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1 apostila de percia contabil final

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MATERIAL DE APOIO 
 
 
 
PERICIA CONTÁBIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO À PERÍCIA CONTÁBIL 
 
 
PERÍCIA CONTÁBIL X AUDITORIA 
 
Perícia não se confunde com auditoria. 
 
A Perícia serve a um questionamento, a uma necessidade, é uma tarefa 
requerida, que se destina a produzir uma prova técnica a fim de suprir uma eventualidade, com 
objetivo determinado. 
 
A principal diferença entre auditoria e perícia é que a auditoria opera através de 
um processo de amostragem, e a perícia sobre um determinado ato, ligado ao patrimônio das 
entidades físicas ou jurídicas, buscando a apresentação de uma opinião através do laudo pericial. 
 
Assim, pelo desconhecimento que se tem acerca das diferenças das técnicas 
contábeis, o termo AUDITORIA, por ser mais conhecido é utilizado para nomear a ação que se 
deseja de examinar um determinado órgão ou setor, quando na realidade, o correto seria a 
realização de uma PERÍCIA, pois o que se pretende é obter prova contra alguém. 
 
A perícia contábil difere da auditoria pela delimitação do escopo de trabalho e 
também pelo objetivo, pois a auditoria, utilizando a amostragem, busca identificar a veracidade 
das informações prestadas pela entidade através dos procedimentos administrativos e das 
demonstrações contábeis, enquanto que a perícia, raramente usando o método da amostragem, 
consiste em obter prova fundamentada que poderá trazer à luz a verdade, podendo assim auxiliar 
o magistrado em seu julgamento. 
 
 
NOÇÕES GERAIS SOBRE A PROVA 
 
Conceito de Prova 
 
Provar é demonstrar a veracidade, a consistência, a realidade. Enfim, aquilo que 
faz conhecer determinada coisa ou fato. No ramo processual, busca-se demonstrar a existência 
ou a inexistência de determinado fato, o qual formará ou não o direito. 
 
É o meio que busca mostrar a verdade de determinado fato, com isso conseguir 
o convencimento do juiz para constituir ou não o direito. 
 
Objeto da Prova 
 
Objeto da prova é a comprovação para o juiz da existência dos fatos alegados, 
impulsionando-lhe a aplicação do direito no caso concreto, sendo a regra a comprovação de 
todos os fatos alegados. 
 
 
2
 Cabe salientar que se busca a demonstração dos fatos litigiosos que influenciam 
na decisão da lide, devendo ser desconsiderados os demais. 
 
 Não é necessária a comprovação do direito. Presume-se que o juiz tenha 
conhecimento da lei. Também não é aceitável a alegação de desconhecimento da lei por 
pelas partes na justificativa de determinados atos. 
 
MEIOS DE PROVA 
 
 Como foi visto anteriormente, não basta apenas o conhecimento das partes com 
relação aos fatos, é necessária a demonstração em juízo. A atividade que a parte 
desempenha em produzir a prova, mostrando a veracidade, é tida como meio de prova. 
 
 De uma maneira mais ampla, podemos definir como o instrumento pelo qual se 
busca o conhecimento dos fatos. 
 
 A prova tem por finalidade demonstrar a verdade ou não verdade de uma 
afirmação. 
 
 O código de Processo Civil, art. 332, revogado pela Lei 13.105, de 16 de março de 
2015, art. 369, quanto aos meios de prova, assim dispõe: 
 
“As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente 
legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em 
que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz" 
 
a) Confissão 
b) Prova Documental 
c) Prova Testemunhal 
d) Da Inspeção Judicial 
e) Da Prova Pericial 
 
 O juiz, de ofício ou a requerimento, pode, em qualquer fase do processo, 
inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre o fato, que interesse à decisão da 
causa. 
 
 Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, 
mencionando nele tudo o que for útil ao julgamento da causa. 
 
 O auto circunstanciado poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia. 
 
PROCEDIMENTO PROBATÓRIO 
 
 Tem-se por procedimento probatório o conjunto de atos praticados no processo 
para a produção das provas especificamente determinadas. 
3 
 
 
Em outras palavras, é o momento em que a parte leva o que possui de prova a 
apreciação do magistrado, facultando a parte contrária impugnar o incorreto. 
 
 
FORMA DA PROVA 
 
O momento primordial da prova é aquele em que ela vai a juízo. A maneira com 
que é apresentada a prova é chamada de forma da prova. Subdivide-se em: 
 
a) Testemunhal; 
 
b) Documental; 
 
c) Material. 
 
 
MODALIDADES DA PROVA PERICIAL 
 
As provas produzidas com a interveniência de perito são qualificadas pelo 
Código de Processo Civil como a prova pericial, dividida em três modalidades: 
 
a) exame; 
 
b) vistoria; 
 
c) avaliação. 
 
 
FUNÇÃO DA PROVA PERICIAL 
 
Vamos encontrar a função da prova nos seguintes termos: para demonstrar 
incidência da forma jurídica é mister provar a existência do fato da vida a que se ajusta a norma 
ou princípio de direito. 
 
Isso significa ser crucial provar-se, em primeiro plano, os fatos técnico- 
científicos, em nossa área de estudo, os fatos contábeis. Assim, adquirida a certeza jurídica sobre 
os fatos da causa, pode o magistrado aplicar a lei correspondente. 
 
Por isso é que ao magistrado não é permitido tomar decisão adotando suas 
convicções pessoais, e tampouco supor qualquer coisa. Sua convicção é adquirida com base nas 
provas produzidas nos autos. 
 
 
ÔNUS DA PROVA 
 
A palavra ônus é entendida pelos juristas pátrios não como dever para com 
outrem, seja a parte contrária seja o próprio magistrado. Quem afirma ou nega determinado fato 
é que tem o ônus, o interesse de oferecer ou produzir as provas necessárias que entende possam 
vir a corroborar as alegações oferecidas. 
 
 
4
 O dever de provar compete a quem alega, a quem afirma ou nega determinados 
fatos da causa. Quem busca a proteção da justiça depara-se com a necessidade de produzir 
suas provas. Quem oferece as provas mais convincentes fatalmente obterá sucesso. 
 
 É de se notar que ninguém está obrigado a produzi-las; todavia, não o fazendo, 
arcará com as consequências. Não se entende ônus como dever ou exigência, mas 
simplesmente a necessidade de provar para conseguir a aplicação jurisdicional. O 
convencimento do juiz depende da concretização dos fatos alegados, prevalecendo a 
verdade material (a trazida aos autos). 
 
 "O Código de Processo Civil trata a questão como incumbência, em seu art. 333, 
revogado pela Lei 13.105, de 16 de março de 2015, art. 373, estipulando que:” 
 
“incumbe: I- ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II- ao réu, 
quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor”. 
 
A PERÍCIA CONTÁBIL NO BRASIL 
 
 O Código de Processo Civil de 1939 já falava dos exames periciais. A partir de 
advento do Decreto-lei nº 1.608 de 18/09/1939, admitia-se a perícia como prova de fato que 
depende de conhecimento especial. 
 
 O Conselho Federal de Contabilidade, via decreto-lei nº 9.295/46, imprimiu as 
primeiras atribuições de cunho legal do contador, conferindo caráter privativo aos 
contadores diplomados e registrados junto ao CRC. 
 
 “A relevância da prova contábil é o ápice de todas as demandas que envolvem 
direito patrimonial, pois o perito contábil, quando a prova do fato depender do 
conhecimento técnico e científico, é o profissional que ilumina o Magistrado, fato 
determinado pela Lei, no CPC, art. 145, revogado pela Lei 13.105, de 16 de março de 2015, 
art. 156”. 
 
A PROVA PERICIAL FRENTE À JUSTIÇA 
 
 Quando a prova depender de conhecimento tecnológico e científico contábil, o 
Juiz, que é leigo namatéria, será assistido por um perito. Por tratar-se de profissional de 
confiança do Juiz, este tem total liberdade de escolha, e o faz entre os profissionais de nível 
superior, devidamente inscritos no CRC. 
 
 A perícia contábil como a mais robusta das provas, é a rainha da verdade. 
 
DISPENSA DE PROVA PERICIAL – PODE O JUIZ NEGAR A 
PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL CONTÁBIL? 
 
 SIM. O Magistrado pode negar a produção de prova pericial contábil ou de 
qualquer outra natureza quando: 
 
 1. A seu critério o fato não depender de prova técnica elaborada por especialista 
(perito). 
 
 
 
 
 
 
2. Quando desnecessária à vista dos fatos relatados e dos documentos e outras 
provas já colocadas nos autos do processo, como é o caso de pareceres técnicos juntados pelas 
partes; considerados suficientes para alcançar a convicção que lhe permita emitir a sentença. 
3. Quando, em face da transitoriedade dos fatos objeto da ação a verificação 
pericial seja impossível ou inócua para o julgamento da lide. 
 
Todavia, será um caso raro se, quando pedida a prova pericial por qualquer das 
partes for negada pelo magistrado, pois é sua função dar-lhes o amplo direito de defesa e de 
contestação. 
 
Caso o Magistrado negue a produção da prova pericial, a parte que se sentir 
lesada, tem o direito de apelar à instância superior mediante Agravo de Instrumento. Por outro 
lado, a prática de juntar com a peça Inicial um parecer técnico, desde logo não facilita o trabalho 
de magistrado. O mesmo deve ser dito quando o parecer técnico faz parte dos anexos juntados 
com a Contestação. 
 
 
O CERNE DA PROVA PERICIAL CONTÁBIL 
 
A Prova Pericial Contábil é aquilo que atesta a veracidade ou autenticidade de 
alguma coisa. Ex.: um documento válido atesta o que nele está escrito. 
 
É o Ato que atesta ou garante uma intenção de fazer algo ou de um sentimento. 
Ex.: transportar mercadorias sem nota fiscal induz à intenção de sonegar ao Fisco. 
 
É o Testemunho em juízo ou fora dele. Ex.: declaração espontânea e assinada 
pelo contador, no qual confirma que deixou de contabilizar receitas com a intenção de reduzir a 
carga tributária da empresa. 
 
Mas pode ser uma Garantia. Ex.: o certificado de garantia de bom 
funcionamento de um equipamento novo. 
 
Prova também pode ser um processo pelo qual se verifica a exatidão de um 
cálculo. Ex.: planilha de cálculo que revela o valor das prestações mensais devidas pelo mutuário 
e o saldo devedor de seu financiamento habitacional, elaborada segundo teses 
jurídico/financeiras defendidas pelo advogado que representa seus interesses. 
 
CARACTERÍSITICAS DA PROVA PERICIAL CONTÁBIL 
 
1. Quanto ao Objeto: o objeto da prova é o tema da ação, são os fatos e as 
causas deles decorrentes. São os fatos sobre os quais versa a contenda e que devem ser 
verificados pelo perito. 
 
2. Quanto ao Objetivo: o objetivo da prova é elucidar, por completo e com 
total clareza, ao magistrado e aos demais interessados, a respeito do que seja a verdade sobre as 
controvérsias guerreadas no processo. 
 
3. Quanto ao Sujeito: o sujeito da prova é a pessoa física ou jurídica ou a 
coisa de quem ou de que se busca a verdade dos fatos. 
 
 
 
 
6
 
 
 
4. Quanto à Fonte: fonte da prova é tudo que possa fornecer conhecimento 
úteis para se chegar à verdade que se quer conhecer. 
 
5. Quanto aos Elementos: elementos de prova são os fatos, as circunstâncias, 
os documentos, os livros, os depoimentos, os pareceres técnicos já juntados aos autos do 
processo e tudo o mais que servir para formar a convicção técnica do perito contador, com base 
nos quais responderá os quesitos e fornecerá suas conclusões. 
 
6. Quanto às Formas: a prova pode ser obtida pelas seguintes formas ou 
meios: 
a) pela exibição de livros e documentos (públicos e particulares) = Prova 
Documental. 
 
b) pela Confissão = Prova Testemunhal. 
 
c) pelos depoimentos pessoais = Inquirição de pessoas ou Prova 
Testemunhal. 
 
d) pela Inspeção Judicial = Pela vistoria de pessoas ou coisas, feito pelo 
Magistrado, acompanhado de perito, sobre assunto objeto de inspeção ou pelo próprio 
perito por mandado judicial específico. 
 
e) pela perícia = Prova Pericial. 
 
Todas as seis formas de prova citadas acima são de interesse do perito por 
trazerem informações que podem ser úteis ao seu trabalho. 
 
7. Quanto à Polaridade: a prova pode ser positiva quando confirma os fatos 
alegados, ou negativas quando os nega. A partir do momento em que o Laudo Pericial Contábil 
for juntado aos autos do processo, converte-se em prova. Chama-se prova pericial contábil a 
que visa a fornecer à Justiça a certeza jurídica que se quer conhecer a respeito da matéria de fato, 
tratada nos autos. 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1 - Para quem se destinam às provas produzidas em um processo judicial? 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
2 - Quais são as provas aceitas no Direito Brasileiro? Comente-as: 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________ . 
 
 
 
7
 
 
 
3 - Quais são as modalidades da prova pericial? Comente sobre elas. 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
4 – O Magistrado pode negar a produção de prova pericial contábil? Se sua resposta for 
“SIM”, justifique. 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________ . 
 
5 - A quem imcumbe o ônus da Prova? 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
6 - Quanto as forma de prova – relacione: 
 
a) Testemunhal 
 
 
b) Documental 
 
 
 
c) Material 
( ) É quando a prova se faz de maneira escrita ou gravada, 
exemplo: as escritura pública, plantas, projetos, etc. 
 
( ) É quando a prova consiste na materialidade do fato 
probando, exemplo: o exame de corpo e delito, os exames 
periciais, etc. 
 
( ) É a prova produzida de forma oral, podendo ser a oitiva das 
testemunhas, o depoimento das partes e o juramento. 
 
 
 
7 - Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que serão 
levadas ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem total ou 
parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, 
investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação. A indagação 
corresponde: 
a) ( ) Adiligência que objetiva a verificação e a constatação de situações de forma 
circunstancial. 
b) ( ) A busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto da perícia. 
c) ( ) A determinação de valores ou a solução de controvérsia por critério técnico. 
d) ( ) A análise de livros, registros das transações e documentos. 
 
8 - O arbitramento, como procedimento de Perícia Contábil, é: 
a) ( ) A determinação de valores ou a solução de controvérsia por critérios aleatórios. 
b) ( ) A determinação de valores ou a solução de controvérsia por critério técnico. 
c) ( ) Diligência que objetiva a quantificação do valor. 
d) ( ) O ato de estabelecer a quantificação de direitos. 
 
 
8 
 
 
CAPÍTULO II - PERÍCIA CONTÁBIL E SUAS ESPÉCIES 
 
CONCEITO DE PERÍCIA CONTÁBIL 
 
Perícia Contábil é a verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado 
visando oferecer opinião, mediante questão proposta. Para tal opinião realizam-se exames, 
vistorias, indagações, investigações, avaliações, arbitramentos, em suma todo e qualquer 
procedimento necessário à opinião. (Antônio Lopes de Sá). 
 
A Perícia Contábil se caracteriza como incumbência atribuída a contador, para 
examinar determinada matéria patrimonial, administrativa e de técnica contábil, e asseverar seu 
estado circunstancial. 
 
DA DETERMINAÇÃO DA PERÍCIA 
 
A perícia pode ser determinada na fase de conhecimento do processo, 
elucidando o fato para convicção no julgamento do mérito, ou na fase de execução – 
principalmente para determinar o quantum devido, que atenda a sentença liquidanda. 
 
O juiz, entretanto, pode indeferir a perícia, julgando-a desnecessária, por não 
depender, a prova do fato, de conhecimento técnico ou já existiram provas suficientes. 
 
 
INDEFERIMENTO DE PERÍCIA 
 
Compete ao juiz deferir ou indeferir o pedido de perícia. 
 
Em geral, há indeferimento quando o juiz entende que os documentos 
apresentados são suficientes, inquestionáveis, formando prova suficiente ou quando este se 
satisfaz com um parecer técnico ou depoimento de peritos (Lei nº 8.455/92). O Supremo 
Tribunal Federal (DJU, 26-09-1975, p. 6906) decidiu que, quando a documentação é suficiente, 
pode também ser aceito o indeferimento de perícia. 
 
Só se admite o indeferimento de perícia quando as provas dos autos são 
suficientes e inquestionáveis, sendo consistentes. O juiz tem o arbítrio de indeferir, e a parte 
interessada de recorrer da decisão do juiz. 
 
AS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PERÍCIAS E OS FÓRUNS 
 
Diversos são os fatores que podem ser citados como responsáveis pelo 
alargamento do campo da perícia contábil, quer judicial, quer extrajudicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9
 
a) PERÍCIA EXTRAJUDICIAL 
 
A perícia extrajudicial é aquela realizada fora do Estado, por necessidade e 
escolha de entes físicos e jurídicos particulares – privados – no sentido estrito, ou seja, não 
submetíveis a uma ou outra pessoa encarregada de arbitrar a matéria conflituosa (fora do juízo 
arbitral, também). 
 
 
b) PERÍCIA JUDICIAL 
 
A perícia judicial é aquela realizada dentro dos procedimentos processuais do 
Poder Judiciário, por determinação, requerimento ou necessidade de seus agentes ativos, e se 
processa segundo as regras legais específicas. Esta espécie de perícia subdivide-se, segundo suas 
finalidades precípuas no processo judicial, em meio de prova ou de arbitramento. 
 
 
Nas Varas Criminais: fraudes e vícios contábeis, adulteração dos 
lançamentos e registros, desfalques, apropriações indébitas, inquérito judicial para efeitos penais, 
crimes contra a ordem econômica e tributária, e outras. 
 
Na Justiça do Trabalho: indenizações de diversas modalidades, litígios 
entre empregadores e empregados de diversas espécies. 
 
Nas Varas de Falências e Concordatas: perícias falimentares em geral e 
concordatas preventivas, suspensivas. 
 
Nas Varas da Fazenda Pública e Execuções Fiscais: perícias envolvendo 
tributos de um modo geral, tais como: ICMS; ISS; IPTU. 
 
Nas Varas de Família: avaliação de pensões alimentícias, avaliação 
patrimonial e outras. 
 
Na Justiça Federal: execuções fiscais (INSS; FGTS; tributos federais em 
geral), ações que envolvem a União (desapropriação de terras por parte da União), etc. 
 
c) PERÍCIA SEMIJUDICIAL 
 
A perícia semijudicial é aquela realizada dentro do aparato institucional do 
Estado, porém fora do Poder Judiciário, tendo como finalidade principal ser meio de prova nos 
ordenamentos institucionais usuários. 
 
d) PERÍCIA ARBITRAL 
 
Temos a perícia arbitral, que é aquela perícia realizada no juízo arbitral – 
instância decisória criada pela vontade das partes – não sendo enquadrável em nenhuma das 
anteriores por suas características especialíssimas de atuar parcialmente como se judicial e 
extrajudicial fosse. 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
 
1 - Qual o conceito de perícia contábil? 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
 
2 – Descreva com suas palavras o que você entende por: 
 
Perícia Extrajudicial: ___________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
Perícia Judicial: _______________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
Perícia Semijudicial: ___________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
Perícia Arbitral: _______________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
 
3 - Das espécies de Perícia Contábil, assinale a que é realizada por necessidade e escolha de 
entes físicos e jurídicos particulares - privados? 
a) ( ) Perícia Judicial. 
b) ( ) Perícia Extrajudicial. 
c) ( ) Perícia Semi-Judicial. 
d) ( ) Perícia Particular. 
 
4 - A indicação do assistente técnico é feita: 
a) ( ) pelo Juiz. 
b) ( ) pelas partes. 
c) ( ) pelo Perito Contábil. 
d) ( ) pelo Empresário 
 
 
11
 
 
 
5 - Marque a alternativa que representa a modalidade de perícia extrajudicial: 
a) ( ) Laudo nas concordatas e falências. 
b) ( ) Laudo para fusões, incorporações e cisões. 
c) ( ) Litígio entre empregados e empregadores. 
d) ( ) Avaliação de pensões alimentícias. 
 
 
5 - Relacione as colunas quanto às espécies de perícias: 
 
a) Perícia Extrajudicial 
 
 
b) Perícia Judicial 
 
 
c) Perícia Semijudicial 
 
 
d) Perícia Arbitral 
( ) é aquela realizada dentro dos procedimentos processuais, e 
se processa segundo as regras legais do poder estatal, visando 
contribuir para a convicção do magistrado. 
( ) é aquela realizada no juízo arbitral – instancia decisória 
criada pela vontadedas partes. 
 
( ) é realizada fora do Estado, por necessidade e escolha de 
pessoas físicas e/ou jurídicas – direito privado. 
 
( ) é aquela realizada dentro do aparato institucional do Estado, 
porém fora do poder judiciário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
CAPÍTULO III - O PERITO CONTADOR 
 
 A Norma diz que perito é o Contador regularmente registrado em Conselho 
Regional de Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser 
profundo conhecedor, por suas qualidades e experiência, da matéria periciada. 
 
 A perícia é desconsiderada se o perito não tem o conhecimento técnico ou 
científico necessário para exarar laudo conclusivo. 
 
PERITO CONTÁBIL 
 
 O profissional que executa a perícia contábil precisa ter um conjunto de 
capacidades, que são suas qualidades. Entre elas estão: 
 
1. legal; 
2. profissional; 
3. ética; 
4. moral. 
 
PERFIL ÉTICO-PROFISSIONAL DO PERITO 
 
 Além da capacidade técnico-profissional e da habilitação legal, o perito deve 
possuir qualidades que lhe assegurem um trabalho digno – considerando o importante papel 
na busca do pleno direito e da justiça. 
 
 O Código de Processo Civil, o Código de Ética da Profissão Contábil e a NBC PP 
01 - Norma Brasileira de Contabilidade Profissionais do Perito enumeram algumas 
qualidades e características indispensáveis ao exercício da Perícia Contábil. 
 
 1. Imparcialidade e Honestidade: só um trabalho conduzido com verdade levará 
a uma conclusão justa. A conduta imparcial e honesta do perito é que vai fazer valer o justo, 
o verdadeiro. 
 
 2. Independência: deve o perito, manter total independência para com as partes, 
a fim de não ficar limitado, comprometendo a feitura de um trabalho imparcial e justo 
que lhe for atribuído. Este atributo é bem definido e cobrado pelo próprio Código de 
Processo Civil em seu art. 423, revogado pela Lei 13.105, de 16 de março de 2015, art. 
467 e na NBC PP 01. 
 
 3. Observador e Crítico: na busca da prova, o perito deve ter senso crítico, 
perspicaz, observando criteriosamente todos os fatos e dados ao seu alcance. 
 
 
 
 
13 
 
 
 
4. Zelo: é dever do perito cumprir com cautela, dedicação e zelo o encargo que 
lhe for confiado, estendendo-se desde o cumprimento dos prazos a todas as prerrogativas 
profissionais no exercício de sua função. 
 
5. Sigilo: não poderá o perito divulgar o resultado obtido durante as investigações 
e nos demais procedimentos adotados na execução do trabalho, caracterizando a divulgação 
como desobediência e desrespeito ao Código de Ética Profissional. 
 
Na busca de um dado, pode-se passar por muitos outros. O profissional tem o 
dever de nada revelar sobre o que conhece ao elaborar seu trabalho nem deve comentar sobre o 
que realiza, com terceiros. 
 
 
QUALIDADE DO TRABALHO DO PERITO 
 
A qualidade do profissional quase sempre dita a qualidade do trabalho que 
executa. 
 
Existem requisitos essenciais para que uma perícia seja considerada de qualidade. 
 
Um bom trabalho pericial deve ter: 
 
1. objetividade; 
2. precisão; 
3. clareza; 
4. fidelidade; 
5. concisão; 
6. confiabilidade inequívoca baseada em materialidades; 
7. plena satisfação da finalidade. 
 
 
SITUAÇÕES E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
 
O trabalho pericial tem cunho eminentemente pessoal. Por esta razão, diz-se que é 
indelegável. Contudo, o perito pode obter a colaboração de auxiliares, que operem sob sua 
permanente orientação e supervisão, mantendo-se consciente de tudo que está sendo feito e como 
está sendo feito. Esse não termina no laudo, pois em determinados processos o perito participa 
nas audiências e aí está a razão principal em saber o que se fez e de que forma foi executado o 
trabalho. Durante as audiências, o perito será argüido pelo juiz, sendo vetadas as partes 
(advogados) de interrogá-lo, porém se desejarem algum esclarecimento, poderão pedi-lo através 
do juiz. 
 
 
FUNÇÃO OU PROFISSÃO 
 
A perícia judicial é uma função que se executa mediante a nomeação pelo juiz. 
A perícia não se caracteriza como profissão, pois não tem caráter permanente. 
 
 
 
 
 
 
14 
ESCOLHA DO PERITO 
 
 O exercício profissional da função pericial contábil realiza-se sob duas formas de 
atuação técnica. 
 
 A primeira oportunidade surge quando o profissional contábil, de nível superior, é 
nomeado pelo magistrado para assumir o encargo de perito judicial. 
 
 Outra forma de atuação ocorre quando o profissional contábil é indicado pela 
parte para funcionar como assistente técnico. 
 
 Nota-se que o magistrado nomeia o perito e a parte indica assistente técnico. 
 
 Embora esteja no rol de auxiliares da Justiça, CPC, art.139, revogado pela Lei 
13.105 de 16 de março de 2015, art. 149, e entre os quais encontra-se o escrivão e o 
oficial de Justiça, o perito não é um funcionário público concursado. Trata-se de 
profissional liberal devidamente habilitado de livre escolha do Magistrado, por ser 
pessoa de sua confiança. 
 
 Sob os olhos das Normas do Conselho Federal de Contabilidade, Resolução nº 
857/99, revogada pela resolução CFC 1.244, de 10 de dezembro de 2009, equiparam-se os 
profissionais, ou seja, atribuem-se as mesmas prerrogativas e responsabilidades para o 
perito contábil nomeado pelo Magistrado e ao Assistente Técnico indicado pela parte. 
 
 Aquele profissional que tem a honra de iluminar o Magistrado, responde 
ilimitadamente pelo conteúdo de seu trabalho. A responsabilidade moral, em que o 
profissional cumpre com total ânimo o seu encargo, deve ser pautada pelo dever de 
lealdade, de prestar todos os esclarecimentos tantas vezes quantas forem necessárias, 
abstendo-se de dar sua convicção pessoal, apreciando com imparcialidade os fatos, além de, 
se for o caso, recusar a nomeação quando não estiver devidamente capacitado para o bem 
desempenho do encargo. 
 
OS PERITOS EM JUÍZO – NOMEAÇÃO, INDICAÇÃO, INTIMAÇÃO 
 
 Nas perícias contábeis, judiciais, três são os peritos: um do juiz e um de cada 
parte litigante. Na verdade, são três contadores; o juiz nomeia o seu e as partes indicam os 
assistentes. 
 
 Os Os peritos das partes devem ser indicados no prazo de quinze dias, contados 
da intimação do despacho de nomeação do perito, e, no mesmo prazo, os quesitos são 
apresentados pelas partes. Isto é o que regula o artigo 421 do Código de Processo Civil, 
revogado pela Lei 13.105, de 16 de março de 2015, art. 465. 
 
 Aceita a indicação, o perito assistente, tão logo tenha conhecimento da perícia, deve 
manter contato com o perito judicial, pondo-se à disposição para o planejamento e a 
execução conjunta da perícia. 
 
 
15 
RECUSA E SUBSTITUIÇÃO DO PERITO 
 
 A recusa deve ser comunicada ao juiz, por escrito, com a justificativa, quando 
então será nomeado outro perito para substituir ou prender a função. A escusa deve ser 
apresentada dentro de até cinco dias da intimação. 
 
 Tal petição tem o encaminhamento comum e é habitual as autoridades já a 
despacharem imediatamente e o cartório anexar nos autos a mesma. 
 
 Se o perito é indicado pela parte, todavia, geralmente é consultado, mas se, 
mesmo assim, o impedimento surgir, dirigir-se-á a ela e ao juiz, por escrito, separadamente, 
no prazo legal. À parte não fará petição, mas só a justificativa. 
 
 A escusa do perito deve ser apresentada dentro de um prazo de cinco dias da 
data da intimação ou notificação, o que não sendo feito, obriga o perito a cumprir a tarefa. 
 
 Um perito pode escusar-se a aceitar a perícia para a qual foi nomeado ou 
indicado, mas deve fazê-lo dentro de cinco dias a partir da data que foi notificado de sua 
designação. 
 
 É lícito às partes recusar o perito do juiz por suspeição, mas deverá provaros 
motivos da não aceitação do mesmo. 
 
 O que se deseja evitar, no caso de impedimento, é o exercício da “parcialidade”. 
O perito das partes deve ser imparcial, mas tudo fazer para que os interesses das mesmas 
sejam defendidos. 
 
SUBSTITUIÇÃO DE PERITO E DESISTÊNCIA 
 
 Se o perito é intimado e não cumpre sua tarefa em tempo hábil, pode ser 
substituído. Nesse caso, além de substituição o perito é multado pelo juiz em face do valor 
da causa. 
 
 Também pode ser substituído o perito que não tem capacidade para o exercício 
de seu trabalho (não é contador), ou como diz a lei: “quando faltar-lhe conhecimento 
técnico ou científico”. É o que define o artigo 468 da Lei 13.105, de 16 de dezembro de 
2015, que revogou a Lei 5.869 do C.P.C. 
 
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO 
 
 A NBC PP 01 - distingue Impedimento e Suspeição. 
 
 Por Impedimento a Norma coloca as situações fáticas ou circunstanciais que 
impossibilitam o perito judicial e o perito assistente de exercerem, regularmente, suas 
funções ou realizar atividade pericial em processo judicial, extrajudicial e arbitral. Ou, 
ainda, quando os peritos nomeados, contratados ou escolhidos não puderem exercer sua 
atividade com imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros. 
 
 
16 
 
 
 
São as situações em que os mesmos se declarem impedidos, após nomeados, 
contratados, escolhidos ou indicados quando ocorrerem situações previstas na Norma. 
 
Impedimento Legal: o perito nomeado, contratado ou escolhido se declara 
impedido quando não puder exercer suas atividades com imparcialidade e sem qualquer 
interferência de terceiros, ocorrendo pelo menos uma das seguintes situações: 
 
a) for parte do processo; 
b) tiver atuado como perito contador contratado ou prestado depoimento como 
testemunha no processo; 
c) tiver mantido, nos últimos dois anos, ou mantenha com alguma das partes ou seus 
procuradores, relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador 
assalariado; 
d) tiver cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou em linha colateral até 
o terceiro grau, postulando no processo ou entidades da qual esses façam parte de seu 
quadro societário ou de direção; 
e) tiver interesse, direto ou indireto, mediato ou imediato, por si, por seu cônjuge ou 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau, no 
resultado do trabalho pericial; 
f) exercer cargo ou função incompatível com a atividade de perito-contador, em função de 
impedimentos legais ou estatutários; 
g) receber dádivas de interessados no processo; 
h) subministrar meios para atender às despesas do litígio; e 
i) receber quaisquer valores e benefícios, bens ou coisas sem autorização ou 
conhecimento do juiz ou árbitro. 
 
Impedimento Técnico: impedimento por motivos técnicos a ser declarado pelo 
perito-contador ou pelo perito-contador assistente decorre da autonomia e da independência que 
ambos devem possuir para ter condições de desenvolver de forma isenta o seu trabalho. São 
motivos de impedimento técnico: 
 
a) a matéria em litígio não ser de sua especialidade; 
b) a constatação de que os recursos humanos e materiais de sua estrutura 
profissional não permitem assumir o encargo; cumprir os prazos nos trabalhos em 
que o perito-contador for nomeado, contratado ou escolhido; ou em que o perito- 
contador assistente for indicado; 
c) ter o perito-contador da parte atuado para a outra parte litigante na condição de 
consultor técnico ou contador responsável, direto ou indireto em atividade 
contábil ou em processo no qual o objeto de perícia seja semelhante àquele da 
discussão, sem previamente comunicar ao contratante. 
 
Por Suspeição, a mesma norma coloca a ocorrência de situações que venham 
suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou independência e, desta forma, 
comprometer o resultado do seu trabalho em relação à decisão. 
 
São os seguintes casos de Suspeição: 
a) ser amigo íntimo de qualquer das partes; 
b) ser inimigo capital de qualquer das partes; 
c) ser devedor ou credor de qualquer das partes, dos seus 
cônjuges, de parentes destes em linha reta ou em linha colateral até o 
3º grau; 
 
 
 
17
d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes 
ou dos seus cônjuges; 
e) ser empregador de alguma das partes; 
f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio a 
cerca do objeto da discussão; 
g) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor 
de alguma das partes; e 
h) declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, ficando 
isento, neste caso, de declinar os motivos. 
 
 “O Código de Processo Civil, em seu art. 422, revogado pela Lei 13.105, de 16 
de março de 2015, art. 466 dispõe: 
 
 Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, 
independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos são de confiança da 
parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição. O perito deve assegurar aos 
assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das diligências e dos exames que 
realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 
(cinco) dias. 
 
DIREITOS E DEVERES FUNCIONAIS 
 
 O exercício da função pericial contábil envolve deveres e direitos que devem ser 
observados pelo perito. 
 
 O dever de cumprir a função pericial e de respeitar o prazo assinalado pelo 
magistrado para a realização do trabalho pericial é o que assinalam os artigos 157 e 433 
do Código de Processo Civil: 
 
 Art. 157- O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, 
empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. 
 
 Art. 477 - O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo 
menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento. § 1o As partes serão 
intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum 
de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, 
apresentar seu respectivo parecer. § 2o O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 
(quinze) dias, esclarecer ponto: I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer 
das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público; 
 
 II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte. § 3o Se ainda 
houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o 
perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, 
formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos. § 4o O perito ou o assistente 
técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência 
da audiência”. 
 
 O dever de esclarecer a matéria técnica, se requerido pelas partes, e o comparecer 
em audiência é o que determina o CPC no art. 435 e respectivo parágrafo único. 
 
 Art. 477, § 3o Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá 
ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de 
Esse dever, pelo art. 466, foi assim tratado: 
 
 "O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, 
independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos são de confiança da 
parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição. O perito deve assegurar aos 
assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das diligências e dos exames que 
realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 
(cinco) dias." 
 
 É dever do perito nomeado pelo magistrado recusar sua nomeação pelos motivos 
de impedimento e de suspeição. 
 
 São deveres que obrigam o perito sob pena de severas sanções. 
 
 "Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas 
responderá pelos prejuízosque causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras 
perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções 
previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para 
adoção das medidas que entender cabíveis” 
 
 O não cumprimento do prazo assinalado pode ensejar a substituição do perito. O 
art. 468, CPC, diz: 
 
 “O perito pode ser substituído quando: II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir 
o encargo no prazo que lhe foi assinado.” 
 
 Há ainda outras consequências abordadas nos três parágrafos do mesmo artigo, 
assim: 
 
 "§ 1o No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação 
profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o 
valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo. § 2o O perito 
substituído restituirá, no prazo de 15 (quinze) dias, os valores recebidos pelo trabalho não 
realizado, sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial pelo prazo de 5 (cinco) 
anos. § 3o Não ocorrendo a restituição voluntária de que trata o § 2o, a parte que tiver 
realizado o adiantamento dos honorários poderá promover execução contra o perito, na 
forma dos arts. 513 e seguintes deste Código, com fundamento na decisão que determinar a 
devolução do numerário”. 
 
 Pode-se entender, também, como sanção, a substituição do perito por outro, para a 
realização da segunda perícia, aspectos tratado no art. 480. Na verdade, uma sanção técnica 
por eventual imperícia ou omissão cometidas pelo perito. 
 
“ Art. 480 - O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova 
perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida. 
 
 Ao dever de aceitar o encargo, ampara-os o direito de isentar-se de uma tal 
obrigação, dada a ocorrência de razões que tornariam o encargo extremamente gravoso; ao 
dever de respeitar os prazos e de comparecer à audiência, surge-lhes o direito de pedir 
prorrogação, verificada a existência de motivos relevantes ou de força maior, 
respectivamente; ao dever de lealdade, isto é, de corresponder ao princípio de moralidade, 
arma-se a lei de poderes, que equivalem a legítimos direitos de investigar; ao dever de 
servir se emparelham o direito à indenização das despesas e o de perceber honorários por 
seus serviços. 
 
O poder investigativo emana do artigo 473, parágrafo 3º: 
 
"Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de 
todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando 
documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem 
como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros 
elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia." 
 
 A liberdade de procedimentos, bem como quanto aos métodos técnico-científicos, 
de que se utiliza o perito, sem ultrapassar os limites ou os contornos dos fatos objeto da 
perícia, é condição essencial para oferecer suas conclusões técnicas mantendo a 
independência, espancando quaisquer interferências que possam comprometê-la. 
 
 O direito de requerer prazo adicional para a conclusão do trabalho pericial é 
garantido pelo art. 476. 
 
 “Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, 
o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente 
fixado”. 
 O prazo de realização da prova pericial contábil é variável diretamente vinculada 
à complexidade técnica da prova requerida e do lapso de tempo em que se localizam os 
fatos a serem apreciados. 
 Variáveis alheias à vontade do perito, como, por exemplo, a situação em que se 
encontram os arquivos das organizações periciadas, a presteza com que livros e documentos 
contábeis são colocados à disposição da perícia, a quantidade de diligências a serem 
realizadas são fatores que influenciam no cumprimento do prazo fixado pelo magistrado. 
 
 Por fim, tem o perito o direito de ressarcimento das despesas que realizou com as 
diligências efetuadas, bem assim o de receber os honorários correspondentes ao trabalho 
pericial realizado. 
 
 De ninguém pode ser exigida a prestação de serviços sem a contrapartida 
remuneratória, muito menos a responsabilidade de financiar a produção da prova técnica 
contábil e o desembolso de despesas. Seria exigir demais do perito. 
 
 Quanto “Quanto ao ônus pecuniário relativo aos honorários periciais, é de 
responsabilidade de quem requer a prova pericial contábil, ou do autor, segundo a regra 
do art. 95 do CPC. 
 
 No que se refere ao desembolso das despesas, cabe às partes prover as mesmas 
correspondentes aos atos processuais que requerem, segundo regra contida no art. 82 do 
CPC. 
 
PENALIDADES CIVIS E CRIMINAIS 
 
 1. Multa pelo prejuízo causado na ação, se deixar de cumprir o encargo no prazo 
que lhe foi assinalado (CPC, art. 468). É de se ressaltar que, anteriormente à Lei nº 
8.455/92, que deu nova redação aos artigos que tratam da perícia, as multas estavam 
limitadas a 1 (um) salário mínimo se deixasse de firmar compromisso, e de no máximo 10 
(dez) salários mínimos, se deixasse de apresentar o laudo. O dispositivo atual é muito mais 
aberto e potencialmente muito mais preocupante para o perito, pois a multa será arbitrada 
pelo Juiz, não estando estabelecido nenhum limite, tendo em vista o prejuízo causado e o 
valor da causa. 
 2. Indenização, pelos prejuízos que causar à parte, se, por dolo ou culpa, prestar 
informações inverídicas (CPC, art. 215). Relevante, também, observar que esta 
indenização pelos prejuízos causados à parte independe da multa citada no item anterior, já 
que aqui se refere ao próprio conteúdo parcial. A caracterização do dolo, nos termos da lei 
penal, dá-se quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e a culpa 
quando deu causa ao resultado por imprudência, imperícia ou negligência. 
 3. Inabilitação por dois anos para funcionar em outras perícias, pelos mesmos 
motivos do item anterior. Se o Juiz ou tribunal declarar a inabilitação do profissional, ainda 
que por prazo estabelecido, é sabido que isto equivale, na prática, à inabilitação definitiva, 
pois, se o perito deve primordialmente deter a confiança do judiciário para poder atuar 
como auxiliar da justiça, não há dúvida que, abalada esta confiança, mesmo depois de 
cumprido o prazo de inabilitação, aquele profissional dificilmente voltará a ser indicado ou 
nomeado para a realização de perícias judiciais, equivalendo a sanção, à verdadeira 
exclusão desta especialização. 
 4. Incursão nas sanções penais que a lei penal estabelecer, pelo mesmo motivo 
anterior. A legislação processual civil citada remete, diretamente, para a apreciação do Juízo 
penal, os atos do perito que foram entendidos pelo Juízo civil como de conteúdo de dolo ou 
culpa na prestação de informações inverídicas. 
 Reclusão, de dois a quatro anos, e multa, se fizer afirmação falsa, ou negar ou 
calar a verdade como testemunha, perito, tradutor, contador ou intérprete em processo 
judicial, ou administrativo, inquérito policial ou em juízo arbitral (Código Penal Lei nº 
12.850/13). A falsa perícia não se caracteriza somente pelo exame falso ou pela afirmação 
falsa, mas também pelo fato de, tendo acesso à verdade, deixar de trazê-la aos autos. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1 - O perito contador nomeado pelo juiz está impedido de exercer suas funções 
quando: 
 
a) ( ) Não concordar com a matéria em questão; 
b) ( ) Estiver em débito com o Instituto de Peritos Contadores; 
c) ( ) For parte direta ou indireta e/ou quando tiver interesse no processo; 
d) ( ) Seus honorários forem inferiores a 30% do valor da causa. 
2 - Assinale a alternativa correta em relação a perícia contábil, elaborada tanto 
judicial 
como extrajudicial:a) ( ) Podem ser exercidas, em determinadas condições, pelo técnico em contabilidade; 
b) ( ) São de competência exclusiva do técnico em contabilidade após ter obtido aprovação 
na prova de competência elaborada pelo Conselho Regional de Contabilidade; 
c) ( ) São de competência exclusiva do contador; 
d) ( ) Pode ser desempenhado tanto pelo contador, quanto pelo técnico em contabilidade, 
desde que estejam devidamente inscritos no Conselho Regional de Contabilidade. 
3 - Marque V para as questões que julgar verdadeira e F para as questões que julgar 
falsa: 
( ) O perito deve permitir a interferência de terceiros ou das partes (advogados) no trabalho 
pericial, com vista a ajudar na solução do conflito, objeto da ação. 
( ) Podemos dizer que a perícia judicial é uma profissão que se executa mediante nomeação 
do juiz. 
( ) Correto afirmar que o magistrado nomeia o perito e a parte indica o perito assistente 
técnico. 
 
 
 
( ) Perito contábil é o profissional de nível universitário devidamente registrado em Conselho 
regional de Contabilidade. 
( ) Estando no rol de auxiliares da justiça, CPC art. 139, entre os quais encontra-se o escrivão e 
o oficial de justiça, portanto o perito também pode ser caracterizado funcionário público, por ser 
uma pessoa de confiança do magistrado. 
( ) É licito as partes recusar o perito do juiz por suspeição, mas deverá provar os motivos da 
não-aceitação do mesmo. 
( ) É correto atribuir as mesmas prerrogativas e responsabilidades para o perito contábil 
nomeado pelo Magistrado e ao Assistente Técnico indicado pela parte, segundo as Normas 
Brasileiras de Contabilidade. 
( ) O perito contador nomeado pelo juiz, que tem a honra de iluminar dito magistrado, 
responde ilimitadamente pelo conteúdo do seu trabalho. 
( ) Recebendo o contador a incumbência de atuar numa perícia, pode recusar a nomeação 
quando não estiver devidamente capacitado para o desempenho do encargo. 
( ) Tanto o perito contador nomeado pelo juiz, quanto o indicado pelas partes podem participar 
em conjunto no planejamento e na execução da perícia, sem causar nulidade no trabalho. 
( ) Os peritos das partes devem ser indicados nos prazo de 10 dias, contados da intimação do 
despacho de nomeação do perito. 
( ) Estando impossibilitado de executar o trabalho, o perito contador deve comunicar ao juiz, 
verbalmente e justificadamente, quando então será nomeado outro perito para substituí-lo. 
 
4 - Depois de intimado e aceito o encargo de atuar numa perícia judicial, quais as hipóteses 
que levariam o magistrado a substituí-lo? 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
 
5 - Relacione as colunas quanto ao perfil ético-profissional do perito contábil: 
 
a) Imparcialidade 
 
 
b) Independência 
 
 
c) Observador 
 
 
d) Zelo 
 
 
 
e) Sigilo 
( ) o perito deve ter senso crítico, perspicaz, observando 
criteriosamente todos os fatos e dados ao seu alcance. 
 
( ) deve o perito cumprir com cautela e dedicação o encargo 
que lhe for confiado, atendendo o cumprimento dos prazos e as 
prerrogativas profissionais no exercício de sua função. 
 
( ) o que o profissional conhece por força do que lhe foi exibido 
ou narrado não deve ser dado a conhecer a terceiros. 
 
( ) é a capacidade que o perito tem de julgar e atuar com 
integridade e objetividade, sem interferência das partes, no seu 
posicionamento. 
 
( ) só um trabalho conduzido com verdade levará a uma 
conclusão justa. 
 
 
 
 
22 
 
 
 
6 - Cite situações que diferenciam o perito contador nomeado pelo juiz com os peritos 
indicados pela parte. 
 
Perito contador nomeado pelo Juiz: 
1º - ___________________________________________________________________ 
2º - ___________________________________________________________________ 
3º - ___________________________________________________________________ 
4º - ___________________________________________________________________ 
5º - ___________________________________________________________________ 
 
Perito contador indicado pelas partes: 
1º - ___________________________________________________________________ 
2º - ___________________________________________________________________ 
3º - ___________________________________________________________________ 
4º - ___________________________________________________________________ 
5º - ___________________________________________________________________ 
 
 
7 - Cite dois motivos que levam o profissional a recusar o trabalho pericial contábil? 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ . 
 
8 - A perícia contábil, tanto a judicial como a extrajudicial: 
a) ( ) podem ser exercidas, em determinadas condições, pelo Técnico em Contabilidade. 
b) ( ) são de competência exclusiva de Contabilistas. 
c) ( ) podem ser exercidas por todos os técnicos registrados em Conselho Regional de 
Contabilidade. 
d) ( ) são de competência exclusiva de Contador. 
 
9 - As alternativas mostram situações em que o perito-contador deve declarar-se 
impedido/suspeito de executar o trabalho, exceto: 
a) ( ) Se estiver impedido por lei. 
b) ( ) Se ocorrer suspeição de natureza íntima. 
c) ( ) Se a matéria em litígio não for de sua especialidade. 
d) ( ) Se estiver trabalhando em outra perícia. 
 
10 - Das alternativas abaixo, são procedimentos de perícia contábil, exceto: 
a) ( ) Juramento. 
b) ( ) Vistoria. 
c) ( ) Indagação. 
d) ( ) Mensuração. 
 
11 - De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, a hipótese em que o sigilo 
profissional poderá ser rompido é: 
a) ( ) Depois de concluído os trabalhos e entregue o Laudo Pericial. 
b) ( ) Quando em defesa de sua conduta técnica profissional autorizado por quem de direito. 
c) ( ) Quando ocorrer o desligamento do perito-contador, antes do trabalho ser concluído. 
d) ( ) Se o perito-contador, por qualquer razão for substituído pelo juiz. 
 
 
23
 
 
 
12 - De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade o perito-contador estará 
impedido de executar perícia contábil, exceto: 
a) ( ) Se houver atuado como perito-contador assistente ou prestado depoimento como 
testemunha no processo. 
b) ( ) Se for parte do processo. 
c) ( ) Se exercer função ou cargo incompatíveis com a atividade de perito-contador. 
d) ( ) Se a matéria em litígio for de sua especialidade. 
 
13 - Prazo para apresentação da escusa do perito-contador: 
a) ( ) Dentro de cinco dias contados da intimação ou do impedimento superveniente. 
b) ( ) De acordo com a decisão do Juiz. 
c) ( ) Dentro de quinze dias contados da intimação ou do impedimento superveniente. 
d) ( ) Não existe prazo definido para apresentação da escusa. 
 
14 - O perito-contador que prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que 
causar à parte, ficando inabilitado a atuar em outras perícias por: 
a) ( ) Um ano. 
b) ( ) Dois anos. 
c) ( ) Três anos. 
d) ( ) Seis anos. 
 
15 - Segundo o Código de Processo Civil o Perito cumprirá escrupulosamente o encargo 
que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso. Os Assistentes 
Técnicos são de confiança: 
a) ( ) Do Juízo, sujeitos a impedimento ou suspeição. 
b) ( ) Do Juízo, não sujeitos a impedimento ou suspeição. 
c) ( ) Da parte, sujeitos a impedimento e suspeição. 
d) ( ) Daparte, não sujeitos a impedimento ou suspeição. 
 
16 - A perícia deve ser planejada cuidadosamente, com vista ao cumprimento do prazo. Na 
impossibilidade do cumprimento deste, deve o profissional antes do vencimento: 
a) ( ) Comunicar, de qualquer forma, a necessidade de suplementação de prazo. 
b) ( ) Entregar o trabalho no ponto em que estiver, pois não se pode requerer prazo suplementar. 
c) ( ) Na entrega dos trabalhos, na data limite, requerer pessoalmente o prazo suplementar. 
d) ( ) Requerer prazo suplementar, sempre por escrito. 
 
17 - O Perito-Contador e o Perito-Contador Assistente, de acordo com as Normas 
Brasileiras de Contabilidade, podem romper o sigilo profissional: 
a) ( ) Somente em defesa da própria conduta técnica profissional, quando autorizado por quem 
de direito. 
b) ( ) Sempre que, por qualquer razão, forem substituídos pelo juiz. 
c) ( ) Quando ocorrer o desligamento deles, antes de o trabalho ser concluído. 
d) ( ) Depois de concluídos os trabalhos e entregue o Laudo Pericial. 
 
18 - Quando nomeado em Juízo e reconhecer não estar capacitado a desenvolver o objeto 
do trabalho, o Perito Contador deverá: 
a) ( ) Aceitar o trabalho devido a sua responsabilidade profissional. 
b) ( ) Comunicar as partes, por escrito, a razão de seu impedimento. 
c) ( ) Declarar sua impossibilidade na primeira audiência do processo. 
d) ( ) Dirigir petição ao Juízo, no prazo legal, justificando sua escusa. 
 
 
24
19 – Faça um quadro comparando os direitos x obrigações do contador perito 
 
 
 
 
 
20 – Descreva quais as penalidades que o perito-contador poderá sofrer se descumprir com 
os requisitos legais exigidos na realização dos trabalhos: 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ 
 
21 - Sobre a perícia contábil, assinale a alternativa correta: 
a) ( ) a atividade pericial pode ser desenvolvida por uma pessoa jurídica devidamente inscrita 
no conselho regional de contabilidade. 
b) ( ) pode ser desempenhada por uma pessoa de nível superior, desde que esteja devidamente 
inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil. 
c) ( ) pode ser desempenhada pelo contador regularmente registrado no Conselho Regional de 
Contabilidade. 
d) ( ) pode ser desempenhada pelo técnico em contabilidade, desde que esteja regularmente 
registrado no Conselho Regional de Contabilidade. 
e) ( ) pode ser desempenhada pelo contador, mesmo após ter pedido baixa do seu registrado no 
Conselho Regional de Contabilidade. 
 
22 - Pode se dizer que o perito contador se assemelha com as testemunhas, pois ambos são 
terceiros estranhos em relação ao deslinde da questão, sendo que as suas informações a 
serem prestadas são de ordem eminentemente técnica. Essa afirmação está correta? Se sua 
resposta for não, justifique: 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________. 
 
 
 
 
25 
DIREITO OBRIGAÇÕES/DEVER 
Ex: direto de aceitar o encargo Ex: desenvolver com cuidado e zelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 - Relacione a coluna a coluna da esquerda com a direita, quanto a qualidade do trabalho 
do perito contábil: 
 
(1) Concisão 
 
 
(2) Fidelidade 
 
 
(3) Objetividade 
 
 
(4) Precisão 
 
 
(5) Clareza 
( ) caracteriza-se pela ação do perito em não desviar- 
se da matéria que motivou a questão. 
( ) consiste em oferecer respostas pertinentes e 
adequadas às questões formuladas ou finalidade 
propostas. 
( ) está em usar em sua opinião de uma linguagem 
acessível a quem vai utilizar-se de seu trabalho, embora 
possa conservar a terminologia tecnológica e científica 
em seus relatos. 
( ) caracteriza-se por não deixar-se influenciar por 
terceiros, nem por informes que não tenham 
materialidade e consistência competentes. 
 
( ) compreende evitar o prolixo e emitir uma opinião 
que possa de maneira fácil facilitar as decisões. 
 
 
 
24 - Quanto aos prazos processuais nas perícias judiciais, os peritos assistentes técnicos 
devem ser indicados pelas partes no prazo de: 
a) ( ) cinco dias, contados a partir da entrega do laudo do perito contador. 
b) ( ) cinco dias, contados a partir do dia em que o perito contador judicial aceitar o encargo. 
c) ( ) cinco dias, contados a partir da intimação do despacho de nomeação do perito contador 
judicial. 
d) ( ) cinco dias, contados da interposição da ação proposta pela parte autora. 
 
25 - Tão logo após as partes indicarem seus peritos contadores assistentes técnicos, estes: 
a) ( ) podem entrar em contato com o perito judicial, pondo-se à disposição para o 
planejamento e a execução conjunta da perícia. 
b) ( ) podem ter no seu colega contador perito judicial uma rivalidade, tendo em vista que 
aquele é indicado pelo juiz. 
c) ( ) devem desprezar a participação em conjunta, visto que a norma brasileira de 
contabilidade veda tal relacionamento entre profissionais. 
d) ( ) devem aceitar executar os trabalhos em conjunto, pois assim evita divergência entre os 
trabalhos a serem apresentados ao Juízo. 
 
26 - Havendo recusa da aceitação do trabalho, por justa causa, do perito contador judicial, 
este deve comunicar: 
a) ( ) verbalmente o juiz, tendo em vista ser seu amigo. 
b) ( ) por escrito, por meio de uma petição endereçada ao juiz da vara que o indicou, obtendo 
protocolo do cartório em sua via. 
c) ( ) por escrito, por meio de uma petição endereçada a qualquer juiz que receber a sua recusa. 
d) ( ) ao cartório de registro de imóveis da comarca que estiver mais próximo do Fórum. 
 
 
 
 
 
 
 
26 
CAPÍTULO IV - PERÍCIA JUDICIAL 
 
 OPERACIONALIZAÇÃO DA PERÍCIA CONTÁBIL 
 
 A operacionalização da Perícia Contábil compreende dois momentos distintos 
que poderíamos denominar de: 
 
 a) atos Preparatórios; 
 b) atos de Execução. 
 
 a) ATOS PREPARATÓRIOS 
 
 Como atos preparatórios podemos apontar: 
 
 1) 1) Nomeação: quando o Juiz de Direito, sentindo a necessidade de ser orientado 
no conteúdo técnico ou científico do processo, toma a iniciativa de nomear um perito (CPC, 
art. 156); 
 2) Indicação seguida de nomeação: quando uma das partes ou ambas (autor e/ou 
réu; exequente e/ou executado, inventariante e/ou herdeiros, etc.) desejando orientação nos 
aspectos técnicos ou científicos que possam contribuir para elucidar a decisão solicita(m) ao 
juiz a nomeação de perito (CPC, art. 95); 
 
 3) Indicação: quando uma das partes ou ambas desejando mais esclarecimentos 
indica(m) assistente técnico “perito da parte”; 
 
 4) Intimação: feita a nomeação, o juiz manda intimar, isto é, cientificá-lo de 
que foi nomeado, o perito, através de uma comunicação formal, chamada “mandado de 
intimação” em que lhe é informado o número e o título dos autos, os prazos para aceitação 
ou escusa, ou outras informações inerentes ao processo; 
 
 5) Declínio: no caso de escusar-se. 
Durante os atos preparatórios, especialmente depois da intimação, o perito pode 
retirar os autos do Cartório Civil pelo período de cinco dias para inteirar-se de seu 
conteúdo, ou pedir vistas nos autos no próprio cartório. 
 
 Condiçõespara ACEITAR – a regra básica estabelecida no CPC é de que: “O 
perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que lhe assistir a lei... Outra condição é de 
que esteja legalmente habilitado, e técnica e cientificamente preparado”. O fato de haver 
sido nomeado não obriga o perito ao exercício pericial, pois cabe-lhe o direito de ACEITAR 
ou ESCUSAR-SE da função. 
 Condições para DECLINAR – as condições básicas da escusa do perito (CPC, 
art. 148) são: 
 a) impedimento legal; 
 b) suspeição; 
 c) não ser especializado na matéria objeto da perícia; 
 
 Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, 
empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo. § 
1o A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da 
suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la. § 
2o Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos 
documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a nomeação seja 
distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento. 
 b) ATOS DE EXECUÇÃO 
 
 É neste ponto que praticamente se inicia o trabalho pericial, de natureza técnico- 
científico, objeto do processo, para esclarecer ao juiz da complexidade do problema em 
lide. 
 O primeiro ato de execução é a formulação de quesitos pelo juiz, no caso das 
nomeações de sua própria iniciativa ou pelos advogados das partes quando lhes 
interessa. No caso de quesitos formulados pelas partes, estes ficam sujeitos à 
homologação pelo juiz, ou recusa se julgados impertinentes (CPC, art. 470, incisos I e 
II). 
 As Normas Brasileiras de Contabilidade determinam quanto a ordem de juntada 
dos quesitos nos autos processuais: primeiro serão juntados os quesitos formulados pelo 
Magistrado; em seguida serão juntados os quesitos formulados pelas partes, na ordem em 
que derem entrada no cartório, ou seja, por ordem de chegada. 
 
 No momento em que o perito passar a respondê-los, seguirá, obrigatoriamente, a 
ordem em que estiverem juntados nos autos. 
 
 As diligências para obtenção de provas constituir-se-ão em atos de execução 
subsequentes. O Laudo Pericial circunscreve-se em resposta aos quesitos. 
 
 ELABORAÇÃO E ENTREGA DO LAUDO 
 
 O laudo pericial é elaborado individualmente pelo perito. Os assistentes técnicos 
oferecerão pareceres (CPC, art. 477, parágrafos 1º ao 4º). É o laudo que consubstancia o 
trabalho pericial, no sentido de exposição e documentação, principalmente no sentido de 
expressar a opinião do perito sobre as questões formuladas nos quesitos. 
 
 O perito inicia o laudo com um primeiro tópico, que se pode denominar 
Considerações Preliminares. É a parte introdutória da peça técnica pericial, ou seja, a 
parte relativa ao relatório pericial. 
 
 Seguindo na construção do laudo pericial, após a oferta das respostas aos quesitos 
ou da abordagem da questão técnica, o trabalho prossegue com as conclusões técnicas, ou 
seja, o parecer que se pode denominar de Considerações Finais. 
 
 REVISÃO DO LAUDO 
 
 É recomendável criteriosa revisão do laudo para evitar omissão de alguma 
informação ou erros comuns de datilografia ou de digitação. Concluída a revisão, o laudo 
deve ser rubricado em todas as suas folhas e assinado na última sobre a identificação do 
perito. 
 ENTREGA DO LAUDO 
 
 O laudo deve ser entregue através do cartório que serve ao Juízo, acompanhado de 
petição endereçada ao Juiz e com a identificação dos autos. A entrega deve ser feita no 
prazo legal ou observada a prorrogação estipulada pelo juiz (CPC, art. 476). 
 
CICLO NORMAL DA PERÍCIA JUDICIAL 
 
 O ciclo da Perícia Judicial envolve seu curso, em suas fases: preliminar, 
operacional e final. 
 
Fase Preliminar: 
1- a perícia é requerida ao juiz, pela parte interessada na mesma; 
2- o juiz defere a perícia e escolhe seu perito; 
3- as partes formulam quesitos o indicam seus assistentes; 
4- os peritos são cientificados da indicação; 
5- os peritos propõem honorários e requerem depósito; 
6- o juiz estabelece prazo, local e hora para início. 
 
Fase Operacional: 
 
7- início da perícia e diligências; 
8- curso dos trabalhos; 
9- elaboração do laudo. 
 
Fase Final: 
 
10- assinatura do laudo; 
11- entrega do laudo ou laudos; 
12- levantamento dos honorários; 
13- esclarecimentos (se requeridos). 
 
Há todo um conjunto de fases que formam o ciclo da perícia judicial. 
 
Em todas as fases, existem prazos e formalidades a serem cumpridos. 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1 - Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) ( ) A perícia poderá ser anulada se forem provados vícios formais. 
b) ( ) A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira. 
c) ( ) A parte que se sentir prejudicada poderá determinar a realização de nova perícia. 
d) ( ) Se forem provados comprometimentos éticos ocorre a elaboração de nova perícia. 
 
2 - Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade a execução da perícia quando incluir a 
utilização de equipe técnica, deve ser realizada sob a orientação e supervisão do: 
a) ( ) Perito-Contador indicado pela ré. 
b) ( ) Perito-Contador indicado pela autora. 
c) ( ) Perito-Contador que assume a responsabilidade pelos trabalhos. 
d) ( ) Juiz e advogados das partes. 
 
3 - O Perito e o Assistente Técnico só estarão obrigados a prestar esclarecimentos ao Juiz, 
quando intimados a comparecer à audiência, formulando as perguntas, sob a forma de 
quesitos, quando intimados: 
a) ( ) 5 dias antes da audiência. b) ( ) 30 dias antes da audiência. 
c) ( ) 15 dias antes da audiência. d) ( ) 10 dias antes da audiência. 
 
4 - Na esfera judicial, o parecer pericial contábil serve para: 
a) ( ) Subsidiar o Juízo e as partes, bem como para analisar de forma técnica e científica o laudo 
pericial contábil. 
b) ( ) Subsidiar o Juízo e as partes sobre a responsabilidade da preparação e da redação do 
parecer pericial. 
c) ( ) Subsidiar as partes sobre a responsabilidade da preparação e da redação das 
recomendações inseridas no laudo pericial. 
d) ( ) Subsidiar o árbitro e as partes nas suas tomadas de decisão. 
 
5 - Por ocasião das diligências a serem executadas no trabalho pericial, o Perito-Contador e 
o Perito-Contador Assistente, devem: 
a) ( ) Comunicar aos advogados das partes qualquer dificuldade na execução dos trabalhos. 
b) ( ) Estabelecer seus honorários, mediante avaliação dos serviços, incluindo todas as 
diligências a serem realizadas. 
c) ( ) Examinar os livros contábeis e fiscais, bem como as fichas financeiras dos empregados, e 
interpretar a legislação vigente. 
d) ( ) Relacionar os livros, os documentos e os dados de que necessitem, solicitando-os, por 
escrito, em termo de diligência. 
 
6 - O Juiz indeferirá a perícia quando: 
I. – a prova do fato não depender de conhecimento especial técnico. 
II. – carecer de conhecimento técnico ou científico. 
III. – for desnecessária em vista de outras provas produzidas. 
IV. – não houver cumprimento do encargo no prazo estipulado. 
V. – a verificação for impraticável. 
 
As alternativas CORRETAS são: 
a) ( ) I, III e V b) ( ) I, IV e V c) ( ) II, III e IV d) ( ) II, IV e V 
 
 
 
 
30
 
 
 
 
7 - Em relação ao prazo estipulado pelo Juiz para a entrega de laudos: 
a) ( ) A parte poderá intimar o Perito para comparecimento em audiência para prestar 
esclarecimento sobre o laudo. 
b) ( ) O Perito não podendo apresentar o laudo dentro do prazo, o Juiz conceder-lhe-á, por uma 
vez, a prorrogação, segundo o seu prudente arbítrio. 
c) ( ) O Perito poderá apresentar laudo em cartório, no prazo fixado pelo Juiz, no prazo de vinte 
dias antes da audiência de instrução e julgamento. 
d) ( ) Os Peritos e assistentes técnicosoferecerão seus pareceres no prazo comum de vinte dias. 
 
8 - Conhecendo os quesitos, o perito judicial e os peritos assistentes técnicos devem: 
a) ( ) responder somente aqueles que souberem, deixando os demais sem respostas. 
b) ( ) responder, obrigatoriamente, a ordem em que estiverem juntados nos autos. 
c) ( ) responder, de forma aleatória, na ordem que melhor lhe convenha. 
d) ( ) responder apenas com “SIM” ou “NÃO”, pois independem de justificativa. 
 
9 - O perito inicia o laudo com um tópico, que se pode denominar de: 
a) ( ) Considerações finais. b) ( ) Considerações intermediárias. 
c) ( ) Considerações preliminares. d) ( ) Considerações conclusivas. 
 
10 - Após a oferta aos quesitos ou da abordagem da questão técnica, o trabalho prossegue 
com as conclusões técnicas, que podemos denominar de: 
a) ( ) Considerações finais. b) ( ) Considerações intermediárias. 
c) ( ) Considerações preliminares. d) ( ) Considerações conclusivas. 
 
11 - È praxe constar do laudo pericial contábil um capitulo denominado de ___________, 
no qual o perito dá por encerrado o trabalho, inventariando o número de folhas em que o 
laudo pericial está composto, a quantidade de anexos e documentos juntados, datando e 
assinando-o. 
a) ( ) Considerações finais. b) ( ) Operacional. 
c) ( ) Considerações preliminares. d) ( ) Encerramento. 
 
12 - Depois de concluída a perícia contábil e devidamente inserida nos autos do processo, o 
magistrado fica obrigado a julgar a lide de acordo com o trabalho elaborado pelo perito. 
Esta afirmação é verdadeira? Se sua resposta for “NÃO”, justifique. 
_____________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ 
___________________________________________________________________________ . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
CAPÍTULO V - PLANEJAMENTO DO TRABALHO PERICIAL 
 
 
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES 
 
Ciente de sua nomeação, dentro do prazo fixado, o profissional dirigir-se-á ao 
Cartório para conhecer os autos e tomar a decisão de aceitar ou não a nomeação. Pois sempre há 
o risco de existirem motivos que o tornem impedido de executar plenamente o mandato. 
 
RETIRADA DOS AUTOS 
 
Para bem conhecer o processo e realizar o plano da Perícia, o perito precisa 
conhecer bem os autos; para isto precisa retirá-lo do Cartório onde se acha. 
 
Para um conhecimento rápido, quando for o caso, o profissional lê, estuda e avalia 
a extensão e a profundidade de seu trabalho, no próprio Cartório, no balcão de atendimento ao 
público e em pé mesmo. 
 
Havendo a necessidade de tirar cópias de algumas partes do processo, pode pedir 
ao escrevente uma carga rápida. Isto é feito mediante a entrega da carteira de identidade que 
será devolvida, logo depois, quando da restituição do processo. 
 
Às vezes, esta forma de proceder é suficiente para que o perito tenha condições de 
decidir sobre aceitar ou não o encargo de perito contador. 
 
Estando ainda no recinto do Fórum, poderá se dirigir à sala da Ordem dos 
Advogados do Brasil (OAB) para, em ambiente mais confortável e menos tumultuado que o 
balcão do Cartório, sentado à mesa e dispondo de recursos como computador e impressora, 
máquina de escrever, papel, carbono, possa compulsar os autos com maior cuidado e zelo. 
 
 
O PLANEJAMENTO DO TRABALHO 
 
Para planejar o trabalho que será feito, sozinho ou em conjunto com 
colaboradores, pressupõe-se que o conhecimento do objeto e do objetivo da perícia estejam 
completos. 
 
O exame de documentos juntados pelas partes, o entendimento preciso do r. 
despacho saneador, os quesitos formulados no processo e tudo o mais que os autos contiverem, 
serve para indicar o objeto da prova pericial requerida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
PLANO DE TRABALHO EM PERÍCIA CONTÁBIL 
 
Conceito de Plano de Trabalho em Perícia Contábil 
 
Plano de Trabalho em Perícia Contábil é a previsão, racionalmente organizada, 
para a execução das tarefas, no sentido de garantir a qualidade dos serviços, pela redução dos 
riscos sobre a opinião ou resposta. 
 
Para conseguir tal plano é preciso seguir etapas. 
 
Um plano depende de: 
 
1. pleno conhecimento da questão (se for judicial, pleno conhecimento do 
processo); 
2. pleno conhecimento de todos os fatos que motivam a tarefa; 
3. levantamento prévio dos recursos disponíveis para exame; 
4. prazo ou tempo para a execução das tarefas e entrega do laudo ou parecer; 
5. acessibilidade aos dados (se depende de muito locais, com deslocamento, 
burocracias, etc.); 
6. pleno conhecimento dos sistemas contábeis adotados e confiabilidade de 
documentação; 
7. natureza de apoios, se necessários. 
 
Um plano de trabalho, sendo um guia, deve partir de realidade e de amplo 
conhecimento sobre tudo o que envolver a questão. 
 
É enganoso imaginar que o elenco de quesitos já é um guia; o elenco é apenas o 
Questionamento, ou seja, o que as partes desejam saber ou requerem como opinião do perito. 
 
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 
 
Mesmo sabendo que cada trabalho pericial tem suas características próprias, suas 
peculiaridades, suas especificidades e seus detalhes únicos, é possível ter uma base padrão de 
organização aplicável às várias situações demandadas em cada processo. A recomendação básica 
é que a organização do trabalho pericial considere o que foi planejado. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1 - Para bem conhecer o processo e realizar o plano da Perícia, o perito precisa conhecer 
bem os autos, para isso o profissional possui a prerrogativa de solicitar/requerer a carga do 
processo. O que vem a ser a terminologia “carga do processo”? 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
 
2 - Estabeleça a diferença entre planejamento da perícia com programa de trabalho. 
______________________________________________________________________________ 
______________________________________________________________________________ 
_____________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
33
 
CAPÍTULO VI - DILIGÊNCIAS 
 
 
O QUE SÃO E PARA QUE SERVEM AS DILIGÊNCIAS 
 
Por Diligências entende-se todo e qualquer ato executado pelo perito oficial e 
pelos assistentes técnicos, com a finalidade de juntar provas e argumentos para confeccionar o 
Laudo Pericial Contábil requerido, inclusive a confecção do próprio laudo, sua entrega e demais 
atividades que se seguem à consignação do laudo. 
 
 
INÍCIO DO TRABALHO PERICIAL E DILIGÊNCIAS 
 
Em data, hora e local determinados pelo juiz, os peritos devem iniciar seu 
trabalho. A esta altura, os nomes dos peritos já são conhecidos uns dos outros. 
 
Devem estar os três peritos presentes no ato do início das tarefas. Na prática e 
conforme o caso, os assistentes podem combinar com o perito do juiz apenas o exame de seu 
plano. 
 
Em casos complexos, é dever do perito assistente acompanhar os trabalhos, ou, 
pelo menos, os que dizem respeito aos quesitos básicos ou de maior relevância na decisão (se 
existirem). 
 
Quando o perito inicia seu trabalho, já deve estar de posse de seu plano de 
trabalho. Deve requerer, então, livros, documentos, demonstrações, em suma o material 
necessário ao desempenho de sua tarefa, através de TERMO DE DILIGÊNCIA, conforme 
estabelece a NBC TP 01. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1 - O que são diligências e para elas servem? 
_____________________________________________________________________________

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