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Fichamento- Tratado Direito Penal- Cezar R. Bittencourt- pág. 1 à 50

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TRATADO DE DIREITO PENAL- CEZAR ROBERTO BITTENCOURT- PARTE 1
FICHAMENTO
Primeira Parte:
Considerações Introdutórias:
Ilícito Jurídico- Ocorre quando o fato social contrariar o ordenamento jurídico.
Ilícito Penal- Lesa os bens mais importantes da sociedade
Direito Penal- Natureza peculiar de meio de controle social formalizado. “É um conjunto de normas jurídicas que tem o objeto a determinação de infrações de natureza penal e suas sanções correspondentes- penas e medidas de segurança.”
Uma das principais características é a finalidade preventiva: antes de punir o infrator da ordem jurídico-penal, procura motiva-lo para que dela não se afaste.
Direito Penal Objetivo e Direito Penal Subjetivo
Ordenamento Jurídico Positivo- “Conjunto de normas criadas ou reconhecidas por uma comunidade politicamente organizada que garanta sua efetividade mediante a força pública.” O poder de criar ou reconhecer sua eficácia é um atributo da soberania. POSTO PELO PODER PÚBLICO.
Direito Penal Subjetivo- O Direito de punir, limitado pelo Direito Penal objetivo que estabelece seus limites e pelo direito de liberdade assegurado constitucionalmente.
Direito Penal Comum e Direito Penal Especial –Pág. 35
O melhor critério para distinguir é a consideração dos órgãos que devem aplica-los jurisdicional mente.
Se a norma penal objetiva pode ser aplicada através da justiça comum sua qualificação será de Direito Penal Comum.
Se for aplicável por órgãos especiais, constitucionalmente previsto, trata-se de norma penal obrigatória.
Direito Penal Substantivo e Direito Penal Adjetivo.
Direito Penal Substantivo/ Direito Material –É o Direito penal propriamente dito, constituí-lo por normas que definem os princípios jurídicos. Definem as condutas criminosas e cominam as sanções correspondentes.
Direito Penal Adjetivo Formal- Direito Processual tem a finalidade de determinar a forma como deve ser aplicado o Direito Penal, instrumento de aplicação do Direito Substantivo.
Direito Penal Processual- Possui autonomia e conteúdos próprios não devendo ser considerado como integrante do Direito Penal.
Funções do Direito Penal num estado democrático- A proteção de bem jurídico, como fundamento de um direito penal liberal, oferece um critério material extremamente importante e segura na construção dos tipos penais, porque assim “será possível distinguir o delito das simples atitudes interiores, de um lado, e, de outros, dos fatos materiais não lesivos de bem algum. O bem jurídico pode ser definido “como todo valor da vida humana protegido pelo Direito e como o ponto de partida de estrutura do delito, é o tipo mais injuto, representa a lesão ou perigo de lesão do bem juridicamente protegido- Pág. 37
A função ético-social do Direito Penal é exercida por meio da proteção dos valores fundamentais a vida social, a proteção de bens jurídicos.
A soma dos bens jurídicos constitui a norma social.
A função ético social é a mais importante do Direito Penal baseada nela vem a segunda função que a preventiva. 
A formalização do Direito Penal- Tem lugar por meio da vinculação com as normas e objetiva a intervenção jurídico penal do estado em atenção aos direitos do cidadão.
Principios Limitadores do Poder Punitivo Estatal- Princípios reguladores do controle penal. Princípios fundamentais de garantia do cidadão, ou simplesmente dos princípios fundamentais de Direito Penal de um estado Democrático de Direito. Pág. 40
Princípios de Legalidade ou da Reserva Legal- O princípio da reserva legal não admite desvio, nem exceções e representa uma conquista da consciência jurídica que obedece as exigências de justiça que somente regimes totalitários o tem negado.
Pelo princípio da legalidade a elaboração de normas indiscriminatórias é função exclusiva da lei.
NÃO HAVERÁ CRIME SEM LEI ANTERIOR QUE O DEFINA, NEM PENA SEM PRÉVIA COMINAÇÃO LEGAL. CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 88- ART. 5 INC. XXXIX
Princípio da Legalidade e as leis vagas, indeterminadas ou imprecisas- Um principio penal será suficientemente preciso e determinado se e na medida em que o mesmo se possa deduzir um claro fim de proteção do legislador e que com segurança o teor literal siga marcando os limites de uma extensão arbitrária da interpretação.
Principio da intervenção humana- Antes de recorrer ao Direito Penal deve-se esgotar todos os meios extrapenais de controle social, e somente quando tais meios se mostrarem insuficientes à tutela de terminado bem jurídico o justificar-se-á a utilização daquele repressivo de controle social- Pág. 44
“Caráter fragmentário” significa que o Direito Penal não deve sancionar todas as condutas lesivas dos bens jurídicos mas tão somente aquelas condutas mais graves e mais perigosas praticadas contra bens mais relevantes.
Principio da Culpabilidade- Não há crime sem culpabilidade. Não é um fenômeno isolado individual, afetando somente o auto do Delito mais é um fenômeno social. “não é uma qualidade da ação, mas uma característica que lhe atribui, para poder ser imputada a alguém como seu autor e fazê-lo responder por ela.
A culpabilidade como fundamente de pena, refere-se ao fato de ser possível ou não a aplicação de uma pena ao autor de um fato típico e anti jurídico, isto é, proibido pela lei penal. Para isso, exige-se a presença de uma série de requisitos:
- Capacidade de culpabilidade;
-Consciência da ilicitude.
-Exigibilidade da culpa.
Constituem o conceito dogmático de culpabilidade.
A ausência de qualquer um desses elementos é suficiente para impedir a aplicação de uma sanção penal.
Não há pena sem culpabilidade, decorrendo daí três consequências materiais:
Não há responsabilidade objetiva pelo simples resultado.
A responsabilidade penal é pelo fato e não pelo autor.
A culpabilidade é a medida da pena.
Princípio de Humanidade:
O poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição física psíquica dos condenados.
Segundo Zaffaroni, esse princípio determina “ a inconstitucionalidade de qualquer pena ou consequência do delito que crie uma deficiência física (como morte, amputação, castração ou esterilização, intervenção neurológica, etc) como também qualquer consequência jurídica impagável do letio. Pag. 47

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