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PROCESSOS COSTEIROS ANDRÉ LUIZ CARVALHO DA SILVA 2013 - I PRINCIPAIS PROCESSOS COSTEIROS PROCESSOS FÍSICO QUÍMICO BIOLÓGICO ONDAS DE SUPERFÍCIE OCEÂNICA MARÉS CORRENTES JUNTO À COSTA ONDAS DE SUPERFÍCIE OCEÂNICA ONDAS DE SUPERFÍCIE OCEÂNICA Ondas de superfície oceânica são o resultado de forças que atuam no oceano: � pressão ou stress da atmosfera sobretudo através dos ventos (ondas de gravidade e ondas capilares), � atividades sísmicas (Tsunamis), � interação gravitacional da Terra com a Lua e o Sol gerando as ondas de maré, e � a força de Coriolis gerada pelo movimento rotacional da Terra. LAING (1998) WMO (World Meteorological Organization). Algumas propriedades básicas de uma onda: 1. Comprimento de onda (L): que é a distância horizontal em metros entre duas cristas sucessivas ; 2. Período da onda (T): é o intervalo de tempo em segundos entre a passagem de duas cristas por um ponto fixo. 3. Freqüência (f): é o número de cristas o qual passa por um ponto fixo em 1 (um) segundo. Algumas propriedades básicas de uma onda: 4. Altura da onda (H): é a diferença na elevação superficial entre a crista e o cavado da onda. 5. Amplitude da onda (a): expressa em metros, corresponde a metade da altura da onda. 6. Esbeltez da onda: é a relação entre a altura e o comprimento da onda. Como calcular os diversos parâmetros acima apresentados: 1. Comprimento de onda L (metros): L = gT2/2pipipipi tangh(kd), onde g é a gravidade e kd determina se as ondas podem ser consideradas de água profunda, intermediária ou rasa. Para calcular o comprimento ao largo emprega-se Lo=1,56T2 (para uma onda sinusoidal simples). 2. Período da onda T (segundos): T = L / C , sendo C = g/ωωωω tangh (kd) , onde C é a velocidade de fase e ωωωω freqüência angular. Para Co(água profunda) emprega-se a fórmula C = 1,56 T, para ωωωω utiliza-se(água profunda) emprega-se a fórmula Co = 1,56 T, para ωωωω utiliza-se ωωωω2=g k tangh (kd) e k=2pipipipi/L. 3. Freqüência f (Hertz): onde f = 1 / T. 4. Altura da onda H (metros): H=2a (para uma onda sinusoidal) e H=γγγγd da quebra em diante, onde γγγγ é a razão entre a altura da onda e a profundidade local. 5. Amplitude da onda (a): a = H / 2. 6. Esbeltez da onda: H/L. Água profunda movimento elíptico e horizontal movimento orbital circular Água rasa Movimento da partícula d’água: Bf = 0 d<L/2 Movimento da partícula d’água: 2211 d<L/2 Movimento da partícula d’água: Movimento da partícula d’água: d<L/2 Movimento da partícula d’água: ONDAS FORMADAS POR VENTOS � Tamanho das ondas é limitado pela: Velocidade do vento; Duração de atuação do vento; e Fetch (pista) - área de atuação do vento. ONDAS FORMADAS POR VENTOS � Tamanho das ondas é limitado pela: ONDAS FORMADAS POR VENTOS ONDAS FORMADAS POR VENTOS ONDAS FORMADAS POR VENTOS ONDAS FORMADAS POR VENTOS ONDAS FORMADAS POR VENTOS Formas de arrebentação da onda de acordo com (Davis, 1985) depende: (1) do gradiente do fundo e (2) da natureza da onda em águas profundas. ONDAS FORMADAS POR VENTOS Os três tipos principais são: � SPILLING BREAKER (progressiva) � PLUNGING BREAKER (mergulhante) � SURGING BREAKER (ascendente) � Praias com declividade suave (< 3º); � A onda quebra antes da crista instabilizar-se (gradualmente); e � A zona de surf é ampla. SPILLING BREAKER (progressiva) SPILLING BREAKER (progressiva) PLUNGING BREAKER (mergulhante) � Praias com declividade intermediária (entre 3º e 11º); � Mudança acentuada no gradiente faz com que a crista da onda desmorone a uma; e � Formação ocasional de tubos. PLUNGING BREAKER (mergulhante) SURGING BREAKER (ascendente) � Praias com declividade elevada (> 11º); � Ondas podem avanças sobre o pós – praia sem quebrar; e � Ocorre principalmente na face de praia (Davis, 1985). FENÔMENOS FÍSICOS QUE INFLUENCIAM NA PROPAGAÇÃO DE ONDAS EM ÁGUA RASA REFLEXÃO Ocorre quando a onda incide, reflete e retorna de encontro as demais ondas que se aproximam. Pode ocorrer com costões, falésias, praias com gradiente acentuado e estruturas de engenharia. Ocorre quando a onda interage com o fundo, REFRAÇÃO DIFRAÇÃO Ocorre quando a propagação da onda é obstruída por um obstáculo qualquer. Pode ocorrer devido a influência de ilhas, pontal rochoso, etc. Ocorre quando a onda interage com o fundo, diminuindo de velocidade e comprimento. Se apenas parte da onda sente o fundo ocorre inflexão parcial. REFLEXÃO ONDAS FORMADAS POR VENTOS REFRAÇÃO ONDAS FORMADAS POR VENTOS DIFRAÇÃO ONDAS FORMADAS POR VENTOS ONDAS FORMADAS POR VENTOS Mapa de previsão de ondas CORRENTES COSTEIRAS Correntes litorâneas ou correntes de deriva litorânea Correntes de retorno Praia Correntes litorâneas Célula de circulação Correntes de retorno Barra arenosa Canal CORRENTES COSTEIRAS �As ondas possuem a capacidade de transportar sedimentos quando se aproximam de águas rasas. � Correntes costeiras geradas por ondas também são responsáveis pelo transporte de sedimentos. Seus principais tipos são: (1) Correntes litorâneas ou correntes de deriva litorânea são(1) Correntes litorâneas ou correntes de deriva litorânea são geradas por ondas que se chocam com o litoral formando um ângulo (obliquamente) e deslocam-se paralelamente a costa. A incidência oblíqua e sucessiva de ondas gera um transporte de sedimentos ao longo da costa, que se movimenta em zig-zag e paralelamente à praia. (2) Correntes de retorno: deslocam-se perpendicularmente à linha de costa na direção do oceano. Bascom (1964) CORRENTES LITORÂNEAS groins jeddies CORRENTES LITORÂNEAS CORRENTES LITORÂNEAS CORRENTES LITORÂNEAS Acumulo de areia a barlamar Erosão a sotamar Entupimento do canal Erosão a sotamar Acumulo de areia a barlamar CORRENTES DE RETORNO Praia Correntes litorâneas Célula de circulação Correntes de retorno Barra arenosa Canal CORRENTES DE RETORNO Corrente de retorno na Praia de Itaipuaçú - 2004. Praia de Itaipuaçú (extremidade oeste) – 1975 - DHN. Corrente de retorno na Praia de Itaipuaçú - 2004. Delaware, USA Rio das Ostras, RJRio das Ostras, RJ Rio das Ostras, RJRio das Ostras, RJ Rio das Ostras, RJRio das Ostras, RJ Rio das Ostras, RJRio das Ostras, RJ TSUNAMIS Gerada por terremoto. Gerada por deslizamento.Gerada por deslizamento. TSUNAMIS TSUNAMIS TSUNAMIS TSUNAMIS Forte tremor provoca tsunami e deixa centenas de mortos no Japão. Terremoto de 8,9 graus de magnitude - o maior da história do país - provoca destruição em dezenas de cidades e vilarejos. TSUNAMIS Forte tremor provoca tsunami e deixa centenas de mortos no Japão. Terremoto de 8,9 graus de magnitude - o maior da história do país - provoca destruição em dezenas de cidades e vilarejos. TSUNAMIS Forte tremor provoca tsunami e deixa centenas de mortos no Japão. Terremoto de 8,9 graus de magnitude - o maior da história do país - provoca destruição em dezenas de cidades e vilarejos. TSUNAMIS Forte tremor provoca tsunami e deixa centenas de mortos no Japão. Terremoto de 8,9 graus de magnitude - o maior da história do país - provoca destruição em dezenas de cidades e vilarejos. ONDAS FORMADAS POR MARÉS ONDAS FORMADAS POR MARÉS ONDAS FORMADAS POR MARÉS ONDAS FORMADAS POR MARÉS cavacava crista crista crista Altura da onda (H) • As ondas de marés constituem as maiores ondas oceânicas. Caracterizam-se por oscilações rítmicas donível do mar em períodos de varias horas causadas por forças gravitacionais periódicas. • As marés representam movimentos oscilatórios de subida e descida do nível do mar diariamente. De maneira que as preamares (high tides) representam as cristas da onda e a MARÉS preamares (high tides) representam as cristas da onda e a baixa-mares (low tides) representam as cavas da onda. • As marés são ondas que diferentemente das demais ondas observadas no oceano tem como forçante fundamental a interação gravitacional existente principalmente entre a terra, a lua e o sol. MARÉS • Durante o mês a amplitude das marés varia sistematicamente com o ciclo lunar. • A amplitude da maré também é influenciada pela forma da bacia e a configuração do fundo. • Existem três tipos básicos de maré diárias definidas pelo seu período e regularidade: marés diurnas, marés semidiurnas e marés mistas. Tipos de marés • Amplitude de maré – Micromaré (0-2m) – Mesomaré (2-4m) MARÉS – Mesomaré (2-4m) – Macromaré (>4m) menor atividade das ondas = planície de mares. Regime Global das marés (maré de sizigia) MARÉS Viles and Spencer BRASIL -10 -5 0 5 10 -60 -54 -48 -42 -36 -30 -24 -18 -12 -6 0 6 12 Amplitude (metros)Estações Maregráficas L A T I LONGITUDE MARÉS -35 -30 -25 -20 -15 Amplitude Estações T U D • Marés de sizígia: ocorrem quando a Terra, Lua e Sol estão alinhados e as intumescências de maré mostram interferência construtiva, produzindo marés altas muito altas e marés baixas muito baixas. • Marés de sizígia coincidem com lua nova e cheia. 8-2 Marés de sizígia e de quadratura MARÉS • Marés de sizígia coincidem com lua nova e cheia. • Marés de quadratura: ocorrem quando a Terra, Lua e Sol estão formando um ângulo reto e as intumescências de maré mostram interferência destrutiva, produzindo baixas marés altas e altas marés baixas. • Marés de quadratura coincidem com o quarto crescente e 8-2 Marés de sizígia e de quadratura MARÉS • Marés de quadratura coincidem com o quarto crescente e quarto minguante. Intumescências de maré Força gravitacional Força centrífuga Força gravitacional e centrífuga Ondas viajam com uma celeridade constante, existem continentes e rotação. Necessita levar em conta: MARÉS O movimento das marés através das bacias oceânicas é defletido pela F. de Coriolis, bloqueada Modêlo dinâmico das marés oceânicas é defletido pela F. de Coriolis, bloqueada pelos continentes e forma uma onda que a cada dia completa: dois ciclos ao redor da bacia se a maré é semidiurna ou um ciclo se for diurna. Marés em equilíbrio semidiurna + Previsão de maré diurna composta = Circulação de marés MARÉS Marés progridem ao redor das bacias, em sentido horário no hemisfério S e antihorário no hemisfério N. Como as marés se movimentam pelos Oceanos. MARÉS Elevações de maré no oceano Pacífico. MARÉS Marés em bacias restritas MARÉS Baía de Fundy MARÉS • Marés extremas (10 metros ou mais) são encontradas onde pequenas bacias marinhas se localizam junto a grandes oceanos – Baía de Fundy, Nova Scotia – Golfo da Califórnia Maré baixa na Baía de Fundy Fonte:William E. Ferguson Subida da maré na Baía de Fundy Fonte:William E. Ferguson Máximo O efeito da maré na costa – Rio Hebert na Nova Scotia. MARÉS Fonte: Clyde H. Smith/Peter Arnold, Inc. Pororoca subindo o rio Importância das Marés para a navegação. MARÉS Pode se gerar energia elétrica a partir das correntes de maré se a amplitude da maré for maior que 5 m em uma baía grande conectada ao oceano por uma abertura estreita. 8-5 Energia das marés Uma barreira é construida através da abertura e a água MARÉS Uma barreira é construida através da abertura e a água consegue fluir para dentro e para fora da baía com força suficiente para girar turbinas e gerar energia. 8-5 Energia das marés MARÉS 8-5 Energia das marés MARÉS 8-5 Energia das marés MARÉS ACONTECEU EM SALINAS A 22OK DE BELÉM NO ESTADO DO PARÁ NO DIA 01/01/2006 Obrigado!Obrigado!
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