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Fernanda Vandanezi Taxonomia: - Tendência evolutiva: redução dos apêndices do abdome: 1-Classe Remipedia: até 32 segmentos 2-Classe Cephalocarida: 5-8-11 segmentos 3-Classe Branchiopoda: 5-11-geralmente 8* 4-Classe Malacostraca: 5-8-6 segmentos 5-Classe Maxillopoda: 5-6- até 4 (Classe) Entromostracos: - Termo didático (reúne todas as classes que não são malacostraca) - Conjunto de 4 classes - Variação número de segmentos corporais - Especialização mínima dos apêndices - Ausência de estômago mastigator (sem moinho gástrico) – nutrição por filtração - Hemoglobina. • Classe Branchiopoda (conjunto de crustáceos que apresenta uma peça achatada que funciona como brânquia): - Pequenos, água doce - Peça achatada na coxa dos apêndices, usada como brânquias - Muita diferença morfológica que separa em ordens ¬ Ordem Anostraca: - Ausência de carapaça – não conseguem impregnar carbonato de cálcio - Tórax: 11 segmentos – na coxa tem o endopodito como brânquia - Abdome sem apêndice - Dimorfismo sexual: macho possui em gancho - Artemia salina: marinho; piscicultura + carcinicultura (criação de camarão). ¬ Ordem Diplostraca (carapaça bivalve): » Subordem Cladocera: Daphinia = pulgas d’água - Cabeça descoberta + tronco sem segmentação + 4 a 6 apêndices - Antenas são os principais órgãos locomotores (na coluna d’agua) - Olhos compostos fundidos (grande olho preto, fácil de ver, bem transparente); - Bioindicadores: em meio pobre em oxigênio perde muita hemoglobina e fica com uma cor avermelhada - Alguns representantes partogenéticos (nesse caso os machos são mais raros); - Incuba os ovos dorsalmente (depois de fecundado, o óvulo é circundado por uma carapaça – efípio – e só desenvolve após ser positivo) = desenvolvimento direto. Classe Malacostraca: - Uniformidade – tem 19 segmentos corporais fixos - Possuem télson – projeção do último segmento corporal - Principais características: 19 + telson (fixo) – apêndices especializados - Maioria mastigadores, com moinho gástrico, mas também há filtradores - O pigmento com oxigênio e gás carbônico é a hemocianina • Superordem Hoplocarida: ¬ Ordem Stomatopoda (vários apêndices para alimentação): 300 espécies; 5 a 36 cm - Cefalotórax e tórax livres - Antênula trirreime - 5 pares de maxilípedes – unirreimes e sub-quelados: » 2º par de maxilípedes – raptorial, usa para a caça de alimento e defesa » 3º, 4º e 5º par de maxlípedes – arrasta as presas - Tórax: 3 pares de periópodes birreimes e quelados - Leque caudal: usado em sua defesa - Localizados em baías arenosas ou lodosas – galerias rasas; - Nome Tamburutaca ou Camarão boxeador – devido ao 2º par de maxilípedes com uma força muito grande • Superordem Eucarida: ¬ Ordem Euphausiacea: Krill/90 ssp, pelágicas, 200m; - Gregarismo – brilho = fotóforos: os mantém agregados e pode servir atração sexual ou ofuscamento de predadores - Alimento para peixes e baleias - Carapaça reduzida na porção anterior e não existe maxilípedes - Ao contrário do camarão, não tem branquiostegito – brânquias são expostas - Urossomo apresenta um télson bifurcado pontiagudo e um adorno caudal (parece uma pena) ¬ Ordem Decapoda: p.153, 154 e 155 » Natantes (camarões): os que nadam e eventualmente andam - Corpo comprimido lateralmente (facilita a hidrodinâmica) - Maioria marinha, mas também são encontrados em mangues e água doce - 2010: Lagoa de Furnas: 5ppm – salubridade ótima para a reprodução » Reptantes os que andam e eventualmente nadam - Corpo achatado dorso-ventralmente (principalmente andam) └ Macruros: - Abdome distendido, lagostas e lagostins com quelípodos e lagostas sem quelípodos) └ Anomuros: - 5ª perna toráxica muito reduzida, ermitões, Birgus, tatuíras), talassinídeos (adome distendido e 5ª perna muito reduzida), braquiúros (corpo cru). └ Talassinídeos, camarão cavador ou Corruptos, maioria vive em colônias entre marés, galerias escavadas na areia, alguns harém, cutícula fina, levemente esclerotizada. └ Braquiurus (siris e caranguejos): p. 157 - Carapaça tão longa quanto larga - Marinhos, dulcícolas, terrestres, semi - Pinnotheres: parasitos de ostras (são hermafroditas) – faz com estas só desenvolvam o ovócito, pois se alimenta do nutriente necessário par desenvolver os espermatozoides » Decápodos terrestres: - Respiração branquial - Brânquias em número reduzido pois tem mais oxigênio no ar do que na água, o escafognatito move o ar sobre a água remanescente na cavidade braquial e então, as brânquias pegam o oxigênio - Superfície reduzida (reduz a perda de água) - Noturnos. • Superordem Peracarida: - Presença de uma bolsa presença no corpo das fêmeas: marsúpio feito de placas – ficam mais ou menos sobrepostas - Desenvolvimento direto – bolsa ventral: oostegitos ¬ Ordem Isopoda (tatuzinho): p. 148 e 149 - Corpo achatado - Apêndices periópodes semelhantes » Aquáticos: - Apêndices pleópodes anteriores colados para nadar - Apêndices pleódopes posteriores para respirar » Terrestres: todos pleópodes são para respirar (brânquias) - Alguns são comensais coprófagos, outros ingerem plantas novas (água), algumas consideradas pragas pois atacam hortaliças. » Tatuzinho de jardim apresenta adaptações para a vida terrestre: - Todos pleópodes são branquiais: exopoditos operculares – se fecham para não perder o oxigênio endopoditos branquiais - Glândulas repugnatórias - Atividade noturna, enrolar como bola, reconhecer ambientes úmidos, alimento em decomposição (água). ¬ Ordem Amphipoda (saltão das praias): - Ausência de carapaça - Corpo comprimido lateralmente - Funções dos apêndices abdominais: nadadores + saltadores, é com os uropodes que ele salta. Classe Maxillopoda: - Microscópicos, exceto cracas. - Características: 5-6 ou 4 segmentos, maioria são 11 segmentos no total, tendência evolutiva é diminuir número de segmentos. - Várias classes: MX1 e MX2 desenvolvidas. - Tórax (pode existir segmento sem apêndice): especialização mínima dos apêndices. - Abdome reduzido sem apêndices ou com até 4 segmentos. • Subclasse Thecostraca (cracas): - Antes era dentro de Mollusca, depois passou para Crustacea - Exclusivamente marinhos - Grupo séssil - Maior grupo hermafrodita (dentro de crustáceos) - Apresenta antenas e antênulas apenas em fases larvais – quando adulto, não tem antenas, pois estas são perdidas - Desenvolvimento: ovos → nauplio → 6ª muda → larva simples com glândula cimento + órgão sensorial que percebe o substrato → se fixa de ponta cabeça → perde antenas → corpo causa rotação → formação de placas calcárias - Como a larva se fixa? - Órgão sensorial se atrai pela: aspereza do substrato, iluminação e por uma proteína do exoesqueleto - Para a reprodução: macho e fêmea devem estar agregados ao mesmo substratos e fixos, lado a lado - Morte por sufocamento: quando o bolo de craca cresce, as cracas mais basais, morrem sufocadas ¬ Ordem Lepadomorpha: - Longo pedúnculo que adere no substrato - Corpo sofre rotação de 90º e começa a produção de placas calcárias - Pedúnculo suporta o capítulo (maior parte do corpo), se fixa perto de sua antênula. ¬ Ordem Balanomorpha (simetria entre as placas): - Não tem pedúnculo para aderir ao substrato - Base: é a extremidade oral, que desemboca perto das antênulas vestigiais - Placas operculares (como Lepadomorpha) e placas orais (que rodeiam o animal para dar proteção, não tem em Lepadomorpha) simétricos, continua com a função opercular • Infraclasse Cirripedia: p. 146 ¬ Superordem Rhizocephala (raíz na porção anterior): - São fixos com sexos separados - Parasitos – graças a isso não tem carapaças, são nuas - Sacculina: ciclo de vida – larva simples destinadaa ser fêmea, localiza a cerda abdominal principalmente de caranguejo, dentro deste passa por muda e forma rizoides e ativa os amebócitos (sistema imune do parasitado), põe pra fora a câmara incubadora e emite os futuros espermatozoides, vai acumulando no receptáculo seminal feminino, mas não é hermafrodita (apesar de estar maturando o espermatozoide dentro do mesmo corpo), são liberados em momentos próximos e são colocados na câmara incubadora e o ciclo se resume. - Consequência para o hospedeiro são muitos: inibição da muda, atrofia das gônadas, castração parasitária (principalmente esses), alargamento do abdome do macho, feminização dos pleópodoes, degeneração dos pleópodes da fêmea. • Subclasse Copepoda: - Cope = remo, podos = pés - Ingestão de fitoplânctos (níveis tróficos) - Vida livre: mm de comprimento; parasitos = 25 cm, vermiforme, perda de segmentação, modificação dos apêndices, corpo característico + olho naupliar. • Subclasse Ostracoda: - Pequenos, marinhos e de água doce - Semelhantes ao conchóstracos – bivalves: valvas ornamentadas, sem linhas concêntricas - Respiração dermatopnêustica - Forte calcificação - luminescência – contra-sombreamento + atração (em flash, ao contrário do krill que é sempre ‘aceso’) – por luciferina e luciferase Filogenia dos crustáceos: fósseis mais antigos (Cambriano); relações com outros artrópodos obscuras; 1975 – Hessller e Newman (características fósseis de crustáceos e trilobitos); crustáceos (origem a partir Trilobitas); estrutura similar dos apêndices; anatomia comparada de formas vivas. Irradiação adaptativa: grande, com exploração de todos nichos aquáticos, dominância nos mares, compartilhamento com insetos na água doce, invasão do ambiente terrestre limitada.
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