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Movimentos Educacionais Pós-Guerra no Brasil

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Aula 09 – Movimentos Educacionais a partir de 1950
Vamos conhecer um pouco da história da educação brasileira no período pós guerra. Entre os anos de 1945 e 1964, o nosso país vivenciou talvez pela primeira vez na sua história, um período de tentativa democrática, fenômeno que permitiu algum desenvolvimento dos movimentos populares e do surgimento de algumas campanhas de educação. Houve eleições diretas para praticamente todos os cargos elegíveis (de Vereador à Presidente da República) e as várias organizações representativas dos mais diferentes setores sociais puderam se manifestar, de algum modo.
Por meio da Constituição de 1946, houve uma tentativa de democratização e a educação aparece, então, como “um direito de todos”, princípio que fora omitido na Constituição de 1937. Vale destacar que não estávamos diante de uma democracia ampla, geral e irrestrita, havia ainda muito para caminharmos neste sentido. Em 1947, o Partido Comunista foi considerado “ilegal” e colocado na marginalidade.
Em 1961, foi lançada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Houve um grande movimento favorável à educação popular, à alfabetização de jovens e de adultos, ao ensino técnico-profissionalizante, que passou a ter equivalência ao curso secundário. Várias campanhas foram realizadas em prol da escola e do pessoal docente, sendo algumas em âmbito nacional.
CADES ( Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário
CAEC ( Campanha de Aperfeiçoamento e Expansão do Ensino Comercial
CEA ( Campanha de Erradicação do Analfabetismo
A Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, que estabeleceu as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) foi a primeira na História da Educação brasileira a abranger todos os níveis do ensino no país. É interessante observar que o projeto daquela Lei foi apresentado ao Congresso Nacional em 1947 e parece que tudo foi motivo de divergências: desde o significado do conceito de “diretrizes e bases” até as questões voltadas aos promotores do ensino: quem poderia? Quais instituições? Públicas, privadas, confessionais, leigas etc.
As lutas pelas escolas populares (públicas) não foram poucas. Grandes campanhas foram implantadas, estimuladas e colocadas em prática por diferentes setores da sociedade. Vários movimentos de apoio a educação de jovens e de adultos também foram levados adiante. Ao iniciar a década de 1950, surgiu no Recife (Pernambuco) o “Método Paulo Freire” que orientou a campanha “De pé no chão também se aprende a ler”. A ideia central do “Método” é a adequação do processo educativo às características do meio no qual está inserido.

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