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Aula 03 Complicações 1%2c80

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Aula 04
Complicações mais comuns na gravidez
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Nomenclatura para as gestantes quanto ao número de filhos
 Nulípara: nunca pariu
 Primípara / primigesta: pariu uma vez / teve uma gestação
 Secundigesta: duas gestações
 Multigesta / multípara: mais de duas gestações / mais de dois partos
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
1. Abortamento
É a interrupção da gravidez antes da 22ª semana gestacional ou peso inferior a 500g por qualquer motivo.
Pode ser espontâneo ou provocado.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
1. Abortamento
Causas
Fatores ovulares: anomalias dos anexos fetais, no desenvolvimento inicial do ovo e cromossômica dos gametas femininos ou masculinos.
Fatores maternos: presenças de tumores, colo do útero aberto, insuficiência hormonal de qualquer tipo, causas infecciosas, hipotireoidismo, etc.
Outros fatores: drogas, alcoolismo, tabagismo, traumas.
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Etiologia
Fatores Fetais (alterações cromossômicas - trissomias)
Fatores maternos (causas sistêmicas):
Infecções 
Insuficiência lútea
Desnutrição 
Endocrinopatias 
Imunológicas 
Malformações uterinas
Doenças debilitantes.
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Etiologia 
-Traumas físicos.
- Outros fatores:
* Ingestão de drogas
* Tabagismo
* Infecções exógenas
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Classificação clínica
Ameaça de aborto
Aborto inevitável/ Curso
Aborto completo
Aborto incompleto
Aborto infectado
Aborto retido 
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
1. Abortamento
Tipos
Espontâneo: é o aborto não intencional, por qualquer fator.
Provocado: é a interrupção da gravidez intencional, por meio da sucção, aspiração manual ou a vácuo, por medicação indutora do trabalho de parto, substância tóxica, curetagem, etc. Pode ser para fins terapêuticos, em caso de estupro ou risco de vida materna, ou criminoso.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
1. Abortamento
Sinais e Sintomas
Dor no baixo-ventre e hemorragia exteriorizada por via vaginal.
Complicações: tétano, lesões vaginais, perfuração uterina, intoxicação, septicemia, óbito, esterilidade, psicose.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
1. Abortamento
Formas clínicas
Ameaça de abortamento: nestes casos existe a possibilidade de prossegui a gestação variando de 30% a 70%
Abortamento inevitável: caracteriza-se por cólicas fortes, colo dilatado em mais de 2 cm e sangramento abundante, neste caso a gravidez não tem possibilidade de prosseguir.
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 Ameaça de abortamento
 
Sangramento vaginal leve.
Dor abdominal tipo cólica de pequena intensidade localizada no hipogástrio.
Útero aumentado de volume de consistência amolecida, compatível com idade gestacional.
Colo uterino fechado, ausência de modificações cervicais.
USG: embrião com bcf
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Abortamento Inevitável
Sangramento vaginal moderado a intenso.
Dor abdominal tipo cólica, intensa. 
Volume uterino compatível com idade gestacional.
Colo uterino dilatado.
USG: placenta descolada, SG irregular em posição baixa
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
1. Abortamento
Formas clínicas
Abortamento incompleto: neste caso parte do produto da concepção foi expulso, já no abortamento completo, após muita cólica e sangramento, todo o produto da concepção é eliminado.
Abortamento infectado: há penetração de agentes patogênicos na cavidade uterina. 
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Abortamento Incompleto 
Presença de dor abdominal tipo cólica e sangramento de intensidade variável com coágulos. Eliminação parcial do produto conceptual.
Colo uterino permeável (O.E. e O.I.).
Anemia, Taquicardia, Choque Hipovolêmico de acordo com a perda sanguínea.
USG: endométrio irregular acima de 15mm.
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Abortamento Infectado/Séptico
Febre
Secreção vaginal com odor fétido 
Colo uterino permeável 
Dor abdominal moderada a intensa mais acentuada ao nível do hipogástrio
Taquicardia,Taquipnéia,Cianose,Icterícia
Hipotensão. Agitação psico-motora, Choque Séptico
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Abortamento Completo
História pregressa de dor abdominal tipo cólica e perda sanguínea moderada a intensa.
Eliminação do produto conceptual.
Involução uterina.
Colo uterino fechado.
Sangramento genital geralmente escasso ou inexistente no momento do exame.
USG: endométrio até 15mm.
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Aborto Retido
Perda sanguínea e dor tipo cólica geralmente de pequena intensidade que desaparecem em poucos dias.
Parada do crescimento uterino
Colo uterino fechado 
Retenção do produto conceptual intra uterino 
USG: embrião acima de 5mm sem bcf.
 
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
1. Abortamento
Cuidados de enfermagem
Verificar SSVV
Observar e registrar sangramento vaginal
Manter o paciente em repouso e aquecida
Observar e comunicar em caso de sinais de choque
Administrar prescrição prescrita
Esclarecer todas as dúvidas do pacientes e orientar para exames.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
1. Abortamento
Cuidados de enfermagem
OBS: Em ambiente hospitalar, usa-se ocitocina intravenoso a partir da 16ª semana e até a 16ª semana, utiliza-se de aspiração a vácuo, aspiração manual intra-uterina, uso misoprostol 200ug 6/6hs. 
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
2. Gravidez ectópica
É a implantação do ovo fora do seu lugar habitual, útero. Na tuba uterina (95%), Ovários, Abdome e Colo do útero. 
Isto pode ocorrer por atraso na captação do óvulo, por anomalias tubárias, entre outros fatores. 
Podendo causar dor na fossa ilíaca, todos os sinais de gravidez, sangramento vaginal, o tratamento é sempre cirúrgico.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
2. Gravidez ectópica
Cuidados de enfermagem:
Preparo psicológico
Verificar SSVV
Orientar os exames e retirar todas as dúvidas
Puncionar veia calibrosa para infusão de venosa
Ter todos os cuidados de um pós-cirúrgico.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
3. Hiperemese gravídica
Marcado por náuseas e vômitos intensos podendo levar a internação. Os sinais mais evidentes são soluços, pirose gástrica, sede, perda de peso, desidratação e principalmente a deficiência nutricional.
É classificada como forma média e forma grave, nesta segunda, todos os sintomas são acentuados e pode levar a morte. O tratamento é feito com combate ao enjôo matinal, hospitalização, repouso, administração de vitaminas, reposição hídrica e acompanhamento psicológico. 
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Tratamento
Internação: início da terapia medicamentosa e afastamento do estresse;
Controle do peso e diurese diário;
Suspensão das medicações à base de ferro para controlar a anemia na gravidez, pois exacerbam as náuseas, vômitos
Critérios de alta: restabelecimento do equilíbrio hidroeletrolítico, bom estado nutricional e ausência de sintomas
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Tratamento
Alimentação: jejum de 24 a 48 horas, com progressão da dieta após estabilização;
Ingestão de pouca quantidade de alimentos a cada 3 horas;
Dieta pobre em lipídios e rica em carboidratos;
Nos casos persistentes dos vômitos e perda de peso acentuada inicia-se a NPT
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Tratamento
Reposição hidroeletrolítica com Ringer Lactato ou Solução Salina. Não exceder 6000 ml/dia;
Usar soluções glicosadas com cautela, e administrar tiamina venosa;
No caso de HV prolongada deve-se realizar reposição vitamínica;
Medicações antieméticas: plasil, etc
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
3. Hiperemese gravídica
Cuidados de enfermagem
Manter a paciente em repouso
Verificar SSVV
Observar a aceitação de dietas
Realizar balanço hídrico
Controlar náuseas e vômitos.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
4. Anemia
A anemia fisiológica da gravidez pode ser detectada a partir da 8ª semana. 
Considera-se quando a Hb (hemoglobina) < 11g/dL e trata com sulfato ferroso 1xdia, < 8g/dL (anemia grave) pré – natal de alto risco.
Anemia fisiológica, este tipo de anemia não causa danos a mãe nem ao bebê.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
5. Placenta Prévia
Corresponde a um processo patológico da segunda metade da gravidez, em que a implantação da placenta, inteira ou parcialmente, ocorre no segmento inferior do útero, entretanto, pode acontecer no início da gestação no momento da implantação da placenta, neste caso espera-se até a 30ª semana para que a placenta se re-implante no local ideal pelo crescimento do feto. 
As multíparas e com antecedentes de cesáreas são consideradas de maior risco.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
5. Placenta Prévia
Tipo
A) Placenta prévia total: quando a placenta cobre completamente o orifício cervical
B) Placenta prévia parcial: quando a placenta cobre apenas parte do orifício cervical
C) Placenta prévia marginal: quando a placenta atinge a margem do orifício cervical, não obstruindo-o.
C
A
B
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Placenta Prévia
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Sinais e sintomas
Sangramento vermelho vivo, rutilantes, sem queixas dolorosas acompanhadas;
Não causa grande repercussão hemodinâmica e cessa espontaneamente;
Inicia-se ao final do 2º trimestre e ao longo do 3º devido estiramento das fibras miometriais;
Não há distúrbio de coagulação, nem sangue retido.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
5. Placenta Prévia
Sinais e Sintomas: o principal sinal é a hemorragia indolor, sem causa aparente, o sangue tem aspecto vermelho vivo, sem coágulos. 
Cuidados de enfermagem:
Verificar SSVV
Observar e registrar perdas sanguíneas
Auscultar e registrar BCF
Comunicar a enfermeira ou a o médico em caso de sangramento abundante ou BCF alterado.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
6. Descolamento Prematuro de Placenta (DPP)
É a separação abrupta da placenta antes do nascimento do feto, sendo responsável por altos índices de mortalidade perinatal e materna. Qualquer área do descolamento provoca hemorragia que pode ser interna ou externa.
O DPP pode está associado ao traumatismo no ventre, DHEG, cordão umbilical curto. É marcado por fortes dores abdominais súbitas, hemorragias externas com coágulos, ou internas com útero hipertônico. 
Também acontece no terceiro trimestre.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
6. Descolamento Prematuro de Placenta (DPP)
Cuidados de enfermagem
Verificar SSVV
Palpar o abdome para identificar hipertonia uterina
Comunicar imediatamente a enfermeira qualquer sinal de choque ou início de trabalho de parto.
Realizar ausculta de BCF.
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Descolamento Prematuro de Placenta (DPP)
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
7. DHEG (doença hipertensiva específica da gestação) ou toxemias
É uma complicação relacionada a hipertensão arterial, geralmente ocorre na 20ª semana, apresentando uma tríade sintomática, hipertensão + edema+ proteinúria. ( presença de proteína na urina).
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
7. DHEG (doença hipertensiva específica da gestação)
De causa desconhecida ela pode se apresentar como pré-eclampsia e eclâmpsia.
Pré-eclâmpsia (PE): leve ou benigna apresenta-se com PA de 140x90mmhg, proteinúria maior que 300mg/24h aumento de peso maior que 500g por semana. Já na grave apresente PA de 160x110mmhg, anasarca, oligúria, cefaléia, alterações visuais, náuseas vômitos etc.
Eclâmpsia: a paciente apresenta os mesmos sintomas da PE agravados e o surgimento de convulsões e o coma.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
7. DHEG (doença hipertensiva específica da gestação)
Cuidados de enfermagem
Manter a paciente em repouso e em DLE (decúbito lateral esquerdo)
Verificar SSVV
Administrar as medicações hipotensoras prescritas
Pesar a paciente diariamente
Controlar BCF
Ter os cuidados normais para convulsões de qualquer tipo. 
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
7. DHEG (doença hipertensiva específica da gestação)
OBS: Na PE a medicação de escolha é a hidralazina, cada ampola vem com 20mg e deve ser diluída em 9ml de AD, administra-se 2,5ml e avalia PA, em caso de não ceder após 20 minutos, administrar mais 2,5ml e reavaliar, tem-se como principal efeito da hidralaziana é o rubor facial, cefaléia e taquicardia, usa-se também nifedipina, furosemida.
Já para a eclampsia a medicação de escolha é o sulfato de magnésio.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
8. Diabetes Mellitus na gestação
É uma síndrome de causas múltiplas decorrente da falta de insulina, caracteriza-se pela hiperglicemia crônica. 
Pode levar a macrossomia fetal e malformações congênitas.
É diagnosticado através do exame laboratorial, glicemia jejum, ou por sinais clínicos, fadiga, infecções por repetição, fraqueza, letargia, prurido vulvar ou cutâneo, perda involuntária de peso, polidramnio, Glicemia > 200. 
O tratamento é feito unicamente com a insulina.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
8. Diabetes Mellitus na gestação
Cuidados de enfermagem
Controle rigoroso da glicemia
Verificar SSVV
Realizar BCF e AFU
Orientar dieta e hábitos saudáveis.
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Complicações Mais Comuns na Gravidez
9. Sífilis
Infecção sexualmente transmissível, divide-se em três fases, fase um mais leve, fase dois ou segunda fase, aparece pequenas lesões nas palmas das mãos e plantas do pé e terceira fase onde já se tem comprometimento nervoso, ósseo e cardíaco. 
Para o feto causa malformação. 
O exame realizado para diagnóstico é o VDRL e é tratado com benzetacil, dose única 2.400.000 u
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Obrigada!!!
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Questionário
O que significa nulipara e multipara?
Defina abortamento?
Quais as formas clínicas de abortamento?
Quais as causas de abortamento?
Cite três características de abortameno inevitável?
Cite três características de ameaça de abortamento?
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6. Cite três características do abortamento infectado?
7. Quais os cuidados de enfermagem no abortamento?
8. Defina gravidez ectópica?
9.Qual a forma de tratamento da gravidez ectópica?
10.Quais os cuidados de enfermagem na gravidez ectópica?
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11. Defina hiperêmese?
12. Quais os sinais e sintomas da hiperêmese?
13.Qual a forma de tratamento da hiperêmese gravídica?
14. Quais os cuidados de enfermagem na hiperêmese gravídica?
15.Quando pode ser detectada anemia fisiológica da gravidez?
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16. Defina placenta prévia?
17. Quais os tipos de placenta prévia existentes?
18. Defina placenta prévia marginal?
19. Cite sinais e sintomas de placenta prévia?
20.Defina Descolamento Prematuro de Placenta?
21.Quais os sinais e sintomas de DPP?
22.Quais os cuidados de enfermagem no DPP?
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23. Defina DHEG?
24.Como se apresenta a DHEG?
25. Quais os cuidados de enfermagem na DHEG?
26.Defina diabetes mellitus na gestação?
27.Como é realizado o diagnóstico da diabetes gestacional
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28. Quais os cuidados de enfermagem na diabetes ?
29. Defina sifiliz na gravidez?
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