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1. A proposta da Psicologia Social Comunitária atende à necessidade de uma “deselitização” da Psicologia. Explique como a proposta da Psicologia Social Comunitária lança outra perspectiva e outros horizontes sobre as formas de atuação da Psicologia (1,0). O contexto em que surge a proposta de uma nova maneira de se fazer Psicologia é turbulento e marcado historicamente por significativas mudanças. Os então vigentes modelos teóricos norte americanos de se fazer a psicologia não atendiam a demanda existente em nosso contexto, um Brasil que carecia de uma atenção voltada à população carente e que necessitava de seus direitos básicos atendidos. Desse modo, houve uma preocupação com a construção de um novo projeto para a psicologia que visava deselitizá-la e fazer dela uma verdadeira prática de transformação, assim utilizou-se de teorias e métodos da psicologia nos trabalhos feitos em comunidades de baixa renda buscando compreender as necessidades e carências vividas por determinadas comunidades como condição de sáude, educação e saneamento básico. Por meio das novas formas de atuação da Psicologia, abriu- se a possibilidade para que os grupos trabalhados pudessem assumir um papel de sujeitos de sua própria história, analisando sua situação mais conscientes da busca de seus direitos. Posto isso, entende-se que a Psicologia renova-se com um verdadeiro compromisso social para com aqueles que precisavam ser vistos e ouvidos, possibilitando um novo olhar acerca da prática do que é ser psicólogo. 2. Com base no texto de Pedrinho Guareschi, caracterize e diferencie as Relações Comunitárias das Relações de Dominação (1,0). As relações comunitárias constituem as relações igualitárias da comunidade, estas se dão entre pessoas que possuem iguais direitos e deveres e proporciona a todos vez e voz, onde estes são reconhecidos em sua singularidade e suas diferenças são respeitadas. Além disso, as relações comunitárias implicam uma dimensão afetiva e participação profunda dos membros no grupo, onde são colocadas em comum relações primárias, como o próprio ser, a própria vida, o conhecimento mútuo e a amizade. Diferentemente, nas relações de dominação, existe uma ”relação” entre pessoas, entre grupos, ou entre pessoas e grupos, através da qual uma das partes expropria, rouba, se apodera da capacidade de outros. É uma relação assimétrica e injusta, onde alega-se de que se o outro possui determinadas qualidades ou características que o “dominador” as ache inferior, este se apropria de seus poderes (capacidades) e passa a tratá-lo de maneira desigual. Pode existir uma dimensão afetiva mas não necessariamente de amizade, mas sim de poder sobre o outro.
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