Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TOXICOLOGIA DE INSETICIDAS PROF DR. DOUGLAS RAFAEL E SILVA BARBOSA AGROTÓXICOS E AFINS • Produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-la da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. • Neste contexto enquadram-se os agentes biológicos, semioquímicos, produtos de origem vegetal e mineral, outros bioquímicos utilizados na Agricultura, visando controlar organismos considerados nocivos. Anvisa 2017 REGISTRO DE UM AGROTÓXICO ♦Registro Especial Temporário (RET) – pesquisa e experimentação ♦Registro Federal – comercialização dos produtos ♦Cadastramento Estadual Ministérios envolvidos ♦MAPA, Ministério da Saúde (ANVISA) e IBAMA Anvisa 2017 FORMULAÇÃO INSETICIDAS QUÍMICOS É o produto resultante da transformação dos produtos técnicos (i.a), mediante a adição de ingredientes inertes, com ou seu adjuvantes e aditivos. Síntese industrial Produto técnico (T) T = Ingrediente ativo + Ingredientes inertes Formulação ou Preparação comercial Gallo et al. 2002 COMPONENTES DE UMA FORMULAÇÃO Princípio ativo ou Ingrediente ativo Componentes inertes Argila, talco, caulin, anticompactantes, aditivo, antiespumantes, antioxidantes, bactericidas, corantes, dispersantes, emulsificantes, molhantes e solventes Gallo et al. 2002 TIPOS DE FORMULAÇÃO Para aplicação direta Pó seco Granulado Microgranulado Granulado encapsulado Suspensão UBV UBV Líquido para pulverização (eletrodinâmica) Para tratamento de sementes Pós Emulsão Suspensão concentrada Solução Pó solúvel Gallo et al. 2002 Toxicidade É a propriedade inerente à substância de causar efeito adverso à saúde. Resposta Dose TOXICIDADE DE INSETICIDAS Toxicidade Aguda DL50 e CL50 Toxicidade Crônica *Avalia a toxicidade acumulativa de um composto Risco = Toxicidade X ExposiçãoRisco = Toxicidade X Exposição Risco É a probabilidade de um evento causar efeito adverso à saúde. Alto Baixo Alto Baixo Alta Alta Baixa Baixa Alta Baixa Alta Baixa DL50 CL50 Toxicidade: Como medir Outros parâmetros: • Irritação cutânea. • Irritação ocular. DL50 CL50 • Oral • Dérmica • Inalatória Anvisa 2017 Toxicidade: Classificação II DL50 Oral (mg/kg) S ólido DL50 Dérm. (mg/kg) CL50 Inal. (mg/l) 1h Expos. Olhos Opacidade da Córnea Reversível ou não em 7 dias. Irritação persistente Sem Opacidade da Córnea. Irritação Reversível em 7 dias Sem Opacidade da Córnea. Irritação Reversível em 72 horas Sem Opacidade da Córnea. Irritação Reversível em 24 horas Pele Corrosivo < 0 .2 < 5 < 20 0 .2 -2 2-20 > 20 Irritação S evera Irritação Moderada Irritação Leve IIII IIIIII IVIV S ólido < 10 < 40 5- 50 50- 500 > 500 20- 200 200- 2000 > 2000 10- 100 100- 1000 > 1000 40- 400 400- 4000 > 4000 Anvisa 2017 Classificação Toxicológica Extremamente tóxico Altamente tóxico Medianamente tóxico Pouco tóxico I II III IV I II III IV Anvisa 2017 CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DE INSETICIDAS França et al. 2017 Download capítulo: The Sublethal Effects of Insecticides in Insects Disponível em: www.intechopen.com Livro: Biological Control of Pest and Vector Insects Alguns neurotransmissores que os inseticidas atuam Acetilcolina – excitatório, presente no SNC Glutamato – excitatório, presente em junções neuromusculares Octopamina – excitatório, associado ao neurônio dorsal mediano despareado GABA – inibitório, presente no SNC de insetos e junções neuromoleculares Inseticidas podem atuar sobre neurotransmissores na Sinapses (fenda) Fenda que separa duas células nervosas Transmissão química: Neurotransmissores liberados em vesículas na memb. Pré-sináptica moduladas por canais de Ca++ Atingem receptores específicos na memb. pós- sináptica, desencadeando novos potenciais de ação Sinapses (fenda) Transmissores liberados ligam-se a receptores pós- sinápticos Ligação do transmissor abre canais iônicos na membrana pós- sináptica e um potencial graduado desenvolve-se Uma sinapse em particular é estimulatória ou inibitória – dependo do neurotransmissor liberado Estimulatórias geram potenciais pós-sinápticos excitatórios (PPSE) Inibitórias geram potenciais pós-sinápticos inibitórios As espécies botânicas mais promissoras para serem usadas como plantas inseticidas pertencem às famílias Meliaceae, Rutaceae, Asteraceae, Annonaceae, Labiateae e Canellaceae, com destaque para as meliáceas, como Melia azedarach L., Azadirachta indica A. Juss. e Trichilia pallida Sw. Jacobson 1989, Mordue & Blackwell 1993 Inseticidas Botânicos extratos pós óleos Ketoh et al. 2005 Modo de atuação Contato Fumigação Utilização de inseticida botânicos Tem ação rápida São seletivos a inimigos naturais baixa à moderada toxicidade aos mamíferos Katrhina & Antônio 2004 Rápida degradação e o curto período residual Baixo custo Vantagens dos Inseticidas botânicos: São misturas altamente complexas de mono- (C10) e sesquiterpenos (C15), incluindo fenóis biogeneticamente relacionados (fenilpropenos e cinamatos); Podem conter centenas de diferentes constituintes; Por exemplo, 1,8-cineole é predominante no óleo essencial de Eucalyptus spp., linalol em Ocimum spp., limoneno em Citrus spp., mirceno em Curcuma longa L., carvone em Carum carvi L., asarone em Acorus calamus L Óleos essenciais Isman 2006. Mortalidade; Deformações em diferentes estágios de desenvolvimento; Repelência; Deterrência na alimentação e oviposição. • Sítio alvo: • Podem afetar sítios alvo octopinérgicos; • Linalol demonstra ação no sistema nervoso, afetando o transporte de íons e a liberação de acetilcolinesterase. Re et al. 2000, Kostyukovsky et al. 2002, Isman 2006. Atividade inseticida de Óleos essenciais: PRÁTICA INSETICIDAS BOTÂNICOS COMPOSTOS DE ÓLEOS ESSENCIAIS Almeida et al. 2005, Sousa et al. 2005, Pereira et al. 2008, Lorini et al. 2010 w w w .p ad il.go v.au B arb o sa, D .R .S. Adulto Injúrias e Perdas Praga mais importante do feijão-caupi armazenado em regiões tropicais e subtropicais Redução do poder germinativo Redução do valor nutritivo Perda de peso Redução do grau de higiene do produto Favorece o desenvolvimento de fungos Praga primária: ataca grãos íntegros e sadios. Pode apresentar infestação cruzada Callosobruchus maculatus Adultos de coloração escura, com cabeça, tórax e abdômen pretos; Élitros são estriados, exibindo cada um três manchas bem distintas que formam um X. (Bastos 1981) Aspectos gerais 2,5 - 3,0mm macho fêmea h tt p: // co m m on s. w ik im e d ia .o rg / 30 ± 0,5 °C, UR 70 ± 2% fotofase: 12h (Santos 1971, Gallo et al. 2002,) Adulto: 6,84 diasjanela de emergência K A D K A D Larva: 10-14 dias ag ri c. w a. go v. au Pupa: 4-6 dias agric.wa.gov.au 23,8 dias Biologia de Callosobruchus maculatus Barbosa, D.R.S.3-5 dias Estrutura química dos compostos a serem utilizados Compostos a serem testados: • Limoneno • Eugenol 20g de feijão Impregnação nos grãos Agitação manual –> 2 min. 10 fêmeas adultas Conc.+test: 4rep. 48h Para determinações das CL50: PROC PROBIT do programa SAS version 8.02; Análises de regressão: SAS version 8,02 32 + Testemunha Parâmetros de avaliados: mortalidade, número de ovos e emergência de adultos. Toxicidade por contato 1 ml de acetona p.a. 20g de feijão Impregnação nos grãos Agitação manual –> 2 min. 48h 12 dias – n° ovos 32 dias - emergência dos adultos Teste de repelência Testemunha Tratamento repetições Índice de Repelência (IR) 34 Efeito Repelente dos Óleos Essenciais IR = 2G / (G + P) G= % de insetos atraídos no tratamento e P= % de insetos atraídos na testemunha. Classificação dos óleos: a partir da média do IR e o respectivo desvio padrão (DP) Média dos IR < 1 – DP (o óleo é repelente) Média dos IR > 1 + DP (o óleo é atraente) Entre 1 - DP e 1 + DP (o óleo é considerado neutro) As percentagens de insetos atraídos em cada concentração do óleo e na testemunha serão avaliadas pelo teste Qui-quadrado (P < 0,05) através do Programa computacional-SAS version 8,02. (Lin et al. 1990) Material e Métodos-Teste de repelência
Compartilhar