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Fernanda Vandanezi Superfilo Panarthropoda: Reunião com base em similaridades (anatomia, desenvolvimento, muda e sequenciamento de nucleotídeos). Onychophora; Tardigrada; Phylum Arthropoda – corpo segmentado, apêndices articulados, exoesqueleto quitinoso. Phylum Arthropoda: Características gerais: - Corpo: tagmose – conjunto de segmentos que formam a parte de um corpo - Trato digestório - Celoma reduzido (as gônadas e aos órgãos reduzidos) - Cavidade geral do corpo - Sistema circulatório aberto - Hemocianina (faz movimentos respiratórios, menos nos que respiram pela superfície). - Respiração pode ser por brânquias, pulmões, traqueias, superfície corporal - Excreção pode ser por três vias: • TM (túbulos de Malpighi, cada um desemboca no intestino, entre as porções média e posterior, enquanto a outra extremidade termina em fundo cego, e, na maioria dos insetos, situa-se na hemocele) -> ácido úrico -> apenas insetos. • TM + glândulas coxais (filtram o sangue circundante, possuindo seus orifícios de saída das excretas na base das coxas) -> guanina -> apenas queliceriformes. • Glândulas verdes (presentes no cefalotórax e se abrem nos poros excretores, localizados perto das inserções das antenas). - Sistema nervoso: alto grau de cefalização. • Sistema sensorial: captação de estímulos externos: interação com ambiente: alimento, abrigo, parceiro, fuga. • Olhos compostos (complexos), ocelos, olhos simples (apenas células fotorreceptoras cobertas por cutícula). • Antenas: principais órgãos sensoriais. • Tricobótrios: vibrações na teia, sentido da corrente do ar. Estrutura arredondada (bótrio) com tricoma (trico) na ponta. - Sexos separados> Maioria cópula/acasalamento (aranha acasala com pedipalpo, NÃO copula). Ovos centrolécitos (possui o vitelo concentrado ao redor do núcleo, não possui polos, presente na maioria dos artrópodes). - Clivagem meroblástica superficial (células embrionárias ficam dispostas na superfície do ovo). - Desenvolvimento pós-embrionário pode ser epimórfico (sem estágio larval) ou anamórfico (com estágio larval) - Representam 85% do reino animal (cerca de 1,6 milhões de espécies conhecidas) e são aquáticos e terrestres. Podem ser de vida livre, sésseis, comensais, parasitos ou sociais. São bilatérios e protostomados. Classificação atual: - Tilobitomorpha – fósseis - Crustacea – saiu de Mandibulata, apresenta 2 pares de antenas, calcário, também conhecido como Pentastomida. - Tracheata – insetos e centopeias. - Cheliceriformes – os que não têm antenas e mandíbulas, apresentam quelíceras. Origem: - Ancestral poliqueta ou comum aos grupos. - Semelhanças: metâmeria, apêndice/segmento, sistema nervoso, tipo de desenvolvimento. - Diferenças: exoesqueleto quitinoso, apêndices articulados, ausência de cílios e septos, sistema circulatório aberto, celoma pequeno. - Evidências morfológicas e embriológicas. - Estudo do RNA ribossômico de vários artrópodes aponta origem monofilética. - Estrutura molecular da hemocianina de centopeias é igual a de crustáceos e quelicerados. - Filogenia inferida: muitas semelhanças com anelídeos, várias modificações. Artropodização: adaptações evolutivas que ocorreram no ancestral poliqueto que resultaram no surgimento dos artrópodos: - Exoesqueleto rígido. - Drástica redução do celoma. - Desenvolvimento da hemocele. - Desaparecimento do sistema circulatório fechado. - Inserção muscular (apódema, inserção do exoesqueleto, suportam os órgãos internos, proveem pontos de inserção para os músculos e constituem o endoesqueleto animal). - Especialização dos apêndices: cabeça, tórax e abdome. Exoesqueleto: - formado por placas que garantem proteção, sustentação e evitar desidratação através de substancias lipídicas composição. - constituição do exoesqueleto: • membranas serosas – não perde água • esclerotina mais externa – é o que endurece • epicutícula – primeira camada, apresenta ligações químicas • procutícula – segunda camada, não apresenta ligações químicas (em crustáceos há deposição de cálcio nessa camada, o que confere a grande dureza de tal) • epiderme – terceira camada • camada hipodermal – produz muda e produz também as proteínas para tal - Fisiologia da muda (ou ecdise): exoesqueleto descola e produz uma epicutícula. Depois secreta líquida exuvial (liquido de muda dissolve até ectocutícula). Apresenta linha de muda, que é até onde “digere”, aonde rompe, nesse normalmente está com 2 esqueletos, para realizar o amadurecimento do novo exoesqueleto deve acontecer a oxidação da esclerotina. É liberado então a exúvia (esqueleto velho). - Crescimento aos saltos, durante a muda o animal está crescendo, quando a esclerotina endurece para de crescer. Subfilo Trilobitomorpha - Mais primitivo, todos marinhos, foram extintos depois da era Paleozóica. Ocorreu extinção em massa (90% das espécies marinhas) e provável da extinção é a movimentação das placas tectônicas. - A partir de fósseis foi possível descrever cerca de 15 mil espécies. Distribuição cosmopolita. - Morfologia externa: corpo achatado e ovalado, exoesqueleto dorsal. Par de antenas (primeiro segmento cefálico). Ramo externo recebe o nome de telepodito (perna ambulacrária), ramo prepipodito interno (cortava franjas branquiais, pode ter tido várias funções). - Estilo de vida: • maioria bentônica, com 3 a 10 cm, olhos dorsais, enrolar + espinhos = defesa; • nadadores pelágicos, 3 a 10 cm, corpo estreito, olhos laterais, telepoditos achatados; • plantônicos, com 0,5 a 1mm, menos, espinhos radiais dorsais (que talvez favoreciam a flutuação). - Morfologia interna: boca ventral (com tubo, supostamente esôfago), estômago piriforme, ao lado deste poderia ter havido uma glândula e posteriormente saia um tubo que percorria todo o corpo e saia no pígidio. - Desenvolvimento: anamórfico e passava por 3 estágios larvais • PROTASPIS: primeiro estágio larval • MERASPIS: estágio intermediário – pígidio vinha logo após a cabeça • HOLAPSIS: último estágio: formado depois de várias mudas e alongamento da região intermediária a partir do pígidio - Artrópodes fósseis: 30 sítios arqueológicos, registros fósseis de vários grupos bem preservados. - Importância das trilobitas: extinção no Permiano: 320 milhões de anos atrás. Filogenética: origem Crustacea e Cheliceriforme. Subfilo Crustacea - Forte impregnação de sal calcário (Crusta) + 2 pares de antenas (apêndices táteis, quimiorreceptores, alguns órgãos de compressão e cópula sexual). - Distribuição em mares, rios, mangues, terra. 68 mil espécies. - Muito diferentes: forma e medidas. Menores: 0,5mm. Maiores: caranguejos, lagostas. Mais adaptados ao ambiente aquático por causa das brânquias. - Habitats: regiões de marés (barata da praia, costões das rochas), pelágicos (krill, fotótrofos – fator que os mantém agregados – águas extremamente geladas), plantônicos (pulgas d’água), bentônicos (siris, caranguejos, lagostas), abissais (caranguejos), semi-terrestres (alguns caranguejos), terrestres (tatuzinhos – não são sociais, vivem agregados para evitar água para o exterior). - Estilo de vida: maioria de vida livre. • Gregários: krill, tatuzinhos. • Fixos: cracas (hermafroditas). • Comensais: caranguejinhos, isópodos (coprófagos em formigueiros). • Parasitos: copépodos, rizocéfalos (apesar de fixos, são cracas nuas, pois já tem proteção do hospedeiro). • Sociais: 1996/2002: Synalpheus regalis. - Importância dos crustáceos: elo na cadeia alimentar; larvas: zooplâncton; fonte de renda, alimento proteico, refinado; cimento das cracas: odontologia; krill: proteína na composição de alimento; medicina antroposófica; quitosana: controle de peso, colesterol; anticoagulante do tipo Heparina: 1999: antitrombótica. - Prejuízos: comedores de madeira; copépodos parasitos de peixes; fouling das cracas (conjunto delas, podedesnivelar embarcações); copépodos: hospedeiros de tênias: Difilobotriose; D. latum: 20 casos em SP, 1600 em 2011, sushi/sashimi/defumado cru, anemia botricefálica (vitamina B12), Ministério da Saúde: congelar. - Morfologia externa (tagmatização): • Cefalotórax (porção anterior e rígida), rostro (pontiagudo), olho (podrofitálmico tem pedúculo, edriofálmico não tem) - Céfalon: 5 cefalossomos (segmentos) – cabeça: A1 + estatocistos (em camarão); A2 – antênula; MD – mandíbula; MX1 – maxílula; MX2 – maxília ppd; centro sensorial; - Pereon: 8 pereossomos (segmentos) – tórax: 1, 2, 3 – maxilípedes¹ (MXP); 4, 5, 6, 7, 8 – pereópodes (PR) com apêndices locomotores. ¹Quelados (forma de pinça, pega alimento assim), subquelados (pega alimento como se fosse um gancho, função de pegar diminuída), não-quelados, quelípodos. • Abdômen – Pleon (porção superior e maleável) - 5 pleossomos (segmento) com pleópodes (PL) + 1 perossomo (segmento) com urópodes: bihemes, telson, leque caldal), lâminas serradas que funcionam como remo e auxiliam na natação.
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