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Nematóides de Transmissão Passiva Prof. Rodrigo Guerra Trichuris trichiura Enterobius vermicularis Trichuris trichiura Considerações Gerais: - Também conhecido como Trichocephalus trichiura, Trichuris trichiurus ou “whipworms”. - Causador da tricuríase, tricurose ou tricocefalose. - Homem é o principal hospedeiro (Já observou-se infectando em porcos e primatas). - População infantil é a mais afetada. De um total de 1.049.000.000 de portadores, crianças na idade pré-escolar e escolar somam 114 milhões (Crompton, 1999). Posição Sistemática: Filo: Nemathelminthes Classe: Nematoda Superfamília: Trichuroidea Família: Trichuridae Gênero: Trichuris Trichuris trichiura - Morfologia - Até 3 cm e testículo único, - extremidade posterior recurvada ventralmente, - espículo protegido por bainha - Até 5 cm, - Extremidade posterior romba e reta - Vagina, ovário e útero únicos MachoFêmea Parte posterior Parte anterior Morfologia dos vermes adultos Morfologia dos ovos - 50 m de comprimento; - Formato de barril característico; - São resistentes no meio ambiente; - Presença de tampão albuminoso ou pólos germinativos. Diagnóstico parasitológico CICLO BIOLÓGICO Atenção: parasito não realiza ciclo de Loss Habitat e comportamento Extremidade anterior mergulhada na mucosa do ceco. Longevidade: 6 a 8 anos (idade média: 3 anos) Patogenia e Sintomatologia - Carga parasitária: 2 a 10 helmintos (Podendo chegar de 100 a 1000); - Grande maioria dos portadores é assintomático; - Quadro clínico indefinido: insônia, perda de apetite, eosinofilia sangüínea, podendo apresentar dor abdominal, flatulência e constipação intestinal; - Alta carga parasitária: - Anemia: sangramento da mucosa intestinal - processo inflamatório local. - Prolapso retal * Alimentos ou água contaminada com ovos (Via Fecal-Oral). Mecanismos de Transmissão * População infantil é a mais afetada, devido aos pobres hábitos higiênicos. * Vetores mecânicos: Vento, chuva, poeira e insetos. Relatos de Trichuris trichiura geralmente está associada à infecções múltiplas com Ascaris lumbricoides Diagnóstico Laboratorial Exame de fezes e encontro de ovos característicos. Métodos: Sedimentação espontânea (Lutz ou HPJ) ou Kato-Katz Considerações Gerais: - Também conhecido como Oxiúros (Anteriormente denominada Oxyuris vermicularis). - Causador da enterobíase. - Distribuição geográfica mundial - Maior incidência em países de clima temperado. - População infantil é a mais afetada. Posição Sistemática: Filo: Nemathelminthes Classe: Nematoda Família: Oxyuridae Gênero: Enterobius Enterobius vermicularis Morfologia dos vermes adultos Machos: 5mm de comprimento. - cauda curvada ventralmente com um espículo. Fêmeas: 1cm de comprimento. - cauda pontiaguda e longa. Ambos os sexos: - Expansões típicas - Asas Cefálicas - Esôfago claviforme Morfologia dos ovos • 50 m de comprimento • possuem membrana tripla • têm formato grosseiro de um “D” • são transparentes e muito leves MEV Habitat e comportamento • Ceco e apêndice. • Vivem aderidos à mucosa ou livres na cavidade intestinal. • Fêmeas acumulam de 5.000 a 16.000 ovos no útero. • Durante a noite, migram do ceco para o reto. • Os machos morrem após a cópula. • As fêmeas no períneo, morrem, ressecam e rompem liberando ovos. ovoovos CICLO BIOLÓGICO Atenção: parasito não realiza ciclo de Loss Mecanismos de Transmissão • Heteroinfecção (Primoinfecção) - ovos presentes na poeira ou alimentos atingem novo hospedeiro. • Indireta - ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o próprio hospedeiro que os eliminou. • Auto-infecção externa ou direta - criança ou adulto (mais raro) levam os ovos da região perianal à boca (*mecanismo responsável pela cronicidade da doença). • Auto-infecção interna - Processo raro no qual as larvas eclodem dentro do reto, migram até o ceco e transformam-se em helmintos adultos. • Retroinfecção - larvas eclodem na região perianal (externa), penetram pelo ânus e migram pelo intestino grosso até o ceco, transformando-se em helmintos adultos. Patologia e Sintomatologia • Maioria dos casos são assintomáticos. • A alteração mais freqüente é o prurido anal. • Infecção bacteriana secundária. • Há perturbações do sono. • Carga parasitária elevada: fezes moles ou diarreicas, perturbações do apetite emagrecimento Clínico: prurido anal noturno. Laboratorial: método da fita gomada (Graham). Diagnóstico Epidemiologia Alta prevalência em crianças. Transmissão doméstica ou em ambientes fechados (creches, asilos). • Não sacudir a roupa de cama e de dormir e lavar em água fervente; • Tratar todas as pessoas parasitadas e repetir o medicamento 2 ou 3 vezes, com intervalo de 20 dias; • banhos matinais diários; • evitar superlotação de dormitórios; • remoção do pó por meio de aspiradores e uso de desinfetantes; • educação sanitária. Medidas Profiláticas