Buscar

A importância da notificação compulsória diante da violencia contra a mulher Vilma.docx

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
 CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO
PPGSSDR
Vilma Pereira da Silva
A importância da notificação compulsória diante da violencia contra a mulher, uma tecnologia em favor da saúde: nas instituições públicas e privadas
 
LINHA DE PESQUISA:Serviço Social, Políticas Públicas e Formação Profissional
Niterói
2016
RESUMO
 O Presente estudo pretende apresentar instrumentos de intervenção quanto á violência de gênero, propondo á divulgação dos meios de intervenção para solução do problema que afeta um numero crescente de mulheres, por conta da violência doméstica. Para tanto traz para a investigação mecanismo pelo uso da Tecnologia da Saúde, respaldado pela dimensão técnico-operativa do serviço social, para construção de mecanismos de superação das desigualdades de gênero, ocasionado quela questão social.
1 INTRODUÇÃO
 O objetivo do trabalho é apresentar o Projeto de Pesquisa cuja proposta propõe mensurar e avaliar os impactos na saúde da mulher oriundo da violência de gênero, primordialmente violência doméstica. Para tanto seguindo os princípios da política Nacional de Saúde e da Política Nacional de Ciência,Tecnologia e Inovação em Saúde, no quue se refere ao aprimoramento da capacidade regulatória do Estado na saúde; se vislumbrou a possibilidade de apresentar a essência do fenômeno social, na perspctiva crítico-dialética da realidade social em que se estabelece as relações de gênero; na qual a mulher tem sido alvo de violência principalmente no âmbito doméstico. Neste sentido, após a Segunda Guerra Mundial a saúde dos indivíduos e das populações passou a ser considerada um direito a ser preservado e a partir da elaboração da Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde, através da portaria no. 2.510/GM de 19 de dezembro de 2005 se estabeleceu através de debates em diversos fóruns; a possibilidade de implementação da Avaliaçõ de tecnologias em Saúde (ATS) que nada mais é do que uma tecnologia que visa medir os gastos públlicos em saúde, avaliar as mudanças no perfil epidemiológio das populações ocorridas nas duas últimas décadas, o que tem levado a necessidades diversificdas de atenção. A partir do cenário contínuo dos gastos em saúde no cenário nacional, a Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde, passa a considerar, a partir do início da década de 90, a produção e o uso de evidências científicas nas poíticas de regulação e nos padrões de incorporação e de utilização de tecnologias.
 Este cenário histórico é motivado plo deenvolvimento 
O objetivo do trabalho é apresentar através do Projeto de Pesquisa instrumentos que possibilitem mensurar e avaliar os impactos na saúde da mulher, neste caso em particular da violência doméstica por meio de um processo contínuo de análise e síntese dos benefícios que a tecnologia pode oferecer a saúde avaliando as consequências econômicas e sociais do emprego das tecnologias, considerando alguns aspecyos como: segurança, custos, eficácia, efetividade, impactos éticos, culturais e ambientais envolvidos na sua utilização. Porém com a evolução da tecnologia de informação e mais particularmente da gestão de tecnologia na saúde propõe a utilização das evidências científicas e considerar os atributos, de acordo com Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde (2010). Quanto as infomações sobre a violência de gênero com ênfase na saúde da mulher ser ainda o desdobramento da reprodução da questão social, ainda não se consegue catalogar ficando restrito aos Boletins Ocorrências quando a vítima consegue ser encaminhada ou deseja fazer o registro. Por outro lado as instituições de saúde não mantém obrigatóriamente o Registro de Notificação Compulsória,por ainda se encontrar em fase de implantação no país e portanto não há interesse em gilizar tal processo; ficando difícil para a maioria dos municípios implementar Políticas Públicas de Saúde para a mulher baseada nessas notificações e por conseguinte, não se consegue mensurar quantitativamente o numero de mulheres que sofrem violência de gêneros que em decorrência desta violência contrai uma série de doenças.A grandiosidade da violência de gênero ainda não se consegue dimensionar, devido as poucas pesquisas neste campo. Porém com a evolução da tecnologia de informação e mais particularmente da gestão de tecnologia na saúde propõe a utilização das evidências científicas e considerar os atributos, de acordo com Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde (2010). Apartir da apresentação da realidade sobre a violência doméstica de mulheres, a Política Nacional de Assistência Social (PNAS,2004) aponta Niterói como cidade de grande porte e São Gonçalo como cidade metrópole, sendo assim territórios que necessitam de maior atenção do Estado na efetivação de políticas públicas, tornando-se relevante não apenas analisar a notificação compulsória em ambos os municípios, mas também compreender como as mulheres vítimas de violência doméstica são revitimizadas ao serem constrangidas a se deslocarem de seus municípios de origem na busca de atendimento especializados não disponibilizados em seu território. 
Após a Segunda Guerra Mundial, o acentuado desenvolvimento científico e tecnológico contribuiu para que o complexo econômico da saúde se constituísse como um dos setores de maior desenvolvimento, ao mesmo tempo, a saúde dos indivíduos e das populações passou a ser considerada um direito a ser preservado, contribuindo para a expansão dos sistemas de saúde e da medicalização das sociedades. 
Nas últimas décadas, em vários países, em menor ou maior grau, os sistemas de saúde, ainda que inseridos em economias de mercado, foram fortemente influenciados por políticas públicas com perspectivas diversas, bem como pelo fortalecimento do papel de seus profissionais e usuários que, juntos, exercem uma forte pressão pela incorporação de novas tecnologias. O crescimento contínuo dos gastos em saúde, a produção cada vez maior de novas tecnologias e as mudanças no perfil epidemiológico das populações ocorridas nas duas últimas décadas, tem levado a necessidades diversificadas de atenção. Dessa forma, se faz social e politicamente necessário desenvolver mecanismos de articulação entre os setores envolvidos na produção, incorporação e na utilização de tecnologias passaram a considerar, a partir do início da década de 90, a produção e o uso de evidências científicas nas políticas de regulação e nos padrões de incorporação e de utilização de tecnologias. 
As discussões atuais sobre o impacto destas políticas consideram que o conhecimento em saúde se articula numa perspectiva populacional e social, superando os limites da prática clínica individual. De forma sistemática e passível de ser compartilhado, o estudo das diferentes tecnologias, de suas consequências biomédicas e de seu custo social contribui para a melhor compreensão dos problemas identificados nos serviços de saúde, constituindo-se em importante ferramenta para a formulação de ações que possam interferir no sistema. Isto é, considera-se que o maior acesso d. No contexto da Portaria Nº 2.510/GM de 19 de dezembro de 2005, considera-se tecnologias em saúde: medicamentos, materiais, equipamentos e procedimentos, sistemas organizacionais, educacionais, de informações e de suporte, e programas e protocolos assistenciais, por meio dos quais a atenção e os cuidados com a saúde são prestados à população. 
Considerando estes aspectos, a Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde terá o propósito de garantir que tecnologias seguras e eficazes sejam usadas apropriadamente. Ou seja, não é suficiente saber que o uso de uma tecnologia traz benefício, é necessário também planejar e assegurar que os recursos financeiros destinados à saúde pública sejam utilizados sem prejuízo da eqüidade e dos princípios de universalidade e integralidade do SUS. 
Neste sentido,esta Política orientará os diferentes atores do sistema de saúde na decisão sobre as atividades relacionadas à avaliação, incorporação, utilização, difusão e retirada de tecnologias no sistema de saúde
UM DOS OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA POLÍTICA É Promover o uso do conhecimento técnico-científico atualizado no processo de gestão de tecnologias em saúde.
Promover o uso do conhecimento técnico-científico atualizado no processo de gestão de tecnologias em saúde. 
• Sensibilizar os profissionais de saúde e a sociedade em geral para a importância das consequências econômicas e sociais do uso inapropriado de tecnologias nos sistemas e serviços de saúde. 
• Fortalecer o uso de critérios e processos explícitos na priorização da incorporação de tecnologias, considerando aspectos de efetividade, necessidade, segurança, eficiência e equidade.
OS PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM POLÍTICA
A gestão de tecnologias deve utilizar as evidências científicas e considerar os seguintes atributos: segurança, eficácia, efetividade, eficiência e impactos econômicos, éticos, sociais e ambientais da tecnologia em questão. 
• A produção e a difusão de informações relativas à avaliação de tecnologias deverão levar em conta o tipo de análise, o público-alvo, a linguagem adequada, o tempo disponível e a transparência, além de explicitar os eventuais conflitos de interesse. 
• Os processos de avaliação promovidos e as decisões de incorporação tomadas pelos gestores de saúde devem ocorrer de modo crítico, permanente e independente. 
• O processo de incorporação de tecnologias no sistema deve envolver diferentes atores da sociedade, adotar o Princípio da Precaução e considerar a universalidade do acesso, a eqüidade e a sustentabilidade das tecnologias. 
• O conhecimento sobre as tecnologias efetivas e seguras na atenção à saúde deve ser disseminado de forma transparente e contínua aos profissionais de saúde e à população. 
O processo de incorporação de tecnologias no sistema deve incluir atores representativos dos interesses da sociedade. 
DIRETRIZES
4.1 Utilização de evidências científicas para subsidiar a gestão: por meio da Avaliação de Tecnologias em Saúde 
O objetivo é subsidiar as instâncias decisórias quanto à incorporação e monitoramento da utilização de tecnologis tecnologias no sistema de saúde, além de orientar os profissionais de saúde e usuários em relação à segurança, aos benefícios e aos custos. 
A AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIS NA SAÚDE- (ATR) 
Para implementar a ATS no sistema de saúde, serão necessárias as seguintes ações: 
• Elaboração de diretrizes metodológicas para estudos de avaliação de tecnologias, considerando as suas especificidades e seu estágio de desenvolvimento. 
• Levantamento das avaliações de tecnologias já elaboradas ou atualmente em curso no sistema de saúde, evitando duplicidade de esforços. A decisão de incorporar uma nova tecnologia deverá considerar a comparação entre a tecnologia objeto de análise e aquelas já incorporadas, no que diz respeito à evidência de benefícios, aos custos para o sistema, à população alvo, às necessidades de infraestrutura na rede de serviços de saúde e os fatores de promoção da equidade
Garantia de acesso do usuário às informações necessárias ao uso seguro e apropriado da tecnologia incorporada. 
• Desenvolvimento de mapas regionais dos recursos tecnológicos existentes em saúde, como base para a elaboração de critérios que referenciem a inclusão destas tecnologias de forma a reduzir pressões para incorporações desnecessárias. 
• Promoção de planejamento territorial de incorporação de tecnologias em consonância com os pressupostos e planos de regionalização previstos no Pacto pela Saúde. 
• Monitoramento PAGIN 20
2 JUSTIFICATIVA 
 Neste sentido o Projeto de Pesquisa tem como proposta a fundamentação teórica de alguns autores e instituição para o trabalho que é de importância para todos os seguimentos da sociedade, sendo pioneiro á forma de abordagem para resolução do problema e apropria da orientação da Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde (2010) para a execução do trabalho e criação de instrumentos que possa garantir o acesso do usuário (a) às infomações necessarias ao uso seguro e apropriado de incorporação de uma nova tecnologia de ciencia na saúde de forma a reduzir impactos na saúde da mulher, através desta ferramenta que se dá através da pesquisa em saúde dos determinantes sociais. Vem desta forma através da dimensão técnico-operativa da prática profissional do serviço social, que envolve um conjunto de estratégias como; existência de objetivos;busca pela efetivação desses objetivos; existência de condições objetivas e subjetivas para a efetivação da finalidade, que requer conhecer os sujeitos da intervenção.Por outro lado as ferramentas de Tecnologia em Saúde permite mensurar e avaliar os impactos na saúde, neste caso em particular da violência à mulher por meio de um processo contínuo de análise e síntese dos benefícios para a saúde avaliando as consequencias econômicas e sociais do emprego das tecnologias,considerando alguns aspectos como: segurança, custos,eficácia,efetividade, impactos éticos,culturais e ambientais envolvidos na sua utilização.Seguindo as diretrizes Política de Tecnologias em Saúde, uma ferramenta de pesquisa simples e eficaz a ser empreendida como proposta para divulgação da ciência preventiva da saúde como conhecimento, disponibilizado através da tecnologia de informação sobre a saúde da mulher; promovendoo diálogo através de informativos, distribuídos junto ao segmento feminino nos diversos setores da sociedade, como Escolas, Hospitais, Unidades de Saúde, Centros de Referencia de Assistencia Social-CRAS e Centro de Referencia Especializado de Assistencia Social-CREAS, Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher,Coordenadoria dos Direitos da Mulher-DEAM, Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e outras instâncias de direito e proteção à mulher.Promover a distribuição deste material informativo nos Centros Culturais, 
Universidades, Escolas Públicas e Privadas,Cinemas,Teatros,Bibloitecas,Museus,Estações deTrens,Metrô,Aeroporto, Portos a fim de promover a educação na saúde e dos atores envolvidos,principalmente a mulher; trazendo como proposta reivindicar o direito de registro da ocorrência, no momento do atendimento nas unidades de saúde.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
 A reprodução da violência de gênero no mundo contemporâneo tem seu nascedouro no século XVIII quando surge os primeiros debates que inauguram a temática da desigualdade entre homens e mulheres, no contexto de desenvolvimento da primeira Revolução Industrial. Foi no cenário de desenvolvimento das relações estritamente capitalistas do ponto de vista da produção de mercadorias, a saber: a separação entre a classe dos detentores dos meios de produção e dos vendedores da força de trabalho, que nasce também os primeiros debates sobre o papel da mulher na sociedade de classes e a desigualdade entre os gêneros. Nesse contexto surge a preocupação em criar mecanismos para iniciar um movimento de sensibilização dos atores envolvidos na questão da violência de gênero, em especial á mulher, para difusão do conhecimento da própria defesa e acesso de direitos e de acordo com CASTELO (2012); Marx ( 1859-1982,p.25): 
Resume o materialismo histórico na produção social da própria vida, os homens contraem relações determinadas, necessárias e independentes de sua vontade, relações de produção estas que correspondem a uma etapa determinada de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. A totalidade dessas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual levanta uma superestrutura jurídica e política, e à qual correspondem formas sociais determinadas da consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo em geral de vida social, político e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina sua consciência.
Foino final do século XVIII que os primeiros debates inauguraram temática da desigualdade entre homens e mulheres, no contexto de desenvolvimento da primeira Revolução Industrial; no cenário de desenvolvimento das relações estritamente capitalistas do ponto de vista da produção de mercadorias, a saber: a separação entre a classe dos detentores dos meios de produção e dos vendedores da força de trabalho, que nasce também os primeiros debates sobre o papel da mulher na sociedade de classes e a desigualdade entre os gêneros. É através da abordagem de BOSCHETTI, et al (2006) sobre a contribuição da tradição Marxista para a discussão da política social, e indicam elementos essenciais para explicar o surgimento e desenvolvimento das políticas sociais, apontando para a importancia de se abordar sob este enfoque, a natureza do capitalismo, o papel do Estado e o papel das classes sociais. Neste sentido para Marx, a sociedade capitalista, na medida do seu avanço, tenderia a “proletarizar” os indivíduos que ainda estavam a margem do processo produtivo, como as donas de casa.
 A partir da revolução industrial a mulher passou a ter um papel secundário e submisso nas relações de produção. De acordo com CASTELO (2012) Marx sempre criticou o método dos economistas burguesaes, clássicos ou vulgares, que naturalizava as relações sociais de produção. Essa naturalização atingiu a todos, mas principalmente a força produtiva da mulher que sempre esteve exposta a precarização do trabalho, refletindo no ambiente doméstico até os nossos dias. Ao adentrar o século XX nos deparamos com um dos cenários mais preocupantes na saúde pública e relação com o aumento de óbitos feminino, sendo a violência a segunda causa de mortalidade no país, provocando forte impacto na morbidade da população. As consequências não fatais da violência causada na mulher sendo um dos índices que tem provocado o surgimento de doenças graves, somatizados no corpo físico e também no psicológico. Os hospitais de emergencia não conseguem dar vazão aos atendimentos, o que representa custos considerável e uma demanda para o setor de saúde, reproduzindo as desigualdades sociais de gênero. Segundo BOSCHETTI et tal (2006) argumentam que desde a terceira década do século XX que o Liberalismo demonstra negação em relação a Questão Social, apresentando respostas repressivas as relações sociais. Em relação ao Brasil, as autoras imergem em seu contexto histórico, perpassando por suas características de escravismo, colonialismo e imperialismo a rebater nas relações de gênero. De acordo com FREIRE e PASSOS (2015),torna-se, fundamental a reflexão sobre o atendimento especializado à mulher vítima de violência doméstica ou violência sexual; identificando os limites existentes nos territórios e a sinalização das novas opressões instaladas nessa rede que deveria viabilizar e garantir direitos, mas perpetua a negligência em razão da falta de investimento por parte do Estado nesses mecanismos.
 Dados sobre a Violência Contra a Mulher no Estado do Rio de Janeiro em 2013, apontavam: Homicídio Doloso Total de vítimas 4.745; 356 de vítimas mulheres - % de mulheres vitimas 7,5% ; Tentativa de Homicídio-total de vítimas 4.948; 725 vítimas mulheres; % de vítimas mulheres 14,6%; Lesão Corporal Dolosa Total de vítimas 88.621;vitimas mulheres 56.377 – % de vítimas mulheres 63,6% e Violência Sexual Estupro – Total de vítimas 5.885 4.871; % de vitimas mulheres 82,8%; Tentativa de Estupro 616 – Total de vítimas mulheres 556; % de vítimas mulheres 90,3%.(DOSSIÊ MULHER 2014). Das formas de violência, a que tem maior percentual de mulheres vítimas é a violência sexual. Os delitos relacionados a essa esfera da vitimização são o estupro e a tentativa de estupro, que em 2013 registraram juntos 6.501 vítimas, entre homens e mulheres. Foram 4.871 mulheres vítimas de estupro (82,8%) e 556 mulheres vítimas de tentativa de estupro (90,3%). Para uma reflexão mais profunda sobre o assunto de acordo com Passos e Freire (2015), a notificação da violência doméstica,sexual e/ou outras violências foi implantada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde em 2009, devendo ser realizada de forma universal, contínua e compulsória em situações de violência. No entanto o que veriicamos é que não há por parte das instituições de saúde o registro da Notificação Compulsória no momento em que a vítima dá entrada no hospital para atendimento, ficando para um segundo momento ser realizado pelas vítima, que quase nunca o fazem devido as circunstancias pós-traumaticas após o atendimento, quando não ocorre o óbito.
 Considerando o número de mulheres vitimada pela violência e em grande parte contraindo doenças fruto desta mesma volencia como é o caso de mulheres com câncer no seio. No Brasil, as taxas de mortalidde por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidencia cresce rápida e progressivamente. Para Marques et al (2014) apesatr das evidências de que a violência pode atuar como fator contribuinte para o adoecer e a violência perpetrada por parceiro ser tema de diversos estudos, pouco se tem publicado sobre a relação entre violência e neoplasia maligna da mama. No entanto, admite-se que a violencia perpetrada por parceiro é pelo menos tão prevalente quanto o câncer de mama. Nas últimas décadas do seculo XX a questão da violência de gênero alcançou notoriedade e ocorre então a introdução na discussão da saúde, sensibilizando a sociedade em geral e as mulheres para a consciência de gênero, pressionando o Estado para uma tomada de decisão e direção a saúde da mulher e a prevenção para um diagnóstico seguro. No entanto tem sido uma batalha contra o tempo, trabalhar com questões subjetivas intrínsecas na mulher, pois em decorências de ações mais contundentes, muitas mulheres tem perdido a vida. 
3 MÉTODO
 O método a ser empregado para realização do trabalho será de coleta de dados bibliográficos sobre o universo estudado conciliando com a pesquisa de opinião a refletir na utilização de instrumentos técnicos operativos que faz parte da dimensão profissional do assistente social, formulando o material de consulta através de uma pesquisa exploratória que serão testadas no desenvolvimento do trabalho, junto ao público alvo, através de fontes investigáveis na formulação do trabalho.
4 CRONOGRAMA
 
 Quadro 1- CALENDÁRIO ANO 2016-2018
_____________________________________________________________
1-Revisão Bibliográfica – JAN-FEV-MAR-ABR-MAI-JUN-JUL-AGO-SET-OUT-NOV-DEZ
_____________________________________________________________________________
2- Discussão Teórica em função da determinação dos objetivos
Janeiro – Fevereiro
_____________________________________________________________________________
3- Localização e identificação das fontes de obtenção dos dados ou documentos
 Março – Abril
_____________________________________________________________________________
4- Determinação de categorias para tratamento dos dados documentais
Junho- 
____________________________________________________________________________
5- Confecção de material para utilização dos dados no campo de pesquisa
Julho
____________________________________________________________________________
6- Análise e interpretação
Agosto
____________________________________________________________________________
7- Redação da Monografia
Setembro
___________________________________________________________________________
8- Revisão da Redação
Outubro
___________________________________________________________________________
9- Divulgação dos resultados ou Defesa Pública
Novembro-Dezembro
___________________________________________________________________________
Fonte: Vilma Pereira da Silva- Assistente Social
REFERENCIAS:
BOSCHETTI,Ivanete;BEHRING, Elaine Rossetti; Política Social:fundamentos e história. São Paulo: Cortez,2006.
BRASIL.Ministério da Saúde. Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde, Série B. Textos Básicos em Saúde. Brasília-DF,2010.
CASTELO,Rodrigo. O novo-desenvolvimentismo e a decadência do pensamento econômico Brasil.In:Revista Serviço Socia e Sociedade, no.112,Cortez; São Paulo,2012,PP613 a 636.1
DOSSIÊ MULHER 2014. Instituto de Segurança Pública; Organizadores: Paulo Augusto Souza Teixeira e Andréia Soares Pinto. – Rio de Janeiro: Riosegurança, 2014.
FREIRE,C.F.M.;PASSOS,G.R.; Políticas Públicas,Gênero e Violência; Contribuições para o Serviço Social. Editora Papel Social,2015,p.61-67.
MARQUES,Q.C.;SORIANO,P.E.;CARVALHO,D.V.M.;JUNIOR,C.M.A.;TAVARES,N.;BATISTA,M,M.; Câncer de Mama e Violência Conjugal Perpetrada por Parceiro.Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE); (UPE) 2014.
OKABE,I.; FONSECA,S.G.M.R.; VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: contribuições e limitações do sistema de informação. Revista da escola de Enfermagem da USP, 2009.
MINISTÉRIO DA SAÚDE- Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde (2010). Série B. Textos Básicos em Saúde.

Continue navegando