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DIREITO ADMINISTRATIVO

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Concursos do
Ministério Público
	No ato da posse.
	Nova redação do art. 3º da
Resolução 40/2009-CNMP
	Concursos da
Magistratura
	No momento da
inscrição definitiva.
	Art. 5º, da
Resolução 11/2006-CNJ
	Tribunal
	Inform / Súm
	Tema
	Jurisprudência
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PRINCÍPIOS
	
	
	
	.
	STJ 2aT
	400
	Princípios - Boa Fé Objetiva - Venire contra factum proprio
	A venire contra factum proprio é conduta vedada ao agente público em razão da aplicação, também na seara pública, do princípio da boa-fé objetiva (art. 2º, parágrafo único, IV, da Lei n. 9.784/1999). 
	STJ 2aT
	404
	Princípios - Reserva do Possível - Mínimo Existencial
	O princípio da reserva do possível não pode ser oposto ao princípio do mínimo existencial. Somente depois de atingido o mínimo existencial é que se pode cogitar da efetivação de outros gastos.
	STJ 2aT
	418
	Princípios - Reserva do Possível - Necessidade de prova
	A invocação da Reserva do Possível não pode ser apresentada de forma genérica, sem provas da falta de recursos financeiros. Ademais, exige considerações sobre a situação orçamentária do ente público.
	STJ 6aT / 5aT
	433 / 456
	Princípios - Publicidade 
	STJ 6aT Info 433: O princípio constitucional da publicidade (art. 37 da CF/1988) impõe o dever de a Administração conferir a seus atos a mais ampla divulgação possível, principalmente quando eles atingirem individualmente o administrado. Assim, não se afigura razoável exigir do candidato aprovado a leitura do Diário Oficial durante o prazo de validade do certame (quatro anos) no intuito de verificar a efetivação de sua nomeação. (no caso, tinha sido tornada sem efeito a nomeação do candidato feita após 3 anos da aprovação no concurso público pelo fato dele não ter comparecido para a posse - o STJ anulou o ato e mandou intimar pessoalmente o candidato da nova nomeação) STJ 5aT Info 456: A Administração deve intimar pessoalmente o candidato quando, entre a data da homologação do resultado e a de sua nomeação, há razoável lapso de tempo. Esse dever é-lhe imposto mesmo que o edital não trate dessa intimação. É desarrazoada a exigência de que o candidato mantenha a leitura do diário oficial estadual por mais de um ano, quanto mais se, onde reside, sequer há circulação desse periódico.
	STF Pleno
	630
	Princípios - Publicidade - Divulgação dos Vencimentos
	a divulgação dos vencimentos brutos de servidores, a ser realizada oficialmente, constituiria interesse coletivo, sem implicar violação à intimidade e à segurança deles, uma vez que esses dados diriam respeito a agentes públicos em exercício nessa qualidade. Afirmou-se, ademais, que não seria permitida a divulgação do endereço residencial, CPF e RG de cada um, mas apenas de seu nome e matrícula funcional. Destacou-se, por fim, que o modo público de gerir a máquina estatal seria elemento conceitual da República.
	STF
	Notícias 
(SL 623)
	Princípios - Publicidade - Divulgação dos Vencimentos
	Em decisão em pedido de Suspensão de Liminar (SL 623) o presidente do STF (Ayres Britto) liberou a divulgação dos salários dos servidores públicos federais dos Três Poderes de forma individualizada na internet, garantindo a divulgação das informações enquanto a matéria não for decidida em definitivo pelo Judiciário. (A decisão suspende liminares da 22ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, mantidas pelo presidente do TRF1, que acolheram solicitação da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil - CSPB). 
O assunto gira em torno de dois princípios constitucionais: o direito fundamental de acesso à informação pública e o princípio da publicidade da atuação da administração. “Princípio que, para além da simples publicidade do agir de toda a Administração Pública, propicia o controle da atividade estatal até mesmo pelos cidadãos.”
	STJ 1aS
	476
	Princípios - Autotutela
	não há falar, in casu, em justo receio de haver violação de direito líquido e certo, porquanto a portaria impugnada busca apenas averiguar, a partir de critérios a serem formulados, se as pessoas enumeradas em seu anexo foram atingidas por motivos políticos, sem desconstituir as anistias já concedidas. Consignou que ela representa a expressão do poder de autotutela da Administração, que deve apurar, diante de indícios relevantes, a eventual ocorrência de ilegalidade a fim de corrigi-la, observando o princípio da legalidade estrita e respeitando os direitos e garantias constitucionais dos interessados. Salientou que, nesses casos, o Poder Judiciário não pode obstar a atuação administrativa sob pena de invadir a competência reservada ao Poder Executivo.
	STF Pleno
	641
	Princípios - Ampla defesa e contraditório - Cancelamento de averbação de tempo de serviço e restituição de valores
	no caso, o cancelamento de averbação de tempo de serviço e a ordem de restituição dos valores imposta teriam influído inegavelmente na esfera de interesses da servidora. Dessa maneira, a referida intervenção estatal deveria ter sido antecedida de regular processo administrativo, o que não ocorrera, conforme reconhecido pela própria Administração.
	
	Oral TRF1
	P. Boa Administração
	1) Enquanto juiz federal o senhor anularia um ato administrativo pelo princípio da boa administração sem interferência de alguma regra?
Resposta:
O princípio da boa administração guarda relação com o princípio da moralidade, previsto no art. 37 da Constituição, pelo qual o Administrador Público deve observar preceitos de caráter ético, distinguindo o honesto do desonesto. Tal dever implica em guardar diligência no exercício de sua função. Por constituir princípio constitucional, permite-se a declaração de nulidade de ato administrativo, quando não observado. Um exemplo é a súmula vinculante n. 13, que versa sobre a vedação nepotismo, consubstanciando a possibilidade de atuação com fulcro neste princípio.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PODERES ADMINISTRATIVOS
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PODER DE POLÍCIA
	 
	 
	 
	 
	STJ 2aT
	425
	Poder de Polícia
	Configura continuidade delitiva administrativa a apuração de infrações múltiplas da mesma natureza em uma única autuação, cabendo a aplicação de multa singular.
	 
	Questão TRF1
	 
	E) A autoexecutoriedade, atributo do poder de polícia, consiste na possibilidade de a administração executar suas decisões sem prévia autorização do Poder Judiciário e sem a necessidade de observância de procedimento em todas as denominadas medidas de polícia.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-nem todas as medidas de polícia são dotadas do atributo da autoexecutoriedade.
	 
	Questão TRF1
	 
	D) De acordo como o STF, o exercício do poder de polícia deve ser necessariamente presencial e depende da existência de órgão de controle estruturado para a fiscalização do exercício dos direitos individuais.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
RE 361009 AgR/RJ – STF 2aT - O exercício do poder de polícia não é necessariamente presencial, pois pode ocorrer a partir de local remoto, com o auxílio de instrumentos e técnicas que permitam à administração examinar a conduta do agente fiscalizado.
	 
	 
	Interesse de agir na ACP proposta pelo IBAMA para demolição de obra - autoexecutoriedade do poder de polícia
	Discussão quanto a existência de interesse de agir da ACP proposta pelo IBAMA pretendendo a demolição de obra, posto que há na legislação autorização expressa para que tal entidade, exercendo o poder de polícia ambiental, proceda à demolição de obra irregular:
POSSIBILIDADE: reconhecimento do interesse de agir. Deve-se prestigiar o princípio da universalidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, CF/88). Além do que pode o interesse processual do IBAMA emergir dos efeitos de definitividade e indiscutibilidade que se agregam à decisão judicial, ausentes no ato administrativo. Adviria o interesse da autarquia também do desejo de se resguardar contra futuras ações indenizatórias, na hipótese de sua decisão (que determinou a demolição) ser posteriormente revista ou anulada, administrativa oujudicialmente, ou ainda de uma suposta carência de recursos financeiros ou materiais para providenciar concretamente a demolição da obra irregular.
1. Trata-se de recurso especial em que se discute a existência de interesse, por parte do Ibama, em ajuizar ação civil pública na qual se busca a demolição de edifício reputado irregular à luz de leis ambientais vigentes.3. Mesmo que a Lei n. 9.605/98 autorize a demolição de obra como sanção às infrações administrativas de cunho ambiental, a verdade é que existe forte controvérsia acerca de sua auto-executoriedade (da demolição de obra). 4. Em verdade, revestida ou não a sanção do referido atributo, a qualquer das partes (Poder Público e particular) é dado recorrer à tutela jurisdicional, porque assim lhe garante a Constituição da República (art. 5º, inc. XXXV) - notoriamente quando há forte discussão, pelo menos em nível doutrinário, acerca da possibilidade de a Administração Pública executar manu militari a medida. (STJ. RESP 789640, DJE: 09/11/2009).
IMPOSSIBILIDADE: não haveria interesse de agir à resolução do mérito da lide, a qual ficaria condicionada à satisfação das condições da ação e à presença dos pressupostos de desenvolvimento válido do processo. 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	PODER NORMATIVO / REGULAMENTAR
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	B) De acordo com o entendimento do STF, quando o Poder Executivo expede regulamento, ato normativo de caráter não legislativo, não o faz no exercício de função legislativa, mas no de função normativa, sem que haja derrogação do princípio da divisão dos poderes.
(C) – GABARITO PRELIMINAR
HC 85.060 – STF 1aT - Quando o Executivo e o Judiciário expedem atos normativos de caráter não legislativo – regulamentos e regimentos, respectivamente – não o fazem no exercício da função legislativa, mas no desenvolvimento de ‘função normativa’. O exercício da função regulamentar e da função regimental não decorrem de delegação de função legislativa; não envolvem, portanto, derrogação do princípio da divisão dos poderes.” 
	 
	Questão TRF1
	 
	C) O poder normativo da administração pode ser expresso por meio de deliberações e de instruções editadas por autoridades que não o chefe do Poder Executivo, as quais podem inovar no ordenamento jurídico, criando direitos e impondo obrigações.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-o exercício do poder normativo ou poder regulamentar não pode inovar o ordenamento (atos infralegais).
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	ATO ADMINISTRATIVO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	Atributo do AA - Presunção de Legitimidade e Veracidade
	C) Embora o ato administrativo seja dotado da denominada presunção de veracidade, o Poder Judiciário pode apreciar de ofício sua validade.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-a presunção de legitimidade e veracidade do ato administrativo não possibilita que o Poder Judiciário analise de ofício a validade do ato, sendo necessária a provocação. Diferente do âmbito privado em que o juiz pode conhecer a nulidade absoluta sem qualquer provocação.
	STJ - 6aT
	490
	Anulação. Necessidade de PA quando repercute em interesses individuais
	É certo que a Administração Pública pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais (Súmulas 346 e 473 do STF). No entanto, se a invalidação do ato administrativo repercute no campo de interesses individuais, faz-se necessária a instauração de procedimento administrativo que assegure o devido processo legal e a ampla defesa.
	EMAGIS
	 
	Convalidação de ato administrativo: decisão discricionária ou vinculada?
	Na literalidade do art. 55 da Lei n. 9.784/1999, a convalidação resultaria de uma decisão discricionária, de uma faculdade apoiada em critérios de conveniência e oportunidade. A doutrina, contudo, defende a natureza vinculada. Respeito ao primado da segurança jurídica e para salvaguarda do valor da juridicidade no âmbito administrativo. Excepcionalmente, quando se tratar de ato praticado em decorrência da atuação discricionária da Administração Pública – disso sendo exemplo a exoneração ordenada por autoridade incompetente –, a convalidação deixa de ser obrigatória. 
	
	Oral TRF3
	Convalidação x Confirmação x Ratificação
	1) Qual a diferença entre confirmação, convalidação e ratificação?
Resposta:
Embora haja bastante controvérsia doutrinária sobre o alcance dos conceitos, entende-se, em geral, que a convalidação é o ato jurídico que com efeitos retroativos sana vício de ato antecedente de tal modo que ele passa a ser considerado como válido desde o seu nascimento.
A ratificação seria uma de suas modalidades, realizada pela mesma pessoa que praticou o ato a ser ratificado, ao passo em que a confirmação é realizada por outra pessoa (quando no Direito Administrativo, é autoridade superior).
	STF 1aT
	656
	Proced. Adm. Anulação.
	O simples fato de ter sido instaurado um processo administrativo para apurar se um ato administrativo praticado foi legal não viola direito do beneficiário, sendo exercício do poder da administração de autotutela (Súm. 473 STF). 
A legalidade do ato praticado há mais de 5 anos pode ser examinada, considerando que não ocorre a decadência do direito de anular o ato se ficar comprovada a má-fé do beneficiário. 
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	Licença para construção e alteração de limitação administrativa superveniente
	Determinado município deferiu a um empreendedor alvará para a construção de um hotel de vinte andares. Entretanto, antes do início da obra, sobrevieram normas de caráter geral, limitando a apenas quinze andares as construções no local. Foi solicitado, então, parecer jurídico sobre a legalidade de se revogar o primeiro alvará, para o devido cumprimento das novas regras urbanísticas. O parecer deve orientar o governo municipal a não revogar o alvará concedido ao empreendedor, visto que o seu deferimento gerou direito adquirido ao particular.
a jurisprudência do STF já chancelou a possibilidade de revogação de licença para construir antes de iniciada a obra:
“- LICENCA PARA CONSTRUIR. REVOGAÇÃO. OBRA NÃO INICIADA. LEGISLAÇÃO ESTADUAL POSTERIOR. I. COMPETÊNCIA DO ESTADO FEDERADO PARA LEGISLAR SOBRE AREAS E LOCAIS DE INTERESSE TURISTICO, VISANDO A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO PAISAGISTICA (C.F., ART. 180). INOCORRENCIA DE OFENSA AO ART. 15 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL; II. ANTES DE INICIADA A OBRA, A LICENCA PARA CONSTRUIR PODE SER REVOGADA POR CONVENIENCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, SEM QUE VALHA O ARGUMENTO DO DIREITO ADQUIRIDO. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO (STF, 2ª Turma, RE 105634 PR, Rel. Min. FRANCISCO REZEK, j. em 19.09.1985, p. em 08.11.1985).
Celso Antônio deixa claro que, “depois de concedida regularmente uma licença para edificar e iniciada a construção, a Administração não pode ‘revogar’ ou ‘cassar’ esta licença sob a alegação que mudou o interesse público ou de que alterou-se a legislação a respeito. Se o fizer, o Judiciário, em havendo pedido do interessado, deve anular o ato abusivo, pois cumpre à Administração expropriar o direito de construir naqueles termos”.
	STF
	Súm 346
	
	Súmula 346 STF
A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
	STF
	Súm 473
	
	Súmula 473 STF
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
	
	Oral TRF2
	Ato administrativo x ato da administração
	1) Todo ato da Administração é ato administrativo? Os atos administrativos são sempre exigíveis? O que seria autoexecutoriedade do ato administrativo?
Resposta:
Nem todo ato da administração constitui ato administrativo. Ato administrativo, segundo José dos Santos Carvalho Filho, é “a exteriorização de vontade de agentes da Administração Pública ou de seus delegatário, que, sob regime de direito público, vise à produçãode efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público”. Há atos que, sem serem considerados atos administrativos, são apenas atos da Administração. Por exemplo, os contratos firmados sob regime de Direito Privado, nos quais a Administração não atua sob regime de Direito Público. Nem todos os atos são dotados de exigibilidade. O exemplo são as autorizações e permissões, onde prepondera o interesse privado. Editado o ato, carece à Administração interesse em exigir seu cumprimento. Autoexecutoriedade é possibilidade execução imediata do ato praticado pela Administração, a fim que seu objetivo seja imediatamente alcançado. Alguns atos não possuem este atributo, como a cobrança de multas, que só podem ser executadas pelo Poder Judiciário.
	
	Oral TRF2
	Ato administrativo - controle judicial
	2) Uma decisão judicial pode obstar a autoexecutoriedade do ato?
Resposta:
Sim. Por vezes, a execução de um ato administrativo, viciado, pode trazer graves danos aos cidadãos. Diante do princípio da inafastabilidade da jurisdição, é possível ao Poder Judiciário editar provimentos tendentes a afastar a exigibilidade de atos administrativos. Por exemplo, as liminares em Mandado de Segurança (art. 7º da Lei 12016/2009) e em Ação Civil Pública (arts. 4º e 12 da Lei 7347/85).
	
	Oral TRF2
	Ato administrativo - autoexecutoriedade
	3) Art. 182 - Parcelamento compulsório x auto-executoriedade. fale a respeito?
Resposta:
O parcelamento compulsório é medida prevista no art. 182, parágrafo quarto, I, da Constituição e art. 5º do Estatuto das Cidades ( Lei 10257/2001), como medida para assegurar o cumprimento da função social do solo urbano, ao lado da edificação ou utilização compulsórios. Embora seja assim denominado, não é ato dotado de autoexecutoridade. É medida que deve ser aceitada e cumprida voluntariamente pelo particular, de molde a evitar a incidência de IPTU progressivo no tempo e desapropriação do bem, pelo Poder Público Municipal.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	ELEMENTOS DO AA
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	Competência
	D) De acordo com a doutrina, a competência para a prática do ato administrativo decorre sempre de lei, não podendo o próprio órgão estabelecer, por si, as suas atribuições.
(C) – GABARITO PRELIMINAR 
	Doutrina
	emagis
	Auto-executoriedade - compensação de ofício feita pela própria Administração
	questionamento: A administração sempre pode sponte propria efetuar a compensação de valores entre ela e o particular? Tratando-se de cobrança de valores, tal como a multa, a regra é que a Administração não possa, por sua própria vontade, proceder com compensações ou atos expropriativos, sendo imprescindível a participação do Poder Judiciário na cobrança coativa, salvo autorização legislativa específica.
Para o caso específico de multa administrativa aplicada pelo inadimplemento de contrato administrativo, existe previsão específica que autoriza a compensação do valor da multa com créditos que o particular tenha ante a Administração, como o valor de contraprestação e da garantia contratual. Entretanto, a própria Lei 8.666/93 ressalva que eventual excedente será cobrado judicialmente. A saber:
“Art. 86. (...).§ 2o A multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada da garantia do respectivo contratado. § 3o Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.
	
	Oral TRF2
	Motivo x Mérito
	5) Motivo e mérito do ato administrativo são a mesma coisa?
Resposta:
São distintos. Motivo é requisito do ato administrativo, que deve estar presente sempre. É a situação de fato ou de direito que gera a vontade do agente quando pratica o ato administrativo, segundo José dos Santos Carvalho Filho. Já o mérito, segundo este autor, é a avaliação de conveniência e oportunidade relativas ao motivo e objeto (elementos do ato administrativo), inspiradoras do ato discricionário.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CLASSIFICAÇÃO DOS AA
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	Licença
	A) A licença é ato administrativo discricionário, de natureza constitutiva de direito, pelo qual a administração concede àquele que preencha os requisitos legais o exercício de determinada atividade.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-licença é ato administrativo vinculado.
	 
	Questão TRF1
	Ato pendente
	E) Quanto à exequibilidade, é denominado ato administrativo pendente aquele que não completou seu ciclo de formação, razão pela qual não está apto à produção de efeitos.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
ATO PENDENTE – ato que ainda não produz efeitos porque depende de termo ou condição. [é ato simples]
	
	Oral TRF1
	Regulamento Autônomo
	5) O que seria um regulamento autônomo?
Resposta:
O regulamento tem por finalidade explanar e estabelecer procedimentos para a correta aplicação da lei. Não pode contrariá-la, tampouco excedê-la. O regulamento é autônomo quando extrapola sua função, deixando de ter relação de dependência com a lei em sentido estrito (ato normativo, dotado de generalidade e abstração, editado pelo Poder competente). Sempre se considerou que os regulamentos autônomos seriam nulos. Contudo, doutrina recente considera que o regulamento autônomo retira seu fundamento de validade diretamente da Constituição, na ausência de lei em sentido formal que regule a matéria. Assim, são lícitos, nesta hipótese.
	
	
	
	
	
	
	
	AUTORIZAÇÃO
	
	
	
	
	
	
	
	PERMISSÃO
	
	
	
	
	
	Oral TRF2
	Autorização x permissão
	4) Autorização e permissão de uso público são revogáveis pela Administração? Qual seria a pedra de toque para diferenciar a autorização da permissão? Existe a possibilidade de o particular pleitear indenização no caso da revogação da autorização ou da permissão?
Resposta:
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, “autorização de uso é o ato administrativo pelo qual o Poder Público consente que determinado indivíduo utilize bem público de modo privativo, atendendo primordialmente a seu próprio interesse”. Já permissão de uso seria “o ato administrativo pelo qual a Administração Pública consente que certa pessoa utilize privativamente bem público, atendendo ao mesmo tempo aos interesses público e privado”. Ambos são atos unilaterais, discricionários e precários. Distinguem quanto à finalidade primordial: atendimento ao interesse particular (autorização) ou público e privado (permissão). Sendo discricionários, podem ser revogados, em regra, sem direito a indenização. Contudo, pode haver indenização nos casos de atos editados com prazo certo, no qual se gera uma perspectiva de estabilidade, ao particular, ou quando ficar caracterizado desvio de finalidade, dentre outros vícios.
	
	
	
	
	
	
	
	LICENÇA
	
	
	
	
	STJ
	Súm 127
	Licença - Condicionamento ao pagamento de multa - Ausência de notificação
	Súmula 127 STJ
É ilegal condicionar a renovação da licença de veículo ao pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado.
	
	Oral TRF1
	Licença x Autorização
	3) O senhor sabe diferenciar o alvará de licença e alvará de autorização?
Resposta:
A licença constitui ato administrativo vinculado, razão pela qual o respectivo alvará não poderá ser negado, pela Administração, quando ficar demonstrado o preenchimento de todos os requisitos legais pelo Administrado. Já a autorização é ato discricionário e sua emissão depende da análise de mérito pela Administração (conveniência e oportunidade). 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	SERVIÇO PÚBLICO
	
	
	
	
	
	
	ORAL TRF5
	01) Serviço público, permissão de serviço público e permissão condicionada, discorra.
Resposta:
Conforme já respondido nas questões anteriores, a distinção básica diz respeito ao cará-ter precário da permissão de serviço público, ou seja, na permissão é cabível a revoga-ção unilateral docontrato pelo poder concedente a qualquer tempo, enquanto que na concessão a revogação não é cabível (o que não exclui a possibilidade de caducidade ou encampação). Existem outras diferenças: a concessão só é cabível a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, mas não com pessoa física, enquanto que a permissão prevê a possibilidade de celebração com pessoa física ou jurídica, mas não com consórcio de empresas. Na concessão a lei exige a licitação na modalidade concorrência, enquanto que na permissão não há determinação de modalidade específica de licitação. Por fim, ambas as figuras instrumentalizam-se por meio de contrato, mas a lei atribui ao contrato de con-cessão a de contrato de adesão. Na permissão condicionada, segundo Tauã Rangel, verifica-se que o Poder Público estabelece limites à sua faculdade discricionária de revo-gá-la a qualquer momento, estabelecendo em norma legal o prazo de sua vigência ou ainda assegurando outras vantagens ao permissionário, como mecanismo de incentivo para a execução do serviço. A modalidade em comento é adotada nas permissões de transporte coletivo e noutras que exigem altos graus de investimentos para a execução do serviço, tornando-se necessário garantir ao permissionário um tempo mínimo de ope-ração em condições rentáveis. Cita Carvalho Filho e outros que a denominaram de per-missão contratual e reconhecem que, com esse tipo de delegação, ficam mais frágeis as distinções entre a permissão condicionada e a concessão.
	
	
	
	6) Relação de consumo e serviços públicos, discorra.
Resposta:
A doutrina e jurisprudência são controvertidas em relação ao tema. Para alguns, o CDC se aplica à prestação de serviços públicos, sejam aqueles remunerados por preço ou tari-fa, seja os remunerados por taxa, pois o CDC ao falar de remuneração não fez qualquer distinção (Herman Benjamin, Cláudia Marques), como também não excluiu o poder pú-blico do conceito de fornecedor. Outros defendem que aplica-se o CDC apenas aos re-munerados por preço ou tarifa, não estando compreendidos no conceito de relação de consumo os serviços remunerados por taxa, pois aí a relação é de direito tributário e tri-buto não é remuneração, é prestação compulsória. Há também aqueles que, partindo da distinção entre serviços próprios e impróprios, consideram excluídos da aplicação do CDC os primeiros e incluídos os segundos. Veja-se alguns julgados do STJ a respeito: 1. O Código de Defesa do Consumidor aplica-se na hipótese de serviço público prestado por concessionária, tendo em vista que a relação jurídica tem natureza de Direito Privado e o pagamento é contraprestação feita sob a modalidade de tarifa, que não se classifica como taxa. (v.g.: STJ, AgRg no Ag 1.398.696/RJ, 2ª T., Castro Meira, DJe 10/11/2011). 2. Quando o serviço público é prestado diretamente pelo Estado e custeado por meio de receitas tributárias não se caracteriza uma relação de consumo nem se aplicam as regras do Código de Defesa do Consumidor. Precedentes. (v.g.: STJ, RESP 1187456/RJ, 2ª T., Castro Meira, DJe 01/12/2010, REsp 976836 / RS, 1ª Seção, Luiz Fux, DJe 05/10/2010). Este último acórdão tem uma ementa bastante grande e explora bem o tema, valendo dar uma olhada. É bom lembrar que o STJ não considera os serviços notariais como sujeito ao CDC, de forma que tais serviços não são considerados relação de consumo (STJ, REsp 625.144-SP, Nancy Andrighi, j. 14/3/200).
	
	ORAL trf1
	
	19) Consequência básica de não pagamento de serviço público essencial?
Resposta:
A lei de concessões exige que o serviço público delegado a terceiros seja prestado de forma adequada e dentre as características do serviço adequado está a necessidade de que ele seja contínuo (art. 6º e § 1º da Lei 8.897/95). O princípio da continuidade ou da permanência, no entanto, encontra exceções e, dentre elas, está prevista a possibilidade da interrupção do serviço motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações ou então por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coleti-vidade. Entretanto, a jurisprudência dos nossos tribunais tem sido interpretada, de um modo geral, como sendo vedado à concessionária (ou permissionária) de interromper a prestação do serviço público, quando isso possa inviabilizar o funcionamento de estabe-lecimentos de interesse do grupo social, tais como escolas, hospitais, repartições públi-cas. Nesses casos, em caso de inadimplência, a concessionária devera utilizar os meios ordinários de cobrança perante o Poder Judiciário, mas não poderá interromper o serviço público essencial (v.g.: STJ, RESP 1.245.812/RS, Herman Benjamim, 2ª T., 01/09/2011).
	
	ORAL trf1
	
	18) O que seria a caducidade? E o que a diferenciaria da encampação? O Poder Público pode assumir as obras e serviços também?
Resposta:
Nos termos do art. 38 e § 1º da Lei 8.897/95, a caducidade ocorre quando há inexecu-ção total ou parcial do contrato de concessão, a critério do poder concedente, nas se-guintes hipóteses: a) o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada e deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço; b) a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão; c) a concessionária perder as condições eco-nômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedi-do; d) a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos; e) a concessionária não atender as intimações do poder concedentes no sentido de regularizar a prestação do serviço; f) a concessionária for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais. Outra possibilidade de intervenção está prevista no art.27, em caso de transferência do contro-le societário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente. Nas seis pri-meiras hipóteses do art. 38 o ato é discricionário e nesta última do art. 27 o ato é vincu-lado, segundo Ricardo Alexandre, cabendo em qualquer caso direito a indenização, que não é prévia. Já a encampação, nos termos do art. 37, é a retomada do serviço pelo po-der concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, median-te lei autorizativa específica, após o pagamento prévio da indenização.
	
	ORAL trf1 
	
	13) Como se remunera uma concessionária de serviço público?
Resposta:
Em regra, remunera-se através de tarifa ou preço público, que deverá obedecer ao princí-pio da modicidade tarifária. A Lei 8.987/95 prevê também a possibilidade, dependendo das peculiaridades de cada serviço, a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com vistas a favorecer a referida modicidade tarifária (art. 11).
	 
	 
	 ORAL TRF1
	 4) Cabe arbitragem em matéria de concessão de serviço público?
Resposta:
Sim. O art. 23-A da Lei 8.987/95 (acrescentado pela Lei 11.196/06) prevê a possibilida-de de emprego de mecanismo privados para resolução de disputas decorrentes ou relaci-onadas ao contrato, inclusive a arbitragem, que deverá ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei 9.307/96. A Lei 11.079/2004, sobre as parcerias público-privadas, também tem dispositivo idêntico (art. 11, III).
	
	
	ORAL TRF1
	
5) A gratuidade é um princípio do serviço público?
Resposta:
Não. A regra é a remuneração do serviço público, seja através de tarifa ou preço público, seja através de taxa. No caso das concessões ou permissões de serviços públicos, a Lei 8.897/95 (art. 6º, § 1º) exige a “modicidade das tarifas”, ou seja, deve ser tal que assegu-re à concessionária ou permissionária retorno satisfatório mas afasta a possibilidade de lucros exorbitantes, extraordinários, exigindo do poder público esforços no sentido de que as tarifas sejam acessíveis, se for o caso até mesmo mediante subvenções (vantagens e subsídios), desde que autorizados por lei e à disposição de todosos concorrentes (art. 17).
6) Dentre as novas formas de concessão de serviço público, há destaque para o arrendamen-to e franquia de serviços públicos, nova figura elencada pela doutrina, dê um exemplo destes dois? Portos organizados, por exemplo? Agência dos Correios seria um exemplo de franquia?
Resposta:
A franquia de operação de agências dos correios e o arrendamento de portos seriam os dois exemplos dessas novas formas de concessão de serviço público. Após apontar os traços comuns e as diferenças entre os institutos da concessão de serviço público e da franquia, sustenta a Dinorá Grotti (II Seminário de Direito Administrativo do TCMSP) que "tão grande é a semelhança entre os dois institutos que é possível colocar a franquia como uma espécie de contrato de concessão; nela há as apontadas características da con-cessão administrativa: transferência, ao franqueado, de poderes e deveres próprios do concedente, conservando, este último, alguns poderes e deveres, em especial o de con-trolar e fiscalizar a atuação do franqueado, o de dar-lhe todo o treinamento e assistência técnica indispensáveis à execução do serviço e, se for o caso de franquia de distribuição, como o correio, fornecer-lhe os bens necessários a essa finalidade. A diferença entre a concessão de serviço público, em sua forma tradicional, e a franquia de serviços é apenas de grau, porque nesta última, o franqueado sofre limitações em sua atuação e em sua organização muito maiores do que o concessionário na concessão tradicional" Quanto ao arrendamento de áreas e instalações portuárias a Lei nº 8.630/93, alterada pela Lei nº 9.309/96, introduziu importantes modificações no regime de arrendamento disciplinado pela legislação anterior. Alice González Borges, em parecer dado à Codeba - Companhia das Docas do Estado da Bahia, afirma não se tratar mais "apenas, do arrendamento de espaços físicos nas áreas portuárias, ainda que com a obrigação de efetuarem-se investi-mentos, 'para completar, expandir ou aparelhar as instalações', que figurava no Decreto-lei nº 5/66, mas, basicamente, para que os arrendatários operassem com suas próprias mercadorias ou produtos. Já agora, esses arrendatários poderão ser, também, operadores portuários; poderão ter alfandegadas as áreas em que atuam, com todas as conseqüências legais que daí decorrem; poderão operar com mercadorias próprias ou de terceiros; pode-rão cobrar dos usuários dos serviços portuários as tarifas devidas pelos serviços efetua-dos, as quais serão fixadas pelo Conselho de Autoridade Portuária, onde também pode-rão, como operadores portuários, fazer-se representar". Trata-se, portanto, de uma nova forma de concessão de serviço público, na qual há também um contrato de arrendamento de bem público.
	
	
	ORAL TRF1
	
2) Sobre serviços públicos, qual a relevância da escola de Bordeaux (escola do serviço público) no trato do tema, capitaneada por Duguit e Geze?
Resposta:
Duguit elaborou uma Teoria do Estado por meio da qual pretendia justificar a existência do Estado pela prestação de Serviços Públicos, e não tomando como conceito justifica-dor a noção de soberania do Estado. O Estado era tão somente uma cooperativa de ser-viços, organizada e controlada pelos governantes. Este seria o elemento a legitimar a existência do próprio Estado.
Duguit elabora a definição de serviço público sob uma base sociológica, como sendo as atividades prestadas pelo Estado visando o atendimento de finalidades sociais.
	TRF2
	 
	Casa Lotérica - Serviço Público
	Conforme já decidiu a antiga Sexta Turma deste Eg. Tribunal Regional da 2a Região, a disciplina normativa da atividade lotérica, inicialmente prevista no Decreto no 21.143/32, e depois nos Decretos-lei no 6.259/44 e no 204/67, a qualifica como serviço público, cuja exploração, no âmbito da loteria federal, se realiza mediante credenciamento de revendedores pela Caixa Econômica Federal, sendo que a natureza jurídica da atividade lotérica federal impede a aplicação dos princípios inerentes à competição de mercado, consistindo de situação de privilégio, originária da exclusividade do exercício de determinado serviço público pela Administração e que tem como substrato o interesse público, e não de intervenção monopolista (cf. AC no 333167, rel. Des. Fed. André Fontes, TRF-2a Região).
	STJ 1aT
	378
	Serviço Público - Estatuto do Idoso - Transporte urbano
	O Estatuto do Idoso reconhece como direito fundamental o acesso gratuito dos maiores de 65 anos a transportes coletivos urbanos, independentemente de qualquer condição (art. 39 da Lei n. 10.741/2003). Esse direito pode ser estendido às pessoas com faixa etária entre 60 e 65 anos, a critério do que dispuser a legislação local. O Estatuto do Idoso não impôs a criação da fonte de custeio e, ainda, afastou a exigência de tal fonte.
	STF Pleno
	576
	Serviço Público - Serviço Postal - EBCT
	A ADPF 46/DF (DJE de 26.2.2010) confirmou a ECT com o caráter de prestadora de serviços públicos, declarando recepcionada, pela ordem constitucional vigente, a Lei 6.538/78, que instituiu o monopólio (regime de privilégio) das atividades postais, excluídos do conceito de serviço postal apenas a entrega de encomendas e impressos.
	TRF2
	InfoJur 155
	Serviço Público - Telecomunicações - Procedor de acesso à internet
	O serviço prestado pelo provedor de acesso à Internet não se caracteriza como serviço de telecomunicação. Trata-se de “serviço de valor adicionado”, que é a atividade que acrescenta, a um serviço de telecomunicações que lhe dá suporte e com o qual não se confunde, novas utilidades relacionadas ao acesso, armazenamento, apresentação, movimentação ou recuperação de informações (artigo 61 da Lei nº 9.472/97). Reflexos no regime tarifário (ver aba Trib-Tarifa)
	STJ - 2aT
	481
	Educação - Cotas - Universidade
	STJ manteve, na universidade, em vaga destinada a egressos do sistema público de ensino fundamental e médio, a candidatos autodeclarados negros e a candidatos indígenas, candidata que frequentou parte do ensino fundamental e do ensino médio em escola privada, porém mediante bolsa de estudo integral. (a recorrida somente teve acesso à instituição particular porque contava com bolsa de estudos integral, o que denota uma situação especial que atrai a participação do Estado como garantidor desse direito social)
	STF Pleno
	Constituição e o Supremo
	Serviços notariais x Serviço Público
	“Numa frase, então, serviços notariais e de registro são típicas atividades estatais, mas não são serviços públicos, propriamente. Inscrevem-se, isto sim, entre as atividades tidas como função pública lato sensu, a exemplo das funções de legislação, diplomacia, defesa nacional, segurança pública, trânsito, controle externo e tantos outros cometimentos que, nem por ser de exclusivo domínio estatal, passam a se confundir com serviço público.” (ADI 3.643, voto do Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 8-11-2006, Plenário, DJ de 16-2-2007.)
	
	
	
	CONCESSÃO
Caráter mais estável	 	
Exige autorização legislativa 
Licitação por concorrência 	
Para pessoas jurídicas ou consórcio de empresas 	
 
PERMISSÃO
Caráter mais precário
Não exige autorização legislativa, em regra
Licitação por qualquer modalidade
Para pessoas jurídicas ou físicas.
	STF
	Emagis
	Equilíbrio contratual - Concessão de isenção - Impossibilidade
	há julgados do STF que reputam inconstitucionais leis que concedam isenção do pagamento de pedágio objeto de concessão de obra pública, particularmente quando não trouxerem a previsão de qualquer forma de compensação ao particular contratado (concessionário). Assim o é porque tal isenção representaria violação à garantia da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato administrativo. - ex ADI 2733
	STJ
	AgRg no AREsp 97838
	Corte só em caso de dívida atual
	Embora admissível o corte no fornecimento de serviços públicos em caso de inadimplência do usuário previamente notificado quanto à dívida, tal medidasomente se justifica quanto a débitos atuais, recentes, não quanto a dívidas antigas e consolidadas, que devem ser buscadas na via própria (ação de cobrança).
	STJ 1aS
	Rec Rep
	Tarifa de água - Único hidrômetro - Cobrança no valor do consumo mínimo multiplicado pelos apartamentos existentes - Impossibilidade 
	A cobrança pelo fornecimento de água aos condomínios em que o consumo total de água é medido por único hidrômetro deve se dar pelo consumo real aferido. O Superior Tribunal de Justiça firmou já entendimento de não ser lícita a cobrança de tarifa de água no valor do consumo mínimo multiplicado pelo número de economias existentes no imóvel, quando houver único hidrômetro no local. Ou seja, é ilegal a cobrança de tarifa mínima de água pela concessionária com base no número de economias existentes no imóvel sem considerar o consumo efetivamente registrado na hipótese em que existe apenas um único hidrômetro no condomínio, porque não se pode presumir a igualdade de consumo de água pelos condôminos, violando-se o princípio da modicidade das tarifas e caracterizando-se o enriquecimento indevido da concessionária, pois a relação jurídica se estabelece apenas entre o prestador de serviço público e o condomínio-usuário de tal serviço, conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial do STJ. (REsp 1166561)
	STJ 1aS
	Rec Rep
	Tarifa de água - Cobrança - Critério da progressividade - Possibilidade
	É legítima a cobrança de tarifa de água fixada por sistema progressivo. De fato, é possível a cobrança de tarifa de água sob o critério da progressividade, pois o artigo 13 da Lei 8.987/1995 dispõe que as tarifas poderão ser diferenciadas em função de características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários, e o artigo 30, inciso I, da Lei 11.445/2007 estabelece que a cobrança do serviço de saneamento básico pode levar em consideração categorias de usuários distribuídas por faixas ou quantidades crescentes de utilização ou de consumo. (REsp 1113403)
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	Permissão de Serviço Público
	 
	 
	 
	 
	Doutrina
	Emagis
	Permissão - Natureza e Classificação - Permissão simples x permissão qualificada
	Tradicionalmente, a permissão administrativa é classificada pela doutrina como “ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração consente que o particular execute serviço de utilidade pública ou utilize privativamente de bem público” (JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO, in “Manual de Direito Administrat ivo”, Editora Lumen Juris). Daí sua subdivisão em permissão de serviço e permissão de uso. Ocorre que, com o advento da Constituição Federal de 1988, o quadro normativo se alterou e, por força de seu art. 175, pelo menos a permissão de serviço público não pode mais ser considerada puramente um ato administrativo, já que nos termos daquele dispositivo constitucional deveria ela ser precedida de licitação e formalizada mediante contrato.
Seguindo a nova orientação constitucional, a Lei nº 8.987/95 dispôs, em seu art. 2º, IV, que através da permissão de serviço público operava-se a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. Já seu art. 40 estatui que “a permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente”. Pela leitura dos aludidos dispositivos legais, já se pode perceber que, embora o atual perfil da permissão de serviços público tenha transmudado de ato administrativo para contrato administrativo, não perdeu ela aquelas características que originariamente lhe conferiam feição, notadamente sua precariedade e revogabilidade (agora é mais propriamente uma rescindibilidade unilateral).
Ainda sobre o instituto, a doutrina e a jurisprudência diferenciam duas espécies de permissão de serviço público, a depender do grau de estabilidade da relação travada entre a entidade pública permitente e o particular permissionário. De um lado, ter-se-ia a permissão simples, na qual o Poder Público gozaria de maior liberdade para encerrar a delegação sem ter que arcar com nenhuma consequência financeira em razão disto. Por outro, ter-se-ia a permissão qualificada ou condicionada, na qual, em função da estipulação de prazos, fixação de condições, exigência de garantias, necessidade de grandes investimentos e outras situações do gênero, o permitente criaria uma espécie de autolimitação ao seu poder de rescindir unilateral e impunemente o ato de permissão (hoje, contrato).
	STJ
	 
	Permissão de Serviço Público - Ato precário - revogação - indenização (caso de permissão qualificada)
	4. Efetivamente, a permissão de serviços lotéricos é caracterizada pela discricionariedade, unilateralidade e precariedade, o que autorizaria a rescisão unilateral pelo poder permissionário. Nesse sentido: REsp 705.088/SC, 1a Turma, Rel. Min. José Delgado, DJ de 11.12.2006; REsp 821.039/RJ, 1a Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 31.8.2006.
5. Entretanto, em hipóteses específicas, como o caso dos autos, é lícito o reconhecimento ao direito à indenização por danos materiais. É incontroverso nos autos que o permissionário realizou significativo investimento para a instalação do próprio empreendimento destinado à execução do serviço público delegado, inclusive mediante atesto de padronização do poder concedente. Todavia, após poucos meses do início da atividade delegada, a Caixa Econômica Federal rescindiu unilateralmente a permissão, sem qualquer justificativa ou indicação de descumprimento contratual pelo permissionário. Assim, no caso concreto, a rescisão por ato unilateral da Administração Pública impõe ao contratante a obrigação de indenizar pelos danos materiais relacionados à instalação da casa lotérica. (STJ, Recurso Especial no 1.021.113 – RJ)
	 
	 
	Permissão qualificada - direitos subjetivo/adquirido - não caracterização
	“Dessarte, à luz da doutrina e dos precedentes jurisprudenciais acima mencionados, revela-se juridicamente possível concluir que, de fato, o permissionário não detém direito subjetivo na continuação da prestação do serviço público objeto do contrato, na medida em que a permissão afigura-se impregnada de caráter discricionário e precário, que projeta, por isso, determinado poder à entidade outorgante de, unilateralmente, revogar ou rescindir o contrato”.
	Doutrina
	emagis
	Permissão - Rescisão unilateral - Dano Moral - Mero dissabor
	Conforme entendeu o STJ no multicitado precedente (RESP 1.021.113 – RJ), a rescisão unilateral antecipada de contrato de permissão de serviço público, por ser ato legítimo do Poder Concedente, estando expressamente autorizado por lei, deve ser tido como mero dissabor para o particular permissionário,
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	CONTRATO ADMINISTRATIVO
	 
	 
	 
	 
	 
	Questão TRF1
	 
	A) Na hipótese de inexecução total ou parcial do contrato administrativo, a administração pode aplicar a sanção de advertência juntamente com a suspensão temporária de participação em licitação.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-as hipóteses de cumulação de sanções estão previstas no § 2º, do art. 87 da Lei 8.666/93, não estando prevista a possibilidade de cumulação de advertência e suspensão temporária.
Lei 8,666/93. Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções: § 2o As sanções previstas nos incisos I (advertência), III (suspensão temporária para participar em licitação) e IV (declaração de inidoneidade) deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II (multa), facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo,no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
	 
	Questão TRF1
	 
	B) A conversão de cruzeiros reais em unidades reais de valor no território nacional constituiu hipótese de aplicação da teoria da imprevisão, circunstância que autorizou o restabelecimento do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos firmados com o poder público.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
	 
	Questão TRF1
	 
	C) O contrato de concessão de serviço público não ostenta a característica da mutabilidade.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
AI 42854/GB – STF 2aT - os contratos sobre concessões de serviço público são administrativos, distinguindo-se dos civis pela mutabilidade e pelas 'clausulas exorbitantes’: - o estado-cliente não deixa de ser o estado-principe.
	STJ 2aT
	365 378 421
	Licitações e Contratos - Interrupção fornecimento de energia
	É ilegítima a interrupção de fornecimento de energia elétrica de município inadimplente, quando atingir unidades públicas provedoras de necessidades inadiáveis, i. e., referentes à sobrevivência, saúde ou segurança da coletividade.Todavia, há entendimento (no STJ, abaixo - info 378) que o corte é possível quando, fora dessas necessidades, o órgão público é avisado e não paga a conta de energia. No Info 421, admitiu-se o corte para um Hospital privado em função de expressivo débito, além da concessionária ter tomado todas as cautelas, julgando-se improcedente a ação de danos morais movida pelo Hospital.
	STJ CE
	378
	Licitações e Contratos
	Não faz sentido admitir-se o fornecimento gratuito, mesmo a um órgão público, de serviços de luz ou água, porque ele também tem de cumprir suas obrigações. Ressalvou-se que se abre exceção apenas para a interrupção de fornecimento de água nos casos dos hospitais e das escolas públicas (atividades essenciais), a qual necessita de procedimentos como prévia notificação.
	STJ
	 
	Licitação - Sanções - Declaração de inidoneidade (art. 87, IV) - extensão à outras unidades federativas
	8. O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento de que o termo utilizado pelo legislador - Administração Pública -, no dispositivo concernente à aplicação de sanções pelo ente contratante, deve se estender a todas as esferas da Administração, e não ficar restrito àquela que efetuou a punição. 9. Recurso Especial provido. (STJ. RESP. 520553, DJ: 10/02/2011).
	STJ 2aT
	414
	Licitações e Contratos - Declaração de inidoneidade
	A declaração de inidoneidade baseada na Lei 8666/93 vale perante qualquer órgão público do país (abrangência dada pelo art. 6º XI da lei).
	STJ 1aS
	413
	Licitações e Contratos - Declaração de inidoneidade
	A declaração de inidoneidade só produz efeitos para o futuro (ex nunc). Ela não interfere nos contratos preexistentes e em andamento.
	STJ 2aT
	424
	Licitações e Contratos - Vedação da participação das Cooperativas
	Há acordos celebrados perante a Justiça do Trabalho pelos quais tanto a CEF quanto a União comprometeram-se a não contratar cooperativas para a prestação de serviços que impliquem existência de subordinação, como é o caso dos serviços gerais objeto da licitação, sob pena de multa diária. Há também orientação firmada pelo TCU, com caráter vinculante para a Administração Pública, vedando a participação de cooperativas em licitações que tenham por objeto a prestação de serviços em que se fazem presentes os elementos da relação de emprego. Assim, não há qualquer ilegalidade na vedação a que as cooperativas participem de licitação cujo objeto é a prestação de serviços gerais, visto que evidente a razoabilidade da medida como forma de garantir à Administração selecionar a melhor proposta sob todos os aspectos, notadamente o da prevenção à futura responsabilização pelo pagamento de débitos trabalhistas e fiscais.
	STJ 2aT
	428
	Licitações e Contratos 
	A imprevisibilidade, importante aos contratos administrativos, diz não apenas com a ocorrência de certo fato, mas também com os efeitos de certo fato (casos em que a ocorrência era previsível, mas a amplitude das consequências não).
	STJ 2aT
	428
	Licitações e Contratos - Rescisão - Direito intertemporal
	Tendo ocorrido os motivos que ensejaram a rescisão, bem como a própria rescisão, depois da Lei n. 8.666/1993 é este o diploma que se aplica à espécie. É que a rescisão legal dos contratos administrativos será sempre regida pela lei em vigor na data do acontecimento que a ensejou, e não na data em que o contrato foi firmado. É essa, pois, a extensão do art. 121 da Lei de Licitações e Contratos vigente: os requisitos de exigência, validade e eficácia serão os da lei anterior, mas o regime das vicissitudes contratuais, como ocorre com a sistemática da rescisão, será o da lei nova, se os fatos remontarem à sua época.
	STJ 4aT
	443
	Licitações e Contratos
	A empresa que se utilizou de investidura originária (licitação) para assumir a concessão do serviço público, exceto se houver previsão contratual, não está obrigada a responder por danos ocasionados pela antiga exploradora.
	STJ - CE
	445
	Licitações e Contratos - Passe livre - Carteiros
	Ao contrário do que sustenta a recorrente (empresa de transporte e turismo), a jurisprudência deste Superior Tribunal está consolidada no sentido de que as disposições assentadas nas Leis ns. 8.666/1993 (institui normas para licitações e contratos da Administração Pública) e 8.987/1995 (dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos) não revogaram os DLs ns. 3.326/1941 e 5.405/1943, que estabelecem a concessão de passe livre no transporte urbano, inclusive intermunicipal, para os distribuidores de correspondência postal e telegráfica (carteiros), em virtude de as citadas leis não tratarem da concessão de passe livre e também não apresentarem incompatibilidade com as normas constantes nos supraditos DLs. 
	STF Pleno
	610
	Licitações e Contratos - Respons. Do Estado - art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93
	Declarada a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93 (“Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. § 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.”) — entendeu-se que a mera inadimplência do contratado não poderia transferir à Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos encargos, mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as obrigações do contratado, não viesse a gerar essa responsabilidade
	 
	Questão TRF1
	 
	D) A respeito dos contratos de prestação de serviço firmados pelo Estado, entende o STF que a inadimplência do contratado transfere à administração pública a responsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
-STF no julgamento da ADC 16 reconheceu a constitucionalidade do art. 71, § 1º da Lei 8.666/93. 
Lei 8.666/93. Art. 71. § 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
	STJ
	Questão
	Licitação e contratos - revisão - dissídio
	É pacífico o entendimento desta Corte Superior no sentido de que eventual aumento de salário proveniente de dissídio coletivo não autoriza a revisão do contrato administrativo para fins de reequilíbrio econômico-financeiro, uma vez que não se trata de fato imprevisível - o que afasta, portanto, a incidência do art. 65, inc. II, "d", da Lei n. 8.666/93. 
	STF
	Questão
	Licitação. Lei Municipal - dispensa - permuta de bens imóveis por serviço - Impossibilidade
	“RECURSO.Extraordinário. Inadmissibilidade. Lei nº 9.227/04, do Município de São José do Rio Preto. Ato concreto. Controle Abstrato. Possibilidade. Precedente. (ADI nº 4.048, DJe 22.8.2008). Permuta de bens imóveis por serviços. Exigência de procedimento licitatório. Art. 17, I, "c", da Lei nº 8.666/93. Precedente (ADI nº 927-3-MC, DJ 11.11.1994). Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (RE 523220 AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Segunda Turma, julgado em 02/03/2010, DJe-55 DIVULG 25-03-2010 PUBLIC 26-03-2010 REPUBLICAÇÃO: DJe-110 DIVULG 17-06-2010 PUBLIC 18-06-2010 EMENT VOL-02406-04 PP-00845).
	STF
	Questão
	Licitação - Representação ao TCU - Prazo
	prazo do art. 41, § 2º, da Lei 8.666/93, não se aplica à representação dirigida ao TCU, conforme jurisprudência do STF: “MANDADO DE SEGURANÇA. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO QUE DETERMINOU A NÃO-PRORROGAÇÃO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. 1. Não há direito líquido e certo à prorrogação de contrato celebrado com o Poder Público. Existência de mera expectativa de direito, dado que a decisão sobre a prorrogação do ajuste se insere no âmbito da discricionariedade da Administração Pública, quando embasada em lei. 2. A representação ao Tribunal de Contas da União contra irregularidades em processo licitatório não está limitada pelo prazo do § 2º do art. 41 da Lei 8.666/93. 3. Segurança denegada” (MS 27008, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2010, DJe-045 DIVULG 11-03-2010 PUBLIC 12-03-2010 EMENT VOL-02393-02 PP-00301 RT v. 99, n. 896, 2010, p. 106-108).
	STJ 2aS
	495
	Contrato de concessão - sucessão
	No contrato de concessão constou cláusula dizendo que a concessionária não se responsabilizava pelo passivo trabalhista. Como ex-empregados começaram a entrar com ações na J. do Trabalho, a concessionária ajuizou ação declaratória na J. Comum pra ver declarada a validade da cláusula. Houve conflito de competência. 
E, aí, o STJ, nesse conflito de competência, disse: Justiça do Trabalho ou Justiça Comum? STJ entendeu que é a Justiça Comum, a competente para processo e julgamento dessas ações. Inclusive chegou a dizer que todos aqueles que tinham ações trabalhistas, reclamações trabalhistas deveriam ser colocados no processo perante a Justiça Comum.
Entendeu, o STJ, que a discussão principal aqui envolvida era a discussão relacionada ao contrato de concessão, ao Direito Administrativo, e não ao Direito do Trabalho. E que esse caso, portanto, deveria ser julgado à luz do Direito Administrativo, à luz da legislação das concessões perante a Justiça Comum.
	STF
	Emagis
	Equilíbrio contratual - Concessão de isenção - Impossibilidade
	há julgados do STF que reputam inconstitucionais leis que concedam isenção do pagamento de pedágio objeto de concessão de obra pública, particularmente quando não trouxerem a previsão de qualquer forma de compensação ao particular contratado (concessionário). Assim o é porque tal isenção representaria violação à garantia da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato administrativo - ex ADI 2733
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	Reversão
	Reversão consiste na transferência, em virtude da extinção contratual, dos bens do concessionário sobre o patrimônio do concendente. Gabarito: certo, embora se possa até admitir que seria mais técnico colocar “os bens destinados à prestação do serviço público”, essa definição clássica de reversão ainda se aplica, quanto mais por hoje ser previsto, em geral, nos contratos de concessão de serviço públicos os bens reversíveis. Ademais, Celso Antônio Bandeira de Mello, quando trata do tema, o faz de maneira genérica, afirmando que “os bens aplicados ao serviço pouca ou nenhuma significação econômica teriam para o concessionário, apresentando, pelo contrário, profundo interesse para o concedente. Realmente, a utilidade dos bens aplicados ao serviço só existe para o concessionário enquanto desfruta desta situação jurídica”.
	
	Questão CESPE - AGU/2012
	Responsabilidade do Concessionário
	“À concessionária cabe a execução do serviço concedido, incumbindo-lhe a responsabilidade por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, não admitindo a lei que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue tal responsabilidade”. Gabarito: certo, pois está conforme enunciado legal no sentido de que “incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade” (art. 25, LF 8.987). Embora a jurisprudência venha admitindo que a ausência de fiscalização possa atrair a responsabilidade do poder concedente, como o enunciado falou em lei, a questão se mostra como correta.
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	LICITAÇÃO 
	 
	 
	 
	 
	
	Oral TRF1
	
	1) Qual foi o primeiro conjunto de regras sobre licitação no Direito Brasileiro?
Resposta:
A licitação foi introduzida no direito público brasileiro há mais de cento e quarenta anos, pelo Decreto nº. 2.926, de 14.05.1862, que regulamentava as arrematações dos serviços a cargo do então Ministério da Agricultura, Comercio e Obras Públicas. Após o advento de diversas outras leis que trataram, de forma singela, do assunto, o procedimento licitatório veio a final, a ser consolidado, no âmbito federal, pelo Decreto nº. 4.536, de 28.01.22, que organizou o Código de Contabilidade da União. 
	
	Oral TRF1
	
	2) Um cidadão comum pode impugnar o edital de licitação? E se conecta a que princípio?
Resposta:
Em havendo discordância com os termos do edital, o art. 41 da Lei 8.666/93, estabelece que pode haver a sua impugnação, a ser realizada por qualquer cidadão (aquele que está no gozo dos direitos políticos), no prazo de até 05 dias úteis de antecedência à data designada para a abertura dos envelopes de habilitação.
Essa regra se relaciona com os princípios da impessoalidade, moralidade e, sobretudo, com o princípio da publicidade, cujo objetivo é permitir o acompanhamento e controle do procedimento não só pelos participantes como também, quiçá principalmente, pelos administrados em geral. Alexandrino diz que esse princípio impõe, ainda, que os motivos determinantes das decisões proferidas em qualquer etapa do procedimento sejam declarados, permitindo o efetivo controle do procedimento. Todos esses princípios estão elencados no art. 3º da Lei 8.666/93.
	
	Oral TRF2
	
	3) Quais os princípios que regem a licitação?
Resposta:
Todos os princípios da Administração Pública também se aplicam a licitações e contratos administrativos.
Os princípios previstos expressamente no art. 3º da lei 8.666 são: Legalidade / Impessoalidade / Moralidade / Igualdade / Publicidade / Probidade administrativa / Vinculação ao instrumento convocatório / Julgamento objetivo
	
	Oral TRF2
	
	4) A legalidade do art. 3º da Lei no. 8.666/93 é classificada como absoluta ou relativa? Por quê?
Resposta:
A Administração Pública está vinculada ao princípio da legalidade absoluta, só podendo agir dentro do que a lei permite ou determina. Logo, também no que concerne ao procedimento da licitação deve-se aplicar a legalidade absoluta.
No campo das licitações o princípio da legalidade impõe, principalmente, que o administrador observe as regras que a lei traçou para o procedimento. É a aplicação do devido processo legal, segundo o qual se exige que a Administração escolha a modalidade certa; que seja bem clara quanto aos critérios seletivos, dentre outros pontos.
	
	Oral TRF2
	
	6) Quais as modalidades de licitação?
Resposta:
Concorrência; / Tomada de preço; / Convite; / Leilão; / Concurso; / Consulta / Pregão.
	 
	Questão TRF1
	Licitação - Dispensa - Organizações sociaisD) O contrato de gestão, instituto oriundo da reforma administrativa, recebeu tratamento diferenciado no ordenamento jurídico nacional, a exemplo da Lei de Licitações e Contratos, que inseriu a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão como hipótese de inexigibilidade de licitação.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
-Lei 8.666/93. Art. 24. É dispensável a licitação: XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
	 
	Questão TRF1
	Serviço de advogado - inexigibilidade
	A) A contratação de serviços de advogado por inexigibilidade de licitação tem amparo na Lei de Licitações.
(C) – GABARITO PRELIMINAR 
Lei 8.666/93. Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; § 1o Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração.
É a posição do STJ, que não reputa descabida a contratação de serviços advocatícios mediante inexigibilidade de licitação. Aliás, o próprio art. 25, II, c/c art. 13, V, da Lei 8.666/93 considera possível enquadrar tais serviços como de natureza singular e de notória especialização, para, em sendo o caso, autorizar a inexigibilidade. - REsp 1285378
	 
	Questão TRF1
	Pré-qualificação 
	B) A sistemática constante da Lei de Licitações impede a denominada pré-qualificação dos licitantes nas concorrências.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
Lei 8.666/93. Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a pré-qualificação de licitantes nas concorrências, a ser procedida sempre que o objeto da licitação recomende análise mais detida da qualificação técnica dos interessados.
	 
	 
	Licitação - Alteração do edital no curso do processo licitatório
	4. Este Tribunal entende que é lícito à Administração introduzir alterações no Edital, devendo, em tal caso, renovar a publicação do aviso por prazo igual ao original, sob pena de frustrar a garantia da publicidade e o princípio formal da vinculação ao procedimento. (STJ. RESP 1076331, DJ: 06/10/2010). 
-prevê o art. 21, § 4º, da Lei nº 8.666/93 que “qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.”
	STJ
	 
	Licitação - Sanções - Declaração de inidoneidade (art. 87, IV) - extensão à outras unidades federativas
	8. O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento de que o termo utilizado pelo legislador - Administração Pública -, no dispositivo concernente à aplicação de sanções pelo ente contratante, deve se estender a todas as esferas da Administração, e não ficar restrito àquela que efetuou a punição. 9. Recurso Especial provido. (STJ. RESP 520553, DJ: 10/02/2011).
	 
	Questão TRF1
	Recurso
	C) O prazo para interposição de recurso contra a habilitação ou a inabilitação do licitante tem início a partir da data constante do aviso de recebimento por meio do qual tenha sido dada ciência da respectiva decisão.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
Lei 8.666/93. Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem: I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de: a) habilitação ou inabilitação do licitante;
	STJ
	 
	MS - Cabimento - Licitação
	Súmula nº 333 STJ: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.
	 
	Questão TRF1
	Licitação Fracassada
	D) É admitida a contratação direta na denominada licitação fracassada, desde que mantidas todas as condições constantes do instrumento convocatório.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
Lei 8.666/93. Art 48, § 3º- Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) 
	 
	Questão TRF1
	Convite - Licitações internacionais
	E) Não se admite a utilização da modalidade do convite nas licitações internacionais.
(E) – GABARITO PRELIMINAR 
	STF 2aT
	668
	Possibilidade de lei municipal restringir a contratação de parentes
	Lei municipal pode proibir que os agentes políticos do município (e seus parentes) mantenham contrato com o Poder Público municipal. 
A União detém competência para legislar sobre as normas gerais de licitação, podendo os Estados e Municípios legislar sobre o tema para complementar as normas gerais e adaptá-las às suas realidades. 
	
	Questão CESPE - AGU 2012
	Pregão Eletrônico
	Se um órgão da administração pública federal, ao divulgar pregão eletrônico para o sistema de registro de preços, no valor total estimado de R$ 50.000,00, publicar aviso de edital no seu próprio sítio na Internet e no Diário Oficial da União, estará caracterizado o uso de todos os meios de divulgação exigidos pela legislação para convocar os eventuais interessados em participar do pregão. (ERRADO)
Dec. 5450/2005
Art. 17. A fase externa do pregão, na forma eletrônica, será iniciada com a convocação dos interessados por meio de publicação de aviso, observados os valores estimados para contratação e os meios de divulgação a seguir indicados:
 	I - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais):
 	a) Diário Oficial da União; e
 	b) meio eletrônico, na internet;
 	II - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) até R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais):
 	a) Diário Oficial da União;
 	b) meio eletrônico, na internet; e
 	c) jornal de grande circulação local;
 	III - superiores a R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais):
 	a) Diário Oficial da União;
 	b) meio eletrônico, na internet; e
 	c) jornal de grande circulação regional ou nacional.
 	§ 1o Os órgãos ou entidades integrantes do SISG e os que aderirem ao sistema do Governo Federal disponibilizarão a íntegra do edital, em meio eletrônico, no Portal de Compras do Governo Federal - COMPRASNET, sítio www.comprasnet.gov.br.
 	§ 2o O aviso do edital conterá a definição precisa, suficiente e clara do objeto, a indicação dos locais, dias e horários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital, bem como o endereço eletrônico onde ocorrerá a sessão pública, a data e hora de sua realização e a indicação de que o pregão, na forma eletrônica, será realizado por meio da internet.
 	§ 3o A publicação referida neste artigo poderá ser feita em sítios oficiais da administração pública, na internet, desde que certificado digitalmente por autoridade certificadora credenciada no âmbito da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
 	§ 4o O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a oito dias úteis.
 	§ 5o Todos os horários estabelecidos no edital, no aviso e durante a sessão pública observarão, para todos os efeitos, o horário de Brasília, Distrito Federal, inclusive para contagem de tempo e registro no sistema eletrônico e na documentação relativa ao certame.
 	§ 6o Na divulgação de pregão realizado para o sistema de registro de preços, independentemente do valor estimado, será adotado o disposto no incisoIII.
	
	Questão CESPE - AGU 2012
	Recurso - Efeito Suspensivo - Habilitação / Julgamento da proposta
	Caso uma empresa participante de concorrência pública apresente recurso em decorrência da publicação de ato que a declare inabilitada para o certame, tal recurso terá, necessariamente, efeito suspensivo.
Gabarito: correta, pois os recursos que tiverem por objeto a habilitação ou inabilitação do licitante, assim como o julgamento das propostas, terão efeitos suspensivos, a rigor do que é previsto no parágrafo segundo do art. 109, LF 8.666/03. Nos demais casos, a autoridade poderá atribuir esses mesmos efeitos, motivadamente e desde que presentes razões de interesse público.
	
	CESPE
	Convite - Dispensa
	CESPE - 2010 - MPU - Técnico Administrativo - Considere que o governo de determinado estado-membro da Federação tenha realizado licitação, na modalidade convite, para contratar um escritório de contabilidade para desempenhar atividades contábeis gerais, mas não tenha havido interessados. Nesse caso, é permitida a contratação com dispensa de licitação, desde que observados os requisitos legais. CERTO
A chave da resposta dessa questão está na parte "desde que observados os requisitos legais". O requisito legal "principal" seria o §7º do art. 22 da LLC:
"Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite"
O determinado estado-membro poderia muito bem mandar novamente convites para mais três escritórios e não acudindo interessados, dispensar a licitação. A questão não falou isso, mas por ter mencionado "os demais requisitos legais", deixou tudo certo, na minha opinião.
CESPE/IBAMA 2009 - No caso da adoção da modalidade convite para a realização de uma licitação, e não havendo demonstração de interesse em apresentação de propostas por parte dos licitantes convidados, não pode ser realizada a contratação direta pela administração, sem antes realizar nova licitação. CERTO
Correto também, agora aqui não apareceu o "observados os requisitos legais" mas falou o que em regra teria que ser feito, repetir-se o envio dos convites.
A posição da AGU é de que não há dispensa quando é convite. Há doutrina de Jorge Ulisses Jacoby Fernandes tb:
"Em princípio, como na modalidade de convite é a Administração quem escolhe os possíveis futuros licitantes, não parece mesmo razoável que lhe seja permitido servir-se da possibilidade de "ausência de interesse" para contratar diretamente, quando, em verdade, convidou mal". 
	
	Oral TRF1
	
	3) O que ocorre com propostas parecidas no pregão com relação à EPP ou ME e empresas normais?
Resposta:
O procedimento do leilão é caracterizado pela utilização de duas técnicas para escolha da melhor proposta, na etapa da classificação e julgamento. Primeiro, são abertas as propostas escritas e classificadas de acordo com o melhor preço. Escolhe-se a melhor e aquelas que se encontram no patamar de até 10% do valor da melhor proposta (se não houver, escolhe-se as três melhores). Em seguida, oportuniza-se aos participantes pré-selecionados a apresentação de lances verbais, os quais são iniciados pelo participante que tenha a melhor proposta escrita.
Nesse quadro, o Estatuto da Microempresa e EPP (LC 123/06) criou regra especial para quando participarem tais empresas do procedimento de pregão: encerrando-se os lances, a ME ou EPP mais bem classificada e cujo valor ofertado seja de até 5% do valor apresentado pelas empresas comuns (empate ficto), é convocada para oferecer nova proposta, no prazo de 5 minutos, de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado.
Não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem na hipótese acima, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito. No caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e empresas de pequeno porte, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta. Na hipótese da não-contratação nos termos previstos, o objeto licitado será adjudicado em favor da proposta originalmente vencedora do certame.
	
	Oral TRF1
	
	4) Pregão, é ele modalidade obrigatória?
Resposta:
O decreto 5.450/2005 obriga a utilização do pregão na hipótese de aquisição de bens e serviços comuns pela União (pois é decreto federal), quando esta modalidade for cabível.
Para os demais entes federativos, não há lei que obrigue a adoção do pregão, o que a princípio o tornaria uma modalidade facultativa de licitação. José dos Santos, contudo, alerta que, apesar da faculdade conferida à Administração, é preciso levar em consideração a finalidade do novo diploma, que é a de propiciar maior celeridade e eficiência no processo de seleção de futuros contratados. Assim, entende o doutrinador que, surgindo hipótese que admita o pregão, a faculdade desaparece, pois o administrador deverá adotá-lo para atender ao fim público da lei. Entretanto, se optar por outra modalidade, caber-lhe-a justificar devidamente a sua escolha, a fim de que se possa verificar se os motivos alegados guardam congruência com o objeto do ato optativo. 
	
	Oral TRF1
	
	5) Em relação à chamadas agências reguladoras, o senhor já ouviu falar na modalidade consulta de licitação?
Resposta:
Consulta é a modalidade de licitação exclusiva das AGÊNCIAS REGULADORAS, adequada à contratação de bens e serviços não classificados como comuns e que não seja obras e serviços de engenharia civil.
Ela foi primeiramente instituída pela lei da ANATEL (lei 9.472/97), mas depois foi estendidas a todas as agências reguladoras federais pela lei 9.986/2000.
Alexandrino questiona a constitucionalidade da previsão da consulta pela lei da ANATEL porque ela foi extremamente sucinta, prevendo a disciplina (não a mera regulamentação) dessa nova modalidade de licitação por decreto a cargo do ente administrativo, o que viola a regra da lei 8.666/93 que proíbe expressamente a criação de outras modalidades.
A Anatel disciplinou a consulta para as suas contratações por meio de resolução, definindo o julgamento das propostas por um júri, segundo critério que leve em consideração custo e benefício.
	
	Oral TRF1
	
	6) Quais as consequências para o servidor público da administração que devassa o conteúdo de uma proposta licitatória?
Resposta:
A violação ao sigilo, por fraudar a competitividade do procedimento, implica em: Prática de crime previsto no art. 94 da Lei 8.666/93 (fraude na licitação), sob pena de detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
Ato de improbidade administrativa.
	
	Oral TRF1
	
	7) Se a licitação é pública porque as propostas têm de ser sigilosas?
Resposta:
O princípio do sigilo das propostas encontra amparo nos próprios fundamentos inspiradores da licitação e não se opõe ao princípio da publicidade, mas ao contrário contribui para a realizaçao de seus fins. De um lado, o princípio do sigilo das propostas visa resguardar a competitividade do procedimento, impedindo que outros participantes tomem conhecimento antecipadamente das demais propostas, tornando inócua a finalidade do instituto que é a de propociar a escolha da melhor proposta pela Administraçao, com base em critérios de impessoalidade e moralidade administrativa. De outro, o princípio da publicidade informa que a licitação deve ser amplamente divulgada, de modo a possibilitar o conhecimento de suas regras ao maior número de pessoas possíveis. Afinal, quanto mais pessoas tiverem conhecimento da licitação, mais eficiente será a forma de seleção. Logo, tanto o princípio do sigilo das propostas quanto o princípio da publicidade tem como fim último a garantia da competitividade, da impessoalidade, moralidade e igualdade no procedimento licitatório.

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