Buscar

Capítulo 15 Abbas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Capítulo 15 (Abbas) – Imunidade contra microrganismos
Imunidade contra parasitas
Infecção parasitária refere-se à infecção por parasitas animais, como protozoários, helmintos e ectoparasitos.
Cerca de 30% da população mundial sofram de infecções parasitárias.
A maioria dos parasitas passa por ciclos de vida em que parte ocorre no homem/vertebrados e outra parte em hospedeiros intermediários (moscas, carrapatos).
O homem é infectado por picadas de hospedeiros intermediários infectados ou compartilhamento de um habitat com o hospedeiro intermediário.
A maioria das infecções parasitárias é crônica por causa da fraca imunidade inata e capacidade dos parasitas escaparem ou resistirem à eliminação pelas respostas imunológicas adaptativas.
Muitos fármacos antiparasitários não são eficazes em destruir os microrganismos.
Indivíduos que vivem em áreas endêmicas precisam de quimioterapia repetida devido à exposição contínua.
Imunidade inata contra parasitas
Parasitas como protozoários e helmintos ativam distintos mecanismos de imunidade inata, eles são capazes de sobreviver e replicar dentro do hospedeiro, pois são bem adaptados para resistir frente às defesas do hospedeiro.
Fagocitose é a principal resposta imune inata a protozoários, mas muitos deles são resistentes à morte fagocítica e podem replicar dentro de macrófagos.
Alguns protozoários expressam moléculas de superfície que são reconhecidas por TLR (receptores tipo Toll) e ativam fagócitos. 
Os fagócitos também podem atacar parasitas helmínticos e secretar substâncias microbicidas para matar organismos grandes de mais para serem fagocitados.
Muitos helmintos possuem tegumentos espessos que podem torná-los resistentes aos mecanismos citocidas de neutrófilos e macrófagos, são parasitas grandes demais para serem fagocitados.
Helmintos podem ativar a via alternativa do complemento.
Imunidade adaptativa contra parasitas
Os diferentes parasitas induzem distintas respostas imunológicas adaptativas. 
Alguns protozoários patogênicos sobrevivem dentro de células do hospedeiro, assim a imunidade protetora contra esses microrganismos é similar as que eliminam bactérias intracelulares e vírus.
O mecanismo de defesa contra protozoários que sobrevivem dentro de macrófagos é a resposta mediada por células, como ativação dos macrófagos por citocinas derivadas de células Th1.
A resistência à infecção está associada à ativação de células T CD4 Th1 especificas para Leishmania que produzem IFN- e ativam macrófagos para destruírem parasitos intracelulares.
A ativação de células Th2 pelos protozoários aumenta a sobrevivência do parasito e a exarcebação das lesões devido às ações supressoras de citocinas Th2 sobre macrófagos, como o IL-4. 
A promoção da resposta Th1 ou inibição da resposta Th2 em linhagens suscetíveis aumenta a resistência à infecção.
Genes controlam o balanço entre as respostas imunológicas protetoras e prejudiciais aos parasitos intracelulares. 
Protozoários que replicam no interior de células do hospedeiro e causam lise a essas células estimulam a produção de anticorpos específicos e respostas dos CTL (linfócitos T citotóxicos) de modo similar ao dos vírus citopáticos.
A defesa contra infecções por helmintos é mediada pela ativação de células Th2, resultando em produção de anticorpos IgE e ativação de eosinófilos.
Helmintos estimulam a diferenciação de células T CD4 auxiliares virgens para o subgrupo Th2 das células efetores, que secretam IL-4 (estimula a produção de IgE) e IL-5 (ativa eosinófilo).
Mastócitos e eosinófilos contribuem para a expulsão dos parasitos do intestino, na chamada imunidade de barreiras.
Alguns parasitos e seus produtos induzem respostas granulomatosas com desenvolvimento de fibrose. 
Evasão da resposta imunológica pelos parasitos
Os parasitas escapam da imunidade protetora ao reduzirem a imunogenicidade e inibem as respostas imunológicas do hospedeiro.
Variação antigênica: os parasitas mudam seus antígenos de superfície durante o ciclo de vida nos hospedeiros vertebrados. Estágios teciduais maduros dos parasitos produzem antígenos diferentes dos estágios infectantes. Quando o hospedeiro produz anticorpos contra o parasita, um microrganismo antigenicamente diferente já se desenvolveu. Assim há dificuldade de vacinar indivíduos contra essas infecções.
Resistência aos mecanismos imunológicos do hospedeiro (ex.complemento e CTL).
Protozoários se escondem do sistema imune vivendo dentro das células do hospedeiro ou em cistos resistentes aos efetores imunes. 
Os parasitas podem expelir suas coberturas antigênicas de modo espontâneo ou após ligação aos anticorpos específicos. A expulsão de antígenos torna os parasitas resistentes ao ataque mediado por anticorpos.

Outros materiais

Outros materiais