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Simbologia de desenho auxiliado por computador

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Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 40 
 
Capítulo 5 – Simbologia 
 
Quando vamos realizar uma instalação elétrica qualquer, necessitamos de vários dados 
como: localização dos elementos, percursos de uma instalação, condutores, 
distribuição da carga, e outros. 
 
Os símbolos gráficos usados nos diagramas UNIFILAR são definidos ela norma 
NBR5444, para serem usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Neste tipo de 
planta é indicada a localização exata dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus 
respectivos aparelhos. 
 
- A localização dos pontos de consumo de energia elétrica, seus comandos e indicações 
dos circuitos a que estão ligados; 
- A localização dos quadros e centros de distribuição; 
- O trajeto dos condutores e sua projeção mecânica (inclusive dimensões dos condutos 
e caixas); 
- Um diagrama UNIFILAR discriminando os circuitos, seção dos condutores, dispositivos 
de manobra e proteção; 
- As características do material a empregar, suficientes para indicar a adequabilidade 
de seu emprego tanto nos casos comuns, como em condições especiais. 
 
Como a planta baixa se encontra reduzida numa proporção 50 ou 100 vezes menor, 
seria impossível representarmos os componentes de uma instalação tais como eles os 
exemplos abaixo. 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 41 
 
Utilizamos uma forma de diagrama reduzido, denominado esquema unifilar, onde os 
dispositivos de comando, proteção, fontes de consumo, condutores etc., são 
representados como nos exemplos abaixo: 
 
• Lâmpada – Interruptor 
• Tomada 
 
 
 
Estes e outros símbolos são normalizados pela ABNT através de normas específicas. 
Este esquema UNIFILAR é somente representado em plantas baixas, mas o eletricista 
necessita de outro tipo de esquema chamado MULTIFILAR, onde se mostram detalhes 
de ligações e funcionamento, representando todos os seus condutores, assim como 
símbolos explicativos do funcionamento, como demonstra o esquema a seguir: 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 42 
 
Apesar de semelhantes não existe um modelo padrão de instalação elétrica, pois isso 
muda de construção para construção. 
 
O esquema elétrico conforme normas recomendadas pela ABNT é uma linguagem que 
deve ser conhecida tanto pelos engenheiros como pelos projetistas e eletricistas; 
portanto, é indispensável a todos os que se dedicarem ao ramo específico da 
eletricidade. 
 
O estudo destes esquemas objetiva capacitar a ler, interpretar e executar esquemas de 
circuitos elétricos, a fim de que possamos transportar o que foi demonstrado pelo 
projetista, sob forma de desenho na planta baixa, para a obra a ser executada. 
 
Os desenhos das plantas de arquitetura, dos detalhes, etc., são feitos não com as 
dimensões reais, pois exigiriam um papel do tamanho daquilo que estamos 
desenhando. No caso de uma planta baixa, seria tão grande que não caberia no 
cômodo, além de difícil de ler. 
 
As tabelas a seguir mostram a simbologia do sistema UNIFILAR para instalações 
elétricas prediais (NBR5444). 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 44 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 45 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
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Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
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Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 48 
 
Capítulo 6 – Tipos de Fornecimento de Energia 
 
As instalações elétricas de baixa tensão são regulamentadas pela Norma Brasileira 
vigente, a NBR 5410/97 “Instalações Elétricas de Baixa Tensão” da ABNT – Associação 
Brasileira de Normas Técnicas. 
 
Essa norma, também conhecida como NB3, fixa os procedimentos que devem ter as 
instalações elétricas: PROJETO, EXECUÇÃO, MANUTENÇÃO e VERIFICAÇÃO FINAL, a fim 
de garantir o seu funcionamento adequado, a segurança das pessoas e de animais 
domésticos e aplica-se às instalações elétricas (novas e reformas das existentes) 
alimentadas sob uma tensão nominal igual ou inferior a 1.000 Volts em Corrente 
Alternada (CA). 
 
 As Concessionárias de energia por sua vez, fornecem a energia elétrica para os 
consumidores de acordo com a carga (kW) instalada e em conformidade com a 
legislação em vigor – Resolução no 456 “Condições Gerais de Fornecimento de Energia 
Elétrica” de 29/11/00, da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, que estabelece 
os seguintes limites para atendimento: 
 
• Tensão Secundária de Distribuição – Grupo B (Baixa Tensão): Quando a carga 
instalada na unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW. Os consumidores do 
Grupo B são atendidos na tensão inferior a 2.300 Volts. 
 
• Tensão Primária de Distribuição inferior a 69 kV: Quando a carga instalada na 
unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda contratada ou estimada pelo 
interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW. 
 
• Tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV: Quando a demanda 
contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500 
kW. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 49 
 
Capítulo 7 – Padrão de Entrada 
 
 
Padrão de entrada é o conjunto de 
instalações composto de: caixa de 
medição, sistema de aterramento, 
condutores e outros acessórios 
indispensáveis para que realize todas as 
ligações elétricas. 
 
O padrão de entrada indicado para o seu 
imóvel vai depender do tipo de ligação, 
que pode ser monofásica, bifásica ou 
trifásica, e do local adequado para sua 
instalação, que pode ser em poste, 
pontalete, muro ou parede. 
 
Com o padrão de entrada correto, você 
economiza muito tempo, dinheiro, evita 
danos nos eletrodomésticos. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 50 
 
Através do circuito de distribuição essa energia é transportada do medidor até o 
quadro de distribuição, que é chamado usualmete de quadro de luz. 
 
 
 
O quadro de distribuição é o centro distribuição de toda rede elétrica residencial ou 
comercial. É nele que são encontrados os dispositivos de proteções elétricas. 
 
O quadro de distribuição deve estar localizado em lugar de fácil acesso e o mais 
próximo possível do medidor. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 51 
 
A figura abaixo exemplifica um quadro de energia com ligação monofásica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 52 
 
Capítulo 8 – Disjuntores Termoelétricos 
 
Disjuntor é um dispositivo eletromecânico que permite proteger uma determinada 
instalação eléctrica contra sobre-intensidades (curto-circuitos ou sobrecargas). Sua 
principal característica é a capacidade de poder ser rearmado manualmente quando 
estes tipos de defeitos ocorrem, diferindo do fusível, que tem a mesma função, mas 
que fica inutilizado depois de proteger a instalação. Assim, o disjuntor interrompe a 
corrente em uma instalação elétrica antes que os efeitos térmicos e mecânicos desta 
corrente possam se tornar perigosos às próprias instalações.Por esse motivo, ele serve 
tanto como dispositivo de manobra como de proteção de circuitos elétricos. 
 
Na figura abaixo podemos seccionar um disjuntor térmico para visualizar sua 
arquitetura. 
 
 
1. Atuador - utilizado para desligar ou resetar manualmente o disjuntor. Também 
indica o estado do disjuntor (Ligado/Desligado ou desarmado). A maioria dos 
Disjuntores é projetada de forma que desarme mesmo que o atuador seja segurado ou 
travado. 
2. Mecanismo atuador - une os contatos juntos ou independentes. 
3.Contatos - Permitem que a corrente flua quando o disjuntor está ligado e seja 
interrompida quando desligado. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 53 
 
4.Terminais 
5.Trip bimetálico 
6.Parafuso calibrador - permite que o fabricante ajuste precisamente a corrente de 
trip do dispositivo. 
7.Solenóide 
8.Extintor de arco elétrico 
 
Existem 3 tipos de Disjuntores Termoelétricos: 
 
 
monopolar bipolar tripolar 
 
 
8.1 – Disjuntor Diferencial Residual (DDR) 
 
Nada mais é que um disjuntor termomagnético acoplado a outro dispositivo, no caso 
um disjuntor diferencial residual. 
 
Para que serve? 
 
É um dispositivo que protege os condutores do circuito contra sobrecarga e também as 
pessoas contra choques elétricos. 
 
O DDR não substitui um disjuntor, pois ele não protege contra sobrecargas e curto 
circuitos. Para estas proteções, devem-se utilizar os disjuntores termoelétricos em 
associação. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 54 
 
8.2 - Instalação do DDR 
 
O DDR deve estar instalado em série com os disjuntores de um quadro de distribuição. 
Em geral, ele é colocado depois do disjuntor principal e antes dos disjuntores de 
distribuição. Para facilitar a detecção do defeito, aconselha-se proteger cada aparelho 
com dispositivo diferencial. Caso isto não seja viável, deve-se separar por grupos que 
possuam características semelhantes. 
 
Existem algumas recomendações para a instalação de um DDR, e são elas: 
 
• Todos os fios do circuito têm que obrigatoriamente passar pelo DDR; 
• O fio terra (proteção) nunca poderá passar pelo interruptor diferencial; 
• O neutro não poderá ser aterrado após ter passado pelo interruptor. 
 
O botão de teste para o DR de 4 pólos está entre os pólos centrais F/F (220V), mas o 
DDR funciona normalmente se conectado F/N (127V) nestes pólos. 
 
Temos abaixo alguns exemplos de DDR. 
 
 
 
 
Exemplo de Disjuntor DR Exemplo de Disjuntor DR Associação com Temoelétricos 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 55 
 
Capítulo 9 – Circuitos de Distribuição 
 
O quadro de distribuição pode ser entendido como o “coração” de uma instalação 
elétrica, já que distribui a energia elétrica por toda a edificação e acomoda todos os 
dispositivos de proteção dos diversos circuitos elétricos. 
 
Veja os itens abaixo para uma melhor compreensão da função de quadro de fusíveis 
ou disjuntores. 
 
Qualquer instalação deve ser dividida, de acordo com as necessidades, em vários 
circuitos, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem 
risco de alimentação inadvertida, através de outro circuito. 
 
Qualquer instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos forem necessários, 
de forma a proporcionar facilidade de inspeção, ensaios e manutenção, bem como a 
evitar que, por ocasião de um defeito em um circuito, toda uma área fique desprovida 
de alimentação elétrica. 
 
Circuitos de distribuição distintos devem ser previstos para partes das instalações que 
necessitem de controle específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados 
pelas falhas de outros (minuterias, sistemas de supervisão predial, etc.). 
 
Em função da ocupação do local e da distribuição de circuitos efetuada, deve-se prever 
a possibilidade de ampliações futuras, com a utilização de circuitos terminais futuros. 
Tal necessidade deverá se refletir, ainda, na taxa de ocupação dos condutos elétricos e 
quadros de distribuição. 
 
Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de 
utilização que alimentam. Em particular devem ser previstos circuitos terminais 
distintos para iluminação e tomadas de corrente. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 56 
 
Em unidades residenciais e acomodações de hotéis e similares, devem ser previstos 
circuitos independentes para cada equipamento com corrente superior a 10 A. Nas 
instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre 
as fases, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível. Quando houver alimentação 
a partir de vários sistemas (subestação, gerador, etc.), o conjunto de circuitos 
alimentados por cada sistema constitui uma instalação. 
 
 Cada uma delas deve ser claramente diferenciada das outras, observando-se que: um 
quadro de distribuição só deve possuir componentes pertencentes a uma única 
instalação, com exceção de circuitos de sinalização e comando e de conjuntos de 
manobra especialmente projetados para efetuar o intercâmbio das fontes de 
alimentação; os condutores fechados só devem conter condutores de uma única 
instalação; nos condutos abertos, bem como nas linhas constituídas por cabos fixados 
diretamente em paredes ou tetos, podem ser instalados condutores de instalações 
diferentes, desde que adequadamente identificados. 
 
As cargas no quadro abaixo "são exemplos para você ter uma ideia". Cada imóvel 
necessita de cargas especificas e uma distribuição destas cargas também especifica. 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 57 
 
Capítulo 10 – Circuitos Terminais 
 
Uma instalação elétrica deve ser dividida em circuitos. Por menor que seja a 
edificação, as normas prescrevem que devem existir no mínimo dois circuitos 
definidos, um deles alimentando as tomadas (pontos de força) e outro as lâmpadas 
(pontos de iluminação). 
 
Cada circuito representa um agrupamento de pontos no projeto, contendo uma fiação 
comum e partindo de uma ligação única em um mesmo quadro. 
 
Existem dois tipos de circuitos: 
 
- Circuitos Terminais: 
Circuitos que partem de um Quadro e agrupam Pontos do projeto. São criados como 
parte de um pavimento do projeto, fazendo parte de sua lista de circuitos disponíveis. 
Um pavimento pode ter tantos circuitos terminais quanto for desejado pelo usuário. 
 
- Circuitos de Distribuição: 
Circuitos que ligam um Quadro a outro. São criados sempre que um Quadro é criado, 
fazendo parte deste. 
 
Quando a norma selecionada for a AEA 90364, se faz as seguintes considerações ao 
dimensionar um circuito contendo mais de um ponto (ou seja, não é considerado de 
uso específico): 
 
Para os circuitos contendo apenas pontos de Luz, se a maior corrente individual no 
circuito for inferior a 10 A e a corrente total for inferior a 16 A, classifica o circuito 
como de uso geral; 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 58 
 
Para os circuitos contendo pontos de força, se a maior corrente individual no circuito 
for inferior a 10 A e a corrente total for inferior a 20 A, classifica o circuito como de uso 
geral; 
 
Em todos os demais casos (por exemplo, um circuito de iluminação com corrente total 
20 A ou contendo um ponto de corrente 12A), classifica o circuito como de uso 
especial. 
 
 
Dicas: 
- A pequena regra geral universalvale aqui também: menos é mais, ou seja, em caso 
de dúvida e falta de conhecimento do que fazer com a energia elétrica, é melhor não 
fazer nada, não acrescentar nada à rede elétrica, pois o risco de se aumentar o 
conteúdo harmônico da energia elétrica é muito maior do que reduzi-lo, sem um 
conhecimento detalhado da situação. 
 
- A utilização de uma fiação dedicada e exclusiva, saindo do quadro geral elétrico de 
entrada do estabelecimento para os equipamentos de áudio e vídeo é recomendável, 
pelo fato de reduzir um pouco a contaminação de harmônicos no sistema de 
áudio/vídeo a ser alimentado. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 59 
 
- Como disjuntores e fusíveis são componentes de proteção utilizados em série com a 
rede elétrica, os que tiverem menor impedância, ou seja, os fusíveis, devem ser 
empregados nas aplicações de alimentação elétrica para áudio e vídeo. Portanto, em 
todos os circuitos destinados ao áudio e vídeo deveremos dar preferência ao emprego 
de fusíveis. Isto é muito pertinente, principalmente em estúdios. A razão para isto é 
que os elementos interruptores nos fusíveis, normalmente chamados de elos-fusíveis, 
possuem impedâncias menores do que a soma da bobina de curto-circuito e das 
resistências dos bimetais dos disjuntores. 
 
- A fiação dedicada para a alimentação dos equipamentos deverá empregar fios 
sólidos, também chamados de fios rígidos, para a fiação das fases e do neutro e fiação 
flexível para o aterramento. Os fios sólidos, em comparação com os cabos flexíveis de 
mesma bitola, apresentam um aumento maior da impedância em altas frequências, 
devido ao efeito Skin, também chamado de efeito pelicular. Esta característica dos fios 
sólidos corrobora na redução do fluxo dos harmônicos pela rede elétrica. 
 
 
Capítulo 11 – Condutor de Proteção - PE (Terra) 
 
11.1 - O Que é um Aterramento Elétrico? 
 
O termo aterramento se refere à terra propriamente dita ou a uma grande massa que 
se utiliza em seu lugar. Quando falamos que algo está "aterrado", queremos dizer 
então que, pelo menos, um de seus elementos está propositalmente ligado à terra. 
 
Em geral, os sistemas elétricos não precisam estar ligados à terra para funcionarem e, 
de fato, nem todos os sistemas elétricos são aterrados. Mas, nos sistemas elétricos, 
quando designamos as tensões, geralmente, elas são referidas à terra. Dessa forma, a 
terra representa um ponto de referência (ou um ponto de potencial zero) no qual 
todas as outras tensões são referidas. De fato, como um equipamento 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 60 
 
computadorizado se comunica com outros equipamentos, uma tensão de referência 
"zero" é crítica para a sua operação apropriada. 
 
A terra, portanto, é uma boa escolha como ponto de referência zero, uma vez que ela 
nos circunda em todos os lugares. Quando alguém está de pé em contato com a terra, 
seu corpo está aproximadamente no potencial da terra. Se a estrutura metálica de 
uma edificação está aterrada, então todos os seus componentes metálicos estão 
aproximadamente no potencial de terra. 
 
11.2 - Objetivos do Aterramento 
 
Aterrar o sistema, ou seja, ligar intencionalmente um condutor fase, ou, o que é mais 
comum, o neutro à terra, tem por objetivo controlar a tensão em relação à terra 
dentro de limites previsíveis. Esse aterramento também fornece um caminho para a 
circulação de corrente que irá permitir a detecção de uma ligação indesejada entre os 
condutores vivos e a terra. Isso provocará a operação de dispositivos automáticos que 
removerão a tensão nesses condutores. 
 
O controle dessas tensões em relação à terra limita o esforço de tensão na isolação dos 
condutores, diminui as interferências eletromagnéticas e permite a redução dos 
perigos de choque para as pessoas que poderiam entrar em contato com os 
condutores vivos. 
 
O primeiro objetivo do aterramento dos sistemas elétricos é proteger as pessoas e o 
patrimônio contra uma falta (curto-circuito) na instalação. Em termos simples, se uma 
das três fases de um sistema não aterrado entrar em contato com a terra, 
intencionalmente ou não, nada acontece. Nenhum disjuntor desliga o circuito, 
nenhum equipamento para de funcionar. Os sistemas não aterrados foram muito 
populares nas instalações industriais na primeira metade do século 20, precisamente 
porque as cargas acionadas por motores, que eram muito comuns na época, não 
parariam simplesmente por causa de um curto-circuito fase-terra. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 61 
 
No entanto, uma consequência desse tipo de sistema é que é possível energizar a 
carcaça metálica de um equipamento com um potencial mais elevado do que o da 
terra, colocando as pessoas que tocarem o equipamento e um componente aterrado 
da estrutura simultaneamente, em condições de choque. 
 
O segundo objetivo de um sistema de aterramento é oferecer um caminho seguro, 
controlado e de baixa impedância em direção à terra para as correntes induzidas por 
descargas atmosféricas. 
 
 
11.3 - Funções Básicas 
 
11.3.1 - Segurança pessoal 
A conexão dos equipamentos elétricos ao sistema de aterramento deve permitir que, 
caso ocorra uma falha na isolação dos equipamentos, a corrente de falta passe através 
do condutor de aterramento ao invés de percorrer o corpo de uma pessoa que 
eventualmente esteja tocando o equipamento. 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 62 
 
11.3.2 - Desligamento automático 
O sistema de aterramento deve oferecer um percurso de baixa impedância de retorno 
para a terra da corrente de falta, permitindo, assim, que haja a operação automática, 
rápida e segura do sistema de proteção. 
 
 
 
11.3.3 - Controle de Tensões 
O aterramento permite um controle das tensões desenvolvidas no solo (passo, toque e 
transferida) quando um curto-circuito fase-terra retorna pela terra para a fonte 
próxima ou quando da ocorrência de uma descarga atmosférica no local. 
 
 
 
11.3.4 - Transitórios 
O sistema de aterramento estabiliza a tensão durante transitórios no sistema elétrico 
provocados por faltas para a terra, chaveamentos, etc, de tal forma que não apareçam 
sobretensões perigosas durante esses períodos que possam provocar a ruptura da 
isolação dos equipamentos elétricos. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 63 
 
11.3.5 - Cargas Estáticas 
O aterramento deve escoar cargas estáticas acumuladas em estruturas, suportes e 
carcaças dos equipamentos em geral. 
 
 
 
11.4 - Ligação a Terra 
 
O sistema elétrico de uma aeronave em vôo possui um terminal de aterramento, 
condutores de aterramento, etc., sem, no entanto, haver "terra" no local. Para uma 
pessoa trabalhando no décimo andar de um edifício que possua a sua estrutura 
metálica aterrada, qual é o valor do potencial da terra (no nível do solo) não tem o 
menor significado. Se ela for transportada para o térreo, onde o piso tem contato 
direto com o solo, então a terra se torna a sua referência mais apropriada para a qual 
uma tensão de toque ou de passo deve ser referenciada. 
 
Dessa forma, o terra de referência a ser utilizado para expressar as intensidades da 
tensão pode ser, às vezes, a terra mas, em outros casos, pode ser um condutor 
metálico de aterramento. Em certas ocasiões, o potencial de terra pode ser muito 
diferente daquele do condutor de aterramento. Sendo assim, é muito importante que 
as tensões de toque e passo sejam expressas emrelação ao terra de referência mais 
apropriado. 
 
A terra em si é um condutor elétrico muito ruim, cuja resistividade é da ordem de um 
bilhão de vezes maior do que a de um condutor de cobre. A resistência de aterramento 
pode ser imaginada como sendo a soma de várias resistências em série, cada uma 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 64 
 
relativa a uma camada cilíndrica de terra. Na prática, metade da resistência total de 
aterramento concentra-se na vizinhança imediata (15cm) do eletrodo de aterramento. 
 
Imagine uma resistência de aterramento de 25 Ω, e uma corrente de 1000A fluindo por 
ela. Temos então, entre o ponto de injeção da corrente no solo e 15cm dela uma 
diferença de potencial de 12500V (25 Ω/2 x 1000A). Uma pessoa em pé nessa região, 
estará submetida a essa tensão de passo (figura). A colocação de uma malha metálica 
aterrada nessa região, à qual estejam ligadas todas as carcaças metálicas, assegurará 
uma equipotencialidade e afastará a possibilidade da ocorrência de uma tensão de 
passo (ou de toque) perigosa. 
 
 O objetivo mais amplo de um sistema de aterramento é o de se obter, o mais 
possível, uma condição de diferença de potencial zero (chamada de 
equipotencialidade) entre os condutores de proteção dos equipamentos, as carcaças 
dos equipamentos, os condutos metálicos e todas as demais massas condutoras da 
edificação, incluindo as suas ferragens estruturais e tubulações metálicas. Para 
qualquer pessoa dentro da edificação, mesmo se houver um aumento do potencial dos 
elementos mencionados em relação ao potencial de terra, não haverá o risco de 
choque elétrico, uma vez que todos os elementos estarão referidos ao mesmo 
potencial. 
 
Os condutores de aterramento devem ser instalados próximos aos condutores vivos 
dos circuitos e não devem ser percorridos por correntes de carga normais da 
instalação. 
 
Com isso, eles irão manter a diferença de potencial zero desejada entre os diversos 
equipamentos. Apenas quando da ocorrência de uma falta é que irá circular uma 
corrente pelos condutores de aterramento, ocasião em que serão observadas 
diferenças de potencial no sistema. 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 65 
 
11.5 - Tipos de Eletrodos 
 
11.5.1 - Eletrodos Existentes (Naturais) 
Prédios com estruturas metálicas são normalmente fixados por meio de longos 
parafusos a seus pés nas fundações de concreto. Esses parafusos engastados no 
concreto servem como eletrodos, enquanto que a estrutura metálica funciona como 
condutor de aterramento. 
 
Na utilização desse sistema, deve-se assegurar que haja uma perfeita continuidade 
entre todas as partes metálicas (verifica-se a resistência de aterramento). 
 
Também deve ser realizada a ligação equipotencial entre as partes metálicas que, 
eventualmente, possam estar desconectadas da estrutura principal; 
 
 
11.5.2 - Eletrodos Fabricados 
Normalmente são hastes de aterramento. Quando o solo permite, geralmente, é mais 
satisfatório o uso de poucas hastes profundas do que muitas hastes curtas; 
 
 
11.5.3 - Eletrodos Encapsulados em Concreto 
O concreto em contato com o solo é um meio semicondutor com resistividade da 
ordem de 3000 Ωcm a 20 °C, muito melhor do que o solo propriamente dito. Dessa 
forma, a utilização dos próprios ferros da armadura da edificação, colocados no 
interior do concreto das fundações, representa uma solução pronta e de ótimos 
resultados. 
 
Qualquer que seja o tipo de fundação, deve-se assegurar a interligação entre os ferros 
das diversas sapatas, formando assim um anel. Esse interligação pode ser feita com o 
próprio ferro da estrutura, embutido em concreto ou por meio do uso de cabo cobre. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 66 
 
A resistência de aterramento total obtida com o uso da ferragem da estrutura ligada 
em anel é muito baixa, geralmente menor do que 1 Ω e, frequentemente, ao redor de 
0,25 Ω. 
 
Observe-se que apenas os ferros da periferia da edificação são efetivos, sendo muito 
pequena a contribuição da estrutura interna. 
 
 
11.6 - Outros Eletrodos 
 
Quando o terreno é muito rochoso ou arenoso, o solo tende a ser muito seco e de alta 
resistividade. Caso não seja viável o uso das fundações como eletrodo de aterramento, 
fitas metálicas ou cabos enterrados são soluções adequadas técnica e 
economicamente. A profundidade de instalação desses eletrodos, assim como as suas 
dimensões, influenciam muito pouco na resistência de aterramento final. 
 
 
11.7 - Proteção Contra Choques Elétricos 
 
Quando se fala em proteger as pessoas contra choques elétricos, deve-se lembrar que 
o perigo está presente quando o corpo da pessoa está sendo percorrido por uma 
corrente elétrica superior a um dado valor por um tempo maior do que o suportável. 
 
 Como a questão é limitar (ou eliminar) a corrente que atravessa o corpo ou permitir 
que ela circule apenas durante um tempo determinado, temos que agir sobre essas 
duas variáveis para enfrentar o problema do choque. Para tanto, há algumas maneiras 
possíveis de prover essa proteção: 
 
Se a pessoa estiver isolada da fonte, não haverá como circular corrente pelo seu corpo. 
Ela poderá estar calçando botas e luvas isolantes, porém essa não é uma situação 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 67 
 
habitual, possível de ser garantida durante muitas horas do dia. Por outro lado, se a 
pessoa, mesmo descalça e sem luvas, estiver posicionada sobre um piso e junto a 
paredes isolantes, não haverá caminho de circulação da corrente e ela estará 
protegida. A NBR 5410/97 considera pisos e paredes isolantes quando sua resistência 
for superior a 50k Ω. De fato, conforme a figura 14, uma pessoa de resistência mão-pé 
da ordem de 1k Ω em série com um piso de 50k Ω, submetida a uma tensão fase-terra 
de 127V, será percorrida por uma corrente elétrica de aproximadamente 127V / 51 k 
Ω= 2,5 mA. 
 
Esse valor é insuficiente para causar problemas para a pessoa. Infelizmente, a enorme 
maioria dos pisos e paredes que nos cerca não é isolante (R > 50k Ω), o que limita esse 
tipo de proteção apenas a lugares especialmente construídos para tal finalidade. 
 
 
11.8 - Projeto de Aterramento Moderno, Eficiente e Integrado. 
 
Resumindo tudo o que foi exposto, podemos verificar que um projeto de aterramento 
que satisfaça às exigências atuais de funcionalidade e atenda às normas em vigor deve 
possuir as seguintes características: 
 
• Utilização da ferragem da estrutura, interligada em anel por um condutor de 
cobre nu, como eletrodo de aterramento; 
 
• Presença do TAP no quadro geral de baixa tensão, interligado ao anel enterrado 
por meio de um cabo de cobre isolado; 
 
• Ligações, por meio de cabos de cobre nus ou isolados, de todos os elementos 
metálicos não energizados que entram na edificação, tais como tubulações de água, 
esgoto, etc, até o TAP. Essas ligações devem ser radiais, as mais curtas possíveis; 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 68 
 
• Utilização de protetores contra sobretensões na entrada instalação, seja na 
linha de força, na linha de telefonia, de sinal etc. Os terminais de terra desses 
protetores devem ser ligados ao TAP por meio de cabos de cobre isolados; 
 
• Ligação dos terminais de terra dos protetores de sobretensão instalados juntos 
aos aparelhos eletrônicos no interior da instalação, através dos condutores de 
proteção dos circuitos terminais até oTAP; 
 
• Ligação de todos os terminais de terra dos equipamentos da instalação elétrica 
(Chuveiros elétricos, torneiras elétricas, aquecedores, motores, etc), através dos 
condutores de proteção dos circuitos terminais até o TAP; 
 
• Ligação das malhas de aterramento dos equipamentos eletrônicos sensíveis ao 
TAP através de condutores de equipotencialidade os mais curtos e retos possível. Caso 
não se utilize a malha e sim o sistema de ponto único, ligar os condutores de proteção 
ao TAP de forma radial e a mais curta possível; 
 
• Ligar todos os condutores de equipotencialidade da instalação ao TAP do modo 
mais curto e reto possível. 
 
 
Capítulo 12 – Dimensionamento de Carga 
 
Para determinar a carga de uma instalação elétrica residencial, deve-se somar todas as 
cargas elétricas previstas para: as tomadas de uso geral, a potência das lâmpadas e dos 
demais equipamentos elétricos. 
 
 Norma vigente da ABNT, a NBR 5410/97 "Instalações Elétricas de Baixa Tensão" 
determina que a previsão de cargas em VA, dos equipamentos deverão ser de acordo 
com as seguintes prescrições a seguir. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 69 
 
12.1 - Tomadas de Uso Geral 
 
• Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias: 
para as 3 (três) primeiras tomadas, a carga mínima por tomada a ser considerada, 
deverá ser de 600 VA. A partir da quarta tomada (se existir), deverá ser considerada a 
carga mínima de 100 VA para cada tomada. 
 
IMPORTANTE: 
A determinação da carga deverá ser feita, considerando cada um desses cômodos 
separadamente; 
 
• Em subsolos, garagens, sótão, varandas: deverá ser prevista no mínimo uma 
tomada de 1.000 VA; 
 
• Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por tomada. 
 
 
12.2 - Tomadas de Uso Específico 
 
• Considerar a carga do equipamento elétrico a ser ligado, fornecida pelo 
Fabricante; ou então, calcular a carga a partir da tensão nominal, da corrente nominal 
e do fator de potência do equipamento elétrico. 
 
 
12.3 - Iluminação 
 
A iluminação adequada deve ser calculada de acordo com a Norma vigente NBR 
5413/92 "Iluminação de Interiores", da ABNT. Entretanto a Norma NBR 5410/97 
estabelece como alternativa que para determinar as cargas de iluminação em unidades 
consumidoras residenciais, poderão ser adotados os seguintes critérios: 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 70 
 
• Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2 deve ser 
prevista uma carga mínima de 100 VA; 
 
• Em cômodos ou dependências com área superior a 6 m2 deve ser prevista uma 
carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescidas de 60 VA para cada 
aumento de 4 m2. 
 
IMPORTANTE: 
Os valores apurados correspondem à potência destinada a iluminação para o efeito de 
dimensionamento dos circuitos elétricos e não necessariamente à potência nominal 
das lâmpadas. 
 
Exemplo: 
Qual a carga de iluminação incandescente a ser instalada numa sala de 3,5 m de 
largura e 4 m de comprimento? 
 
•A área da sala: 3,5 m x 4 m = 14 m2 
• Carga para a Iluminação: 
• Para os primeiros 6 m2: 100 VA. Para os outros 8 m2: 60 VA + 60 VA; 
• A Carga total será: 100 VA + 60 VA + 60 VA = 220 VA 
 
A Tabela a seguir fornece os dados para calcular, de uma maneira prática, a carga de 
iluminação incandescente para cômodos, com área variando de 6 a 30 m2. 
 
ÁREA DO CÔMODO CARGA DE ILUMINAÇÃO 
Até 6 100 
De 6,1 a 10 160 
De 10,1 a 14 220 
De 14,1 a 18 280 
De 18,1 a 22 340 
De 22,1 a 26 400 
De 26,1 a 30 460 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 71 
 
12.4 - Número Mínimo de Tomadas por Cômodo 
 
Cada cômodo de uma residência deverá ter tantas tomadas, quantos forem os 
parelhos elétricos a serem instalados/ligados dentro do mesmo. Uma sala de estar, por 
exemplo, deve ter tomadas de uso geral individuais: o televisor, os aparelhos de som, 
vídeo, abajures, aspirador de pó, etc. 
 
A Norma vigente, a NBR 5410/97 determina as seguintes quantidades mínimas de 
Tomadas de Uso Geral em uma residência: 
 
• 1 tomada por cômodo para área igual ou menor do que 6m2; 
• 1 tomada para cada 5 m, ou fração de perímetro, para áreas maiores que 6 m2; 
• 1 tomada para cada 3,5 m ou fração de perímetro para copas, cozinhas, copas-
cozinhas, áreas de serviço, lavanderias, sendo que acima de cada bancada de 30 cm ou 
maior, deve ser prevista pelo menos uma tomada; 
• 1 tomada em sub-solos, sótãos, garagens e varandas; 
• 1 tomada junto ao lavatório, em banheiros. 
 
NOTA: 
O perímetro de um cômodo, é calculado somando o comprimento de cada lado deste 
cômodo. Exemplo: A sala referenciada é de 3,5 m de largura e 4 m de comprimento, 
em o seguinte perímetro: 2 x 3,5 m + 2 x 4 m = 15 m 
 
 
12.5 - Divisão de Circuitos Elétricos 
 
A Norma vigente, a NBR 5410/97 - "Instalações Elétricas de Baixa Tensão", determina 
que sejam separados os circuitos elétricos de Tomadas de Uso Geral e o de Iluminação. 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 72 
 
Deverá ser previsto u m circuito elétrico, também separado, para cada equipamento 
elétrico de corrente nominal superior a 10 A (1.270 VA em 127 V), como os chuveiros 
elétricos, fornos elétricos, fornos de micro-ondas, etc. 
 
É importante que uma instalação elétrica seja dividida em circuitos elétricos parciais 
para facilitar: a inspeção, a manutenção, a proteção será melhor dimensionada, reduz 
as quedas de tensão e aumenta a segurança. 
 
Se na residência tiver um só circuito para toda a instalação elétrica, o disjuntor deverá 
ser de grande capacidade de interrupção de corrente, sendo que, um pequeno curto-
circuito poderá não ser percebido por ele. 
 
Entretanto, se na residência tiver diversos circuitos e com vários disjuntores de 
capacidade de interrupção de corrente menores e dimensionados adequadamente, 
aquele pequeno curto-circuito poderá ser percebido pelo Disjuntor do circuito em 
questão, que o desligará. Com isso somente o circuito onde estiver ocorrendo um 
curto-circuito ficará desligado (desenergizado). 
 
Cada circuito elétrico deve ser concebido de forma que possa ser seccionado sem risco 
de realimentação inadvertida, através de outro circuito. 
 
IMPORTANTE: 
Norma NBR 5410/97 determina que o condutor Neutro deverá ser único para cada 
circuito elétrico, isto é, cada circuito elétrico deverá ter o seu próprio condutor Neutro. 
Este condutor só poderá ser seccionado, quando for recomendado por esta Norma 
(NBR 5410/97). 
 
 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 73 
 
12.6 - Interruptores e Tomadas de Uso Geral 
 
Existem diversos tipos de Interruptores e Tomadas de Uso Geral, sendo que cada um, é 
adequado para uma determinada utilização. Sempre devem ser consultados os 
catálogos de fabricantes com o objetivo de identificar, quais os dispositivos mais 
apropriados para cada situação. 
 
Os Interruptores podem ser simples, duplos, triplos, intermediários, paralelos, 
bipolares, "dimmers", pulsadores, etc, sendo que cada um é próprio para ser usado 
em uma determinada função específica. Uns tipos proporcionam mais conforto e 
segurança, economia de energia do que os outros. Os "dimmers" são interruptores 
que, através de um circuito (geralmente eletrônico), variam a intensidade luminosa da 
lâmpada instalada em seu circuito, podendo proporcionareconomia de energia 
elétrica. 
 
Existem interruptores tipo "dimmer" nos modelos de interruptor simples e interruptor 
paralelo. 
 
A instalação do "dimmer" é feita do mesmo modo que a do interruptor 
correspondente. 
 
NOTA: 
Para as lâmpadas incandescentes e fluorescentes tubulares, existe um tipo de 
"dimmer" específico. 
 
 As Tomadas de Uso Geral, recomendadas são as de 2P + TU, para conter os 
condutores Fase, Neutro e o de Proteção (PE ou fio terra). Essas Tomadas de 3 pólos 
apresentam disposições e tipos de pólos diferentes para cada encaixe de plugues. 
 
Também existem as Tomadas de 2 pólos. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 74 
 
Os Interruptores e Tomadas de Uso Geral para serem utilizados em instalações 
elétricas residenciais, são feitos para suportar com segurança, uma determinada 
corrente e tensão, máximas. As correntes elétricas máximas para as Tomadas, 
geralmente são de 10, 15 ou 20 A. A tensão elétrica, normalmente é de 250 V. 
 
O significado dos dados técnicos dos dispositivos projetados para suportar uma 
corrente elétrica máxima de 10 A e uma tensão elétrica de 250 V, é o seguinte: 
 
• Em termos de corrente elétrica: não ligar uma carga em 127 V, maior do que 
1.270 VA (10 A x 127 V). 
• Em termos de tensão elétrica: não ligar esses dispositivos em um o circuito 
elétrico, quando a tensão elétrica for maior do que 250 Volts. 
 
Outros dispositivos para o uso em instalações elétricas residenciais, geralmente são 
projetados para capacidades diferentes, como por exemplo: os "dimmers" carga de 40 
VA a 300 VA em 127 V. Em 220V de 60 VA a 500 VA. Os pulsadores corrente de 2 A em 
250 V. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Existem diversos dispositivos com valores de carga diferentes (menores ou maiores) 
dos mencionados anteriormente. Por isso, sempre deve ser consultado os catálogos 
dos fabricantes de dispositivos, para se certificar para qual a corrente e tensão, 
máximas, foi projetado o dispositivo para funcionar. 
 
 
12.7 - Conformidade dos Interruptores e Tomadas 
 
É importante que todo produto esteja em conformidade com as normas vigentes da 
ABNT. Para exemplificar, serão relacionados alguns testes que um interruptor tem que 
se submeter para comprovar que está dentro de norma da ABNT e receber a marca de 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 75 
 
conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial - INMETRO. Para os Interruptores a Norma NBR 6527 e para as Tomadas de 
Uso Geral a NBR 6147. 
 
• Os organizadores que irão conhecer a fábrica, analisam as máquinas, 
laboratórios e a equipe técnica. Após aprovarem tudo, iniciam as provas nos produtos. 
• Isolamento e rigidez dielétrica: o interruptor tem que resistir a 2.000 V, sem 
deixar passar corrente de fuga, com resistência superior a mínima aceitável, que é de 5 
Megaohms. 
• Elevação de temperatura: ligam um condutor apertando um pouco o parafuso 
do borne do interruptor, durante 1 hora, passando 35% da corrente nominal e o 
interruptor não pode aquecer mais de 45 ºC. 
• Sobrecorrente e durabilidade: primeiro o interruptor tem que resistir a 200 
mudanças de posição, ou seja, 100 "liga-desliga" com tensão 10% e corrente 25% 
superior a nominal, além de um fator de potência extremamente desfavorável (0,3). 
Segundo, o interruptor passa por mais de 40 mil mudanças de posição, com corrente e 
tensão nominal, ou seja, 250 V e 10 A. 
• Resistência mecânica: recebe o impacto de um martelo com 150 gramas a uma 
altura de 10 cm, e o produto não pode apresentar rachadura por onde pudesse ter 
acesso as partes energizadas do produto. 
• Resistência ao calor: o produto é colocado em uma estufa a 100 ºC, sem 
umidade, durante uma hora e não pode apresentar deformações. 
• Prova de resistência ao calor anormal ou fogo: um fio incandescente a 850 ºC 
que provoca fogo é colocado sobre o produto e embaixo deste produto é colocado um 
papel de seda a uma altura de 20 cm. Retira-se o fio em menos de 30 segundos e o 
papel de seda não deve inflamar com o gotejamento. 
 
Como pode ser observado, o interruptor terá que resistir a 40 mil mudanças de 
posição (manobras), com tensão e corrente nominal, bornes enclausurados, evitando 
contatos acidentais e a resistência a impactos. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 76 
 
Tomadas de Uso Geral - 10 mil mudanças de posição (inserção e retirada do plugue), 
bornes enclausurados, evitando contatos acidentais, resistência a impactos. 
 
Plugues monoblocos - 10 mil mudanças de posição (inserção e retirada da tomada), 
prensa-cabo que não permite que o cabo solte quando puxado. 
 
NOTA: 
Todo componente de uma instalação elétrica, tem que obedecer uma ou mais Normas 
da ABNT. É importante identificá-las e conhecê-las. 
 
 
12.8 - Esquema de Ligação Elétrica de Interruptor e Tomada 
 
A seguir apresenta-se esquema de ligações elétricas de interruptores e tomadas de uso 
geral: 
 
 
Observação: O condutor Neutro deve ser sempre ligado em um ponto (ou polo) do 
Receptáculo (ou porta-lâmpada) da luminária e o Condutor Fase em um ponto 
Interruptor. O Condutor Retorno sai do outro ponto do Interruptor, indo até ao outro 
ponto Receptáculo, completando assim, o circuito elétrico. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 77 
 
12.9 - Tomada e interruptor na mesma caixa 
 
 
 
Observação: 
Apesar da Tomada e do Interruptor estarem na mesma caixa, os circuitos elétricos 
devem ser distintos. Nas Tomadas, além da seção mínima dos condutores ser de 2,5 
m2 e das cores de Isolação serem diferentes deve-se ligar o Condutor Fase, o Condutor 
Neutro e o Condutor de Proteção (PE). 
 
A seguir, serão feitos comentários sobre as Tomadas de Uso Geral que ainda não estão 
em de acordo com a NBR 14136. Geralmente as Tomadas de Uso Geral, existentes, 
têm orifícios "redondos" junto com orifícios "chatos". 
 
Os orifícios "chatos" de encaixe na Tomada de 3 pólos (2P + T), são diferentes entre si. 
O plugue do aparelho elétrico, só é encaixado em uma determinada posição, o que dá 
mais segurança. 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 78 
 
É importante salientar que na Tomada de 3 (três) pólos, os fios do circuito de tomadas 
da instalação elétrica, devem ser ligados desta forma: 
 
• Condutor Fase - Deve ser ligado ao lado direito da Tomada. Esse pólo é do tipo 
"chato" e menos largo do que o do Neutro. 
• Condutor Neutro - Deve ser ligado do lado esquerdo da Tomada, onde 
geralmente poderá estar escrito a letra "W". Esse pólo do tipo "chato", é mais largo do 
que o da Fase. 
 
Atenção: Por uma Norma americana, o condutor Neutro deverá ser identificado pela 
cor branca ("White", daí a identificação pela letra "W"). Os aparelhos elétricos de 
procedência americana, um dos fios de ligação do aparelho, o de lista branca, está no 
mesmo lado desse pino "chato" mais largo. 
 
• Condutor de Proteção (PE) - Deve ser ligado na parte inferior da Tomada, onde 
geralmente está escrito a letra "G" (do inglês "Ground", que significa aterramento). 
Também está mostrado o símbolo do aterramento. 
 
Observação: 
Essas tomadas não permitem que um pino do condutor Fase, entre no local onde é 
destinado para o condutor de Proteção (PE), por exemplo. 
 
Será apresentado a seguir, o esquema elétrico da seguinte situação: considerando o 
cômodo de um quarto, que tem o interruptor ao lado da portacom uma tomada 
abaixo dele (a 30 cm do piso) e uma tomada em outra parede. 
 
 
 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 79 
 
Capítulo 13 – Controles de Iluminação 
 
13.1 – Interruptores 
 
O interruptor é o equipamento mais simples e conhecido dos controles de iluminação. 
O acionamento, a rigor é manual e local, promovendo o ligar e desligar os circuitos. 
Seu princípio de funcionamento consiste em interromper o fornecimento de energia às 
lâmpadas “cortando” a fase de alimentação. 
 
 
Diagrama de instalação Interruptor Simples – Lighting Now 
 
Os interruptores podem ser Simples, Duplos, Triplos e por último os modulares que 
você pode configurar a quantidade de acionamentos que precisar. 
 
Os interruptores paralelos, mais conhecidos como “tri way”, são muito utilizados em 
escadas, salas e corredores, onde existe a necessidade de comandar o mesmo ponto 
de luz por dois interruptores distintos. 
 
 
Exemplo do uso de um Interruptor Paralelo – Elétrica.info 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 80 
 
A seguir, apresentamos o diagrama elétrico da instalação de um interruptor paralelo. 
 
 
 
Diagrama de instalação Interruptor Paralelo – Lighting Now 
 
Quando existir a necessidade de comandar o mesmo ponto de luz por três 
interruptores distintos, utilizamos um interruptor intermediário, sistema conhecido 
como “four way”. 
 
 
Interruptor Paralelo com 1 intermediário – Pial Legrand 
 
O interruptor intermediário funciona como um “X” comutando 4 pontos da seguinte 
forma: 
 
Comutação do Interruptor Intermediário – Lighting Now 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 81 
 
A seguir, apresentamos o diagrama elétrico da instalação de um interruptor 
intermediário. 
 
 
 
Diagrama de instalação Interruptor Paralelo + Intermediário – Lighting Now 
 
Em ainda existindo a necessidade de comandar o mesmo ponto de luz por mais de três 
interruptores distintos, utilizamos interruptores intermediários ao longo do circuito. 
 
 
 
Interruptores Intermediários – Pial Legrand 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 82 
 
13.2 – Minuterias 
 
A minuteria é um dispositivo elétrico que, quando acionado, permite manter acesas as 
lâmpadas de um ambiente, por um período definido de tempo. 
 
 
Esse sistema pode ser instalado de forma coletiva, quando o seu 
acionamento, através de um pulsador, liga as luzes da escada de 
todos os do andares, por exemplo, ou de forma individual, onde seu 
acionamento apenas acende somente o andar específico. Este 
segundo modelo do ponto de vista da economia de energia é mais 
racional, porém tem um custo inicial maior, pois precisamos de uma 
minuteria a cada pavimento. 
 
As minuterias ainda têm uma grande utilização, mas foram amplamente aplicadas na 
década de 80 quando surgiram como um forte diferencial no consumo de energia dos 
edifícios residenciais. 
 
 
13.3 – Sensores de Presença 
 
 
O termo sensor de presença é um tanto quanto mal empregado no 
mercado, pois o que se convenciona a chamar de “Sensor de 
Presença” nada mais é que um sensor de movimento. Se um 
indivíduo adentra a um ambiente com este tipo de sensor, a 
iluminação se acende e permanece acesa por um determinado 
tempo mínimo ou enquanto o sensor continue percebendo 
movimentação. Experimente ficar parado neste ambiente. Embora 
você esteja “presente”, a iluminação vai se apagar e só acenderá 
novamente se você se mexer. 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 83 
 
Basicamente existem dois tipos sensores no mercado e utilizam Infra-Vermelho ou 
ultrassom para detectar os movimentos. 
 
Os sensores vieram substituindo em grande escala as minuterias, pois são 
infinitamente mais baratos quando pensamos em controlar de forma individual cada 
lance de escada, hall ou corredores e não necessitam de serem acionados para colocá-
los em funcionamento. 
 
Existem sensores verdadeiramente de presença que trabalham com sistemas térmicos, 
identificando a presença de um indivíduo pela sua temperatura corpórea, ativando e 
mantendo aceso a ambiente enquanto houver presença “térmica” no espaço. Estes 
sensores são bem mais caros devido à tecnologia que utilizam. 
 
 
13.4 – Células Fotoelétricas 
 
 
Este tipo de equipamento é muito utilizado em áreas externas para o 
acendimento da iluminação de uso comum em condomínios e em 
iluminação pública, sendo ativado pela de luz natural. Ao final do 
entardecer, pela falta de luz natural percebida por este sensor, o 
mesmo aciona a iluminação artificial para que o espaço em questão 
fique iluminado no período noturno e quando o dia amanhece, com 
a percepção da luz natural, desliga a iluminação. Normalmente estes 
equipamentos têm ajuste de intensidade para calibrar a quantidade 
de luz natural necessária para o seu arme e desarme. As fotocélulas 
são bem conhecidas, de fácil instalação e baixo custo. 
 
 
 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 84 
 
13.5 – Dimmers 
 
 
Dimmers são equipamentos que permitem variar a intensidade do 
fluxo luminoso de uma lâmpada ou conjunto de lâmpadas, de acordo 
com sua potência. Com o dimmer, podemos excursionar de 0 a 100% 
a intensidade da iluminação, ajustando-a para cada finalidade e com 
isso reduzindo o consumo de energia e aumentando a vida útil das 
lâmpadas. 
 
Nota 1: As lâmpadas incandescente ligadas diretamente à rede podem ser facilmente 
dimerizadas, mas cuidado com lâmpadas que utilizam equipamentos auxiliares como: 
reatores, transformadores ou drivers. Para dimerizar estes tipos de lâmpadas, os seus 
respectivos equipamentos auxiliares precisam der dimerizáveis. 
 
Nota 2: A rigor, lâmpadas fluorescente compactas não podem ser dimerizadas, pois o 
reator que está incorporado na sua base não é dimerizavel. 
 
Nota 3: Dicróicas em 12 Vac utilizam transformadores eletromagnéticos ou eletrônicos 
para baixar a tensão da rede de 127 – 220Vac para os 12 volts necessários ao seu 
funcionamento. Para dimerizar este tipo de lâmpada utilize o transformador 
eletromagnético comum ou o transformador eletrônico dimerizável. 
 
 
13.6 – Controles Remotos 
 
 
Os controles remotos para iluminação funcionam com os outros 
controles que utilizamos nas TVs, DVDs, etc. Podemos acionar a 
iluminação sentados no sofá ou deitados na cama. Alguns modelos 
de mercado permitem a dimerização. 
 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 85 
 
Capítulo 14 – Iluminação 
 
14.1 – Fontes de Luz Artificial 
 
A primeira fonte de luz artificial que temos registro é o fogo. Depois vieram as 
lâmpadas incandescentes. Nesta evolução, que não para, estamos vivendo a revolução 
dos LEDs e criamos este tópico (fontes de luz artificial) justamente para separar os 
LEDs das lâmpadas. Devemos explicar que, assim como existem lâmpadas de 
filamento, existem também lâmpadas de LEDs, ou seja, utilizam a tecnologia de LEDs 
para gerar a LUZ, portanto LED é uma fonte de luz e não uma lâmpada. 
 
 
14.1.1 – Tipos de Lâmpadas 
 
14.1.1.1 – Lâmpadas Incandescentes 
 
- Lâmpada Incandescente Comum 
As lâmpadas incandescentes comuns simbolizam uma das mais antigas e familiares 
fontes de luz artificial. Sua luz é gerada pelo aquecimento e consequente 
enrubescimento de um filamentode tungstênio quando uma corrente elétrica passa 
por ele. Este filamento se desgasta com o tempo e se rompe provocando a sua 
“queima” e o que diminui seu desgaste prematuro é um gás inerte ou vácuo no 
interior do bulbo de vidro. Estas lâmpadas têm temperatura de cor quente, de 
aproximadamente 2700°K e cor amarelada. O índice de reprodução de cores chega 
bem próximo aos 100 e podem ser facilmente dimerizadas. A eficiência energética e 
baixíssima, pois apenas 10% da energia consumida se transformada em luz e o 
restante em calor. 
 
Por sua excelente reprodução de cores e baixo custo de aquisição, ainda é 
amplamente utilizada, principalmente em instalações residenciais, mas já existem 
 
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campanhas e processos para sua extinção ou banimento devido a sua péssima 
eficiência energética. 
 
 
 
Lâmpada Cristal Lâmpada Leitosa Bolinha Lâmpada Refletora 
 
 
- Lâmpada Halógena 
Estas lâmpadas possuem gases halógenos no seu interior que, quando combinados 
com o filamento de tungstênio incandescente, promovem algumas vantagens, em 
comparação as incandescentes comuns: Luz mais brilhante e uniforme, maior 
eficiência energética que (entre 15 e 25 lm/W), vida útil mais longa (2000 a 4000 
horas) e menores dimensões. 
 
A vida útil mais longa é conseguida pelo ciclo regenerativo do halogênio que deposita 
novamente sobre o filamento, as partículas de tungstênio que foram desprendidas 
pelo aquecimento. 
 
As primeiras gerações das lâmpadas halógenas tiveram sua aplicação mais restrita no 
uso em faróis de automóveis e projetores. Hoje pela enorme variedade de lâmpadas 
halógenas disponíveis no mercado suas aplicações são inúmeras. 
 
 
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Halógena Palito Halógena Bi-pino AR 70 
 
 
 
Par 20 Cápsula Fosca e Cristal Par 38 
 
 
- Lâmpada Halógena Dicróica 
O termo “dicróico” vem do refletor, ou seja, a lâmpada halógena associada ao refletor 
dicróico, conhecida vulgarmente como “lâmpada dicróica”. Com as mesmas vantagens 
das halógenas normais, as dicróicas possuem um refletor multifacetado que transmite 
para trás da lâmpada, cerca de 60% da radiação infravermelha emitida (calor) e 
permite um foco de luz direcionado e mais “frio. Esta vantagem a tornou a “menina 
dos olhos” das iluminações de destaque (quadros, vitrines, objetos, etc.). Existem 
vários tipos de lâmpadas com refletores dicróicos e com característica completamente 
diferentes: soquetes, abertura de fachos, temperatura de cor, tensão de alimentação, 
etc. Todas podem ser dimerizadas, característica comum a tecnologia incandescente. 
 
 
 
 
 Lâmpada Dicróica MR 16 
 
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14.1.1.2 – Lâmpadas de Descarga 
A luz de uma lâmpada de descarga não e produzida pelo aquecimento de um 
filamento, mas pela excitação de um gás (um vapor de metal ou uma mistura de 
diversos gases e vapores) dentro de um tubo de descarga. 
 
 
- Lâmpadas Fluorescentes 
As lâmpadas fluorescentes consistem de um bulbo cilíndrico de vidro, tendo em seu 
interior vapor de mercúrio ou argônio a baixa pressão e as paredes internas do tubo 
são recoberta por fósforo. Espirais de tungstênio, revestidas com uma substância 
emissora de elétrons, formam os eletrodos em cada uma das extremidades do tubo. 
Quando uma diferença de potencial elétrico é aplicada, os elétrons passam de um 
eletrodo para o outro, criando um fluxo de corrente denominado de arco voltaico ou 
descarga elétrica. Esses elétrons chocam-se com os átomos de argônio, os quais, por 
sua vez, emitem mais elétrons. Os elétrons chocam-se com os átomos do vapor de 
mercúrio e os energizam, causando a emissão de radiação ultravioleta (UV). Quando os 
raios ultravioleta atingem a camada fosforosa, que reveste a parede do tubo, ocorre a 
fluorescência, emitindo radiação eletromagnética na região do visível. 
 
 
Esquema de funcionamento das lâmpadas. Durão Jr. 
 
 
As lâmpadas fluorescentes dependem de um equipamento auxiliar para o seu 
funcionamento: Os reatores. 
 
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Os reatores servem para limitar a corrente e adequar as tensões para o perfeito 
funcionamento das lâmpadas. Os tipos de reatores encontrados no mercado são: 
eletromagnéticos e eletrônicos. 
 
A correta aplicação dos reatores garante um melhor desempenho para os projetos 
elétrico e luminotécnico, contribuindo diretamente para a manutenção do fluxo 
luminoso e a vida útil da lâmpada. 
 
Nota: Para dimerizar uma lâmpada fluorescente é preciso que seu reator seja 
dimerizável. 
 
 
Tipos de Lâmpadas Fluorescentes 
 
Existe atualmente uma imensa gama de tipos de lâmpadas fluorescentes, desde 
tubulares, até compactas ou de formato circulares, podendo o projetista optar 
conforme suas necessidades e preferências. Vale dizer, que sempre ao se pensar em 
um projeto de iluminação, é mais que adequado consultar os catálogos atualizados dos 
diversos fabricantes de lâmpadas para obter informações sobre os últimos 
lançamentos e características como: Temperatura de cor, Potência, Fluxo Luminosa, 
Esquema de Ligação, Equipamentos Auxiliares, etc. 
 
 
 
Tubulares Circulares Compactas (reator integrado) Compactas (reator externo) 
 
 
 
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- Lâmpada Vapor de Mercúrio 
Tem uma aparência branca azulada. A radiação de energia fica na região visível do 
espectro nos comprimentos de onda de amarelo, verde e azul. Quando se aplica 
fósforo na camada interna do bulbo consegue-se também o vermelho melhorando a 
reprodução de cores. Eficiência de 55 – 60 lm/W e IRC de 40 a 48. É utilizada em 
iluminação pública e industrial. 
 
 
- Lâmpada Vapor Metálico 
Similar em construção a lâmpada de mercúrio tendo, porém, um melhoramento 
substancial na sua eficiência (70 a 95 lm/W) e reprodução de cor (acima de 90). Além 
do reator, esta lâmpada necessita de uma tensão maior do que a fornecida pela rede 
para iniciar a descarga, para isso utilizamos um equipamento auxiliar de partida: O 
ignitor. Utilizada na iluminação de estádios e ginásios de esporte, iluminação pública, 
estacionamentos, etc. 
A nova geração de lâmpadas de vapor metálico tem enorme aplicação para iluminação 
interna e externa, inclusive fachadas. Podem apresentar bulbo de vidro comum, de 
quartzo e cerâmico, com e sem filtragem de UV. Temperaturas de cor de 3000K e 
4.000K com vida útil entre 8 e 10 mil horas. 
 
- Lâmpada Vapor de Sódio 
Tem radiação quase monocromática, na faixa do amarelo (570), alta eficiência 
luminosa (200 lm/W) e longa vida. Muito utilizadas em vias públicas, estacionamentos 
e galpões onde a necessidade de reprodução de cores não é essencial. Aplicações: 
Iluminação pública e demais locais que priorizem a alta eficiência do sistema, uma vez 
que as lâmpadas de vapor de sódio são as mais eficientes do mercado. Apresentam 
qualidade de luz regular (IRC<25). 
 
 
 
 
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- Lâmpada Mista 
A lâmpada de luz mista consiste em um bulbo preenchido com gás, revestido na 
parede interna com um fósforo, contendo um tubo de descarga ligado em série a um 
filamento de tungstênio. Não necessita de equipamento auxiliar para seu 
funcionamento, sua ligação é feita diretamente à rede e opera em 220 V. Possui IRC 61 
aIRC 63 conforme modelo, cor amarela e eficiência de até 22 lm/W. 
 
Aplicações: Iluminação de locais que necessitem de grande quantidade de luz, 
praticidade na instalação e baixo custo inicial, não se preocupando com a eficiência do 
sistema. 
 
 
 
Lâmpadas de Descarga 
 
 
14.1.1.3 – Lâmpadas de LEDs 
As lâmpadas de LEDs estão vindo com a promessa de substituir as lâmpadas 
convencionais e em muitos casos já fazem isso muito bem, porém quando falamos de 
potência a briga começa a ficar pesada. Uma coisa em que os LEDs são fantásticos é na 
sua eficiência (lm/W), mas quando comparamos com lâmpadas de alto fluxo luminoso, 
os LEDs até conseguem, mas a pergunta que não quer calar é: Com que custo? 
 
A comparação mais freqüente é a da lâmpada de LEDs com uma dicróica. Talvez seja 
porque as lâmpadas mais comuns em LEDs têm este formato e são focais também. 
Vamos analisar os dados de 3 lâmpadas da Philips. 
 
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Curso On-line - Ago/2012 92 
 
Modelo Facho Watts Tensão Cd °K Cd/W IRC VU 
Dicróica 36F 50w 36º 50W 12Vac 1200 2900 24 100 2000 
Dicróica 36F 20w 36º 20W 12Vac 400 2900 20 100 2000 
Master Led 24º 4W 12Vac 550 2700 137,5 90 45000 
 
Pela tabela vemos que a lâmpada de LEDs, em intensidade luminosa comparada com 
uma dicróica de 20watts é superior, além de consumir 5 vezes menos energia e ter 
uma vida útil 22 vezes maior. Neste caso a substituição em retrofit é mais do que 
perfeita, mas quando comparamos com o usual, que é a dicróica de 50watts, a 
intensidade é mais do que 2 vezes menor. 
 
 
Dicróica Essential 20W Master Led 4W 
 
Podemos colocar então 2 lâmpadas de LEDs para fazer o serviço, certo? Pode ser uma 
idéia, mas nossa relação de investimento inicial sobe. Podemos ainda substituir a 
dicróica por outro modelo mais potente, certo? Perfeito, mas você vai perceber que 
uma maior potência em LEDs não cabe no mesmo formato de lâmpada dicróica e 
talvez você não tenha espaço físico suficiente. 
 
 
 
 
Dicróica Essential 50W MASTER LED Twist 7W 
 
 
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Vale a pena ressaltar que a comparação somente pela intensidade luminosa não é 
correta, ou talvez justa, pois outros atributos e características imbatíveis nos LEDs não 
podem ser negligenciados: 
 
- Longa Vida Útil; 
- Alta Eficiência; 
- Ausência de Calor (influência direta no conforto e carga térmica do ar condicionado); 
- Ausência e UV; 
- Menor Consumo; 
- Menor Custo de Manutenção; 
- Apelos Sustentáveis. 
E quando estamos falando de projeto de iluminação com LEDs devemos tirar partido 
de tais características e benefícios funcionais. 
 
As lâmpadas convencionais ficam no teto e por isso precisam de grande potência para 
chegar ao plano de trabalho. Com muita potência, se tornam mais quentes e ai 
começamos a pensar que é mesmo prudente que elas estejam longe de nós, trazendo-
nos segurança. Com LEDs, estas fontes de luz poderiam se aproximar dos usuários, pois 
não oferecem o perigo do calor (se queimar na lâmpada) e estando mais próximas do 
plano de trabalho, oferecem melhores níveis de iluminamento resolvendo de imediato 
o problema de falta de potência. Talvez a deficiência dos LEDs seja culpa de nossas 
limitações quando de frente ao novo. Precisamos mudar estes paradigmas projetuais? 
 
Hoje os LEDs são mais eficientes que as lâmpadas incandescentes e halógenas, porém 
menos eficientes que as fluorescentes e de descarga. A tendência e que daqui a 5 ou 
10 anos eles sejam mais eficientes do que qualquer outra fonte de luz artificial. 
 
 
 
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AR 111 Led - Brilia PAR 20 Led - GE Parathom - Osram Master Led A55 - Philips 
 
 
 
UltraLed EA 55 - Golden PAR 30 Led - AG T5 Led - Guimar Vela Led - Ourolux 
 
 
 
Lamina Ceramics RGB LED - Avant MR16 Led - Ledmax G60 80 – LC Light 
 
 
 
 
JDR Power LED - FLC PAR 30 Led - Germany PAR 20 Led - Lumiled MR 11 Led -LLUM 
 
 
 
 
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Curso On-line - Ago/2012 95 
 
14.2.1 – LEDs 
Os LEDs são reconhecidos como precursores de uma nova era tecnológica na área de 
iluminação, graças a diversas vantagens que oferecem em relação às fontes de 
iluminação convencionais. Estes dispositivos representam uma ruptura na iluminação 
artificial tradicional, introduzindo novos paradigmas e possibilidades de iluminar. 
 
Os diodos emissores de luz - dispositivos conhecidos pela abreviatura em língua inglesa 
LEDs (Light Emiting Diodes) - são fontes luminosas para iluminação artificial. LEDs são 
semicondutores em estado sólido que convertem energia elétrica diretamente em luz. 
 
A obtenção da luz através de LEDs ocorre quando os mesmos são diretamente 
polarizados, permitindo a passagem de uma corrente elétrica. Os elétrons se movem 
através da junção PN do semicondutor e se recombinam com as lacunas (cargas 
positivas). Quando as duas cargas são recombinadas, a luz é emitida. 
 
 
Esquema de emissão de luz de um LED. 
 
 
 
 
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Curso On-line - Ago/2012 96 
 
Abaixo elencamos vários benefícios que a tecnologia de LEDs podem nos proporcionar: 
 
- Vida útil: atualmente os LEDs de boa qualidade têm especificação de 20.000h a 
50.000h com uma perda do fluxo luminoso de 30%, mesmo conceito empregado pelos 
fabricantes de lâmpadas tradicionais para definir a sua vida útil. 
 
- Alta eficiência: hoje os fabricantes de LEDs divulgam eficiências entre 25 a 65 lm/W e 
já temos divulgação de LEDs em teste com 90 lm/W. 
 
- Baixo consumo de energia: é inerente à tecnologia, pois os LEDs atuais consomem 
pouco, quando comparados às lâmpadas de mercado. Em instalações comerciais o 
projeto deve considerar a economia proporcionada pela menor emissão de calor ao 
ambiente o que resultará em menores gastos com refrigeração. 
 
- Ausência de radiações de infravermelho: radiações acima de 780nm são 
basicamente calor. Não há componentes de comprimento de onda da faixa do 
infravermelho nos LEDs, portanto a luz emitida por eles é "fria", não alterando as cores 
dos pigmentos dos objetos iluminados. 
 
- Ausência de radiações ultravioletas: radiações entre 250nm a 380nm são 
extremamente danosas. O LED branco é fabricado a partir de um chip com emissão 
azul recoberto com um fósforo amarelo. O comprimento de onda do LED azul é 
tipicamente de 472nm, portanto não há componentes na faixa de UV. 
 
- Alto índice de reprodução de cor: para os LEDs brancos com temperatura de cor de 
3000K, o índice está entre 85 a 90. Já nos LEDs brancos com temperatura de cor em 
torno de 5000K o índice é 70%. Infelizmente o fluxo luminoso nos LEDs de 3000K é 
menor que nos de 5000K devido a maior perda introduzida pela camada de fósforo 
amarelo. 
 
 
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- Disponibilidade de temperaturas de cor de 2.700°K a 8000°K: isto é excelente, pois 
compatibiliza os LEDs com as temperaturas de coe usuais na indústria iluminação. 
 
- Cores saturadas: o LED emite luz diretamente do material que o compõe em um 
comprimento de onde específico e monocromático, portando tem maior saturação. 
 
- Dimerização: é possível, desde que a fonte de alimentação (driver) permita a 
dimerização, como nos reatores dimerizaveis de lâmpadas fluorescente. 
 
- Custos de manutenção reduzidos: sua vida útil é elevada, permitindo menores custos 
de reposição, mãode obra, paradas não programadas no serviço, etc. 
- Controle de cores: com LEDs em RGB, dimerizando cada um dos canais, obtem-se, 
por síntese aditiva, uma infinidade de novas cores. 
 
- Diversidade de ângulos de abertura de facho: permite aos especificadores escolher 
os efeitos desejados através do uso de lentes secundárias. 
 
- Pequenas dimensões: permite o design de luminárias menores que as tradicionais e 
introduz novos conceitos. 
 
- Aspectos ecológicos: não se utilizam mercúrio, chumbo e outros materiais 
considerados como potencialmente danosos ao meio ambiente. Infelizmente o 
processo de fabricação de LEDs ainda utiliza grandes quantidades de energia para a 
produção dos semicondutores, fato que é parcialmente compensado pela alta 
quantidade de chips produzida em relação à energia aplicada ao processo. Outro fator 
determinante é seu tamanho, reduzindo o impacto do descarte do produto na 
natureza. 
 
 
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Curso On-line - Ago/2012 98 
 
- São componentes bastante robustos: possibilita seu uso em ambientes em que 
outras fontes de luz necessitariam de proteção extra, como automóvel e aplicações 
outdoor. 
 
- Baixa tensão de operação: não chega a ser uma vantagem explícita pois na 
arquitetura se utiliza um acessório de conversão (fontes de alimentação ou 
transformadores) da corrente elétrica alternada da rede comercial, mas traz segurança 
quando os equipamentos são pensados para receber 12 Vca, como por exemplo em 
aplicações subaquáticas. 
 
- Acionamento instantâneo: não há a partida lenta de alguns produtos da iluminação 
tradicional que necessitam de alguns minutos para operar a 100%, como por exemplo, 
as lâmpadas de descarga (sódio e multi-vapores metálicos). 
Os LEDs são apontados freqüentemente como o futuro da iluminação e neste ponto há 
um equívoco, pois já são uma realidade do mercado. Graças às suas características e 
benefícios, os LEDs não são apenas mais uma opção de fontes de luz. Eles trazem 
consigo novos conceitos, novas possibilidades de iluminar e uma mudança de 
paradigma, quando comparados às fontes de luz tradicionais. 
 
Neste cenário, a imaginação é o limite. 
 
 
14.3 – Luminárias 
 
As luminárias têm um papel extremamente importante em um sistema de iluminação, 
pois elas contribuem diretamente para uma distribuição eficiente da luz no ambiente e 
o conforto visual das pessoas. 
 
 
 
 
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Curso On-line - Ago/2012 99 
 
Os requisitos básicos de uma boa luminária são: 
 
- Proporcionar suporte e conexão elétrica das lâmpadas; 
- Controlar e distribuir a luz; 
- Ter um bom rendimento; 
- Manter a temperatura de operação da lâmpada dentro dos limites estabelecidos; 
- Facilitar a instalação e a conservação; 
 -Ser esteticamente agradável; 
- Evitar o desconforto luminoso (ofuscamento) 
-Proteger as lâmpadas e equipamentos auxiliares (Índice de Proteção – IP). 
 
Uma luminária eficiente otimiza o desempenho das lâmpadas. Ao avaliar uma 
luminária, a sua eficiência e suas características de emissão são de considerável 
importância. 
 
O rendimento é a divisão entre o fluxo luminoso irradiado pela luminária e o fluxo 
luminoso total da lâmpada. Caso a luminária não disponha de um refletor adequado 
para a lâmpada ou o refletor não seja de boa qualidade de reflexão, grande parte do 
fluxo luminoso da lâmpada não será refletida no ambiente e, consequentemente, 
haverá desperdício da luz e baixo rendimento luminoso. Uma luminária de alto 
rendimento luminoso possui refletor perfeitamente dimensionado para a lâmpada e 
excelente reflexão, o que proporciona um alto aproveitamento da luz e, 
consequentemente, permite reduzir o número de luminárias e lâmpadas em um 
projeto de iluminação de ambiente. 
 
Quando se avalia a distribuição da luz a partir da luminária, deve-se considerar como 
ela controla o brilho, assim como a proporção dos lumens da lâmpada que chegam ao 
plano de trabalho. 
 
A luminária pode modificar, controlar, distribuir e filtrar o fluxo luminoso emitido pelas 
 
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Curso On-line - Ago/2012 100 
 
lâmpadas, desviá-lo para certas direções (refletores) ou reduzir a quantidade de luz em 
certas direções para diminuir o ofuscamento (difusores). 
 
 
Exemplo de refletores e distribuição da luz – Imagem Internet 
 
A fotometria é um fator importantíssimo em uma luminária, pois sem ela fica 
praticamente impossível inseri-la tecnicamente em um projeto. Sem este dado o 
trabalho projetual é feito de forma empírica e os resultados podem não ser 
satisfatórios. 
 
Uma luminária que não tem sua curva fotométrica não pode ser considerada uma 
luminária técnica. Quando tratamos de luminárias decorativas, não podemos exigir 
que esse tipo de produto apresente desempenho ou performance adequados ou 
aferidos. 
 
A tabela a seguir apresenta a classificação proposta pela CIE (Commission 
Internacionale d'Eclairage) de luminárias para a iluminação geral, de acordo com o 
direcionamento do fluxo luminoso total para cima ou para baixo de um plano 
horizontal de referência. 
 
Instalação Elétrica sem Segredos 
 
 
 
Curso On-line - Ago/2012 101 
 
Classificação da 
Luminária 
Fluxo luminoso em relação ao plano horizontal (%) 
Para o teto Para o plano de trabalho 
Direta 0-10 90-100 
Semi-direta 10-40 60-90 
Indireta 90-100 0-10 
Semi-indireta 60-90 10-40 
Difusa 40-60 60-40 
 
Tabela de Grau de Proteção (IP) 
Trata-se do grau de proteção (IP), apresentado na norma NBR IEC 60529 - "Graus de 
proteção para invólucros de equipamentos elétricos (códigos IP). 
 
Tab. I - Graus de proteção contra a penetração de objetos sólidos 
estranhos indicados pelo primeiro numeral característico 
Numeral Descrição sucinta do grau de proteção 
0 Não protegido 
1 Protegido contra objetos sólidos de Ø 50 mm e maior 
2 Protegido contra objetos sólidos de Ø 12 mm e maior 
3 Protegido contra objetos sólidos de Ø 2,5 mm e maior 
4 Protegido contra objetos sólidos de Ø 1,0 mm e maior 
5 Protegido contra poeira 
6 Totalmente protegido contra poeira 
 
Tab. II - Graus de proteção contra a penetração de água 
indicados pelo segundo numeral característico 
Numeral Descrição sucinta do grau de proteção 
0 Não protegido 
1 Protegido contra gotas d'água caindo verticalmente 
2 Protegido contra de gotas d'água caindo verticalmente com invólucro inclinado até 15° 
3 Protegido contra aspersão d'água 
4 Protegido contra projeção d'água 
 
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5 Protegido contra jatos d'água 
6 Protegido contra jatos potentes d'água 
7 Protegido contra efeitos de imersão temporária em água 
8 Protegido contra efeitos de imersão contínua em água 
 
Fonte: Revista Eletricidade Moderna (EM), julho, 2005 
 
IP65 
Indica que a luminária é hermética contra poeira (6) e resistente a jatos de água (5). 
 
14.4 – Descarte 
 
As preocupações com a sustentabilidade da na iluminação devem ir além da eficiência 
energética. Como vimos anteriormente, as lâmpadas de descarga utilizam metais que 
podem causar sérios danos ao homem e ao meio ambiente. Enquanto inteiras, mesmo 
que “queimadas” tais lâmpadas não oferecem riscos, mas quando quebradas podem 
gerar contaminação. Como acontece com as baterias e pilhas é necessária a separação 
e destinação adequadas das lâmpadas para evitar danos ambientais. O 
armazenamento, manejo, ruptura e reciclagem deverem ser extremamente 
controladas.

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