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* Ligações Químicas * 1 Ligações Químicas 2 É a força atrativa que mantém dois ou mais átomos unidos. Ligação iônica: resulta da transferência de elétrons de um metal para um não-metal. Ligação covalente: resulta do compartilhamento de elétrons entre dois átomos. Normalmente encontrada entre elementos não-metálicos. Ligação metálica: é a força atrativa que mantém metais puros unidos. Ligações Químicas 3 Símbolos de Lewis Para um entendimento através de figuras sobre a localização dos elétrons em um átomo, representamos os elétrons de valência (elétrons da última camada) como pontos ao redor do símbolo do elemento. Esses símbolos são chamados símbolos de Lewis. Geralmente colocamos os elétrons nos quatro lados de um quadrado ao redor do símbolo do elemento. Regra do octeto Todos os gases nobres, com exceção do He, têm uma configuração ns2 np6. Regra do octeto: os átomos tendem a ganhar, perder ou compartilhar elétrons até que eles estejam rodeados por 8 elétrons de valência (4 pares de elétrons). Exemplo: Na (Z=11) e F (Z=9) Cuidado: existem várias exceções à regra do octeto. Ligações Iônicas 4 Caracterizada pela transferência de elétrons entre átomos com grandes diferenças de tendências em ganhar ou perder elétrons; O metal (baixa energia de ionização) perde um ou mais elétrons de valência, e o não-metal (alta afinidade eletrônica) ganha elétron (s). 5 Ligações Iônicas Quando ocorre a transferência de elétrons de metal para não-metal cada átomo forma um íon com a configuração eletrônica de um gás nobre; A atração eletrostática entre esses íons positivos e negativos constitui uma matriz tridimensional de um sólido iônico, cuja fórmula química representa a relação cátion-ânion. Arranjo regular de Na+ e Cl- em 3D Uma ligação iônica é consequência da atração eletrostática entre íons de cargas opostas. 6 Ligações Iônicas Sódio + cloro Os oito elétrons na camada L do Na+, que agora é sua última camada externa não são mostrados. Neste tipo de estrutura de Lewis, os pontos servem para mostrar apenas os elétrons na camada de valência do átomo original, por isso Na+ não apresenta pontos. Proporção Na+ e Cl - é 1:1 7 Ligações Iônicas Todos os metais do grupo 1 (Li, Na, K, Rb, Cs) reagirão com os elementos do grupo 7 (F, Cl, Br, I) para formar compostos iônicos de mesma fórmula geral, MX. Todos os íons resultantes, M+ e X -, têm configuração de gás nobre. O íon cloreto (Cl-) resultante possui a mesma configuração eletrônica que o átomo de Argônio (gás nobre) >>> dizemos que o íon cloreto e átomo de Argônio são isoeletrônicos 8 Ligações Iônicas Consideremos a reação do lítio (grupo 1) com o oxigênio (grupo 6) para formar o óxido de lítio, um composto iônico sólido (p.f. 1700 oC). A reação pode ser representada como: 9 Ligações Iônicas Usando a regra do octeto, pode-se prever que um metal perde seus poucos elétrons de valência para formar um cátion e um não-metal ganha poucos elétrons para formar um ânion. A regra é útil, mas, não explica por que este processo ocorre. Qual é “força motriz” atrás da formação de cloreto de sódio a partir de sódio e cloro? Por que qualquer processo ocorre? Energias envolvidas na formação da ligação iônica 10 Ligações Iônicas Todas as reações ocorrem quando os produtos formados são mais estáveis que os reagentes. • Em outras palavras, quando um sistema sofre uma transformação, ele atinge um estado de maior estabilidade. E isso ocorre quando há liberação de energia. Um processo é dito energeticamente favorável quando vem acompanhado por uma liberação de energia. Para um sistema mantido à pressão constante, um aumento de estabilidade é associado a um decréscimo de entalpia, ou H < 0. Energias envolvidas na formação da ligação iônica 11 Ligações Iônicas O sódio está no grupo 1 da Tabela Periódica ([Ne] 3s1). Esta configuração, com um elétron fora da camada fechada sugere que o átomo de sódio deve formar um íon +1. Entretanto, o elétron de valência é fortemente atraído pela carga nuclear efetiva que deixa se desprender. Energia de ionização: Na (g) → Na + (g) + é E= 494 KJ/mol Afinidade eletrônica: Cl (g) + é → Cl - (g) E= 349 KJ/mol Energia requerida – energia liberada = + 145 KJ/mol (aumento de energia). >>>> Não há razão para que se forme NaCl Energias envolvidas na formação da ligação iônica 12 Ligações Iônicas A contribuição que falta é a forte atração coulômbica (eletrostática) entre os íons de cargas opostas no sólido. Quando os íons sódio e cloro se juntam para formar um sólido cristalino, a atração mútua libera grande quantidade de energia. Experimentalmente, obtém-se: Energia liberada: Na+ (g) + Cl - (g) → NaCl (s) E= 787 KJ/mol Assim, a mudança de energia líquida no processo: Na(g) + Cl (g) → NaCl (s) E= -642 KJ/mol 145 - 787 KJ/mol = -642 KJ/mol (um imenso decréscimo de energia). Energias envolvidas na formação da ligação iônica 13 Ligações Iônicas Um sólido composto de íons Na+ e Cl- tem energia mais baixa do que um gás formado por átomos de Na e Cl. Um sólido iônico não se mantém junto por ligações entre pares específicos de íons: todos os cátions interagem mais ou menos com todos os ânions, todos os cátions repelem-se uns aos outros e todos os ânions repelem-se uns aos outros. A interação entre íons em um sólido é grande quando os íons são pequenos e têm carga alta. 14 Ligações Iônicas Propriedades dos compostos iônicos A forte atração entre íons de cargas opostas em um sólido cristalino influencia suas propriedades, tais como: Alto ponto de fusão e ebulição Rígidos e bastante quebradiços Como as ligações iônicas são fortes, uma quantidade razoável de energia deve ser fornecida para quebrar um sólido iônico 15 Ligações Iônicas Propriedades dos compostos iônicos Condutividade elétrica No estado sólido não são bons condutores de eletricidade, porque isto implica o movimento de cargas livres; No entanto, se o sólido for dissociado, os íons adquirem grande mobilidade e, assim, o composto iônico na fase líquida é um bom condutor elétrico; Ligações Covalentes 16 A ligação covalente ocorre quando os dois átomos têm a mesma tendência de ganhar e perder elétrons. Sob essas condições, a transferência total de um elétron não acontece. Em vez disso, os elétrons ficam compartilhados entre os átomos. Ligações Covalentes 17 Ligações Covalentes 18 Os dois átomos ficam juntos porque ocorre interação coulômbica entre os dois elétrons e os núcleos. Nenhum dos átomos perde totalmente um elétron e, portanto, nenhum átomo precisa receber a totalidade da energia de ionização. Ligações Covalentes 19 Ligações Covalentes 20 Estruturas de Lewis O par de elétrons compartilhado é colocado entre os dois símbolos. Os outros elétrons são agrupados aos pares ao redor do átomo, como pares isolados ou não-compartilhados Ligações Covalentes 21 Estruturas de Lewis A estrutura de Lewis não retrata a forma geométrica da molécula; simplesmente indica quais átomos se ligam e quais têm pares isolados. Ligações Covalentes 22 Íons poliatômicos As estruturas de Lewis também podem ser escritas para íons poliatômicos(íons formados por dois ou mais átomos ligados entre si por meio de uma ligação covalente; são moléculas com alguma carga. O procedimento é o mesmo que o usado para moléculas, exceto pelo fato de no total de elétrons serem adicionados elétrons no lugar de cargas negativas e subtraídos elétrons no lugar das cargas positivas. Ex: NH4 +; ClO- Ligações Covalentes 23 Ligações Covalentes Coordenadas Ligações Covalentes 24 Ligações Covalentes Coordenadas • Molécula CO • Esse tipo de ligação, em que os elétrons do par compartilhado são cedidos por somente um dos átomos, é chamada ligação covalente coordenada ou dativa A noção de ligação covalente coordenada é utilizada para explicar como as ligações são formadas e não há diferenças em seu comportamento após a sua formação Limitações da Regra do Octeto 25 A regra do octeto diz que oito elétrons preenchem a camada externa para atingir a configuração da camada de valência de um gás nobre ns2np6 . Quando, entretanto, o átomo central tem orbitais d vazios, ele pode acomodar 10, 12 ou até mais elétrons. Os elétrons nessa camada de valência expandida podem estar como pares isolados ou podem ser usados pelo átomo central para formar ligações. Limitações da Regra do Octeto 26 Alguns átomos como fósforo, enxofre e outros não-metais do período 3 e seguintes podem acomodar mais de 8 elétrons na camada de valência. Ex: PCl5 e SF6 Limitações da Regra do Octeto 27 Também existem algumas moléculas (mas não muitas) nas quais o átomo central se comporta como se tivesse menos que um octeto (octeto incompleto). Ex: BeCl2 e BF3 Limitações da Regra do Octeto 28 29 Limitações da Regra do Octeto 30 Limitações da Regra do Octeto 31 Limitações da Regra do Octeto 32 Limitações da Regra do Octeto 33 Limitações da Regra do Octeto Ligações Covalentes 34 Estruturas de Ressonância Ligações Covalentes 35 Estruturas de Ressonância Ligações Covalentes 36 Estruturas de Ressonância A estrutura da molécula de ozônio é conhecida como um híbrido de ressonância das duas formas, ou seja é uma forma intermediária e não pode ser representada satisfatoriamente por uma simples estrutura de Lewis. Cada ligação O – O não é simples nem dupla, é intermediária. Ligações Covalentes 37 Estruturas de Ressonância Ligações Covalentes 38 Estruturas de Ressonância Ligações Covalentes 39 Ligações Covalentes Apolares e Polares Ligações covalentes podem ser polares ou apolares. Em uma ligação apolar o par de elétrons é igualmente compartilhado entre os dois núcleos. Na molécula de H2, por exemplo, os átomos apresentam a mesma eletronegatividade. Isto significa que o par de elétrons compartilhados são igualmente atraídos por ambos os núcleos dos átomos de hidrogênio e, portanto, a nuvem eletrônica está igualmente distribuída entre os dois núcleos. Ligações Covalentes 40 Nas Ligações covalentes apolares a densidade de elétrons é simétrica em relação a um plano que é perpendicular a uma linha entre os dois núcleos. Isto é verdade para todas as moléculas diatômicas homonucleares, como H2, F2, O2, N2 e Cl2, porque os dois átomos idênticos têm eletronegatividades idênticas. Ligações Covalentes Apolares e Polares Ligações Covalentes 41 Ligações Covalentes Apolares e Polares Por outro lado, a ligação H-F tem algum grau de polaridade, pois H e F não são átomos idênticos e, portanto, não atraem os elétrons igualmente. Os elétrons são compartilhados, mas de maneira desigual. Moléculas diatômicas heteronucleares Ligações Covalentes 42 Ligações Covalentes Apolares e Polares parcialmente positivo (carga parcial, δ+). Ligações Covalentes 43 Ligações Covalentes Apolares e Polares Uma ligação que possui cargas parciais positiva e negativa em seus extremos é chamada de ligação covalente polar. A separação de cargas em uma ligação covalente polar cria um dipolo (dois pólos de cargas envolvidos). As moléculas HF, HBr, HCl, HI, possuem dipolos diferentes, uma vez que os halogênios possuem diferentes eletronegatividades. Os átomos dessas moléculas têm diferentes tendências para atrair o par de elétrons que compartilham com o hidrogênio. Ligações Covalentes 44 Ligações Covalentes Apolares e Polares A medida da polaridade da ligação, que podemos imaginar como sendo a característica iônica da equação, varia de modo contínuo de acordo com a diferença de eletronegatividade. A ligação se torna mais de 50% iônica quando a diferença na eletronegatividade excede aproximadamente 1,7. Ligações Químicas 45 Carga formal é a carga hipotética em um átomo, molécula ou íon poliatômico; Para encontrar a carga formal contamos os elétrons ligantes, como se fosse igualmente compartilhados entre os dois átomos ligados; O conceito de cargas formais nos ajuda a escrever as estruturas de Lewis corretamente na maioria dos casos; A fórmula mais energeticamente favorável para uma molécula é normalmente aquela em que a carga formal em cada átomo é igual a zero ou o mais próximo de zero possível. Cargas Formais Ligações Químicas 46 Carga formal = (nº de elétrons de valência do átomo isolado) – (nº de ligações no átomo + nº de elétrons não-compartilhados) Cargas Formais Ligações Químicas 47 Cargas Formais Ligações Químicas 48 Cargas Formais Carga formal = (nº de elétrons de valência do átomo isolado) – (nº de ligações no átomo + nº de elétrons não-compartilhados) Ligações Químicas 49 Cargas Formais Ligações Químicas 50 2) Cargas Formais Ligações Covalentes 51 Forças de Ligação A energia necessária para quebrar uma ligação covalente é denominada, entalpia de dissociação de ligação, D. Isto é, para a molécula de H2, a D(H- H) é dada pelo ∆H para a reação: H2(g) → 2H(g) ∆H = 435 kJ/mol Precisaríamos de 435 kJ para quebrar a ligação de 1 mol de moléculas de H2 em 2 mols de átomos de hidrogênio. Quanto maior a energia de dissociação >>> mais forte é a ligação. Uma ligação múltipla é muito mais forte que uma ligação simples porque mais elétrons unem os átomos. Ligações Covalentes 52 Forças de Ligação A presença de pares isolados pode influenciar as energias de ligação. Os pares isolados repelem-se e se eles estão em átomos vizinhos, a repulsão pode enfraquecer a ligação. P.ex. A ligação F-F é mais fraca que a ligação H-H >>> a molécula de H2 não possui pares de elétrons isolados. As variações de energia de ligação correlacionam-se com as variações de raio atômico. Se os núcleos dos átomos ligados não podem se aproximar do par de elétrons que fica entre eles, a ligação dos dois átomos é fraca. Quanto maior o raio atômico >>> mais fraca é a ligação. Ligações Covalentes 53 Comprimento de Ligação É a distância entre os centros de dois átomos em ligação covalente e corresponde à distância internuclear no mínimo de energia potencial dos dois átomos. As ligações entre átomos pesados tendem a ser mais longas do que de átomos leves >>>> átomos pesados têm raios maiores. O comprimento de ligação aumenta para baixo em um grupo com o aumento do raio atômico. Ligações Covalentes 54 Comprimento de Ligação As ligações múltiplas são maiscurtas do que as simples. Os elétrons de ligações adicionais atraem os núcleos mais fortemente e os aproximam. Raio covalente: contribuição de cada átomo para o comprimento de uma ligação. O comprimento de ligação é aproximadamente a soma dos raios covalentes dos dois átomos envolvidos. Ligações Metálicas 55 Ligação metálica é a ligação entre metais. Formam as chamadas ligas metálicas; No estado sólido, os metais se agrupam de forma geometricamente ordenadas formando as células, ou grade ou retículo cristalino. Uma amostra de metal é constituída por um grande número de células unitárias formadas por cátions desse metal. Ligações Metálicas 56 Na ligação entre átomos de um elemento metálico ocorre a liberação parcial dos elétrons mais externos, com a consequente formação de cátions, que formam as células unitárias. Esses cátions têm suas cargas estabilizadas pelos elétrons que foram liberados e que ficam envolvendo a estrutura como uma nuvem eletrônica. São dotados de um certo movimento e, por isso, são chamados de elétrons livres. Essa movimentação dos elétrons livres explica porque os metais são bons condutores elétricos e térmicos. Ligações Metálicas 57 A consideração de que a corrente elétrica é um fluxo de elétrons levou a criação da Teoria da Nuvem eletrônica ou Teoria do “Mar” de elétrons. Pode-se dizer que o metal seria um aglomerado de átomos neutros e cátions, mergulhados numa nuvem ou “mar” de elétrons livres. Esta nuvem de elétrons funcionaria como a ligação metálica, que mantêm os átomos unidos. Ligações Metálicas 58 Os metais se caracterizam por possuírem propriedades tais como: Alta condutividade elétrica e térmica; Maleabilidade e ductilidade, que raramente são encontradas em sólidos iônicos ou covalentes. Ligações Metálicas 59 Os sólidos metálicos são altamente organizados, formando retículos cristalinos, sendo os vértices dos retículos ocupados por íons positivos. P. ex. no lítio metálico encontram-se os íons Li+. Os elétrons liberados pelos átomos para formar esses íons estão espalhados na forma de uma nuvem eletrônica ao longo de todo o cristal:
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