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A ATIVIDADE ELÉTRICA DO MÚSCULO É ALTERADA APÓS UMA SESSÃO DE EXERCÍCIO 
ISOMÉTRICO COM OCLUSÃO VASCULAR? 
 
Bruno Machado Matareli1, Thiago Toshi Teruya1, Fillipe Soares Romano1, Jerônimo Rafael Skau2, Ulysses 
Fernandes Ervilha2, Luis Mochizuki1 
 
1 – Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP Brasil 
2 – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, SP, Brasil 
 
RESUMO 
O treino de força é um importante elemento para o condicionamento físico. Recentemente, o treino de força 
com oclusão vascular tem sido largamente estudado devido aos seus expressivos ganhos de força e massa 
muscular, porém algumas variáveis na atividade muscular deste modelo de treinamento parecem ainda não 
serem muito claras. O objetivo do presente estudo foi analisar o nível de ativação muscular durante uma 
sessão de exercício isométrico com oclusão vascular. Sete indivíduos saudáveis realizaram o teste de 
contração voluntária isométrica máxima de flexão do braço, em seguida, realizaram três repetições de 
contração voluntária isométrica a 20% 1RM com oclusão e sem oclusão. Foi utilizada ANOVA de um fator e 
o teste pós-hoc de Tukey. Os resultados mostraram que não houve efeito da oclusão na freqüência 
mediana, torque, intensidade, e alfa. O teste post hoc Tukey mostrou que o desvio-padrão do torque foi 
maior sem a oclusão. Concluindo, neste estudo a oclusão vascular não foi capaz de promover grandes 
mudanças na ativação muscular. 
Palavras-chave: Treino de força, Torque, Hipoxia. 
 
ABSTRACT 
Strength training is an important for the physical conditioning. Recently, resistance training with vascular 
occlusion has been largely investigated due to their significant gains in strength and muscle mass, although 
some variables in muscle activity of this training model are unknown. The aim of this study was to examine 
the level of muscle activation during a session of isometric exercise with vascular occlusion. Seven healthy 
subjects performed isometric maximum voluntary contraction of elbow flexion. Then performed three 
repetitions of isometric voluntary contraction at 20% 1RM with occlusion and without occlusion. Comparisons 
were done using one-way ANOVA factor and post-hoc Tukey test. The results showed no effect of occlusion 
in median frequency, torque, intensity and alpha. The post-hoc Tukey test showed that the standard 
deviation were higher in torque without occlusion. In conclusion, in the present study vascular occlusion was 
unable to promote large changes in muscle activation. 
Keywords: Resistance training, Torque, Hipoxia. 
 
 
INTRODUÇÃO 
O treinamento de força é uma forma de 
atividade física que envolve a execução de 
diferentes tipos de exercício físico que são 
repetidos poucas vezes contra uma carga 
externa, como os halteres ou outros tipos de 
aparelhos que provocam a resistência contra-
movimento, ou contra o próprio peso corporal(1). 
Os efeitos do treinamento de força no 
desempenho físico dependem do número de 
repetições do exercício, quantidade de carga, 
número de séries e intervalo de descanso(2). A 
intensidade de treino é geralmente associada 
ao valor de uma repetição máxima (1RM). 
 O treinamento de força promove adaptações 
neurais e morfológicas(3) benéficas para o 
desempenho e manutenção da saúde do 
praticante. As principais adaptações 
morfológicas são a hipertrofia, estimulação da 
síntese de proteínas e produção hormonal(4,5,6). 
As principais adaptações neurais são o 
aumento da força, aumento de recrutamento de 
unidades motoras, e a alteração e 
sincronização da freqüência de disparo das 
unidades motoras(7,8,9). Essas adaptações 
também são necessárias em um programa de 
reabilitação ou de tratamento de diferentes 
populações, como idosos(5,10) ou cardiopatas(11. 
Deste modo, o treino de força pode ser 
recomendado como forma eficiente de 
tratamento e prevenções de doenças crônico-
degenerativas. 
Pesquisadores japoneses desenvolveram uma 
técnica de treinamento de força de baixa 
intensidade (20% 1RM) com oclusão vascular 
que gera repostas semelhantes ao treinamento 
de alta intensidade (80% 1RM)(12,13,14,15,16). 
Segundo Takarada et al16, os resultados do 
treino de força com oclusão vascular no 
desempenho podem estar relacionados com o 
aumento da secreção do hormônio do 
crescimento (GH). As principais vias do 
aumento de secreção do GH seriam pelo 
acúmulo de metabólitos intramusculares e pela 
condição hipóxica induzida pelo exercício de 
alta intensidade. Deste modo, a oclusão 
vascular promoveria um estímulo mecânico 
para induzir a uma condição hipóxica do 
Atividade elétrica do músculo e oclusão vascular 
 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2013, vol14, n.26 
18 
músculo e o acúmulo de metabólitos sob a 
condição de exercício de força de baixa 
intensidade. 
Alguns estudos avaliaram os mecanismos e as 
respostas fisiológicas no treino de força com 
oclusão vascular(12,14,15); porém, poucos 
estudos avaliaram o nível de ativação muscular 
durante diferentes protocolos de treino de força 
com oclusão vascular(13,16). Com relevantes 
diferenças entre estudos, ainda não é claro o 
papel da oclusão vascular na atividade elétrica 
do músculo. Necessita-se de maior 
aprofundamento para fomentar as teorias e 
benefícios proporcionados pelo treino de força 
de baixa intensidade com oclusão vascular, já 
que a literatura não indica apenas o aumento 
da atividade muscular no treino de força de 
baixa intensidade com oclusão vascular(18). 
Deste modo, o objetivo do presente estudo foi 
analisar o nível de ativação muscular durante 
uma sessão de exercício isométrico com 
oclusão vascular. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
Amostra 
Participaram do estudo sete sujeitos do sexo 
masculino voluntários com idades entre 20 e 40 
anos, saudáveis e com experiência no treino de 
força. Todos os sujeitos foram informados 
sobre os procedimentos do protocolo, riscos e 
benefícios antes do início do estudo. O estudo 
seguiu os procedimentos éticos e os indivíduos 
assinaram um termo de consentimento livre e 
esclarecido antes de participarem dos 
procedimentos experimentais. 
 
Tabela 1- Características da amostra com 
idade, estatura e massa corporal. 
 Média±DP Mínimo Máximo 
Idade (anos) 29 ± 10,36 20 42 
Estatura (cm) 175 ± 5,32 167 181 
Massa (kg) 72 ± 8,97 63 91 
 
Instrumentalização 
Para o protocolo de exercício, foi utilizado um 
dinamômetro isocinético (Biodex system 3, 
Shirley, NY, EUA) para medir o torque líquido 
articular. Este equipamento é monitorado por 
software (Bioware, Biodex Inc, Shirley, NY, 
EUA) e grava os sinais de torque, velocidade e 
posição angular no teste. Para os movimentos 
do cotovelo, o participante permaneceu 
sentado e preso por cintos, com o braço e 
antebraço fixos no instrumento e o eixo de 
flexão e extensão do cotovelo alinhado com o 
eixo de movimento do dinamômetro isocinético. 
A aquisição do sinal eletromiográfico (EMG) foi 
feita por meio de um eletromiógrafo de 16 
canais (EMG System Ltda, São José dos 
Campos, Brasil). Cada canal eletromiográfico 
possui um amplificador diferencial com ganho 
fixo de 1000, impedância de entrada de 10 Mῼ, 
filtro passa-alta Butterworth de 1ª ordem com 
freqüência de corte em 1Hz e um filtro passa-
baixa Butterworth de 2ª ordem com freqüência 
de corte em 1kHz. Os sinais foram digitalizados 
em um conversor AD de 16 bit de resolução 
com faixa de entrada programável, em uma 
faixa de ±5 V e a freqüência de amostragem de 
1 kHz. Foram usados eletrodos ativos de 
superfície pré-amplificados com ganho de 20 
vezes de prata moldados em uma estrutura de 
poliuretano (35,0mm comprimento x 20,0mm 
de largura x 5,0mm de altura) que foram fixos 
sobre o ponto médio entre as junções 
miotendíneas distal e proximal do músculo 
bíceps braquial no ventre de cabeça longa comeletrodos descartáveis. 
A oclusão vascular foi realizada por meio de 
um esfigmomanômetro colocado no braço. A 
pressão utilizada foi de 80% da oclusão total da 
artéria braquial. 
 
Procedimentos 
Os sujeitos realizaram três repetições de 
contração voluntária isométrica máxima (CVMI) 
de flexão do braço sem oclusão vascular, com 
o cotovelo na posição de flexão de 90º, que 
permaneceu fixado a um dinamômetro 
isocinético. Em seguida foi realizada a oclusão 
vascular total com o esfignomanômetro, em 
seguida foi reduzida e mantida a 80% da 
oclusão total. Após esse procedimento, foram 
realizadas mais três repetições de contração 
voluntária isométrica submáxima (CVISM) 
(20% 1RM) com oclusão. Finalmente, foi 
removida a oclusão vascular e mais três 
repetições da CVISM foram realizadas. O 
intervalo entre repetições foi 5s e a duração de 
cada contração isométrica foi 6 s. 
 
Processamento dos sinais 
 O sinal EMG bruto teve a média 
removida e em seguida foi filtrado com filtro 
passa-baixa Butterworth de 4ª ordem 200 Hz. 
O sinal do torque foi filtrado com filtro passa-
baixa Butterworth de 2ª ordem 50 Hz. Em 
seguida, foi definida a janela central de 0,5 s de 
largura para o cálculo das variáveis do estudo. 
Todo o processamento foi realizado por meio 
de rotinas elaboradas no ambiente Matlab 7.0. 
 
Variáveis de análise 
 Foram analisadas as seguintes 
variáveis: torque médio e variabilidade do 
torque médio; intensidade média do EMG e 
variabilidade da intensidade média do EMG; e 
freqüência mediana do EMG. Essas 
B.M.Matareli, T.T.Teruya, F.S.Romano, J.R. Skau, U.F.Ervilha, L.Mochizuki 
 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2013, vol14, n.26 
19 
variáveis foram calculadas em uma janela 
central da contração isométrica com largura de 
0,5 s. A intensidade do sinal EMG foi calculada 
por meio do valor da raiz quadrada da média 
(RMS, root mean square) do sinal EMG 
processado. 
 
Análise Estatística 
Os resultados foram comparados por meio de 
análise de variância utilizando ANOVA de um 
fator com nível de significância igual a p <0,05 
e o teste post hoc de Tukey com nível de 
significância igual a p <0,001. Foi realizada a 
análise de regressão linear entre os valores de 
intensidade do EMG e o torque médio no 
cotovelo. Estão apresentados os valores de 
inclinação (alfa) das regressões lineares. 
 
RESULTADOS 
A Figura 1 indica os valores da freqüência 
mediana do EMG do músculo bíceps braquial. 
Não houve efeito da oclusão na freqüência 
mediana do EMG do músculo bíceps braquial 
(F(1,68)=0,04, p=0,84). 
Os valores médios do torque estão 
apresentados na Figura 2. O torque médio não 
sofreu efeito da oclusão vascular (F(1, 68)=2,1, 
p=0,14). 
A variabilidade média do torque está 
apresentada na Figura 3. A variabilidade média 
do torque sofreu efeito da oclusão. O test post 
hoc de Tukey mostrou que o grupo com 
oclusão apresentou menor variabilidade média 
do torque (p < 0,001). 
A Figura 4 mostra os valores médios da 
intensidade do sinal EMG do músculo bíceps 
braquial. A intensidade do EMG não sofreu o 
efeito da oclusão vascular (F(1, 68)=0,8, p=0,37). 
A figura 5 mostra a inclinação da reta (alfa) de 
regressão linear entre a intensidade média do 
EMG e o valor médio do torque. O alfa não 
sofreu efeito da oclusão vascular. 
 
 
Figura 1 – Média e desvio padrão da 
Freqüência Mediana do EMG do músculo 
bíceps braquial na condição com e sem 
oclusão vascular. 
 
 
Figura 2 – Torque médio desvio padrão durante 
as condições com e sem oclusão vascular. 
 
 
Figura 3 – Variabilidade média do torque nas 
condições com e sem oclusão vascular. * indica 
diferença de p<0,001. 
 
Atividade elétrica do músculo e oclusão vascular 
 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2013, vol14, n.26 
20 
 
Figura 4 - Intensidade média do sinal EMG do 
músculo bíceps braquial na condição com e 
sem oclusão vascular. 
 
 
Figura 5 - Valores médios e desvio-padrão da 
inclinação da reta (alfa) da regressão linear 
entre a intensidade do EMG e o valor médio de 
torque nas condições com e sem oclusão 
vascular. 
 
DISCUSSÃO 
Este estudo procurou investigar os efeitos 
agudos da oclusão vascular durante o exercício 
isométrico de flexão do cotovelo. As variáveis 
não sofreram mudanças por causa da oclusão 
vascular, exceto a variabilidade média do 
torque. Wernbom et al(19) obtiveram também 
não encontraram o efeito da oclusão vascular 
no nível de ativação do quadríceps femoral 
durante a extensão do joelho. A ausência 
desse efeito pode ser atribuída ao tempo de 
contração, número de repetições e ao nível de 
esforço exigido, pela qual 20% 1RM mesmo 
com oclusão, não promove o aumento agudo 
na atividade muscular(18). Maiores unidades 
motoras são ativadas realizando rápidas 
contrações com uma carga aproximada de 33% 
1RM(20), respeitando o princípio do tamanho, o 
baixo de nível de ativação muscular pode ser 
explicado devido ao reduzido recrutamento de 
unidades motoras rápidas(21). 
O tipo de protocolo afeta o efeito do 
treinamento com oclusão. Outros estudos 
usaram mais séries e repetições que nosso 
estudo, provocando a fadiga muscular e 
gerando um maior recrutamento de unidades 
motoras para manter um mesmo nível de 
contração isométrica(14,4,22,15,16). 
Não houve efeito da oclusão vascular na 
freqüência mediana do EMG. As mudanças na 
freqüência mediana estão associadas aos 
processos de fadiga(23). A redução da 
freqüência mediana do EMG está associada ao 
maior recrutamento de unidades motoras 
lentas(23). Karabulut, et al(18) não mostraram 
alterações na freqüência mediana do EMG em 
um protocolo de fadiga muscular com oclusão 
vascular. Cook, Clark e Ploutz-Snyder(24) 
mostraram que a oclusão vascular em 
diferentes protocolos de exercício de força de 
baixa intensidade (20-40% 1RM até a fadiga) 
reduziu em 1/3 a força muscular. Deste modo, 
a oclusão vascular durante exercícios de baixa 
intensidade (20% 1RM) com poucas repetições 
não provoca um estresse neuromuscular 
suficiente para causar maior recrutamento de 
unidades motoras. A intensidade do EMG 
também foi igual com e sem a oclusão 
vascular. Segundo Duchateau, Semmler & 
Enoka(20) as taxas de contribuição relativa da 
atividade muscular variam de acordo com a 
força muscular e os músculos que realizam 
essa contração. Isto propõe que a oclusão 
vascular, com um baixo número de repetições 
ou em uma contração constante, não interfere 
no maior recrutamento de unidades motoras. 
A relação entre força e intensidade, 
representada pelo alfa, sofreram leves 
alterações, porém não foram significantes, 
sugerindo que a oclusão não foi capaz de 
alterar significativamente ambas variáveis. 
O torque líquido foi semelhante nas tarefas 
com e sem oclusão vascular. Por outro lado, a 
variabilidade do torque foi menor com oclusão 
vascular. Karabulut et al18) mostraram que o 
torque muscular diminui após a extensão do 
joelho com oclusão vascular a 20% 1RM. Suga 
et al(17) mostraram que o grupo treinado em 
baixa intensidade com oclusão vascular 
recrutou mais fibras de contração rápida, 
porém em menor quantidade quando 
comparado ao grupo de treino de alta 
intensidade sem oclusão vascular. 
Burgomaster et al(25) mostraram que a hipoxia, 
induzida pela oclusão vascular, estimulou o 
transporte de glicose. 
 Estes resultados sugerem que a condição 
hipóxica muscular induzida pela oclusão, 
restringe o aporte de oxigênio e suprimentos 
metabólicos para o músculo, podendo resultar 
na diminuição do recrutamento de fibras de 
contração lenta para auxiliar na contração, 
devido ao seu metabolismo predominante 
oxidativo(18,16). 
 
B.M.Matareli, T.T.Teruya, F.S.Romano, J.R. Skau, U.F.Ervilha, L.Mochizuki 
 
Brazilian Journal of Biomechanics, Year 2013, vol14,n.26 
21 
CONCLUSÃO 
Neste estudo não foram encontrados grandes 
efeitos da oclusão vascular durante a 
realização do protocolo. Outros estudos 
encontraram diferenças do nosso estudo, isto 
pode ser explicado pela utilização de diferentes 
protocolos. A ativação muscular isométrica não 
foi afetada pela oclusão vascular, envolvendo 
os mecanismos das fibras de contração lenta. 
Este estudo corrobora com outros estudos, 
pela qual, não obtiveram diferenças na 
atividade muscular durante exercícios 
realizados com oclusão vascular. O nível de 
constante de contração isométrica pode não 
recrutar o número de unidades motoras 
suficientes para gerar uma maior atividade 
muscular. Em suma, para haver efeitos da 
oclusão na atividade muscular, necessita-se de 
maiores números de repetições, aproximando-
se da fadiga muscular e assim, recrutando 
maiores quantidades de fibras motoras rápidas. 
 
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