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Fernanda Vandanezi - Enterobius vermicularis (Oxiúros) — Oxiuríase: Filo: Nematoda; Família: Oxyridae; Habitat: - intestino grosso — em qualquer parte, mas principalmente no ceco agarrado a parede; - no apêndice; - fêmeas com ovos na região perianal; - em altas cargas parasitárias nas mulheres — vagina, útero e bexiga; Morfologia: - são filiformes e robustos; - cor branca; - porção anterior — boca ou vestíbulo bucal contornado por 3 lábios + asas cefálicas; porção mediana — a boca segue um esôfago claviforme que termina em um bulbo cardíaco; - dimorfismo sexual: • fêmea — 1 cm; • macho — 5mm; porção posterior retilínea; porção posterior — recurvada para a face ventral; 2 ovários filiformes — que vão se unir em uma vagina; espiculo — órgão copulador do macho; ∟ abre na vulva, na porção média anterior; Ovo: - ovo fértil: em forma de D — com membrana dupla, lisa e transparente; fêmea ovivipara — já é um ovo larvado; Transmissão: - heteroinfecção — quando ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro; - auto- infecção indireta — quando ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que os eliminou; - auto-infecção externa ou direta — indivíduo levam os ovos da região perianal a boca. Principal mecanismo responsável pela cronicidade; - auto-infecção interna — parece ser um processo raro no qual as larvas eclodiam ainda dentro do reto e depois migrariam até o ceco, transformando-se em vermes adultos; - retroinfecção — as larvas eclodem na região perianal (externamente), penetram pelo ânus e migram pelo intestino grosso chegando até o ceco, onde se transformam em vermes adultos. Patogenia: - carga parasitária — vai determinar se será assintomático ou sintomático; 3 a 4 vermes — poucas alterações clinicas e sintomas inespecíficos; 30 a 40 — haverá alterações; 100 — haverá alterações ainda mais graves; - ações dos vermes adultos: • fêmeas com ovos — vão para a região perianal fazer a postura → prurido anal, mais intenso durante a noite; ∟ levando a insônia e provocando nervosismo no paciente; • fêmeas agarradas na parede do intestino — vão provocar lesões e um edema, podendo gerar infecções secundárias por bactérias do intestino; ∟ quando mais de 100 — enterite catarral = inflamação no intestino + muco amarelado eliminado nas fezes (diarreia); • fêmeas localizadas no apêndice — pode provocar apendicite, inflamação; Diagnóstico: • clínico — prurido anal mais intenso durante a noite — verme pode ser visto na margem anal; • laboratorial — exame de fezes não funciona para essa verminose intestinal; melhor método → fita adesiva (transparente) ou método de Graham: ∟ corta-se um pedaço de 8 a 10cm de fita adesiva transparente; coloca-se a mesma com a parte adesiva pra fora, sobre um tubo de ensaio ou dedo indicador (podendo levar contaminação do executor do executor do método); apõe-se várias vezes a fita na região perianal; coloca-se a fita (como se fosse uma lamínula) sobre uma lâmina de vidro; leva-se ao microscópio; ∟ essa técnica deve ser feita ao amanhecer, antes de a pessoa banhar-se, e repetida em dias sucessivos, caso dê negativo; se a lâmina não possa ser examinada no mesmo dia → conservada na geladeira, devidamente embalada em papel-alumínio. Tratamento: - Albendazol — liquido para crianças acima de 2 anos — impede a captação de glicose pelo verme, impedindo a formação de ATP, que é usado como fonte de energia; Profilaxia: - tratar os doentes — para que a doença não se espalhe; - não fazer troca de roupa intima com outra pessoa; ferver as roupas; - não sacudir a roupa de cama; - lavar as mãos e cortar as unhas rentes; - evitar aglomerados; - saneamento básico; Ciclo Biológico:
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