja, sofrem controle do MP em sede finalística sem deixar de obedecer deveres de ordem pública como: concurso, licitação e controle financeiro.
Art. 66 do CC - Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
Estado empresário e suas entidades da administração indireta. 
Rio, 5/4 – professor faltou.
Rio, 12/4 - Pasta D, 14. 
Art. 173 – decreto 200/67, art 5º inciso 1 e 3 – pessoa/estado empresário
Sociedade de economia Mista – COMLURB, CEDAE – só S.A.
Empresa Pública – qualquer forma empresarial
Artigo Estado Empresário 37, XIX
	Embora se reconheça que o estado governo, seja pautado em atividade administrativa ou social na gestão de público a constituição admite e assim por legítima para extraordinariamente portasse como empresária. Conforme os arts. 173 e 37, inciso XIX da CF. Assim, diante da necessidade empresarial será feita a opção quanto à constitutividade do capital, forma empresarial e atuação do âmbito privado. Surgindo no mundo jurídico as chamadas empresas públicas e sociedade de economia mista conforme conceitua o art. 5º, inciso II e III do decreto 200/67.
Obs: variação sobre o tema - Ainda que a regra das empresas públicas seja de exclusividade do capital público pertencente a um ente ou pessoa de direito público criadora a uma hipótese de exceção denominada empresa pública pluripessoal na qual o capital perdura 100% público, porém ocorrerá uma pluralidade de pessoas jurídicas de direito público constituindo esta entidade. Outra situação são as empresas de mera participação no Estado. Nestes casos, que não confundem com sociedade de economia mista, o poder público com intuito de fomentar algo no domínio econômico adquire e assim participa temporário e minoritariamente em determinada empresa privada. 
Patrimônio
	Diante de personalidade privada destas entidades serão seus bens considerado privados, com isso, não há qualquer protetividade pública absoluta a protegê-los, no entanto, há a possibilidade de aplicação da impenhorabilidade relativa nos casos em que o bem ainda que privado demonstre inequívoca ligação com a prestação de serviço público. Contudo é preciso ressaltar a constante incidência dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade para mensurar a possibilidade ou não de se aplicar tal exceção protetiva. 
Pessoal ou recursos humanos 
	Em regra força funcional de trabalho nas empresas públicas e nas sociedades de economia mistas serão representada pelos empregados públicos que regidas por um regime jurídico celetista ingressam por concurso público nos termos do art. 37, II e III e 173 §1º, III.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
 § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
 III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública;
Obs: Estabilidade relativa – empregados públicos: Tal tratativa em nada se relaciona com a realidade dos servidores públicos estatutários, porém por se tratar de uma investidura advinda de concurso público e pertencente a administração pública, os casos demissionais previstos na CLT terão tratamento diferenciado.
Se sem justa causa trata uma motivação atingindo uma coletividade de empregados por questões técnicas ou financeiras ressalvadas os pedidos de cada empregado.
Quanto à demissão por justa causa ocorrerá de forma individualizada sendo aplicado procedimento administrativo apuratório prévio com a devida ampla defesa e contraditório até que se chegue na demissão.
Capital e Receita Financeira
	Este cenário financeiro deve ser dado destaque as questões remuneratórias, pois apesar da obrigatoriedade quanto ao respeito do teto remuneratório dito no art. 37 §9º da CRFB em restando demonstrado a não utilização de dotação orçamentária e pública permitirá ignorar tal limitador.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
Foro de Competência
Art. 109 da CF.
	A partir da edição da emenda constitucional nº 45 de 2004 passou a integrar o rol de competência da justiça federal as demandas intentadas em face das empresas públicas federais, aplicando-se assim o mesmo raciocínio em decrescencia federativa ressalvadas as exceções quanto a natureza da ação que obedecerá a organização judiciária existente. Por outro lado, as sociedades de economia mista terão por regra o foro da justiça comum estadual para julgamento das demandas a elas inerentes. 
	Nada impede uma ação de resp. civil em face da Petrobras. O foro de competência é a vara civil. Se a União se tornar parte interessada ocorrerá o deslocamento da ação para a justiça federal. 
	Ao entendimento do STJ, aceito pelo STF, no sentido de trazer para competência do mesmo foro do ente criador as demandas de rito especial cujo polo passivo seja ocupado por autoridade pública ou indivíduo à estas equiparados, conforme art. 109, VIII da CF. 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
Ex: Se o concurso público efetivar 10 vagas dentro do prazo de validade tem que investir essas pessoas. É um direito líquido e certo. Já teve época que era mera expectativa. Se o concurso também divulga cargos para cadastro de reserva, mas não pode ser disponibilizado só o cadastro reserva (tem que ser ter também os efetivos), sendo que no prazo de validade de concurso, esse cadastro é mera expectativa de direito. Mas se for provado à necessidade de permanente se torna então direito líquido e certo.
OBS: Correios – Monopólio Estatal – Art. 21, X da CF.
Art. 21. Compete à União:
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
	Considerando este art. acima e sua natureza de monopólio estatal do serviço postal a empresa pública Correios – EDCT estará protegida pelas prerrogativas de fazenda destacando-se neste contexto prazo processual privilegiado do art. 183 do CPC. 
Art. 183. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.
Controle dos atos e contratos do estado empresário
	O Estado quando empresário também irá praticar em suas necessidades finalísticas atos e contrato de ordem administrativa. Por esta razão sofrerá controle finalístico por parte do ente criador e respectivas agências criadoras e ministérios responsáveis em sua área de atuação. Além disso, também incidirá controle financeiro por parte do tribunal de contas respectivo a esfera federativa do recurso apurado. Vale ainda comentar quanto as questões de resp. civil serão suscitadas junto ao poder competente. 
Responsabilidade Civil
	Neste cenário é preciso dividir as entidades que prestam serviço público daquelas que se destinam estritamente a uma atuação econômica. No 1º caso o art. 37, §6º da CF atende e indica uma responsabilização objetiva por atos lesivos comissivos, respeitando-se nos casos omissivos uma natureza subjetiva como já estudado anteriormente. No entanto defendem os tribunais superiores que a responsabilidade civil por atos lesivos ocorridos nas sociedades de economia mista e empresas públicas que executam atividade econômica será subjetiva nos termos da lei civil. Contudo, se o ato lesivo advém de uma relação de consumo no desempenho da atividade econômica será suscitada responsabilidade objetiva nos termos do art. 14 da Lei 8.078/90. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Consórcios Públicos 
Art. 241 da CF. 
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
Semana 6) a) Considerando a personalidade de direito público das associações públicas nos termos do art. 41 do CC e art. 1º §1º da Lei 11.101/05, poderá esta exercer poder de polícia pleno e sendo portando a sua atuação lícita em sede punitiva.
b) Considerando a relativização do poder de polícia e a natureza intermediaria do momento fiscalizatório delegado faz plenamente possível nos termos do art. 4º, XI da Lei 11.207/05 por parte da empresa privada em questão. 
Rio, 19/4
Pasta D, 17
Atos administrativos 
Lei nº 4.717/65, art. 2º
	Apesar da existência de diferentes formas caracterizadoras da atuação do Estado não há como negar o caráterprotagonista e portanto predominante dos atos administrativos os quais perfazem uma manifestação unilateral amparada por uma competência legal dispositiva que atenda aos preceitos principiológicos e aos poderes da administração pública.
- Elementos da formação do ato
Lei nº 4.717/65, art. 2º e §ú
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
 a) incompetência; 
 b) vício de forma;
 c) ilegalidade do objeto;
 d) inexistência dos motivos;
 e) desvio de finalidade.
 §Ú. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
 a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;
 b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
 c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;
 d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
 e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
Obs: Considerando a existência de atos vinculados e discricionados, cabe dizer que os elementos da competência, finalidade e forma terão sempre natureza rígida quanto a base legal que legitima o ato. Enquanto que o motivo e o objeto poderão representar a possibilidade de variações valorativas por parte dos agentes público competente quando se tratar de ato discricionário. Dessa forma em sendo o ato vinculado todos os seus elementos terão rigidez legal sendo inviável a adoção de conduta diversa.
Atributos do ato administrativo
	Além da legitimidade necessária a prática dos atos administrativos, terá a administração Pública por seus agentes prerrogativas objetivas responsáveis por permitir que o ato objetivas responsáveis por permitir que o ato praticado tenha imediata validade jurídica sem depender, por regra, de qualquer anuência de poder diverso do Estado. Tais predicados advém do chamado poder de império o qual confere ao poder público sua essência jurídica de existência. Com isso, podem ser destacados enquanto atributo a prescrição de legitimidade a auto executoriedade e a imperatividade. 
Obs: O pensamento atual doutrinário traz para esse cenário mais 2 atributos denominados: eficácia/exequibilidade e tipicidade. Ocorre que na verdade tais atributos melhor se aplica enquanto efeitos implícitos na prática dos atos, pois uma vez legal entende-se como eficaz e embasado na lei bem como nos princípios.
Controle do mérito administrativo
Ex: O quinto constitucional no art. 84 da CRFB traz da esfera federal e estadual possibilidade do chefe do executivo escolher, dentro do procedimento legal em vista tríplice, quem vai ocupar ora da OAB ou ora o MP a vaga de desembargador Estadual e Federal. Nessa escolha é um ato discrionário do chefe do executivo, mas o judiciário pode controlar este ato se eu trouxer uma argumentação, ainda que principiológica, do vício do ato jurídico praticado.
	Discrionariedade é diferente de vontade própria/convencimento particular do agente.
	A expressão “controle judicial do mérito administrativo” possui caráter totalmente equivocado, pois diante do princípio da separação dos poderes previstos no art. 2º da CRFB não há como permitir que o poder judiciário controle o mérito simplesmente pelo mérito, sendo assim o que vai existir na realidade é um controle judicial de legalidade dos atos administrativos, seja nos atos vinculados seja nos atos discrionários quando presente vício dispositivo e/ou principiológica. 
Semana 7) Embora o ato administrativo de discussão esteja protegido relativamente por uma presumida legitimidade percebe-se notório vício quanto ao motivo a ser controlado por força de ação judicial de reintegração com base no art. 28 da Lei 8.112/90. Assim serão suscitados enquanto fundamento a assédio moral praticado, a inobservância ao devido processo legal e a inexistência da postura funcional desidiosa alegada. Além disso, cabe ressaltar a ofensa ao princípio da isonomia e da proporcionalidade uma vez que a conduta por si só não ensejaria demissão e em representando punição todos os envolvidos deveriam ser responsabilizados, o que não aconteceu. Por fim, busca-se pela a presente ação judicial o retorno ao cargo de origem bem como todas as reparações funcionais e pecuniários atinentes aos efeitos ex tunc (retroage desde a data da demissão).
-Espécies de atos administrativos
	Ao se tratar das espécies dos atos devem ser destacados os respectivos gêneros que embasam os diferentes tipos de atos, por esta razão teremos atos ordinários, atos enunciativos, atos normativos, atos punitivos e atos negociais. 
OBS: indenização – Permissão/Autorização-Prazo
	Sabendo que a regra é a da não indenização nesses atos negociais defende o STJ extraordinariamente que caso a concisão tenha estipulado prazo a revogação antecipada do direito, poderá ensejar pleito indenizatório uma vez que restou gerado uma expectativa de direito acompanhada de investimento não amortizadas. 
	Quando se pede permissão ou autorização de licença tem natureza vinculante/definitiva, em que a partir que se preenche os requisitos legais e peço a administração pública, ela está obrigada a me fornecer.
Extinção dos atos administrativos
	Diferentes dos atos administrativos consumados, poderá a administração pública promover a extinção de seus atos a luz dos princípios da autotutela da legalidade e da supremacia do interesse público, por questões de ilegalidade originária (anulação), ilegalidade superveniente (cassação), desnecessidade pública em sede de mérito administrativo (revogação) e ainda os casos de deslegalização de um direito legitimamente concedido (caducidade).
Semana 8) a)Não há como prosperar a pretensão anulatória e por consequente anulatória em série extintiva dos atos administrativos responsáveis pelos os benefícios pecuniários funcionais, uma vez que restou desde de 2011 decadente tal direito, conforme art. 54 da Lei 9.784/99. 
b) Neste caso, apesar do decurso também evidente no quinquênio decadencial, houve conduta de total má-fé o que afasta a aplicação do aludido prazo do art. acima citado permitindo a conduta anulatória e de responsabilização funcional e financeira em face do agente púbico respectivo.
Rio, 26/4 – Prova
Rio, 3/5 – aula e correção de prova. 
Poderes da Administração Pública
	Para que haja legítima prática dos atos administrativos cada agente público ou estrutura da administração pública deverá trazer consigo o poder adequado. Vale dizer que a essência pública advém o Poder de Império o qual é responsável pela aplicação dos demais poderes ora estudado. Neste sentido, teremos a incidência destes em âmbito interno e externo, respeitada as particularidades de cada um, daquilo que se conhece por poder vinculado, poder discricionários, poder normativo e poder de polícia.
Obs: Poder x Natureza de Agir – É dominante na doutrina o entendimento de que vinculado e discricionário devem ser tratados como poderes da administração sob uma ótica específica. No entanto, não se pode deixar de comentar que em sede geral/genérica tais hipóteses melhor se adequam a simples natureza de agir do Estado, ou seja, tudo que o poder público pratica em suas relações com interesse público terá natureza discricionária e vinculada, a partir do embasamento legal respectivo.
Abuso de Poder
	É bem verdade de que o se espera do agente público é a utilização adequada e, portanto lícita, dos poderes a ele direcionados para o desempenho de seus deveres funcionais. No entanto, caso o agente extrapole tais prerrogativas por sua total liberalidade ou ainda se valha destaspara fins estritamente particulares, desviando o interesse público, caracteriza-se respectivamente excesso de poder e desvio de finalidade. 
Poder hierárquico
	Neste poder serão praticados os atos inerentes a gestão interna da administração pública no que tange as suas estruturas e agentes públicos naquilo que se chama de relações introversas. Assim, cabe destacar, enquanto importantes ferramentas desta prática a delegação a avocação que respectivamente, conforme ilustrado pelos arts. 12 e 15 da Lei 9.784/99, permite em cada caso a transmissão decrescente de competências ainda que o vinculo hierárquico não seja direto, bem como a transmissão crescente de competência desde que o vínculo seja direto. Por fim, cabe ressaltar que tais ferramentas deve ser de uso transitório e não permanente. 
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
§Ú - O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
Poder disciplinar 
 	Em restando afrontada ou mesmo lesionado a ordem hierárquica na administração pública, caberá a autoridade competente recorrer ao uso do poder disciplinar, o qual embora legitime atos puníveis neste contexto os viabiliza através de procedimentos disciplinares conhecidos como PAD e sindicância, sendo que o primeiro serão tratadas situações mais graves enquanto no segundo aquilo de caráter brando ou para simples apuração.
Poder normativo
	Conforme exemplifica o art. 84 da CF nos seus incisos IV e VI, cabe ao poder público a prática de atos normativos para garantir o fiel cumprimento da lei e preceitos constitucionais. No entanto não há como negar, ainda que de forma secundária, a prática de atos normativos desprendidos deste poder regulatório específico, como se tem uns casos chamados de decretos autônomos.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal, na forma da lei;
Rio, 10/5
Pasta D, 19
	A partir do que trata o art. 78 do CTN era de ser perceber que o presente poder cuida das relações entre administração pública e seus administrados por força de uma atuação bivalente, ou seja, não só gerindo em caráter preventivo a ordem pública como também recuperando estas através de sanções legitimamente aplicados. 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
§Ú - Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Ciclo de Polícia/Poder de Polícia
	Embora originalmente tenha se estabelecido uma realidade rígida e absoluta houve um processo de relativização benéfica através do qual a fruição do poder de polícia fora quebrantada em momentos ou fases que sucessivamente postas permitem ao Estado além de exercê-las na sua plenitude delegar a pessoas de direito privado dos casos intermediários. Assim se tem ordem de polícia (edição de normas), consentimento de polícia (permissibilidade ao direito de imposição de obrigação), fiscalização de polícia (análise contínua quanto a adequada fruição de direito ou cumprimento de obrigação), e, por fim, sanção de polícia (atos punitivos para fins de estabelecimento da ordem pública.
Obs: Poder de Polícia – Pessoas de Direito Privado – Com o movimento de relativização acima descrito, faz-se possível e portanto abalizado pela doutrina que pessoas jurídicas de direito privado possam vir a partir de uma legitimação prevista contratualmente possam desempenhar os momentos intermediários do poder de polícias, quais sejam: consentimento e fiscalização de polícia. 
Polícia Administrativa x Polícia Judiciária
	Neste cenário se identifica a natureza de aplicação de polícia, no entanto, a realidade pátria assume segundo a doutrina um caráter misto através do qual as estruturas do Estado embora tenham uma natureza típica também poderão exercer em algum momento natureza de polícia diversa daquela, tendo assim um viés atípico. A exemplo disso se pode citar a polícia federal que tipicamente atua como polícia judiciário (trabalho repressivo, curativo e subjetivo), mas no entanto assume em sede atípica postura de polícia administrativa (controle, gestão, objetiva, genérica) – emissão de passaporte.
Semana 9) a) Ainda que possa dizer que o chefe do executivo é pessoa competente para expedição de decretos enquanto atos normativos, o art. 84, inciso IV da CF, delimita precisamente a dimensão regulamentadora destes. Assim se encontra viciado, portanto invadido, o decreto em questão uma vez que transborda a regulação necessária a lei tratada trazendo consigo inovações que ainda que busquem o interesse público são descabidos. 
b) O texto constitucional trás no seu art. 49, inciso V, a possibilidade do poder legislativo respectivo no caso apresentado pelo Congresso Nacional no caso de sustar atos normativos como o presente praticado a partir da deflagração de sua exorbitância ainda que parcial.
Semana 10) a) Considerando que o presente questão trata de ato administrativo negocial de permissão, legitimado pelo poder de polícia em seu momento de consentimento assume uma natureza discricionária cabendo ao poder público por agente competente mensurar tal viabilidade a luz do interesse público tutelado. Assim se poderá negar ou permitir tal pretensão. 
b) Neste mesmo sentido cabe dizer que além de discricionário tal ato é praticado de forma precária, ou seja, não tem qualquer efeito definitivo, podendo ser retirado a qualquer tempo desde que o poder público verifique sua desnecessidade pública.
c) Nesta hipótese cabe trazer o entendimento do STJ que reconhecendo a natureza precária, firma posição de cabimento quanto a pleito indenizatório uma vez que a permissão tenha sido estabelecida com prazo pré-definido, com revogação antecipada.
Atributos de Poder de Polícia – Pasta D, 20
	Considerando a mesma linha estudada quanto aos atributos dos atos administrativos teremos neste momento dada posição imperativa do Estado, os atributos da discricionariedade (liberalidade do poder público em sede legal para definir quando e onde fará incidir poder de polícia, autoexecutoriedade) atuação imediata do Estado sendo desnecessário por regra a permissibilidade advinda de outro poder.
Coercibilidade (trata-se do uso proporcional e razoável da força para fins de efetivação da vontade legítima do Estado para satisfação do interesse público). 
Bens Públicos – Art. 45 do CC – Pessoa jurídica de direito público
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
Ex: Museu Imperial é um bem comum com uso especial, porque exige uma contraprestação pecuniária e também postural/obrigacional(uso da pantufa). 
Ex²: Maracanã é um bem público comum que exerce atividade administrativa do Estado de uso especial. Sempre de uso especial? Pode ter uma situação que não exija contraprestação pecuniária ou obrigacional. 
	Diante das pessoas definidas pelo art. 41 do CC., bem como nos bens narrados no art. 98 deste mesmo quadro resta demonstrada a realidade dos bens públicos do cenário jurídico pátrio cabendo a cada administração pública exercer além de todas as formas de aquisição advindas lei civil a intervenção da propriedade por força de desapropriações direta e indireta.
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - a União;
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III - os Municípios;
IV - as autarquias;
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Natureza dos bens
	A partir do que trata o art. 99 do CC deve ser ignorado por ora o termo USO quando citado, pois o que pretende aqui neste tópico é definir a natureza jurídica de cada bem para posterior análise de uso. Desta forma, teremos bens públicos comuns (bens que por sua simples existência natural ou humana servem ao interesse público) depois bens especiais (após constituídos sofrem operacionalização do Estado para fins de prestação administrativa) e ainda os bens públicos dominicais (desafetados sem qualquer destinação a prestação de interesse público compondo patrimônio do Estado).
Prerrogativas dos bens públicos Audio 21
Impenhoráveis, imprescritíveis (relativo) e inalienável (relativo).
	Dada a leitura dos arts. 100 ao 103 do CC serão considerados inalienáveis, imprescritíveis e impenhoráveis os bens públicos que a partir de sua afetação ao interesse público tenham natureza comum ou especial. Contudo os bens dominicais podem sofrer a partir do devido processo legal alienação quando considerada inservíveis pelo poder público. 
Semana 11) a) Pode se considerar a alienabilidade do aludido bem deve ser processada uma desafetação, ou seja, migrar da natureza de bem especial para bem dominical tornando-se assim alienável. Considerando o que dispõe o art. 17, inciso I, alínea “e, será possível a alienação do bem já desafetado sem a necessidade de procedimento licitatório por força da dispensa legítima vinculada da lei 8.666/93.
b) A partir desse mesmo quadro legal tem se que o art. 24, inciso X, admite a locação por prévia licitação ou quando possível a dispensa dela seja trazida a justificativa do art. 26 da mesma lei.
 
Rio, 17/5 – faltei
Licitações Públicas
	Trata-se de procedimento administrativo e por suas formas clássicas ou por regime diferenciado de contratação, o poder público em suas diferentes esferas federativas irá suprir as necessidades de interesse público enumeradas nos gêneros: compra, obra, serviços e alienações. Neste sentido, o texto constitucional traz enquanto obrigação legal para as respectivas estruturas do Estado nos arts. 22, inciso XXVII, 37, inciso XXI e 173, §1º da CF. Além disso, em sede infraconstitucional devem ter destaque as leis 8.666/93, 10.520/02, 12.462/11 – com as alterações advindas das leis 13.190/15 e 12.243/16.
Contratações diretas
	Apesar da regra constitucional licitatória imposta a todas estruturas da administração pública e a seus delegatários a lei geral prevê a possibilidade extraordinário de inaplicabilidade legítima procedimento licitatório, conforme arts. 17, 24 e 25 da Lei 8.666/93.
Principio das licitações art. 3º da Lei 8.666/93
Modalidades licitatórias
	Tomando por base os arts. 22 e 23 da Lei 8.666/93 tem-se que a modalidade licitatória será deferida por determinação expressa da lei ou em razão do objeto licitado levando em conta seu valor ou sua natureza. Com isso ainda na chamada fase interna no procedimento licitatório faz-se importante definição para que se atenda adequadamente não só a forma do instrumento convocatório (edital ou carta-convite) bem como as informações gerais e técnicas a respeito do que será desenvolvido. 	
Obs: Modalidades ≠ Pregão – Como bem fala a doutrina há uma inversão otimizadora de fases quanto da modalidade pregão uma vez que o julgamento da proposta antecede os momentos de habilitação e classificação os quais por regra são inicialmente praticados nas demais modalidades licitatórias.
Semana 13) a) A partir do que trata os arts. 11 da Lei 10.520/02 e 15 da Lei 8.666/93 não há a desobrigação licitatória, contudo a modalidade pregão poderá ser reiteradamente aplicada tomando por base em sede futura este regime de preço pretérito ainda vigente.
b) Partindo da premissa que o aludido deputado também assume a condição de cidadão estará ele legitimado por força do §6º do mesmo art. 15 anteriormente citado para impugnar o preço quanto as irregularidades apostadas 
c) Considerando que a ata de registro de preço terá uma validade máxima de 1 ano por previsão do instrumento convocatório uma vez ultrapassado tal prazo deverá se estabelecer dentro dos limites legais um término determinado nos termos do art. 57 da Lei 8.666/93. 
Obs: Fracassada – Deserta – Realizado o procedimento licitatório cumpre destacar duas hipóteses peculiares na primeira denominada licitação deserda não houve interessados razão pela qual torna-se o objeto dispensável podendo assim se contratar diretamente desde que se demonstre prejuízo em realizar nova licitação e, sejam mantidas todas as condições originárias do instrumento convocatório inicial. Em outra hipótese denominada licitação fracassada, embora se tenham interessados não fora possível perdurar com o procedimento por questões de inabilitação e/ou desclassificação insanáveis aplicando-se assim o art. 48, §3º da Lei 8.666/93.
Semana 14) a) Considerada as especialidades trazidas pela Lei Complementar 123 de 2003 convém citar em especial aquilo que preceitua o §1º do art. 44 enquadrando assim o presente caso dentro do limite percentual lá estabelecido. 
b) Nesta mesma linha de pensamento não há como prosperar qualquer lesão ao princípio da isonomia uma vez que não houve tratamento desigual entre iguais, mas sim entre desiguais como é protegido pela própria constituição nos arts. 146, inciso III, alínea “d”, 170, inciso IX e 179. 
Obs: Modalidade ≠ Tipos licitatórios (critério de julgamento da proposta) – Considerando que modalidade reputa verdadeiro rito para promoção de procedimento licitatório não há como confundi-lo com o termo tipo licitatório pois este referenda pura e simplesmente critérios para julgamento de propostas (menor preço, técnica e preço, melhor técnica ou qualidade e melhor oferta) ressalvando sempre que a liberdade de escolha da autoridade competente estará restrita aos momentos que a lei não dispõe expressamente qual o tipo a ser utilizado, como ilustra o art. 45, §4º da Lei 8.666/93.
Rio, 24/5 – Professor faltou.
Rio, 31/5 - áudio pc
Regime diferenciado de contratação 
 	Respeitando as regras gerais licitatórias surge para o advento da Lei 12.462/11 o chamado regime diferenciado de contratação (RDC) o qual originalmente foi pensado para auxiliar em sede de celeridade os procedimentos licitatórios dos grandes eventos esportivos do país em 2014 e 2016. No entanto, esta forma simplificada licitatória passa a se acessível para o poder público me geral uma vez que a necessidade pública ser suprida rest consagrada no rol do art. 1º da referida lei.
Obs: Arbitragem dos contratos administrativos – Com o advento da Lei 13.190/15 foi incidida da lei de RDC o art. 44-A responsável por permitir a inserção de cláusula arbitral em contratos firmados pelo poder público. Ocorre que o aludido artigo não faz qualquer ressalva quanto a natureza do contrato ou do interesse tutelado. Assim vale ressaltar a doutrina Di Pietro quanto a tal inserção para ela o cabimento da cláusulaarbitral somente será possível nos contratos em que o interesse tutelado seja disponível, ou seja, contratos firmados pela lei civil. Exemplo: locação de bens para funcionamento de seus órgãos. 
Obs: Contrato de locação sob medida ou encomenda – Builto Suit – A inserção deste modelo contratual de origem inglesa está representada no art. 47-A da Lei 12.462/11 tendo sido também inserido pela Lei 13.190/15. Desta forma tal modalidade visa ponderar os interesses do particular e as necessidades do Estado para que este último tenha menor onerosidade do que tange a estruturação física de funcionamento para suas competências.
Extinção das Licitações
	
	 Além do termo final das licitações representada por sua homologação e adjudicação do objeto tal procedimento poderá ser encerrada em sede extintiva através da revogação (desnecessidade pública superveniente) ou através da anulação (ilegalidade procedimento licitatório) conforme tratam os arts. 49 e 59 da Lei 8.666/93.
Se o assunto for anulação ou revogação atenção ao art. 49 e 59.
Revogação a motivação de desnecessidade pública tem que ser superveniente ao procedimento, posterior o procedimento e incidental. Não originária, se não descaracteriza!
Anulação também não gera direito a indenização, salvo o 59 (firmado e executando o contrato).
Contratos Administrativos
	Considerando as diretrizes gerais advindas do art. 54 e seguintes d Lei 8.666/93 bem como as especificidades das Leis 8.987/95, 11.079/04, 11.107/05 e 12.462/11, virá a administração pública a firmar contratos que predominantemente serão geridos a luz da prevalência do interesse público com prazos determinados e pautados pela bilateralidade entre as partes ainda que em alguns momentos e condições o poder público contratante tenha legitimamente alguns privilégios protetivos.
Obs: Contratos da Administração e Contratos Semi-públicos – Contratos para atingir diretamente o interesse da administração. Em determinados contratos o poder público participa em grau igualitário para com a parte contratada uma vez que o interesse tutelado ali é próprio e restrito a administração não tendo relação direta com o interesse da coletividade o que resulta nos chamados contratos da administração. Por outro lado entende a doutrina que não havendo onerosidade excessiva para o contratado podem as partes em contrato originariamente privado firmado pelo poder público anuírem quanto inserção pontual de cláusulas advindas da realidade contratual pública surgindo assim os contratos semi-públicos.
Cláusulas e condições de contratos administrativos
	Ao se tratar dos contratos administrativos serão ressaltados 4 pontos importantes os termos dos arts. 55 a 58 e 65 da Lei 8.666/93, assim será preciso respeitar as cláusulas necessárias, a estipulação de prazo determinado a bilateralidade entre as partes e a possibilidade de alteração unilateral qualitativa e quantitativa pelo Estado contratante obedecidos os limites legais. 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; 
§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes.
Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa ou profissional declarado inidôneo:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, declarado inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a Administração.
Semana 15) a) Diante da possibilidade da Administração Pública em alterar unilateralmente o contrato nos termos do art. 58, inciso I, da Lei 8.666/93 caberá ao particular contratado sujeitar-se obrigatoriamente a execução das alterações desde que atendidos os limites legais do art. 65, inciso I e §1º da mesma lei. Do contrario poderá incidir sob a recusa os termos punitivos do art. 97 também da lei de licitações.
b) Sabendo dos limites já citados anteriormente convém apenas delimitadas quanto ao objeto contratado em tela no percentual de 25% para o acréscimo pretendido, conforme art. 65, §1º e 2º, II da Lei 8.666/93.
Obs: Exceção do contrato não cumprido 
	O referido instituto tem aplicação literal nos contratos privados restando por regra vedada sua aplicação nos contratos administrativos uma vez que nesses casos trata-se do interesse público tutelado e a supremacia do interesse público não permite a desobrigação dos deveres do contrato. Por outro lado, a de admitira a possibilidade de que a lei excepcione a aplicação de tal instituto, como acontece no art. 78, inciso XV e §1º da Lei 8.666/93 do qual o poder público contratante assume uma posição de inadimplência injustificada. 
Semana 16) a) Considerando o inadimplemento injustificado por parte do poder público caberá a empresa valer-se da suspensão imediata do serviço, conforme trata o art. 78, XV da Lei 8.666/93 protegendo assim a integridade econômica da imposta até que seja regularizado pagamento contratual.
b) Não há como prosperar a pretensão dos fornecedores em demandar junto ao Estado contratante uma vez que não há relação jurídica para com esta, conforme art. 71, §1º da Lei 8.666/93. Por outro lado, vale citar que em se tratando de dívidas trabalhistas e encargos afins há a possibilidade de suscitar uma responsabilização subsidiária do Estado conforme orienta o enunciado 331, inciso IV e V do TST. 
Rio, 7/6 
9:00
Obs: Relicitação – Lei 13.448/17 art. 13 e 15.
A partir deste instituto poderá o poder público federal realizar a extinção contratual amigável a partir da justificada ineficiência por parte do concessionário quando nos contratos de prestação de serviço público nos gêneros ferroviário, rodoviário e aeroportuário. Assim, a referida administração pública competente poderá inserir de forma simultânea novo ajusto negocial com novo contratado a luz da supremacia do interesse público e da continuidade do serviço público. 
As excludentes de culpabilidade 
Inexecução dos contratos administrativos: Considerando que a obrigação de execução do contrato recai sobre a pessoa do contratado não a como negar que o senso comum direcione a inexecução com status de culpa também a este contratado. No entanto a inexecução pode ensejar por sua natureza três hipóteses. Na primeira dita unilateral a administração pública contratante vem por imputar responsabilidade face ao contratado. Na segunda, dita amigável não há responsabilidade as partes que, por consenso entendem por findar o contrato. Já na terceira, denominada judicial o contratado será o sujeito ativo do pleito através do qual será direcionada responsabilidade ao Estado contratante. Tais hipóteses advém de leitura dos arts. 77 ao 80 da Lei 8.666/93.
Tipos de excludentes 
Teoria da imprevisão – trata-se de episódio externo a realidade do Estado Governo que por razões políticas e/ou econômicas inviabilizam o objeto contratual (guerras, rompimento de relações diplomáticas, crises econômicas internacionais). 
Fato dopríncipe – advêm de príncipe regente. Diferente da imprevisão acima descrita, este episódio cuida da influencia trazida por determinações do governo na pessoa de seu chefe respectivo, que afeta indiretamente a continuidade de um contrato administrativo (majoração de alíquotas de imposto).
Fato da Administração – A exemplo do que dispõe o art. 78, inciso XVI, da Lei 8.666/93, caso o poder público contratante deixe de cumprir injustificadamente obrigação contratual que reflita em inexecução do contrato não haverá responsabilidade a ser imputada ao contratado que poderá buscar rescisão na forma judicial. 
Caso fortuito e força maior – Afastando inicialmente os comparativos de fenômeno natural e força do homem, o que se tem na verdade aqui é respectivamente episódio imprevisível e inevitável e outro que será previsível porém também inevitável.
Impossibilidade material de execução do contrato – Não há como negar que a empresa contratada pode no curso de execução do contrato vir a sofrer falência ou ainda ser extinta negocialmente.
Obs: Reorganização societária do contratado – TCU
	Embora o art. 68, inciso VI, defina como condição de rescisão unilateral do contrato a simples incidência de tipos reorganizadores da sociedade contratada (subcontratações – associações – sessões – bem como fusão, cisão ou incorporação), entende o TCU que em restando demonstrado o teor benéfico destas medidas em face da execução do objeto contratado não há problema nem mesmo lesão a natureza intuito persona dos contratos administrativos

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