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003 Enterobius vermicularis Oxiuros

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Fernanda Vandanezi - Enterobius vermicularis (Oxiúros) — Oxiuríase: 
Filo: Nematoda; Família: Oxyridae; 
Habitat: 
- intestino grosso — em qualquer parte, mas principalmente no ceco agarrado a parede; 
- no apêndice; 
- fêmeas com ovos na região perianal; 
- em altas cargas parasitárias nas mulheres — vagina, útero e bexiga; 
 
Morfologia: 
- são filiformes e robustos; 
- cor branca; 
- porção anterior — boca ou vestíbulo bucal contornado por 3 lábios + asas cefálicas; 
 porção mediana — a boca segue um esôfago claviforme que termina em um bulbo cardíaco; 
- dimorfismo sexual: 
 • fêmea — 1 cm; • macho — 5mm; 
 porção posterior retilínea; porção posterior — recurvada para a face ventral; 
 2 ovários filiformes — que vão se unir em uma vagina; espiculo — órgão copulador do macho; 
 ∟ abre na vulva, na porção média anterior; 
Ovo: 
 - ovo fértil: 
 em forma de D — com membrana dupla, lisa e transparente; 
 fêmea ovivipara — já é um ovo larvado; 
 
 
Transmissão: 
- heteroinfecção — quando ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro; 
- auto- infecção indireta — quando ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou; 
- auto-infecção externa ou direta — indivíduo levam os ovos da região perianal a boca. Principal mecanismo responsável pela cronicidade; 
- auto-infecção interna — parece ser um processo raro no qual as larvas eclodiam ainda dentro do reto e depois migrariam até o ceco, 
 transformando-se em vermes adultos; 
- retroinfecção — as larvas eclodem na região perianal (externamente), penetram pelo ânus e migram pelo intestino grosso chegando até o 
 ceco, onde se transformam em vermes adultos. 
 
Patogenia: 
- carga parasitária — vai determinar se será assintomático ou sintomático; 
 3 a 4 vermes — poucas alterações clinicas e sintomas inespecíficos; 
 30 a 40 — haverá alterações; 
 100 — haverá alterações ainda mais graves; 
- ações dos vermes adultos: 
 • fêmeas com ovos — vão para a região perianal fazer a postura → prurido anal, mais intenso durante a noite; 
 ∟ levando a insônia e provocando nervosismo no paciente; 
 • fêmeas agarradas na parede do intestino — vão provocar lesões e um edema, podendo gerar infecções secundárias por bactérias do intestino; 
 ∟ quando mais de 100 — enterite catarral = inflamação no intestino + muco amarelado eliminado nas fezes (diarreia); 
 • fêmeas localizadas no apêndice — pode provocar apendicite, inflamação; 
 
Diagnóstico: 
• clínico — prurido anal mais intenso durante a noite — verme pode ser visto na margem anal; 
• laboratorial — exame de fezes não funciona para essa verminose intestinal; 
 melhor método → fita adesiva (transparente) ou método de Graham: 
 ∟ corta-se um pedaço de 8 a 10cm de fita adesiva transparente; coloca-se a mesma com a parte adesiva pra 
 fora, sobre um tubo de ensaio ou dedo indicador (podendo levar contaminação do executor do executor 
 do método); apõe-se várias vezes a fita na região perianal; coloca-se a fita (como se fosse uma lamínula) 
 sobre uma lâmina de vidro; leva-se ao microscópio; 
 ∟ essa técnica deve ser feita ao amanhecer, antes de a pessoa banhar-se, e repetida em dias sucessivos, caso dê negativo; 
 se a lâmina não possa ser examinada no mesmo dia → conservada na geladeira, devidamente embalada em papel-alumínio.
 
Tratamento: 
- Albendazol — liquido para crianças acima de 2 anos — impede a captação de glicose pelo verme, impedindo a formação de ATP, que é usado 
 como fonte de energia; 
Profilaxia: 
- tratar os doentes — para que a doença não se espalhe; 
- não fazer troca de roupa intima com outra pessoa; ferver as roupas; 
- não sacudir a roupa de cama; 
- lavar as mãos e cortar as unhas rentes; 
- evitar aglomerados; 
- saneamento básico; 
 
 
Ciclo Biológico:

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