Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APOSTILA DE SERVIÇO SOCIAL PARA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL ✔420 QUESTÕES GABARITADAS ✔Bancas: VUNESP CESPE/UNB, UFRJ, COMPERVE 1 EDIÇÃO 2017 1° Simulado Preparatório Para Residência Multiprofissional em Saúde As 50 questões a seguir foram retiradas da prova realizada em 2016 para Residência Multiprofissional em Saúde, realizado pela VUNESP. 1. A necessidade de aumento de recursos para o SUS tem mobilizado vários segmentos sociais. Segundo a Constituição Federal de 1988, o SUS deve ser financiado com recursos (A) do orçamento da União, dos Estados e dos Municípios e do imposto sobre movimentação financeira. (B) do orçamento da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de parte do imposto por circulação de mercadorias. (C) federais e estaduais, sendo que os municípios podem contribuir facultativamente, de acordo com as suas dimensões. (D) do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (E) do orçamento da seguridade social e de, pelo menos, cinco décimos por cento da receita tributária líquida dos Estados e do Distrito Federal. 2. No Brasil, as doenças crônicas representam 66,3% da carga global de doenças no país medidas em anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (AVAIs); as causas externas representam 10,2%; as condições maternas e perinatais, 8,8%; e as doenças infecciosas, parasitárias e desnutrição, 14,7%. (SCHRAMM, J. M. A. et al. Transição epidemiológica e o estudo da carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. Adaptado) Considerando as informações dadas, assinale a alternativa correta. (A) A preocupação outrora existente com doenças relacionadas a gravidez, condições maternas e perinatais não deve fazer mais parte das prioridades das políticas de saúde no Brasil. (B) A política de saúde brasileira deve dar especial atenção à alimentação adequada e a fatores de risco, como tabagismo, sobrepeso, sedentarismo, uso excessivo de álcool e outras drogas. (C) A carga por doenças infecciosas, parasitárias e desnutrição é preocupante e determinada por condições agudas de adoecimento. (D) Temos uma situação epidemiológica típica de um país economicamente desenvolvido, que não corresponde às condições reais de vida da população. (E) As ações de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar devem ser prioridades de gestores do SUS. 2 3. Assinale a alternativa correta sobre a atenção básica do SUS. (A) O consultório de rua faz parte da rede de atenção básica e tem como público-alvo a população de rua, em sua maioria constituída por refugiados de países em conflitos de diversas naturezas. (B) A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e no coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico e o tratamento, ficando a reabilitação para a atenção secundária. (C) A estratégia de saúde da família prevê o cuidado primário centrado em uma equipe multiprofissional, trabalhando de forma interdisciplinar e por meio de um conjunto ampliado de encontros clínicos, que envolvem consultas individuais e atividades em grupo. (D) Um dos problemas mais importantes da estratégia de saúde da família é a ausência de um médico psiquiatra na equipe, o que diminui a resolutividade da atenção primária à saúde. (E) Uma das características do processo de trabalho na atenção básica consiste no acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de necessidade de saúde e análise de vulnerabilidade, ações exclusivas do médico. 4. Em um município, observa-se o aumento da prevalência de uma determinada doença, mas sua incidência tem uma tendência à queda. Assinale a alternativa que apresenta a hipótese adequada para essa situação. (A) A prevenção da doença não tem tido resultados positivos. (B) Há um aprimoramento no sistema de notificação da doença. (C) Essa doença apresenta cura. (D) Essa doença tem alta taxa de letalidade. (E) Essa doença tem tendência à cronificação. 5. Assinale a alternativa que contém agravo de notificação compulsória imediata. (A) Acidente de trabalho grave, fatal ou ocorrido em menor de idade. (B) Hepatite por vírus. (C) Tuberculose. (D) Leishmaniose visceral. (E) Hanseníase. 6. Os transtornos mentais representam demanda mundial, e não é diferente no Brasil. A Rede de Atenção Psicossocial tem como finalidade a criação, a ampliação e a articulação de pontos 3 de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do SUS. Dentre suas diretrizes, estão (A) a oferta de serviços hospitalares especializados, o combate a estigmas e preconceitos e a atenção humanizada, que propiciem ao paciente possibilidades de reinserção social adequada. (B) a diversificação das estratégias de cuidado e o desenvolvimento de atividades no território que favoreçam a inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania. (C) a estratégia de redução de danos, a promoção de estratégias de educação permanente e a ênfase em serviços centralizados em grandes capitais, locais onde a demanda é maior. (D) o desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tendo como eixo os projetos terapêuticos padronizados internacionalmente. (E) a atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas, o respeito aos direitos humanos e a oferta de cuidado integral e assistência multiprofissional com ênfase na ação do médico psiquiatra. 7. A vacina inativada poliomielite (VIP) faz parte do calendário de vacinação no Brasil, com previsão de duas doses, seguidas de duas doses de vacina oral poliomielite (VOP). As doses da VIP visam (A) suprir a ineficiência da VOP. (B) propiciar a vacina a crianças alérgicas à estreptomicina. (C) minimizar o risco, raríssimo, de paralisia associada à vacina. (D) garantir o sucesso da imunização à criança que é amamentada com leite materno. (E) imunizar as crianças menores de 2 meses. 8. A vacina contra o papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante), adotada pelo Ministério da Saúde, (A) é destinada à utilização preventiva e tem efeito demonstrado sobre infecções preexistentes. (B) tem maior evidência de proteção e indicação para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus. (C) tem efeito terapêutico, ainda que reduzido, sobre o câncer do colo do útero e sobre as lesões displásicas cervicais. (D) deve ser ministrada a todas as meninas a partir dos 16 anos de idade. (E) após as 3 doses previstas, deve ter reforço a cada dez anos. 4 9. A maior mortalidade da população masculina em relação à feminina pode ser observada desde o instante do nascimento. A probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino não completar o primeiro ano de vida é de 16,3 para cada mil nascidos vivos. Para o sexo feminino, este valor é de 13,7 por mil, uma diferença de 2,6 óbitos. Assim, a mortalidade infantil para os meninos é 1,2 vez maior do que para as meninas. Entre 1 e 2 anos de idade, este valor passa para 1,3 vez, mantendo-se neste nível até os 9 anos. A partir desta idade, cresce até atingir o valor máximo entre os 22 e 23 anos: um homem de 22 anos tem 4,6 vezes mais chances de não atingir os 23 anos de idade do que uma mulher, e, a seguir, decresce conforme a idade aumenta. (Portal Brasil. www.brasil.gov.br/economia-e-emprego / 2014/12/expectativa-de-vida-dos-brasileiros-sobe -para-74-9-anos-de-acordo-com-ibge. Adaptado) Tais dados têm amparado a forte correlação estabelecida entre a mortalidade de pessoas do sexo masculino e do feminino que se deve a (A) determinantes biológicos. (B) condições familiares.(C) doenças infecciosas. (D) mudanças genéticas. (E) determinantes sociais. 10. Leia o texto a seguir. As redes de atenção à saúde são organizações poliárquicas de conjuntos de serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma ação cooperativa e interdependente, que permitem ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população, coordenada pela atenção primária à saúde – prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo, com a qualidade certa e de forma humanizada –, e com responsabilidades sanitá- rias e econômicas por esta população. (Mendes, EV. As redes de atenção à saúde. Ciência & Saúde Coletiva.) A respeito das redes de atenção à saúde (RAS), pode-se afirmar que (A) se trata de um conjunto de respostas à falta de integração das estruturas dos serviços e das ações de saúde nos diferentes níveis de atenção e, em particular, das unidades de urgência e emergência, que, tradicionalmente, são isoladas do restante do sistema. (B) um de seus elementos é o sistema de apoio, que são os lugares institucionais onde se prestam serviços comuns a todos os pontos de atenção à saúde, nos campos do apoio diagnóstico e terapêutico, delegando-se a assistência farmacêutica ao setor privado. (C) a população sob sua responsabilidade vive em territórios singulares, organiza-se socialmente em 5 família, é cadastrada e registrada em subpopulações por riscos sociossanitários. (D) um de seus princípios é a existência de relações de principalidade e subordinação entre os níveis de atenção à saúde, já que, sem uma estrutura hierárquica, dificilmente se atinge um objetivo comum. (E) são uma resposta às necessidades da população para o manejo das condições agudas e eventos decorrentes de condições crônicas agudizadas, particularmente para agravos do sistema musculoesquelético e transtornos psíquicos. 11. O positivismo preconiza a síntese de todo conhecimento empírico, organizado em um sistema de progresso harmonioso, devendo ocupar-se com a investigação dos fatos e com o conhecimento utilizável. Nessa perspectiva, as concepções de homem e sociedade eliminavam, no contexto da formação e do exercício profissional do assistente social, a compreensão sobre a dimensão eticopolítica da prática profissional em nome de uma (A) percepção do trabalho alienado. (B) legitimidade dialética. (C) neutralidade axiológica. (D) compreensão ontológica do ser. (E) plenitude teórica. 12. Ao apreenderem as mediações entre a esfera do cotidiano e as demais esferas do ser social, sobretudo a econômica e a política, os assistentes sociais desmistificam o caráter de apostolado da profissão e a sua funcionalidade à ordem burguesa no controle sociocultural, econômico e ideológico da classe trabalhadora. Esta afirmação expressa a ruptura do Serviço Social com a vertente (A) fenomenológica. (B) positivista. (C) socialista. (D) marxista. (E) althusseriana. 13. O processo de reprodução da totalidade das relações sociais é complexo, contém as possibilidades do novo, do diverso, do contraditório, da mudança. Trata-se de uma totalidade em permanente reelaboração, na qual o mesmo movimento que cria as condições para reprodução da sociedade de classes cria e recria os conflitos resultantes dessa relação e as 6 possibilidades de sua superação. Essa afirmativa expressa o pensamento da linha (A) marxista. (B) contemporânea. (C) humanista. (D) solidária. (E) comtiana. 14. A lição fundamental da fenomenologia é a de que uma grande construção teórica inicia-se pela identificação e descrição de uma experiência exemplar. Nesse sentido, vale destacar a importância do olhar no estabelecimento das relações intersubjetivas. Qual o desempenho do olhar, na estruturação do sujeito, como entidade eternamente suposta, qualquer que seja a nossa veleidade teórica nesse campo? Do ponto de vista da experiência do olhar, o estatuto da intersubjetividade nos remete ao da (A) concretude. (B) diversidade. (C) realidade. (D) subjetividade. (E) coerência. 15. O exercício profissional do assistente social não se insere, de modo imediato, no processo de produção de produtos e de valor, ou seja, no processo de valorização do capital. A profissão institucionaliza-se no âmbito da divisão capitalista do trabalho, como partícipe da implementação de políticas sociais específicas, representativas do empenho para legitimação do poder de grupos e frações das classes dominantes que controlam ou têm acesso (A) às configurações institucionais. (B) ao aparato estatal. (C) às condicionalidades parciais. (D) às diretrizes legitimadas. (E) ao espaço produtivo. 16. A práxis é construída na processualidade do cotidiano, no ato de satisfação das necessidades humanas. A prática profissional crítica, que busca a coincidência do ato de mudar as circunstâncias com a atividade humana de maneira reacional, é construída cotidianamente, processualmente. É na esfera do cotidiano do ser social que a prática 7 profissional crítica deve provar o caráter terreno dos compromissos que a filiam à perspectiva (A) de emancipação humana. (B) da consolidação da democracia. (C) da totalidade universal. (D) da permanência de acessos. (E) da subordinação à igualdade. 17. As sequelas da questão social foram recortadas e apreendidas como problemáticas particulares pelo pensamento e pela ideologia burguesa, aparecendo como problemas sociais, e as respostas a elas também foram fragmentadas. Com essa conversão, os problemas sociais transfiguram-se em problemas pessoais. A dinâmica e a lógica operada remetem à relação entre o (A) uno e o divisível. (B) singular e o plural. (C) específico e o geral. (D) múltiplo e o total. (E) público e o privado. 18. Estudar o Estado é desvelar uma arena tensa e contraditória na qual interesses e objetivos diversos estão em permanente confronto. No contexto capitalista, fazem parte dessa arena tanto os interesses dos representantes do capital, quanto dos trabalhadores. Nesse sentido, o Estado representa mais do que um conjunto de instituições com autoridade para tomar decisões e exercer poder coercitivo, pois revela também uma relação de (A) dependência. (B) oposição. (C) dominação. (D) solidariedade. (E) superação. 19. Uma classe social é constituída pela população cuja condição social corresponde a um determinado lugar e papel no processo produtivo, caracterizando uma unidade de interesses comuns em oposição aos de outras. A classe social é também aquela que, consciente de seus interesses, se organiza para a luta na defesa destes. Classe, consciência e lutas são três dimensões de um mesmo processo. Nessa perspectiva, é correto afirmar que, no 8 desenvolvimento das classes sociais, a condição social e a organização para a luta representam uma relação (A) utópica. (B) funcional. (C) virtual. (D) dialética. (E) estrutural. 20. A Política Social Pública permite aos cidadãos acessar recursos, bens e serviços sociais necessários, sob múltiplos aspectos e dimensões da vida: social, econômico, cultural, político, ambiental, entre outros. É nesse sentido que as políticas públicas devem estar voltadas para a realização de direitos, necessidades e potencialidades dos cidadãos de um Estado. A abordagem das políticas sociais sob a ótica da cidadania deve ter como referência a construção de padrões de igualdade nos quais os direitos constituem a medida da política. Nesse sentido, combater a pobreza e a desigualdade fora da referência a direitos é abrir espaço para (A) alternativas de avanços sociais. (B) manifestações e revoltas populares. (C) medidas de gestão da pobreza. (D) antecipação das conquistas sociopolíticas. (E) fortalecimento do domínioe da opressão. 21. Neste início de milênio, no âmbito da Política Social brasileira, cabe especial destaque para os programas de Transferência de Renda, concebidos como um repasse monetário direto a indivíduos ou a famílias. Dois pressupostos são orientadores desses programas: um refere-se à transferência monetária para famílias pobres, que possibilita tirarem seus filhos da rua e de trabalhos precoces e penosos, enviando-os à escola; o outro, à articulação de uma transferência monetária com políticas e programas estruturantes, no campo da educação, da saúde e do trabalho, direcionados a famílias pobres. Tais programas poderão representar uma política de (A) responsabilização paulatina das famílias nos cuidados com seus membros. (B) substituição dos inúmeros programas sociais das instâncias governamentais. (C) garantia de funcionamento das políticas setoriais parceiras. (D) economia, na medida em o Estado reduz investimentos em assistencialismo. 9 (E) enfrentamento à pobreza e às desigualdades sociais e econômicas no País. 22. O Estatuto do Idoso regulamenta os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. De acordo com o capítulo II, artigo 96 do referido Estatuto, discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar, ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade é considerado (A) negligência. (B) infração administrativa. (C) preconceito. (D) crime em espécie. (E) maus-tratos. 23. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 18-A, estabelece que a criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da famí- lia ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. Ainda no seu artigo 130, o ECA estabelece que, verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, como medida cautelar, (A) o afastamento do agressor da moradia comum. (B) a guarda provisória a membro da família extensa. (C) o acolhimento institucional da criança ou do adolescente. (D) o acompanhamento da situação pelo Conselho Tutelar. (E) a prisão preventiva do agente violador/agressor. 24. Compreender a profissão de Serviço Social implica o esforço de inseri-la no conjunto de condições e relações sociais que lhe atribuem um significado e nas quais torna-se possível e necessária. Afirma-se como um tipo de especialização do trabalho coletivo, ao ser expressão de necessidades sociais derivadas da prática histórica das classes sociais no ato de produzir e reproduzir os meios de vida e de trabalho de forma socialmente determinada. O desenvolvimento das forças produtivas e as relações sociais contidas nesse processo 10 determinam novas necessidades sociais e novos impasses que passam a exigir profissionais especialmente qualificados para o seu atendimento, segundo os parâmetros inerentes à sociedade capitalista, quais sejam, (A) racionalidade e eficiência. (B) alteridade e humanidade. (C) sensibilidade e empatia. (D) solidariedade e altruísmo. (E) audácia e prospecção. 25. Conforme estabelece o artigo 6o da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), a gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social. O SUAS é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social. De acordo com o artigo 3o da LOAS, consideram- -se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam (A) na perspectiva de responsabilidade social. (B) na defesa e na garantia de direitos. (C) no monitoramento socioassistencial. (D) na vigilância social e institucional. (E) na gestão e na avaliação dos serviços. 26. São instituídas no âmbito do SUAS – Sistema Único de Assistência Social – unidades públicas estatais que possuem interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social. De acordo com a LOAS, em seu artigo 24-B, o serviço que oferece apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indiví- duos em situação de ameaça ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de direitos é o (A) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. (B) Serviço de Proteção Social no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas. (C) Serviço de Acolhimento Institucional. (D) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos. 11 (E) Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências. 27. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais. Como Política de Seguridade Social não contributiva, direito do cidadão e dever do Estado, a assistência social tem por objetivo, entre outros expressos no artigo 2o da LOAS, especialmente, (A) a assistência integral à mulher em situação de violência doméstica e familiar. (B) o acesso às demais políticas sociais públicas. (C) a prevenção de riscos aos dependentes de substâncias psicoativas. (D) o fortalecimento da função protetiva da família. (E) a promoção da integração ao mercado de trabalho. 28. O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme estabelecido no artigo art. 6o da Lei que regulamenta o SUS, está incluída nesse campo de atuação a execução de ações de vigilância sanitária, de vigilância epidemiológica, de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica e de (A) saúde mental. (B) prevenção do câncer de mama. (C) saúde do trabalhador. (D) saúde bucal. (E) assistência comunitária. 29. A teoria é o movimento do pensamento, do ato cognitivo para compreender determinado fenômeno que se expressa na realidade; não pode ser confundida com um receituário a ser aplicado. O concreto, que se mostra primeiramente na sua aparência, é construído pelas práticas sociais dos sujeitos históricos e se apresenta como conhecimento na medida em que o pensamento apropria-se desse concreto. A teoria objetiva o conhecimento da constituição do concreto, que tem sua gênese na prática. É na prática que se expressam as determina- ções do objeto. Nesse sentido, teoria e prática possuem movimentos (A) intermitentes, coexistindo separadamente. (B) específicos, mas formam uma unidade na diversidade. 12 (C) idênticos, com produtos análogos. (D) aleatórios, estabelecendo uma relação complementar. (E) circulares, porém com o mesmo foco. 30. A construção do objeto profissional é um processo teórico, histórico, mas também político, ou seja, presente tanto nas relações sociais mais gerais como nas relações particulares e específicas do campo das políticas e serviços sociais e das relações interprofissionais.Sem perder a referência às relações estruturais, à superestrutura do poder e às suas manifestações concretas nas relações cotidianas, é correto afirmar que a visualização da questão do objeto profissional se dá em uma perspectiva (A) causal. (B) material. (C) circunstancial. (D) ocasional. (E) relacional. 31. A geração de dados relativos às condições de vida e de reprodução da população é facilmente reconhecida como parte da metodologia do trabalho do assistente social, envolvendo um esforço que se inicia com a própria delimitação dos referenciais teóricos, passando pela condução metodológica, pela definição das estratégias de ação, pelo reconhecimento do objeto de intervenção profissional, assim como de seus objetivos e da avaliação dos resultados alcançados. Esses dados, todavia, podem passar anos sem serem trabalhados ou mesmo utilizados por outros profissionais em atividades de cunho investigativo. Esse processo, que envolve a produção, organização e análise desses dados a partir de uma postura crítico-investigativa, é denominado (A) método experimental. (B) compromisso ético. (C) sistematização da prática. (D) abordagem sistêmica. (E) pesquisa estrutural. 32. Pela forma de inserção socioprofissional na divisão social e técnica do trabalho, o espaço reservado ao Serviço Social é o de dar respostas, buscar prontamente soluções à pluralidade de questões que lhes são colocadas e, para isso, necessita de fundamentos e procedimentos 13 teórico- -metodológicos, conhecimentos e saberes interventivos, habilidades técnico- profissionais e de uma perspectiva ética. É a sua inserção na divisão social e técnica do trabalho da sociedade capitalista, sua localização na estrutura sócio-ocupacional e a sua funcionalidade na sociedade burguesa, construída no espaço de mediação entre classes e Estado, que atribui à intervenção um caráter (A) político. (B) suplementar. (C) quantitativo. (D) permanente. (E) complementar. 33. As ações etico-morais não pertencem a uma esfera social em particular: são mediações entre as relações sociais dos homens; estão presentes nas relações políticas, no trabalho, na vida cotidiana, nas relações que os homens estabelecem com a arte, com a filosofia etc. Porém, o grau de intensidade ou presença em cada dimensão da vida social e em cada relação social variam, sendo determinadas por circunstâncias sociais na quais pode haver uma exigência para que a ética assuma um papel preponderante ou permaneça apenas como (A) algo a ser questionado. (B) uma possibilidade. (C) um complemento. (D) mero consentimento. (E) uma potencialidade. 34. “O modo mais elementar de objetivação da vida cotidiana é o da autoconservação, o que se realiza fundamentalmente pelo trabalho: é por meio dessa dimensão da vida que ocorre o processo de socialização, pois, ao adquirir determinados hábitos e costumes, o indivíduo torna-se socialmente capaz de responder por seus atos. Em termos etico-morais, isso significa ter incorporado um certo quadro de valores que lhe possibilita discernir entre bom/mau, certo/errado etc. Ao incorporar tais mediações, o indivíduo vincula-se à sociedade e reproduz o desenvolvimento humano, mas as formas dessa incorporação caracterizam-se por uma dinâmica voltada à (A) generalidade.” (B) totalidade.” (C) simplicidade.” 14 (D) singularidade.” (E) especialidade.” 35. É livre o exercício da profissão de assistente social em todo o território nacional, observadas as condições estabelecidas pela Lei que regulamenta a profissão, segundo a qual, coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social são (A) estratégias de pesquisas em Serviço Social. (B) atribuições privativas do assistente social. (C) ações compartilhadas por equipe interprofissional. (D) habilidades pedagógicas do docente em Serviço Social. (E) prerrogativas de profissionais da área social. 36. As condições de trabalho e as relações sociais em que se insere o assistente social articulam um conjunto de mediações que interferem no processamento da ação e nos resultados individual e coletivamente esperados, pois a história é o resultado de inúmeras vontades projetadas em diferentes direções. Compreendendo a ação profissional como processo de trabalho, os objetivos e projetos que direcionam a ação têm importância fundamental na afirmação da condição dos indivíduos sociais como (A) participantes do processo produtivo. (B) sujeitos da história. (C) elementos que dão suporte ao sistema econômico. (D) peças que integram o contexto de uma dada época. (E) componentes do cenário infranacional. 37. “O método é o caminho teórico para o conhecimento da realidade, enquanto que sua transformação vai ser orientada por uma proposta de ação. É a metodologia que vai garantir ao Serviço Social o conhecimento e a transformação de um dado objeto construído, na medida em que a teoria oferece uma determinada visão de homem e de mundo, dirigindo uma ação sobre o objeto, cuja transformação é intencional e situada. Não se dissocia, portanto, o método–teoria–objeto”. Nessa perspectiva, é correto afirmar que uma proposta de ação deve ser sempre orientada por um determinado conhecimento e o que permite a operacionalização dessa proposta (A) é a aplicabilidade teórica. 15 (B) são as estratégias de convencimento. (C) são os instrumentos e as técnicas. (D) é a habilidade do profissional. (E) são as possibilidades e os limites em confronto. 38. O processo de escolha dos instrumentos não é neutro. Ao escolher os instrumentos de intervenção, o profissional deve considerar as condições objetivas do trabalho, as finalidades da ação, da profissão, da instituição, bem como pensar sobre a demanda, sua funcionalidade frente à realidade em que a população está inserida, as habilidades necessárias ao seu manuseio e (A) o seu compromisso etico-político. (B) o componente relativo à imediaticidade profissional. (C) os custos necessários para sua utilização. (D) o rebatimento de seu uso para a população. (E) o questionamento de sua real necessidade. 39. A orientação e o acompanhamento são termos frequentemente utilizados pelos assistentes sociais para referenciar um conjunto bastante grande de ações profissionais que se desenvolvem em diversos espaços sócio-ocupacionais. Entendidas como ações socioeducativas, que se desenvolvem no âmbito dos processos socioassistenciais, a orientação e o acompanhamento apresentam inúmeros dilemas e desafios. Assim sendo, construir processos educativos em meio a situações adversas, em momentos em que as carências e o sofrimento marcam a trajetória dos usuários e que demandam respostas rápidas, é um desafio de natureza (A) subjetiva. (B) política. (C) conjuntural. (D) técnica. (E) teórica. 40. As ações socioeducativas, no âmbito dos processos socioassistenciais, estruturam-se sobre dois pilares: um relacionado à socialização de informações e outro referente ao processo reflexivo desenvolvido na trajetória das relações estabelecidas entre profissionais e usuários. Trata-se das chamadas ações socioeducativas, no âmbito da orienta- ção e acompanhamento 16 social. O processo reflexivo, característico dessas ações, desenvolve-se no percurso que o assistente social faz com os usuários para buscar respostas para suas necessidades, imediatas ou não. Ele tem como objetivo a (A) resolutividade da situação-problema. (B) desburocratização dos serviços. (C) demanda reprimida da população. (D) responsabilização pela proatividade individual. (E) formação da consciência crítica. 41. A documentação pode ser considerada um elemento constitutivo do fazerprofissional, uma vez que ela dá a ele a materialidade ao comprovar a realização da ação, por meio do registro em fichas, prontuários, relatórios de atendimentos, realizados em instituições ou em domicí- lios, dentre outros. Toda a forma de documentação só adquire sentido se for útil tanto para os profissionais quanto para a instituição porque, mais do que apenas guardar ou arquivar informações, deve incidir positivamente nos processos de (A) mobilização e articulação. (B) treinamento e desenvolvimento. (C) comunicação e seleção. (D) planejamento e avaliação. (E) triagem e monitoramento. 42. “O estudo social é um processo metodológico específico do Serviço Social, cuja finalidade é conhecer profundamente, e de forma crítica, uma determinada situação ou expressão da questão social, objeto da intervenção profissional. O estudo social é baseado no contexto familiar e na realidade social, tendo como finalidade subsidiar decisões e ações, possibilitando a coleta de informações a respeito da realidade sociofamiliar de cada indivíduo e família e as questões sociais que afetam suas relações sociais, especialmente em seus aspectos socioeconômicos e culturais”. O estudo social é estruturado a partir dos sujeitos para os quais a ação está dirigida, pelas formas de abordagem desses sujeitos, pela utilização dos instrumentos técnicos- -operativos e (A) pelo diagnóstico conclusivo da situação. (B) pela produção de documentos. (C) pela expectativa do sujeito estudado. (D) pelo referencial teórico aplicado. 17 (E) pela análise conjuntural. 43. O assistente social ingressa nas instituições empregadoras como parte de um coletivo de trabalhadores que implementa ações institucionais/empresariais cujo resultado final é fruto de um trabalho combinado ou cooperativo, que assume perfis diferenciados nos vários espaços ocupacionais. Nesses contextos, como se coloca a autonomia do trabalho do assistente social? A relação que o profissional estabelece com o objeto de seu trabalho depende do prévio recorte das políticas e das definições das demandas e prioridades a serem atendidas (A) pelos organismos empregadores. (B) pelo conjunto dos assistentes sociais. (C) pelos usuários de seus serviços. (D) pelo conjunto da sociedade. (E) pela gestão da produção. 44. “Analisar a profissão e os desafios do projeto profissional do assistente social na esfera estatal demanda apreendê-los na dinâmica sócio-histórica que configura o campo em que se desenvolve o exercício profissional. O Serviço Social tem uma trajetória de trabalho direto com a população e proximidade com o seu modo de vida. Recuperar o trabalho de base junto à população é um dos desafios que se coloca aos assistentes sociais. Nos últimos anos, porém, com o refluxo dos movimentos populares e o enfraquecimento das instâncias coletivas de representação pública, o trabalho de mobilização e organização popular cedeu lugar (A) à garantia preestabelecida dos direitos.” (B) aos avanços de participação na gestão.” (C) a reivindicações de grupos consolidados.” (D) a uma nova agenda promotora de consensos.” (E) a formas institucionalizadas de participação.” 45. Na Política Nacional de Assistência Social, a matricialidade familiar compreende que o foco da proteção social está na família; trata-se do princípio ordenador das ações a serem desenvolvidas pelo Poder Público. Isso é particularmente relevante no contexto das políticas sociais que deslocam a abordagem do indivíduo para a família e criam a necessidade de outras definições e explicitações decorrentes da concepção da família como portadora de direitos. Nessa perspectiva, considera-se que a família pertence a um espaço da vida privada, mas que estabelece relações com: o Estado, o mercado, as organizações da sociedade civil, as igrejas, as 18 associações, os movimentos sociais. Relações essas que são (A) de mutualidade na manutenção de seu status quo. (B) isentas de valores morais e privilégios. (C) ao mesmo tempo conflitivas e complementares. (D) de dependência e interdependência de suas funções. (E) garantidoras da ordem e dos bons costumes. 46. “É inquestionável a função pedagógica desempenhada pelo assistente social nos diferentes espaços sócio-ocupacionais em que se materializa a intervenção profissional. Historicamente, as práticas educativas desenvolvidas pelos assistentes sociais vinculavam-se à necessidade de controle exercido pelas classes dominantes. Em contraposição a essa tendência, evidencia-se, nas três últimas décadas, a construção de práticas educativas consubstanciadas no estabelecimento de vínculos e compromissos com a perspectiva societária das classes subalternas. Com destaque para os processos de mobilização social e organização, essa função pedagógica desempenhada pelo assistente social inscreve a prática profissional no campo das atividades formadoras da (A) personalidade.” (B) liberdade.” (C) sociabilidade.” (D) alteridade.” (E) integridade.” 47. “A interdisciplinaridade precisa ser pensada como uma necessidade de interação e busca dos profissionais das diferentes áreas do conhecimento. Na maioria das vezes, as diferentes disciplinas estanques não contemplam as questões emergentes da sociedade e desafiam os profissionais diariamente, sendo-lhes demandadas questões que, por vezes, não são passíveis de abordagens isoladas, havendo necessidade do diálogo com profissionais de diversas áreas. A metodologia interdisciplinar parte de uma liberdade científica, alicerça-se no diálogo e na colaboração, funda-se no desejo de inovar, criar, de ir além e desenvolve-se por meio da capacidade criativa de transformar a concreta realidade, ou seja, exercita-se na arte de (A) registrar.” (B) justapor.” (C) avaliar.” (D) pesquisar.” 19 (E) aproximar.” 48. A avaliação de programas e serviços sociais constitui etapa do ciclo de desenvolvimento das políticas públicas, no que se refere à gestão e ao planejamento de suas ações. A importância e a utilização dos processos de avaliação de programas estão em crescimento. Os patrocinadores, os gestores e os executores do programa têm várias razões para realizar avaliações. Talvez a mais importante delas seja a prestação de contas, uma vez que se trata do uso de recursos públicos e do cumprimento de uma função do Estado. Além disso, a avaliação de programas é uma forma de completar o seu ciclo, pois, em muitos casos, o último passo do programa, quando este é concebido como um processo completo, é a avaliação (A) de impacto. (B) plena. (C) de resultados. (D) circunstancial. (E) de processo 49. As políticas sociais não são apenas espaços de confrontação de tomadas de decisão, mas constituem elementos de um processo complexo e contraditório de regulação política e econômica das relações sociais. Nesse sentido, a análise e avaliação de políticas sociais ultrapassam a mera disposição e utilização primorosa de métodos e técnicas racionais e operativos, preocupados com a relação custo-benefício ou com a eficiência e eficácia. A avalia- ção de políticas sociais deve se situar na compreensão do significado do papel do Estado e das classes sociais na construção (A) do pluralismo e da competência. (B) dos direitos e da democracia. (C) de uma sociedade equilibrada e justa. (D) do bem comum e da perseverança. (E) de espaços de coesão e consenso. 50. A atitude investigativa possibilita a superação da visão pragmática na ação profissional, centrada na imediaticidade dos fatos e que privilegia sequências empíricas. Além disso, no exercício profissional do assistente social, a atitude investigativa desmistifica o fato de que só fazem ciência ou só agem cientificamente aqueles que têm o privilégio de construir o saber, ou seja, os assistentes sociais inseridos nas academias como docentes e pesquisadores,uma vez 20 que tal atitude propicia desvendar a realidade aparente. A atitude investigativa no cotidiano de trabalho do assistente social precisa ser concebida na medida em que possibilita uma ação profissional reflexiva nutrida pela (A) vontade e pelo mapeamento. (B) perspicácia e pelo consentimento. (C) prática e pelo desenvolvimento. (D) pressuposição e pelo depoimento. (E) intencionalidade e pelo planejamento. GABARITO DO 1° SIMULADO 1-D 2-B 3-C 4-E 5-A 6-B 7-C 8-B 9-E 10-C 11-C 12-B 13-A 14-D 15-B 16-A 17-E 18-C 19-D 20-C 21-E 22-D 23-A 24-A 25-B 26-D 27-E 28-C 29-B 30-E 31-C 32-A 33-E 34-D 35-B 36-B 37-C 38-A 39-D 40-E 41-D 42-B 43-A 44-E 45-C 46-C 47-D 48-A 49-B 50-E 2° Simulado Preparatório Para Residência Multiprofissional em Saúde As 49 questões a seguir foram retiradas da prova realizada em 2016 para Residência Multiprofissional em Saúde, realizado pela COMPERVE/UFRN. 51. De acordo com o Ministério da Saúde, a situação de saúde no Brasil, provocada pela transição demográfica e epidemiológica, exige que o sistema de saúde brasileiro responda pela “tripla carga de doenças” caracterizada pela (A) alta prevalência das doenças cardiovasculares, doenças e síndromes metabólicas e neoplasias malignas. (B) persistência das doenças emergentes e reemergentes, aumento das doenças crônicas e diminuição da violência e morbimortalidade por causas externas. (C) presença das doenças infecciosas e parasitárias, aumento das doenças crônicas e aumento da violência e morbimortalidade por causas externas. (D) elevada incidências de doenças emergentes e reemergentes, aumento da prevalência das 21 doenças cardiovasculares e das doenças e síndromes metabólicas. 52. Em relação à Febre de Chikungunya no Brasil, analisando epidemiologicamente, é correto afirmar que (A) existe a possibilidade de ocorrência de endemias localizadas em regiões específicas onde há maior circulação do mosquito Aedes albopictus, pois o vírus tem preferência por esse vetor que tem baixa densidade no Brasil. (B) a possibilidade de ocorrência de epidemias é pouco provável, pois há uma preferência do mosquito vetor pelo vírus da dengue, e a ocorrência da doença é maior em áreas de clima temperado. (C) a possibilidade de ocorrência de epidemias é pouco provável, pois há uma probabilidade de imunogenicidade cruzada desenvolvida nos indivíduos que já tiveram dengue, o que diminui o número de indivíduos suscetíveis. (D) existe a possibilidade de ocorrência de epidemias devido à alta densidade do vetor, à presença de indivíduos susceptíveis e à intensa circulação de pessoas em áreas endêmicas. 53. A lista de doenças de interesse para o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde é estabelecida a partir de alguns critérios adotados universalmente. Um desses critérios é (A) a magnitude, isto é, a frequência da doença e as populações afetadas, através da incidência, prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos. (B) o potencial de disseminação, que é um conjunto de características, como a severidade, a taxa de letalidade, hospitalização e sequelas. (C) a transcendência, por meio da disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e controle da doença. (D) a vulnerabilidade, que significa a transmissibilidade da doença, disseminação por vetores e outras fontes de infecção que colocam em risco a coletividade. 54. Entre as principais dificuldades na implementação do Sistema Único de Saúde, as que estão diretamente relacionadas à assistência à saúde aos usuários são: (A) A dificuldade na regulamentação e no cumprimento da vinculação constitucional da saúde (EC 29) e a baixa participação dos investimentos no gasto público em saúde. (B) A persistência de desigualdade de acesso e problemas no âmbito da qualidade e resolubilidade do atendimento em diversos serviços do SUS, em todo o país. (C) O crescimento do setor privado supletivo subsidiado por renúncia fiscal e a multiplicação de 22 novas formas de articulação público/privado na saúde, em todo o país. (D) O funcionamento dos conselhos de saúde de modo variável e a predominância de caráter consultivo deste em detrimento do deliberativo. 55. O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) é um sistema de abrangência nacional q ue tem por objetivo captar os dados de óbitos e fornecer informações sobre mortalidade. Em relação ao SIM, é correto afirmar: (A) As informações desse sistema são consideradas uma das mais fidedignas, pois, ao contrário dos outros sistemas, sua fonte de dados não apresenta inconsistências ou limitações como preenchimento incorreto ou registro excessivo de causas mal definidas. (B) Os instrumentos utilizados por esse sistema são a declaração de óbito (DO), considerada fonte primária dos dados, padronizada para todo o território nacional, e a declaração de óbito epidemiológica (DO epidemiológica), que é utilizado para a coleta de dados de óbito conhecido tardiamente pelo sistema de saúde. (C) O fluxo da declaração de óbito não sofre variação de acordo com as c aracterísticas do óbito ou do local de sua ocorrência, pois seu instrumento é padronizado e impresso com sequência numérica única para todo o território nacional. (D) A declaração de óbito (DO) é o instrumento utilizado por esse sistema, considerada como única fonte de coleta dos dados de mortalidade padronizada para todo o território nacional, por ser o documento hábil para a lavratura da Certidão de óbito pelo Cartório de Registro. 56. As redes de Atenção à Saúde (RAS) são fundamentais para a coordenação e a integração dos serviços e ações de Saúde, assim como para a integralidade e a qualidade do cuidado à saúde. Sobre os atributos das RAS propostos pelo Ministério da Saúde, considere as informações a seguir. I Extensa gama de estabelecimentos de Saúde que prestam serviços de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, gestão de casos, reabilitação e cuidados paliativos integra os programas focalizados em doenças, riscos e populações específicas, nos serviços de Saúde individuais e os coletivos. II Serviços de Atenção Secundária em Saúde são estruturados como primeiro nível de atenção e como porta de entrada ao sistema, constituídos de equipe multidisciplinar que cobre a população, integrando, coordenando o cuidado e atendendo às suas necessidades de saúde. III Sistema de informação integrado responsável por vincular todos os membros da rede, com identificação de dados por sexo, idade, lugar de residência, origem étnica e outras variáveis 23 pertinentes. IV Atenção à Saúde centrada no atendimento individualizado, focalizada no diagnóstico das doenças prevalentes e com enfoque na atenção secundária e terciária no sentido de dar maior resolutividade nesses níveis de atenção. Das informações, estão corretas (A) III e IV. (B) II e III. (C) I e III. (D) I e IV. 57. A atuação intersetorial é uma das diretrizes de trabalho utilizadas em muitas situações na Atenção Básica. O Nasf pode ser parceiro estratégico das equipes de Saúde da Família/Atenção Básica no desenvolvimento de articulação intersetorial, por meio da integração com outros serviços como as Equipes de consultórios na rua que são (A) equipes volantes vinculadas a todas as unidades básicas de saúde do município e que têm como objetivo ampliar o acesso da população aos serviços de atenção básica, em horários e locais de difícil acesso como a noite e nos finais de semana. (B) equipes volantes vinculadas a pelo menos uma unidade básica de saúde e que têm como um dos objetivos construir vínculos positivos e ampliar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde. (C) equipes volantes de fomento à convivência, a práticas corporais, à alimentação saudável, à educação em saúde, a práticas integrativase complementares, ao lazer e a modos de vida favoráveis à saúde, em espaços especialmente construídos para esse fim. (D) equipes volantes especializadas em saúde mental para o atendimento aos dependentes químicos e que visam promover a articulação entre as unidades locais de saúde e os serviços de saúde mental como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). 58. Considere as afirmações a seguir sobre os Indicadores de Saúde. I A queda da fecundidade, aliada à queda da mortal idade, provocou importantes mudanças na estrutura da população segundo idade e sexo, com diminuição do ritmo de crescimento populacional e envelhecimento da população (maior proporção de idosos). Esse fenômeno é denominado transição epidemiológica. II A mortalidade materna é um indicador utilizado mundialmente como referência de desenvolvimento e qualidade dos serviços prestados à população. Esse indicador expressa a desigualdade social existente em nosso país e à necessidade de melhorias nas políticas de saúde 24 materno-infantil. III A esperança de vida ao nascer é considerada um bom indicador de saúde, pois representa uma síntese do efeito da mortalidade em grupos específicos. No entanto, não reflete as condições de vida decorrentes da queda dos níveis de mortalidade. IV A taxa de mortalidade infantil é um dos indicadores mais consagrados mundialmente, sendo utilizado internacionalmente como indicador de qualidade de vida e desenvolvimento, por expressar a situação de saúde de uma comunidade e as desigualdades de saúde entre grupos sociais e regiões. Das afirmações, estão corretas (A) I e IV. (B) II e IV. (C) II e III. (D) I e III. 59. A territorialização é a base do trabalho das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) para a prática da Vigilância em Saúde. O fundamental propósito desse processo é (A) permitir a eleição de prioridades para o enfrentamento dos problemas identificados nas áreas de atuação, o que refletirá na definição das ações mais adequadas, contribuindo para o planejamento e a programação local. (B) ser o componente básico na organização dos serviços, pois é a partir dele que se estabelecem, exclusivamente, os limites geográficos que ficam sob a responsabilidade das equipes de Saúde. (C) conhecer as diferentes áreas geográficas e populacionais para desenvolver as ações de saúde, a partir de ações exclusivamente assistenciais no atendimento domiciliar. (D) reconhecer os espaços geográficos para a delimitação da atenção em saúde exclusiva dos agentes comunitários de saúde, contribuindo para o planejamento de suas atividades. 60-No século XX, o uso de vacinas passou a ser uma das mais poderosas armas da Saúde Pública. A imunização representa uma medida que confere proteção imunológica mediante aumento da resistência do indivíduo contra uma doença infecciosa. Considere o diagrama d a história natural da doença, proposto por Leavell e Clark (1976), reproduzido a seguir. 25 De acordo com esse diagrama, a imunização se enquadra no nível de aplicação das medidas preventivas em (A) limitação da incapacidade. (B) promoção da saúde. (C) proteção específica. (D) prevenção secundária. 61. Análises contemporâneas sobre a profissão de Serviço Social indicam um processo de inviabilização do projeto ético político profissional no atual contexto da realidade brasileira, tendo em vista a criação e consolidação do mito da assistência social, o qu e contribui para transformá-la em um fetiche. Uma das repercussões para a profissão de Serviço Social diante deste cenário é a (A) ampliação da seguridade social. (B) ampliação da utilidade social da profissão no Brasil. (C) criação de um novo campo de atuação para o serviço social. (D) redução do serviço social à profissão da assistência. 62. A partir do processo de renovação do serviço social brasileiro, a discussão da organização política da categoria de assistentes sociais aponta uma tendência de fortalecimento das 26 entidades representativas sem, no entanto, recair no corporativismo. O critério de filiação sindical definido pela profissão passa a ser (A) por similares condições de salário do profissional. (B) por pertencimento a uma categoria profissional. (C) por ramo de atividade desenvolvida pelos profissionais. (D) por diferentes regimes de contratação do profissional. 63. O projeto de formação em serviço social do Brasil vem sofrendo impactos, tendo em vista a ampliação do setor privado na implementação de cursos de graduação em serviço social, configurando um ensino aligeirado, flexível e produtivista. Essa participação do capital na esfera da educação pode ser qualificada como (A) tecnificação do ensino de graduação em serviço social. (B) publicização do ensino universitário. (C) rebaixamento do nível de ensino de graduação. (D) empresariamento da formação profissional. 64. A relação entre autoimagem e imagem social da profissão de serviço social se veem abaladas a partir dos anos de 1960, e uma nova autoimagem é construída nos anos 1980 e 1990, negando marcas de origem da profissão. Essa autoimagem profissional renovada é marcada, especialmente, (A) pela aproximação da profissão aos interesses da autocracia burguesa. (B) pela vinculação da profissão aos interesses e demandas dos trabalhadores. (C) pelos novos saberes científicos e práticos acumulados pela profissão. (D) pelos valores observados no código de ética de 1982. 65. A lei de Regulamentação da profissão de serviço social (8662/93) estabelece atribuições privativas do assistente social as quais podem ser definidas como: (A) ações consideradas prerrogativas exclusivamente exercidas pelos assistentes sociais. (B) ações do tipo visitas domiciliares, pareceres e estudo social realizadas pelo assistente social. (C) ações geradoras da necessidade de intervenção social do assistente social. (D) ações multiprofissionais que respondam as expressões da questão social. 66. As reflexões sobre as demandas destinadas ao serviço social realizadas na década de 1990, configuram-se como um marco teórico relevante acerca da intervenção profissional. Quanto 27 às origens das demandas, é correto afirmar que elas advêm (A) dos usuários que buscam atendimento do serviço social. (B) das instituições que empregam os assistentes sociais. (C) das necessidades sociais gestadas pela sociedade capitalista. (D) das unidades de serviço social onde se inserem os assistentes sociais. 67. O exercício da profissão de serviço social se dá pela mediação do trabalho assalariado que se realiza tanto na esfera do Estado quanto na esfera privada. O estatuto assalariado advém (A) das condições de trabalho do assistente social. (B) da mercantilização da força de trabalho do assistente social. (C) do perfil profissional do assistente social. (D) do projeto profissional do assistente social. 68. No atual cenário, as políticas sociais brasileiras, podem ser consideradas híbridas. As características marcantes destas políticas se expressam sob a forma de (A) mercantilização/universalização. (B) fragmentação/mercantilização. (C) assistencialização/combate a desigualdade social. (D) assistencialização/mercantilização. 69. Um modelo de Estado presente em alguns países da América Latina cuja ideologia é centrada na defesa do crescimento econômico acompanhado da redução da pobreza por meio de políticas compensatórias é considerado como (A) neodesenvolvimentismo. (B) neoliberalismo. (C) estado de bem estar social. (D) estado pleno. 70. No atual contexto de crise capitalista, o projeto ético político do serviço social tem sido desafiado ideologicamente pelo discurso da vitória do capitalismo. No campo ideocultural, a perspectiva que forma a base cultural desse modo capitalista de pensar é conhecida como (A) pós-capitalismo. (B) pós-modernidade. (C) funcionalismo. 28 (D) marxismo. 71.No II Congresso Brasileiro de Serviço Social, realizado em 1961, assistentes sociais engajados(as) no movimento sanitário brasileiro constataram que (A) os(as) assistentes socais estavam engajados(as) no movimento sanitário, mas não ocuparam espaços de direção do movimento. (B) o processo de crítica iniciado no Serviço Social, na década de 1960, teve mui ta repercussão na área da saúde. (C) os(as) assistentes sociais estavam fortemente engajados(as) na direção do Movimento da Reforma Sanitária Brasileira. (D) o processo de crítica iniciado no Serviço Social, na década de 1960, teve pouca repercussão na área da saúde. 72. No III Congresso Brasileiro de Serviço Social realizado em São Paulo, no ano de 1979, o debate sobre a saúde revelou que (A) a participação dos assistentes sociais durante o evento foi excelente, demonstrando amplo conhecimento e engajamento em relação à temática e à luta em prol da Reforma Sanitária. (B) a participação dos assistentes sociais durante o evento foi insuficiente, demonstrando seu desconhecimento e a pouca profundidade do saber em relação à temática da Reforma Sanitária. (C) os assistentes sociais deram uma expressiva contribuição ao debate acerca da determinação social da saúde, formulando proposições para superar o Serviço Social Clínico. (D) o conteúdo explanado nas mesas que discutiram saúde não incorporaram e não contemplaram a perspectiva e as proposições defendidas pelo Movimento da Reforma Sanitária Brasileira. 73. As elites econômicas manipulam a distribuição de riquezas na sociedade, a vontade coletiva e o significado dos fenômenos sociais, atingindo a consciência dos indivíduos. Nesse contexto, a atuação do assistente social como integrante de equipes multiprofissionais de saúde mental deve se pautar na perspectiva de (A) melhorar a readequação e distribuição dos recursos de assistência, visando uma cidadania emancipada, a restituição de direitos legítimos e a conquista da justiça social, mas também de contribuir para restituir aos usuários o exercício de sua vontade legítima. (B) ampliar as atividades de lazer, de artesanato e de grupos e arte, por meio de oficinas abrigadas, buscando desenvolver comportamento integrado, o qual será reproduzido linearmente nas relações dos usuários em seu cotidiano fora da clínica. 29 (C) recolocar o paciente no processo de trabalho organizacional considerado “normal” pelo estabelecimento psiquiátrico durante a ocorrência de qualquer fato que interfira no planejamento do atendimento psiquiátrico e que seja considerado fenômeno social. (D) intervir junto à família e à sociedade para aceitar, apoiar e acolher o paciente, buscando sua inserção na previdência social, bem como melhorar o grau de racionalização institucional, de controle de custos organizacionais, dos atores sociais e da internação indiscriminada. 74. Algumas análises conferem centralidade às particularidades da inserção do trabalho do assistente social no interior dos processos coletivos de trabalho em saúde. Essas análises enfatizam que, subjacente à idealização da ação do Serviço Social na perspectiva messiânica, havia uma desconsideração das condições objetivas sob as quais se desenv olve a prática profissional no contexto de produção dos serviços públicos de saúde. Para superar essa concepção, faz-se necessário: (A) Tratar a atividade profissional como um trabalho sujeito às regras mais gerais que qualificam o trabalho assalariado na sociedade capitalista. (B) Elaborar projetos fundamentados na perspectiva marxiana, voltados para o desenvolvimento do processo de trabalho específico dos assistentes sociais. (C) Ampliar a competência técnico-operativa dos assistentes sociais em temáticas inerentes à saúde coletiva, priorizando a perspectiva da promoção à saúde. (D) Desenvolver metodologias adequadas à intervenção do Serviço Social no campo da saúde pública buscando superar o Serviço Social Clínico. 75. Sob uma determinada perspectiva, o assistente social se insere, no interior do processo de trabalho em saúde, como agente de interação ou como um elo orgânico entre os diversos níveis de atenção do SUS e entre estes e as demais políticas setoriais. Essa compreensão resultou na conclusão de que (A) o principal produto do trabalho do assistente social no atual contexto do SUS tem sido assegurar a integralidade das ações. (B) as articulações intersetoriais constituem atividades cada vez mais exclusivas e privativas dos assistentes sociais. (C) a principal competência do assistente social na saúde é implementar a politica de assistência social nos serviços de saúde. (D) o Assistente Social como especialista em politicas sociais cumpre o papel de selecionar os mais pobres e necessitados. 30 76. Dadas as atuais configurações do processo de trabalho em saúde e considerando a atual conformação do modelo assistencial e gerencial, há uma compreensão de que os(as) assistentes sociais têm se inserido nos processos de trabalho em saúde, desenvolvendo ações cuja singularidade consiste em (A) dar suporte à equipe desenvolvendo qualquer atividade necessária ao bem estar dos usuários e profissionais. (B) oferecer subsídios à equipe de saúde sobre matérias de domínio do Serviço Social visando a garantia da equidade. (C) tratar as expressões da questão social no campo da saúde por constituir-se atividade privativa da profissão. (D) repor as lacunas da parcialização, fragmentação, superespecialização e terceirização dos serviços. 77. As experiências vêm reforçando a importância da inserção de assistentes socais nas equipes dos NASF e a importância da atuação desses profissionais na atenção primária à saúde, justamente pelo fato de essa categoria ter mais domínio técnico e teórico-metodológico sobre (A) planejamento e avaliação em saúde. (B) saúde, cidadania e epidemiologia. (C) cidadania, mobilização e participação. (D) direto de família e legislação social. 78. Os profissionais de saúde que defendem a adoção dos princípios socializantes e emancipatórios da Reforma Sanitária e do SUS em sua prática cotidiana devem buscar incessantemente: (A) Aprender a trabalhar em equipe multiprofissional de saúde fortalecendo a dimensão ética a partir do compromisso com os usuários, assumindo a defesa destes haja vista as fragilidades de sua organização. (B) Aperfeiçoar seus conhecimentos sobre financiamento público e avaliação em saúde para contribuir com a eficiência e eficácia dos programas de saúde, conforme habilidades particulares de cada profissão. (C) Planejar sua prática priorizando a prevenção e a promoção da saúde de forma a contribuir para a garantia da atenção integral e o fortalecimento da consciência crítica, da mobilização, da 31 organização e do controle social. (D) Dominar técnicas de trabalho com grupos terapêuticos, ampliando-os e capacitando os usuários a desenvolverem habilidades para resolver seus problemas, inclusive a recuperação de vínculos afetivos. 79. Face ao modelo gerencial vigente e à forma como as políticas sociais, particularmente a de saúde, vem sendo implementada, no atual contexto do SUS, as demandas de natureza intersetorial vêm sendo tratadas como (A) atividades essenciais do Serviço Social e dos gestores do SUS com base no planejamento estratégico situacional. (B) ações cotidianas dos assistentes sociais incorporadas no planejamento em saúde articulado ao sistema de seguridade social. (C) ações planejadas pelos assistentes sociais no campo da micro e macropolítica de saúde envolvendo gestores do SUS e respectivos conselhos. (D) demandas parcial e emergencialmente atendidas no contexto das atividades realizadas por assistentes sociais. 80. A atuação de assistentessociais conforme o projeto ético político profissional do Serviço Social, requer a busca de qualificação das ações dessa categoria a fim de contribuir para (A) a ampliação de uma cultura política crítica e democrática e defender a garantia dos direitos sociais. (B) a atuação prioritária de forma competente em entidades que defendem os trabalhadores. (C) o fortalecimento das organizações revolucionárias como prioridade de ação cotidiana profissional. (D) a construção de objetos profissionais em cada politica social, particularmente na política de saúde pública. 81. No plano da reflexão e da normatização ética, o Código de Ética Profissional de 1986 representou a expressão de conquistas e ganhos profissionais definidos pelos procedimentos: (A) revisão da base filosófica tradicional, conservadora, que norteava a “ética da neutralidade”, e reformulação da proposta de formação profissional na área de Serviço Social, a partir do currículo de 1982. (B) negação da base filosófica tradicional, conservadora, que norteava a “ética da neutralidade”, e afirmação de um novo perfil do(a) técnico(a), não mais considerado(a) como um(a) agente apenas 32 executivo(a), mas como um(a) profissional competente teórica, técnica e politicamente. (C) afirmação de um novo perfil do(a) técnico(a), não mais considerado(a) como um(a) agente apenas executivo(a), mas como um(a) profissional competente teórica, técnica e politicamente, e negação do corporativismo profissional através da alteração da lógica e da direção política das entidades representativas da profissão. (D) negação do corporativismo profissional através da alteração da lógica e da direção política das entidades representativas da profissão, e reformulação da proposta de formação profissional na área de Serviço Social, a partir do currículo de 1982. 82. A revisão do texto do Código de 1986 processou-se em dois níveis. Em primeiro lugar, reafirmou os seus valores fundantes e os articulou a partir da exigência democrática segundo a qual a democracia é tomada como valor ético político central, na medida em que é o único padrão de organização político-social capaz de assegurar a explicitação dos valores essenciais da liberdade e da equidade. Em segundo lugar, cuidou-se de precisar a normatização do exercício profissional de modo a permitir que aqueles valores sejam retraduzidos no relacionamento entre (A) assistentes sociais, instituições/organizações e sociedade em geral, preservando-se os direitos profissionais, a qualidade dos serviços e a responsabilidade diante do(a) usuário(a). (B) assistentes sociais, instituições/organizações e população, preservando-se os direitos e deveres profissionais, a qualidade dos serviços e a responsabilidade diante do(a) usuário(a). (C) assistentes sociais, instituições e população, preservando-se a qualidade dos serviços e a responsabilidade institucional diante do(a) usuário(a). (D) assistentes sociais, instituições e usuários(a)s, preservando-se os deveres profissionais, a qualidade dos serviços e a responsabilidade institucional diante do(a) usuário(a). 83. As alterações procedidas no Código de Ética Profissional vigente se adéquam às correções formais e de conteúdo, conforme consignadas na Resolução CFESS 594, de 21 de janeiro de 2011. Essas alterações são de suma importância, pois reafirmam princípios e valore s do Projeto Ético-Político do Serviço Social e incorporam avanços nas discussões acerca dos direitos da população LGBT pela livre orientação e expressão sexual. Essas mudanças são resultado do aprofundamento de discussões, no âmbito do Conjunto CFESS/CRESS, das temáticas (A) proteção social e direitos humanos. (B) gênero e proteção social. 33 (C) ética e gênero. (D) ética e direitos humanos 84. O posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática, constitui-se, no atual Código de ética profissional, como (A) Dever profissional. (B) Princípio profissional. (C) Direito profissional. (D) Procedimento profissional. 85. As atribuições e competências dos profissionais de Serviço Social são orientadas e norteadas por direitos e deveres constantes no Código de Ética Profissional e na Lei de Regulamentação da Profissão (Lei 8.662/93), que devem ser observados e respeitados tanto pelos profissionais quanto pelas instituições empregadoras. De acordo com o artigo 3º do Código de Ética, é dever do profissional: (A) Assegurar aprimoramento profissional de forma contínua colocando-o a serviço dos princípios do Código. (B) Utilizar seu número de registro no Conselho Regional, no exercício da Profissão. (C) Fazer pronunciamento em matéria de sua especialidade quando se tratar de assunto s de interesse da população usuária. (D) Fazer desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional. 86. O capítulo VI do Código de Ética Profissional do(a) Assistente Social dispõe sobre a relação profissional com a Justiça e estabelece os deveres do assistente social. Nesse sentido, é vedado ao assistente social, de acordo com o artigo 20: (A) recusar comparecer perante a autoridade competente, quando intimado(a) a prestar depoimento, para declarar que está obrigado(a) a guardar sigilo profissional. (B) recusar apresentar à justiça na qualidade de perito ou testemunha, as conclusões do seu laudo ou depoimento, mesmo quando autorizado(a). (C) depor como testemunha sobre situação sigilosa do(a) usuário(a) de que tenha conhecimento no exercício profissional, mesmo quando autorizado(a). (D) atuar, profissionalmente, em caso de investigação da justiça que tenha a finalidade de elucidar situação sigilosa do(a) usuário(a). 34 87. A manutenção do sigilo profissional constitui direito do assistente social que viabiliza a proteção do(a) usuário(a) quanto à divulgação de informações das quais o assistente social tome conhecimento em decorrência do exercício profissional. De acordo com o artigo Art. 18 do Código de Ética Profissional, a quebra do sigilo só é admissível quando se tratarem de situações cuja gravidade possa (A) trazer prejuízo aos interesses do(a) usuário(a), de terceiros(a)s e da coletividade, envolvendo ou não fatos delituosos. (B) envolver fatos delituosos que tragam prejuízos aos interesses do(a) usuário(a) de terceiros(a)s, da coletividade e da justiça. (C) prejudicar os interesses profissionais, institucionais e coletivos da sociedade civil. (D) atingir os interesses do(a) usuário(a), os interesses institucionais e ou os interesses públicos de justiça. 88. De acordo com o artigo primeiro do Código de Ética Profissional, compete ao Tribunal Superior de Ética profissional firmar jurisprudência na observância do Código e dos casos omissos. O Tribunal Superior de Ética é constituído pela instância (A) Assembleia Geral da categoria profissional. (B) Comissões de Ética dos Conselhos Regionais de Serviço Social. (C) Encontro Nacional CFESS/CRESS. (D) Conselho Federal de Serviço Social. 89. Leia o seguinte trecho referente a uma atribuição profissional: “No local de trabalho integrar comissões interdisciplinares de ética destinadas a avaliar a conduta e as decisões de profissionais quanto às políticas institucionais.” Sobre esse trecho, considere as seguintes afirmativas: I Trata-se de um direito do(a) assistente social em suas relações com as instituições empregadoras e outras, conforme disposto no Capítulo II do Código de Ética Profissional. II Trata-se de um direito do(a) assistente social, tendo em vista que a defesa da ética é um compromisso profissional irrestrito, previsto no artigo 8º do Código de Ética Profissional. III Trata-se de um direito que reafirma o compromisso ético da defesa profissionalpela qualidade dos serviços prestados à população usuária, no seu local de trabalho. IV Trata-se de um direito disposto na alínea “d” do artigo 7º do código de Ética Profissional. Estão corretas as afirmativas 35 (A) I e IV (B) II e III (C) I e II (D) III e IV 90. As infrações ao Código de Ética profissional do(a) Assistente Social implicam penalidades que vão de multa à cassação do direito ao exercício profissional, na forma dos dispositivos legais e/ ou regimentais. A pena de suspensão acarreta a interdição do exercício profissional (A) no território de abrangência do Conselho Regional no qual o assistente social está inscrito, pelo prazo de 2 (dois) anos. (B) em todo o território nacional, pelo prazo de 1 (ano). (C) em todo o território nacional, pelo prazo de 30 (trinta) dias a 2 (dois) anos. (D) em todo o território nacional, pelo prazo de 30 (trinta) dias a 1 (um) ano. 91. O conceito ampliado de saúde preconizado pelo Movimento da Reforma Sanitária Brasileira, inscrito na lei 8.080/90, questiona as desigualdades sociais destacando a determinação social da saúde, entre outros aspectos, ao associar saúde à: (A) Acesso igualitário e dever do Estado. (B) Organização social da produção. (C) Acesso universal aos serviços. (D) Integralidade da assistência médica. 92. A concepção de seguridade social preconizada no Artigo 194 da Constituição Federal de 1988 harmoniza-se com o conceito ampliado de saúde, exatamente porque a seguridade social pretende garantir a (A) integração de ações de inciativa dos poderes públicos e da sociedade. (B) igualdade de cobertura dos serviços para às populações urbanas e rurais. (C) equidade, seletividade, integralidade e uniformidade para todos e todas. (D) acessibilidade não mercantil, a todos direitos sociais, considerados básicos. 93. O sistema de seguridade social adotado a partir da Constituição de 1988 busca romper com o caráter contratual e com o modelo de seguro social que marcaram a história da saúde pública no Brasil. O objetivo do atual sistema que visa garantir essa ruptura é (A) uniformidade e irredutibilidade dos benefícios. 36 (B) integralidade e uniformidade da atenção. (C) diversidade da base de financiamento e orçamento. (D) universalidade da cobertura e do atendimento. 94. A arquitetura da seguridade social brasileira pós-1988 tem orientação e conteúdo semelhantes as dos modelos de seguridade que promovem o bem-estar social nos países desenvolvidos. Todavia, as características excludentes do mercado de trabalho, o grau de pauperização da população, o nível de concentração de renda e as fragilidades do processo de publicização do Estado permitem afirmar que, no Brasil, (A) a concepção de seguridade social efetivamente adotada não se vem traduzindo objetivamente na universalização do acesso aos benefícios sociais. (B) as fragilidades da seguridade impedem que os trabalhadores brasileiros adquiram novos direitos e acessem serviços públicos não mercantis. (C) as inúmeras fragilidades do sistema de seguridade social não o tem impedido de prover o direito à proteção social, a todos os trabalhadores. (D) as politicas de seguridade social, por meio da ampliação da assistência social, têm reduzido a fragmentação da organização dos trabalhadores. 95. A alteração na Constituição de 1988 que retirou o direito dos trabalhadores brasileiros à aposentadoria por tempo de serviço foi definida na (A) Emenda Constitucional de nº 70/2012 - no governo Dilma. (B) Emenda Constitucional de nº 41/2003 - no governo Lula. (C) Emenda Constitucional de nº 47/2005 - no governo Lula. (D) Emenda Constitucional de nº 20/1998 - no governo FHC. 96. Com base nas alterações determinadas pela medida provisória nº 664, as novas regras para a concessão do auxílio doença, em vigor a partir de 01 de março de 2015, determinam que, em casos de afastamento para tratamento de saúde, (A) a empresa paga valor correspondente a 80% da média dos maiores salários de contribuição, nos primeiros 30 dias de afastamento. (B) a empresa paga ao empregado o salário integral nos primeiros 15 dias de afastamento. (C) a empresa paga valor correspondente à média das 12 últimas contribuições, nos primeiros 30 dias de afastamento. (D) a empresa paga ao empregado o salário integral nos primeiros 30 dias de afastamento. 37 97. A medida provisória nº 664, em vigor a partir de 01 de março de 2015, criou novas regras para a concessão de pensão previdenciária por morte, com ressalvas para as exceções previstas nesta medida. De acordo com as novas regras, a concessão da referida pensão exige que o(a) segurado(a) tenha cumprido os requisito de, no mínimo, (A) 12 meses de contribuição e 12 meses de casamento ou união estável. (B) 06 meses de contribuição e 06 meses de casamento ou união estável. (C) 02 anos de contribuição e dois anos de casamento ou união estável. (D) 02 anos de casamento ou união estável e06 meses de contribuição. 98. Dadas as particularidades na implementação das políticas sociais no Brasil, (A) o modelo beveridgiano orienta e define as políticas integrantes do tripé da seguridade social brasileira à medida que se amplia o grau de assistencialização da seguridade. (B) o modelo bismarckiano orienta e define as políticas integrantes do tripé da seguridade social brasileira, haja vista a abertura à livre inciativa e o caráter complementar. (C) o modelo bismarckiano orientou e ainda define a política de previdência social, enquanto o modelo beveridgiano sustenta os princípios da saúde e da assistência social. (D) o modelo beveridgiano orienta o sistema de seguridade social brasileiro ao possibilitar redistribuição de renda, a igualdade e a equidade na distribuição dos recursos . 99. Com base no conceito ampliado de saúde, muitos gestores utilizavam recursos do Fundo de Saúde para ações que não são consideradas dessa área. A partir da regulamentação da Emenda Constitucional 29 pela Lei Complementar 141/2012, em seu Artigo 3º, para efeito da apuração da aplicação dos recursos mínimos, serão consideradas despesas com ações e serviços públicos de saúde as referentes a (A) saneamento básico de domicílios ou de pequenas comunidades, desde que sejam aprovadas pelo Conselho de Saúde do ente da Federação financiador da ação e estejam de acordo com as diretrizes das demais determinações previstas nessa Lei Complementar. (B) saneamento básico, inclusive aquelas ações financiadas e mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preços públicos instituídos para essa finalidade. (C) preservação e correção do meio ambiente, realizadas pelas respectivas instituições dos entes da Federação ou por entidades não governamentais. (D) merenda escolar e outros programas de alimentação, quando executados em unidades do SUS, ressalvando-se o disposto no inciso II do art. 3° 38 GABARITO DO 2° SIMULADO 51-C 52-D 43-A 54-B 55-B 56-C 57-B 58-B 59-A 60-C 61-D 62-C 63-D 64-B 65-A 66-C 67-B 68-D 69-A 70-B 71-D 72-B 73-A 74-A 75-A 76-D 77-C 78-C 79-D 80-A 81-B 82-B 83-D 84-B 85-B 86-C 87-A 88-D 89-A 90-C 91-B 92-A 93-D 94-A 95-D 96-D 97-C 98-C 99-A 3° Simulado Preparatório Para Residência Multiprofissional em Saúde As 49 questões a seguir foram retiradas da prova realizada em 2016 para Residência Multiprofissional em Saúde, realizado pela COMPERVE/UFRN. 100. Leia o poema abaixo. Pneumotórax Manuel Bandeira Febre, hemoptise, dispneia, suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi: tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: Diga trinta e três. Trinta e três, Trinta e três... Trinta e três. Respire... O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. Então, Doutor, não é possível fazer um PNEUMOTORAX? Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. No poema Pneumotórax, Manuel Bandeira incorpora à sua poética a cultura
Compartilhar