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Enfermagem – UP: Vigilância à Saúde – Roberval Pinheiro
CONSIDERAÇÕES SOBRE MODELOS DE ATENÇÃO/ ASSISTÊNCIA - VIGILÂNCIA À/DA E EM SAÚDE
SOLUÇÕES DE MODELO PARA A INTEGRALIDADE 
A busca de soluções para os problemas de atenção à saúde da população
“Assim, busca-se criar as condições para que, de forma permanente, o sistema de saúde aproxime-se mais dos indivíduos, torne-se mais humano, solidário e, sobretudo, mais resolutivo. Princípios como territorialidade, vínculo, continuidade, planejamento local, promoção à saúde estão cada vez mais presentes nas pautas e agendas não só dos técnicos, como também dos movimentos sociais liga - dos ao setor”.
(CAMPOS, 2003, 570) 
TRABALHO FRAGMENTÁRIO COMO DESAFIO PARA A INTEGRALIDADE 
“A organização parcelar do trabalho fixa os trabalhadores em uma determinada etapa do projeto terapêutico. A superespecialização, o trabalho fracionado, fazem com que o profissional de saúde se aliene do próprio objeto de trabalho. Desta forma, fi cam os trabalhadores sem interação com o produto final da sua atividade laboral, mesmo que tenham dele participado, pontualmente. Como não há interação, não haverá compromisso com o resultado do seu trabalho” (CAMPOS, 2003 apud FRANCO et al., 1997, 572).
INTEGRALIDADE – ATENÇÃO EM TODOS OS NÍVEIS 
A integralidade como princípio norteador do sistema de saúde
“[...] prevê-se nesse conceito que, de forma articulada, sejam ofertadas ações de promoção da saúde, prevenção dos fatores de risco, assistência aos danos e reabilitação – segundo a dinâmica do processo saúde-doença. É importante ressaltar que os diferentes momentos da evolução da doença e as respectivas medidas a serem tomadas seguem o modelo da história natural da doença, teoria consagrada por White na década de 1960. Segundo essa teoria, o estágio em que se encontra determinado agravo à saúde está diretamente referido a níveis de intervenção segundo conhecimentos e tecnologias disponíveis para atuação em âmbitos individuais e coletivos. Estes precisam estar articulados e integrados em todos os espaços organizacionais do sistema de saúde.”.
(CAMPOS, 2003, 573) 
HND por LEAVELL & CLARK (1976) 
PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO
Prevenção Primária proteção específica (contra agentes patológicos ou utilização de mecanismos de barreira) e Promoção da Saúde (educação sanitária , aconselhamento) + intervenções ambientais e comportamentais (indispensável!) .
PERÍODO PATOGÊNICO 
Prevenção Secundária Diagnóstico precoce, tratamento adequado, limitação da incapacidade.
Prevenção Terciária Reabilitação 
MODELO DE VIGILÂNCIA À SAÚDE 
A vigilância DA SAÚDE
“A vigilância da saúde tem no princípio de territorialidade sua principal premissa. O trabalho em saúde deve estar imerso no contexto territorial. Assim consegue-se definir problemas, e um conjunto de prioridades, bem como obter os re- cursos para atender às necessidades de saúde da comunidade considerando cada situação específica. O território é entendido como o espaço onde vivem grupos sociais, suas relações e condições de subsistência, de trabalho, de renda, de habitação, de acesso à educação e o seu saber preexistente, como parte do meio ambiente, possuidor de uma cultura, de concepções sobre saúde e doença, de família, de sociedade, etc”. (p. 578) 
Representação esquemática 
Modelo de Vigilância à Saúde 
MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADO INTEGRAL 
A PROMOÇÃO DA SAÚDE - CARTA DE OTTAWA (1986)
“A promoção à saúde consiste em proporcionar aos povos os meios necessários para melhorar sua saúde e exercer um maior controle sobre a mesma. Para alcançar um estado adequado de bem-estar físico, mental e social um indivíduo ou grupo deve ser capaz de identificar e realizar suas aspirações, de satisfazer suas necessidades e de modificar ou adaptar-se ao meio ambiente. A saúde se percebe, pois, não como o objetivo, senão como a fonte de riqueza da vida cotidiana. Trata- se, portanto, de um conceito positivo, que acentua os recursos sociais e pessoais assim como as atitudes. Por conseguinte, dado que o conceito de saúde como bem-estar transcende a idéia de formas de vida saudáveis, a promoção da saúde não concerne exclusivamente ao setor saúde (WHO, 1986).” (p. 579) 
incorporação de novos saberes para atuação da vs 
1º NÍVEL DE ATUAÇÃO:
ações intersetoriais , desenvolvimento sustentável , defesa da cidadania construção de ambientes/ indivíduos/comunidades saudáveis .
2º NÍVEL DE ATUAÇÃO:
prevenção dos riscos de adoecimento vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental e os programas de saúde As ações programáticas necessitam ser repensadas para desenvolver ações que reduzam os múltiplos fatores relacionados ao adoecimento
3º NÍVEL DE ATUAÇÃO:
A assistência propriamente dita.
MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE E CUIDADO INTEGRAL 
CARACTERÍSTICAS DO MODELO 
“Tem sido reconhecido que o modelo médico hegemônico, centrado no atendimento de doentes (demanda espontânea ou induzida pela oferta) apresenta sérios limites para uma atenção comprometida com a efetividade, eqüidade e necessidades prioritárias em saúde, ainda que possa proporcionar uma assistência de qualidade em determinadas situações. Já o modelo sanitarista (campanhas sanitárias, programas especiais, vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, etc.), voltado para o atendimento de necessidades, tem enfrentado dificuldades para a promoção e proteção da saúde, bem como na prestação de uma atenção com qualidade, efetividade e eqüidade”.(PAIM, 2001, p. 5) 
AVALIAÇÃO NA 11ª CNS (2000) 
Problematização dos modelos: 
“apresentam uma certa ‘inércia’, na medida em que se institucionalizam em políticas e práticas sociais que reproduzem interesses econômicos e políticos de grupos profissionais, empresas, corporações e elites políticas, por vezes distanciados dos interesses e necessidades da maioria da população”. (TEIXEIRA, 2000 apud PAIM, 2001, p.6) 
MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE EXISTENTES 
PARA CARMEM TEIXEIRA: 
“Ações programáticas de saúde: programação como instrumento de redefinição do processo de trabalho em saúde, [...] identificação das necessidades sociais de saúde [...]demanda os serviços das unidades básicas. (Schraiber, 1990, 1993, 1995, 1996). 
Programas de Saúde da Família: ações territoriais que extrapolam os muros das unidades de saúde, enfatizando atividades educativas e de prevenção de riscos e agravos específicos, com ações básicas de atenção à saúde de grupos prioritários. 
Acolhimento: estabelecimento de vínculos entre profissionais e clientela, [...] mudanças na “porta de entrada” [...] na recepção do usuário, no agendamento das consultas e na programação da prestação de serviços, [...] “releitura” das necessidades sociais de saúde da população (Merhy, 1994; Cecílio, 1994; Merhy, 1997).”(PAIM, 2001, p. 7) 
Mais modelos... 
Propostas de Modelos ao longo dos últimos anos: 
“Vigilância da Saúde: [...] fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica e sanitária, [...] vigilância nutricional dirigidas a grupos de risco, a vigilância na área de saúde do trabalhador [...], a vigilância ambiental em áreas específicas de risco epidemiológico, [...] assistência médico-ambulatorial, laboratorial e hospitalar. (Mendes, 1993, 1994; Teixeira, 1994; Vilasboas,, 1998). 
Cidades saudáveis : [...] visão ampliada da gestão governamental, que inclui a promoção da cidadania e o envolvimento criativo de organizações “comunitárias” no planejamento e execução de ações intersetoriais dirigidas à melhoria das condições de vida e saúde, [...] incluindo fatores econômicos, ambientais e culturais (Westphal, 1997; Malik, 1997, Keinert, 1997; Ferraz, 1999; RADIS, 2000). 
Promoção da saúde: [...] melhoria das condições e estilos de vida de grupos populacionais específicos, apoiando-se amplamente em atividades de Educação e Comunicação em saúde e na formulação de “políticas públicas saudáveis[...] ”. (Ferraz, 1993, 1998). . (TEIXEIRA, 2000 apud PAIM, 2001, p.87 
CONCEITO E COMPREENSÃO DE MODELOS ASSISTENCIAIS/ATENÇÃO 
MODELO PARA PAIM: 
“Modelo não é padrão, não é exemplo, não é burocracia. Modelo é uma razão de ser – uma racionalidade. É uma espécie de “lógica” que orienta a ação. Modelo de atenção à saúde ou modelo assistencial não é uma forma de organizar serviços de saúde. Também não é um modo de administrar (gestão ou gerenciamento) o sistema e os serviços de saúde. Modelo de atenção é uma dada forma de combinar técnicas e tecnologias para resolver problemas de saúde e atender necessidades de saúde individuais e coletivas. É uma maneira de organizar os meios de trabalho (saberes e instrumentos) utilizados nas práticas ou processos de trabalho em saúde. Aponta como melhor combinar os meios técnico-centíficos existentes para resolver problemas de saúde individuais e/ou coletivos. Corresponde à dimensão técnica das práticas de saúde. Incorpora uma “lógica” que orienta as intervenções técnicas sobre os problemas e necessidades de saúde (modelo de intervenção em saúde).”(PAIM, 2001, p. 8) 
ANÁLISE MARXISTA 
Em sua obra O CAPITAL (vol. 1) Marx assinala: 
“as necessidades naturais, o alimento, o vestuário, a calefação, a habitação, etc., variam de acordo com as condições do clima e as demais condições naturais de cada país. Ademais o volume das chamadas necessidades naturais assim como o modo de satisfazê-las, são um produto histórico que depende portanto, em grande parte, do nível de cultura de uma país e, sobretudo, entre outras coisas, das condições dos hábitos e das exigências com que se haja formado a classe de trabalhadores livres” (Marx, 1975, p.124) 
INTEGRALIDADE NO CONTROLE DE RISCOS E DANOS 
CONTROLE DE RISCOS E AMEAÇAS: 
a) riscos ambientais: vetores, água (consumo e mananciais hídricos), esgoto, lixo (doméstico, industrial), poluição do ar, do solo e de recursos hídricos, transporte de produtos perigosos, etc.
b) riscos ocupacionais: processo de produção, substâncias, intensidade, ritmo e ambientes de trabalho;
c) riscos sociais : transporte, alimentos, substâncias psicoativas, violências, grupos vulneráveis, necessidades básicas insatisfeitas, etc.
d) riscos iatrogênicos: medicamentos, infecções hospitalares, sangue e hemoderivados, radiações ionizantes, tecnologias médico-sanitárias, procedimentos e serviços de saúde;
e) riscos institucionais: creches, escolas, clubes, hotéis, motéis, portos, aeroportos, fronteiras, estações ferroviárias e rodoviárias, etc.(Paim & Teixeira, 1993). 
Síntese do modelo 
Paim promove o desfecho do entendimento: 
“A vigilância da saúde por atuar sobre problemas (danos, riscos e determinantes) que requerem atenção e acompanhamento contínuos, mediante articulação entre ações promocionais, preventivas e curativas sobre o território a partir de operações intersetoriais, poderia ser acionada para o enfrentamento de problemas e necessidades selecionados, combinando saberes e tecnologias de diferentes campos de ação”. (PAIM, 2001, p. 11)

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