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EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA DO ÓLEO DE ABACATE

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SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA - UNISOCIESC
CENTRO UNIVERSITÁRIO SOCIESC
ALINE CELESTINO
BÁRBARA HOFFMAN
DANIELA CABRAL NUNES
JAQUELINE WILLMANN DOS REIS
SILVIO SOUZA
EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA DO ÓLEO DE ABACATE
BIOEXTRACTION
Joinville
2016/2
ALINE CELESTINO
BÁRBARA HOFFMAN
DANIELA CABRAL NUNES
JAQUELINE WILLMANN DOS REIS
SILVIO SOUZA
EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA DO ÓLEO DE ABACATE
BIOEXTRACTION
Este trabalho será apresentado ao Centro Universitário SOCIESC, como requisito parcial para conclusão da disciplina Projeto de Processos.
Orientador: Fabiano Peixoto
Joinville
2016/2
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
RESUMO
Este trabalho expõe o processo de extração enzimática do óleo de abacate, que foi realizado com a enzima Viscozyme L cedida pela empresa Novozymes e a extração por solvente. Após os dois processos serem realizados, foram feitas comparações que tinham por objetivo: rendimento do óleo em relação à massa da matéria prima utilizada, consequências para o meio ambiente e custos. Também foram feitas analises físico-químicas conforme métodos validados, onde se determinou a densidade, o pH, a porcentagem de umidade e o índice de acidez que informam dados importantes na conservação do óleo. Apesar da extração por solvente ser desfavorável ao meio ambiente, o seu rendimento foi maior em relação aos dois processos de extração enzimática que são alternativas ecologicamente corretas. O óleo extraído possui substâncias medicinais que são vantajosas em relação a outros óleos, o que aumenta a preferência do seu uso entre as pessoas. Além disso, esse interesse pode se prolongar às indústrias farmacêuticas e cosméticas que utilizam o óleo para adicionar qualidade aos seus produtos.
Palavras-chave: Óleo de abacate. Extração enzimática. Extração por solvente.
1 INTRODUÇÃO
O abacate é um fruto tropical, rico em nutrientes, sendo o Brasil o terceiro maior produtor mundial (SILVA e OLIVEIRA, 2006). A partir da polpa do fruto é possível extrair um óleo com propriedades medicinais para diversos tratamentos, como cuidados com a pele e cabelo, prevenção de doenças cardiovasculares e aumento da imunidade.
O óleo de abacate possui inúmeras qualidades e existem diversos processos para extraí-lo, como por solventes, porém apresenta riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Além disso, os equipamentos apresentam um alto custo e alteram a qualidade do produto final. Uma alternativa utilizada para melhorar a obtenção do óleo é a extração enzimática, tendo em vista, que é mais branda, consome menos energia, produz um óleo de excelente qualidade e é economicamente viável.
Com o intuito de criar uma empresa que fornecerá o óleo de abacate através da extração enzimática, espera-se determinar os melhores parâmetros de extração, equipamentos, condições adequadas, gerenciamento de produção, riscos, oportunidades, lay out, a fim de proporcionar a empresa um processo rentável e viável. 
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo é realizada uma revisão dos conceitos, teorias e estudos em metodologias disponíveis referentes à extração enzimática do óleo de abacate. Toda a fundamentação teórica e sua consistência servirão como sustentação por meio desta, embasando diversos estudos favoráveis para a elaboração de uma empresa rentável, sustentável e viável de extração de óleo de abacate.
2.1 ABACATE
O abacate (Persea americana Mill) é um fruto tropical rico em nutrientes, sua árvore é uma planta perene, que pertence à família das laureáceas. É nativo do México e da América do Sul, sendo o Brasil, um dos maiores produtores mundiais. Possui uma produção de ordem de 500 milhões de frutos por ano. A maioria desta produção é desperdiçada, sendo que o fruto poderia estar sendo aproveitada como alimento e para extração de óleo medicinal, que é eficaz na prevenção e tratamento de uma série de doenças como a hiperplasia prostática, câncer e distúrbios de colesterol (SILVA e OLIVEIRA, 2006).
Cada 100g do fruto contém cerca de 180 calorias sendo que 85% são provenientes da gordura. A maior parte dessa gordura é monoinsaturada, que reduz os níveis de colesterol total, diminuindo o nível de colesterol ruim (LDL) e aumentando os níveis de colesterol bom (HDL) (Salgado apud Danieli, 2006). Também é rico em vitaminas A, B, C e E, que são antioxidantes, ou seja, inibem os radicais livres, retardando o envelhecimento (DANIELI, 2006).
O abacate também possui um carotenóide (pigmento natural) chamado luteína que ajuda a proteger o organismo contra o câncer de próstata e doenças como catarata e degeneração da mácula (crescimento anormal dos vasos sanguíneos sobre a retina). Uma substância chamada d-perseitol também presente age como diurético (SILVA e OLIVEIRA, 2006). O teor de proteína na polpa varia de 1 a 2 %, o teor de óleo varia de 5 a 35% e o teor de açúcar de 3 a 8% (OLIVEIRA et al., 2008). Além disso, pode apresentar de 70 a 85 % de umidade e 7 a 10 % de fibras (SILVA e OLIVEIRA, 2006).
2.1.1 Composição da parede celular do abacate
Estão presentes no abacate os polissacarídeos: hemiceluloses, pectina e celulose. A celulose é um polímero de cadeia longa, composto por carboidratos (hidratado de carbono), e é comumente encontrada na parede celular do fruto. As hemiceluloses são associadas à celulose nas paredes celulares e contribuem na textura rígida, perceptíveis no corte e na mastigação (ERENO, 2010).
A pectina é um hidrocolóide natural presente na parede celular, que contribui para a adesão entre as células, firmeza e resistência mecânica do tecido vegetal (PAIVA; LIMA; PAIXÃO, 2009). Além disso, apresenta a enzima polifenol oxidase (PPO) que produz o escurecimento da polpa do fruto acarretando alterações de sabor e aparência no fruto (ARAÚJO, 2008).
2.2 ÓLEO DE ABACATE
Segundo Tango, Carvalho e Soares (2004) o óleo de abacate possui características muito semelhantes ao óleo de oliva, pois ambos são extraídos da polpa dos frutos e em sua composição de ácidos graxos predomina o ácido oléico. Em vista disso foi descrito por Silva e Oliveira (2006), que são tão similares que o óleo de abacate pode substituir o de oliva na alimentação. Na Tabela 1 é apresentada a composição de ácidos graxos do óleo de abacate e na tabela 2 são apresentadas as características físico-químicas do óleo de abacate.
Tabela 1 – Composição de Ácidos Graxos do óleo de abacate.
	ÁCIDOS GRAXOS
	ESTRUTURA
	VALORES DE REFERÊNCIA (%)
	Ácido Palmítico
	C16: 0
	9,0 - 18,0
	Ácido Palmitoleico
	C16:1
	3,0 - 9,0
	Ácido Esteárico
	C18:0
	0,4 - 1,0
	Ácido Oleico (Ômega 9)
	C18: 1
	56,0 - 74,0
	Ácido Linoleico (Ômega 6)
	C18:2
	10,0 - 17,0
	Ácido Linolênico (Ômega 3)
	C18:3
	< 2,0
Fonte: SILVA e OLIVEIRA (2006)
Tabela 2 – Características físico-químicas do óleo de abacate.
	ÍNDICES
	UNIDADES
	VALORES DE REFERÊNCIA
	Peso Específico (25ºC)
	g/cm³
	0,910 - 0,920
	Índice de Refração (40ºC)
	-
	1,458 - 1,465
	Índice de Iodo
	g I2 / 100g
	85 - 90
	Índice de Saponificação
	mg KOH/g
	177 - 198
	Matéria Insaponificável
	%
	1,0 - 12,0
Fonte: SILVA e OLIVEIRA (2006)
O óleo de abacate refinado é transparente e inodoro, já o óleo bruto possui uma coloração verde muito escura, um aroma característico forte e um sabor intenso (FIER, 2010). O óleo bruto torna-se turvo e solidifica-se em dias frios. Essa característica natural não é atrativa à indústria cosmética que tende a refinaro mesmo, o que leva à remoção das propriedades que distinguem o óleo de abacate dos outros óleos vegetais (SILVA e OLIVEIRA, 2006). 
De acordo com Tango, Carvalho e Soares (2004), o óleo é empregado na indústria cosmética com o objetivo de ajudar no tratamento de pele como rugas e estrias. Estimula o metabolismo do colágeno, aumentando sua quantidade solúvel na derme, retardando a formação de marcas na pele, sendo de fácil absorção. Por esta razão é muito usado no tratamento de dermatites, inflamações, queimaduras, acne e no pós-cirúrgico para acelerar a cicatrização. Apresenta efeito de absorção dos raios ultravioleta (UV) do sol, agindo assim como um bom filtro solar para cosméticos (SILVA e OLIVEIRA, 2006). É benéfico para o cabelo, pois tem uma textura leve que facilita a penetração no couro cabeludo, além de ajudar em alguns problemas como a queda de cabelo e a caspa (JOY, 2010).
O óleo de abacate possui em sua composição várias substâncias medicinais, entre as mais ativas estão às lecitinas, fitoesteróis (especialmente ß-sitosterol). O ß-sitosterol sozinho ou em combinação com outros esteróis tem demonstrado, em estudos clínicos, um efeito de redução dos níveis de colesterol no sangue, ajuda em dietas para perda de peso, na prevenção de doenças cardiovasculares, restringe os níveis de glicose, reduz a dilatação da próstata (hiperplasia prostática), prevenindo e auxiliando no tratamento do câncer. Além disso, aumenta a imunidade e auxilia no tratamento de doenças como o câncer, HIV e infecções, pois aumenta a proliferação de linfócitos no corpo (SILVA e OLIVEIRA, 2006). 
2.3 PROCESSOS DE EXTRAÇÃO DE ÓLEOS 
Existem diversos processos de extração do óleo da polpa nas quais os rendimentos variam de 56 a 95% de óleo extraído. Segundo Silva e Oliveira (2006) são eles:
Extração do óleo por solventes utilizando polpa liofilizada, polpa seca a 70ºC ou com prévia fermentação anaeróbica;
Extração por centrifugação da polpa úmida;
Extração por prensagem hidráulica contínua ou descontínua, com adição de material auxiliar de prensagem;
Tratamento da polpa fresca com produtos químicos;
Processos enzimáticos;
Extração por prensagem a frio, na qual não se utiliza solvente e o óleo extraído é bruto;
Extração artesanal usando o calor do sol.
O método mais tradicional de extração de óleos vegetais é a extração com solventes, pois é excelente no processamento de oleaginosas que contém pouca quantidade de óleo. Porém, apresenta alguns inconvenientes: equipamentos com alto custo de instalação e manutenção, alto nível de perigo devido às grandes quantidades de solvente empregadas e aos resíduos que podem permanecer no produto final. Além disso, há perigo de explosões devido à volatilidade dos solventes que contribui para as emissões de componentes orgânicos voláteis que reagem com outros poluentes produzindo ozônio e oxidantes fotoquímicos em excesso, que são prejudiciais à saúde humana (ROSENTHAL; PYLE; NIRANJAN, 1996; ABREU e PINTO, 2009).
2.4 EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA 
A extração enzimática é uma alternativa ecologicamente correta para o processo de extração de óleos (ABREU e PINTO, 2009). Entre todos os métodos utilizados para a extração do óleo, a extração por enzima é a mais recomendada por ser mais branda, consumir menos energia e produzir um óleo de excelente qualidade que pode ser usado na sua forma bruta, economizando, assim, várias etapas do processo de refino utilizadas atualmente (OLIVEIRA e RÖDEL, 2006). O óleo de abacate é extraído quando os frutos estão maduros com uma consistência mais mole, pois é quando apresentam maiores teores de óleo (SILVA e OLIVEIRA, 2006). 
A seleção dos extratos enzimáticos é o primeiro passo no desenvolvimento da técnica e depende da composição da parede celular do fruto. Sendo que misturas de enzimas são mais eficientes que as enzimas isoladas (SANTOS e FERRARI, 2010). O uso de enzimas na extração de óleos vegetais a partir de frutos como o abacate, é feito em temperaturas, entre 30 a 40ºC dependendo da disponibilidade de enzimas hidrolíticas, que fazem a lise (quebra) da parede celular (OLIVEIRA e RÖDEL, 2006). Na Figura 1, pode ser observado o fluxograma do processo de extração aquosa enzimática do óleo de abacate.
Figura 1 – Fluxograma do processo de extração aquosa enzimática do óleo de abacate.
Fonte: SILVA e OLIVEIRA (2006)
2.4.1 Vantagens e desvantagens
A extração aquosa do óleo de abacate através do uso de enzimas oferece muitas vantagens relacionadas ao meio ambiente, segurança e aspectos econômicos (ABREU e PINTO, 2009). Tais como: 
O auxílio no rompimento dos tecidos das células vegetais;
A redução da viscosidade do meio;
O aumento do rendimento do processo de extração aquoso;
A redução das perdas nas etapas de separação do óleo;
A melhoria da qualidade do óleo dando-lhe boa estabilidade.
Os parâmetros mais relevantes do processo enzimático são:
Incubação enzimática;
Temperatura e pH;
Diluição;
Concentração de enzimas.
Segundo Oliveira e Rödel (2006), o processo enzimático é economicamente viável quando aplicado para obtenção de óleos com fins cosmetológicos e farmacêuticos. 
A desvantagem da extração enzimática é o alto custo e a não disponibilidade das enzimas extrativas no Brasil, sendo essa a principal restrição para sua aplicação industrial na obtenção de óleos. A produção de enzimas específicas para extração de óleos vegetais no Brasil poderá viabilizar a tecnologia enzimática neste segmento tão importante da indústria nacional (OLIVEIRA e RÖDEL, 2006).
2.5 ENZIMAS
Segundo Evangelista (2008), as enzimas são um complexo protéico que atuam como catalisadores de reações biológicas. São específicas, pois possuem uma região denominada centro ativo ou sítio ativo, que possui um formato capaz de se encaixar nos reagentes da reação, ou seja, nos substratos. Quando a enzima se encaixa nos substratos, como uma chave em uma fechadura, ela é capaz de alterar a estrutura dessas moléculas, enfraquecendo certas ligações. Isso torna a reação mais fácil, diminuindo a energia de ativação (LINHARES e GEWANDSZNAJDER, 1993). De acordo com Rosenthal, Pyle e Niranjan (1996) no caso da extração enzimática do óleo de abacate, as enzimas quebram a parede celular da polpa (mesocarpo) do fruto, composta dos polissacarídeos celulose, hemicelulose e pectina. A Figura 2 representa o efeito da ação enzimática e da moagem na parede celular do fruto.
Figura 2 – Quebra da parede celular por enzimas.
Fonte: ROSENTHAL, PYLE, NIRANJAN (1996)
O mercado de enzimas industriais é crescente e promissor. Em 2002, chegou a 1,8 bilhões de dólares, sendo que os maiores consumidores foram às indústrias de alimentos, rações, detergentes, têxtil, de papel e de produtos químicos (KOBLITZ, 2008). A crescente demanda por enzimas provém das vantagens que elas fornecem nos processos industriais como mencionam Evangelista e Koblitz (2008):
Aumento da qualidade e estabilidade das reações;
Possibilitam a obtenção de produtos derivados e sintéticos;
Catalisam reações sem produzir efeitos secundários;
São constituintes naturais e biodegradáveis desprovidos de toxidade;
Podem ser inativadas quando a reação atinge o ponto requerido;
Permite maior velocidade dos processos de extração.
2.5.1 Fatores que modificam a eficiência de uma enzima
Segundo Linhares e Gewandsnajder, (1993), existem diversos fatores que influenciam na atividade de uma enzima, entre eles estão:
Concentração da enzima: aumentando a concentração de molécula da enzima, a velocidade da reação aumenta desde que haja uma quantidade de substrato suficiente para receber as enzimas.
Concentração do substrato: aumentando a concentração do substrato, aumenta a velocidade da reação até o momento em que todas as moléculas de enzima se encontrem “ocupadas”. Nesse ponto, a velocidade da reação é máxima e, a partir desse ponto, é inútil qualquer aumento de substrato, pois a velocidade permanecerá constante.
Temperatura:uma elevação de temperatura também aumenta a velocidade das reações químicas. Porém, quando a reação é enzimática, observamos que a velocidade aumenta até certo ponto e, então, começa diminuir. Esse prejuízo na velocidade, a partir de uma determinada temperatura, é consequência da desnaturação da enzima pelo excesso de calor. Seu perfil se modifica, dificultando o encaixe do substrato.
pH: alterações de pH podem mudar a forma da enzima, afetando sua eficiência. Cada espécie de enzima tem uma acidez ou alcalinidade exata, na qual sua atividade é máxima. Acima ou abaixo desse pH, sua atividade diminui. 
Na Figura 3 estão representados os gráficos que mostram a influência da concentração do substrato, do pH e da temperatura na velocidade da reação enzimática. 
Figura 3 – Gráficos mostrando a influência da concentração do substrato, do pH e da temperatura na velocidade da reação enzimática.
Fonte: Linhares e Gewandsnajder (1993)
3 METODOLOGIA (DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA BIOEXTRACION)
Neste capitulo será abordado à metodologia dessa pesquisa, tomando como objetivo a elaboração da empresa Bioextraction, fornecedora de óleo de abacate através de extração enzimática. Os procedimentos adotados para essa elaboração serão divididos em etapas definidas, fundamentadas nas boas práticas de gerenciamento e elaboração de empresas.
3.1 PROJECT CHARTER
Project Charter, ou termo de abertura de projeto, é um documento que autoriza a iniciação de um projeto, criando um registro formal do projeto. Ele garante um inicio de projeto com limites definidos, atuando como um ponto central para futuras referências durante o andamento do projeto.
A Tabela 3 apresenta o project charter elaborado para a empresa Bioextraction.
Tabela 3 – Project Charter inerente à empresa Bioextraction.
	PROJETO (IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO)
	PROJECT CHARTER
	PF-001
	Nome do Projeto
	Extração do Óleo de Abacate 
	Versão
	01
	Nome da Empresa
	BIOEXTRACTION 
	
	
	Objetivo do projeto
	
	
	Montar uma indústria de extração enzimática de óleo de abacate com capacidade de 100.000 L por mês, para fornecer como matéria prima industrial.
	
	Gerente de projeto, responsabilidades e autoridades.
	
	Gerente: Jaqueline Willmann dos Reis.
Patrocinadores: Fabiano Peixoto.
Responsabilidades: alterar lay out de máquinas e equipamentos; Fixar objetivos (planejar); Analisar: conhecer os problemas; Solucionar problemas; Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e tecnológicos e as pessoas); Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar); Negociar; Tomar as decisões (rápidas e precisas); Mensurar e avaliar (controlar).
	
	
	Metas
	
	
	Estabelecer um espaço físico adequado para a produção;
Dispor de um processo economicamente viável e sustentável;
Extrair 100.000 L de óleo por mês;
Adquirir ISOS 9001 e 14001.
	
	
	Premissas
	
	
	Extrair 100.000 L de óleo por mês;
Fornecer um óleo com alto grau de pureza e qualidade;
Atender as normas de segurança junto aos colaboradores;
Atender normas de legislação ambiental;
Dispor de um contrato com uma empresa que realize a retirada e o tratamento dos efluentes gerados. 
	
	
	Restrições
	
	
	Licença ambiental;
Prazo;
Controlar geração de resíduos.
	Riscos
	
	
	Seleção de frutos que contenham elevados teores de óleo em sua polpa;
Seleção de fornecedores;
Concorrência de mercado;
Alto custo e disponibilidade das enzimas;
Crise econômica;
Catástrofes naturais;
Aumento de vendas dos produtos substitutos;
Aumento do preço da energia;
Variações no cambio e taxa de juros;
Flutuações do mercado;
 Crescimento da concorrência;
Mudança na legislação e regulamentação.
	
	Prazo e Investimento
	
	
	Prazo: 1 ano
	Investimento médio: R$300.000,00
	
	
	Principais etapas
	
	
	Principais Etapas
	Datas
	Custos
	Pesquisa de mercado
	10/10/2016
	R$2.000,00
	Formulação do Fluxograma do Processo 
	01/11/2016
	-
	Aquisição do espaço físico (Aluguel)
	30/11/2016
	R$30.000,00/mês
	Seleção de fornecedores 
	30/12/2016
	R$1.000,00
	Aquisição de equipamentos
	01/02/2017
	R$160.899,00
	Seleção de terceiros: tratamento de efluentes
	30/02/2017
	R$5.000,00
	Recrutamento (Primeiros honorários)
	10/04/2017
	R$18488,00/ mês
	TOTAL
	R$217.387,00
	
	
	Stakeholders
	
	
	Os principais Stakeholders do projeto são:
	Nome
	Cargo
	Função
	Fabiano Peixoto
	Patrocinador
	Administrador 
	Jaqueline Willmann
	Gerente
	Coordenar a Indústria 
	Indústrias Alimentícias 
	Cliente
	Comprar 
	Indústrias Farmacêuticas
	Cliente
	Comprar 
	Indústrias Cosmecêuticas 
	Cliente
	Comprar 
	
	
	
	Comentários
	
	
	
	
	
	
	
	Registro de alterações
	Data
	Modificado por
	Descrição da mudança
	04/08/2016
	Equipe
	Início do Project Charter 
	
	Aprovações
	Nome:
	
	Assinatura:
	
	Função:
	
	Data:
	
	Nota: Quaisquer alterações nesse documento deverão ser submetidas ao CCB para fins de controle e documentação.
Fonte: Os autores (2016)
3.2 ANÁLISE SWOT
O método de análise SWOT consiste em uma metodologia utilizada para promover a análise de cenários, comumente utilizada em empresas. Para a elaboração dela, são estudados os pontos fortes e fracos da empresa, assim como, suas eventuais ameaças e oportunidades. Através da elaboração da planilha de swot, é possível estabelecer estratégias que minimizem e monitorem os aspectos negativos e maximizem as potencialidades, visando o crescimento e estabilidade da empresa (SILVA; KUSHANO; ÁVILA, 2008).
A Tabela 4 apresenta a análise SWOT da empresa Bioextraction, para fins de monitoramento.
Tabela 4 – Análise SWOT da empresa Bioextraction.
Fonte: Dos autores (2016)
3.2.1 Descrição da análise SWOT
A seguir será explanado cada ponto inerente a Tabela 4, ressaltando através de sua justificativa sua devida importância dentro do SWOT da empresa. 
3.2.1.1 Pontos fortes
Processo sustentável e com alto grau de pureza: A extração do óleo de abacate pode ser realizada através da extração por solvente e por enzimas, pelo fato do solvente gerar mais efluentes e diminuir o grau de pureza do óleo, o processo a ser utilizado será a extração por enzimas que garante a sustentabilidade e o grau de pureza.
Produção mensal (matéria prima não sazonal): O abacate é cultivado em quase todos os estados, mesmo em terrenos acidentados, a produção se dá o ano todo, com 24 espécies que frutificam a cada três meses (FAPESP, 2009). Devido à periodicidade anual, a fabricação não sofrerá com falta de matéria prima, o que gerará uma produção mensal regular.
Apoio técnico e projeto elaborado: O quadro de funcionários conta com um técnico em química para ministrar a etapa de incubação enzimática, além de contar com os sócios, bacharelados em engenheira química, que elaboraram o processo baseando-se no método mais eficiente.
Garantia de qualidade do produto e comprometimento da equipe envolvida: O processo será através de extração enzimática, o que garante um produto final de melhor qualidade. 
Contratação de profissionais com experiência no segmento: O quadro de funcionários contará com um técnico em química, operadores de produção e profissionais administrativos com experiência em indústria química e gerente de processos com formação em Engenharia Química.
Qualificação contínua dos colaboradores: Justificativa: Será ministrado mensalmente mini cursos para aperfeiçoamento dos funcionários. 
 Pontos fracos
Infraestrutura (Aluguel): O projeto inicial prevê o aluguel de um espaço para a fundação da fábrica, o que dificultará o layout em caso de expansão.
 Inexperiência: Inexperiência na criação de uma nova empresa.
 Falha na apuração dos custos operacionais: Apesar das pesquisas de custos operacionais, o valor real só irá ser calculado quando houver a produção do óleo.Canais de distribuição reduzidos: A empresa utilizará do mecanismo de distribuição indireta, que consiste no ato da empresa repassar seus produtos para um intermediário, que terá a responsabilidade de entregar os produtos da empresa para o cliente final, este intermediário pode ser um varejista, atacadista, distribuidor, ou outros envolvidos no processo de distribuição.
 Elevados custos operacionais: Ocorrerão custos elevados regulares com calibração de equipamentos, aquisição de catalisadores (enzimas), honorários a empresa de tratamento de efluentes, uma vez que a empresa estará de acordo com a importância ambiental e ao grau de pureza do produto final.
 Necessidade de grande investimento: De início a empresa fará um investimento alto, para a aquisição dos equipamentos, catalisadores (enzimas), matéria prima inicial, materiais de expediente e demais aquisições.
Marca nova no mercado: A empresa estará introduzindo uma nova marca no mercado, o que acarretará dificuldades para conseguir a confiança dos clientes.
3.2.1.3 Oportunidades
Localização Privilegiada: A produção brasileira está distribuída principalmente pelas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, sendo o estado de São Paulo o maior produtor, com 50,0% do total nacional, seguido por Minas Gerais, que apresenta participação em torno de 20%, Paraná (11,0%), Rio Grande do Sul (5,0%) e Ceará com 3,0% (AGRIANUAL, 2012). A empresa estará localizada em São Paulo, onde reside o maior produtor (50%) de abacateiros, visando o rápido recebimento da matéria prima e sua integridade.
Despreparo da concorrência: O Brasil possui poucos fornecedores do óleo de abacate, esse despreparo provocará um melhor fluxo de vendas do produto.
Pouca Concorrência: Pouca existência de empresas especializadas na extração do óleo.
Onda de sustentabilidade: Atualmente ouve-se muito a respeito da responsabilidade social, preservação do meio ambiente e reciclagem de resíduos e materiais. Esse momento é ideal para a venda de um produto com alto grau de pureza e com um processo sustentável. 
Possibilidade de expandir as vendas, fornecendo também ao consumidor final: Atualmente a empresa fornecerá ao consumidor a nível industrial, para a utilização em processos, e afins. Porem existe a oportunidade futura de fornecermos diretamente ao consumidor final, viabilizando os lucros, sem ter que passar por terceiros.
Grande produção nacional: O Brasil possui condições climáticas favoráveis para a cultura do abacateiro, sendo de grande influência, a temperatura e a precipitação. Essas condições permitem que a empresa realize uma grande produção nacional, diminuindo a exportação do óleo de abacate de empresas internacionais.
Alta do dólar (para exportação): A empresa pretende realizar exportações do óleo bruto, e a atual elevação do dólar acarretara em um maior lucro.
Grande potencial de crescimento no mercado nacional por ser um produto ecológico e com grau de pureza elevado: Estudos econômicos têm mostrado a crescente exploração do cultivo do abacateiro em todo o mundo, a cultura é considerada a de menor risco comercial, devido à grande demanda tanto no mercado externo como no interno, explicada pelo maior consumo, advindo do menor custo do abacate e da divulgação dos benefícios do fruto para a saúde (VILELA et al., 2006). O óleo de abacate bruto ou semi-refinado pode ser utilizado nas indústrias farmacêuticas e de cosméticos e o óleo refinado na indústria de cosméticos e na alimentação humana, como óleo para salada e para cozinha (TANGO e TURATTI, 1992).
Atualização constante conforme flutuações do mercado: As flutuações do mercado poderão acarretar em um aumento do custo de operação, podendo influenciar diretamente na receita. A atualização constante da empresa, na busca de novos processos mais viáveis, diminuirá o impacto diante dessas flutuações.
Grande oferta de mão de obra na região, devido à crise econômica: Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego de 2016 supera a da mesma data no ano anterior, gerando um aumento na oferta de mão de obra. 
3.2.1.4 Ameaças
Alto custo e disponibilidade das enzimas: O processo trata-se da extração enzimática do óleo de abacate. Ele se destaca entre outros métodos, por ser um processo sustentável que promove um maior grau de pureza no produto final. Infelizmente ele consiste em um processo mais caro devido à obtenção e custos das enzimas.
Crise econômica: A situação econômica do país poderá acarretar numa diminuição do ritmo de crescimento da empresa.
 Catástrofes naturais: São fenômenos sobre os quais o homem não tem controle e que podem ocorrer a qualquer momento, sem aviso prévio (alterações bruscas na temperatura, aumento de ventos), isso poderá gerar atrasos do recebimento da matéria prima, atrasos na produção e envio do produto final.
Aumento de vendas dos produtos substitutos: Os óleos vegetais possuem infinitas aplicações na área cosmética e alimentícia. Um aumento nas vendas de outro tipo de óleo vegetal com a mesma finalidade poderá acarretar em uma diminuição das vendas.
Aumento do preço da energia: Todo o processo consome grande taxa de energia elétrica, um aumento considerável, elevaria os custos operacionais.
 Crescimento da concorrência: O crescimento ou o ingresso de novos concorrentes poderá oscilar as vendas da empresa.
Mudança na legislação e regulamentação: Novas mudanças de legislações e regulamentações fazem com que a empresa tenha que se enquadrar, acarretando custos adicionais.
Flutuações do mercado: As flutuações do mercado poderão acarretar em um aumento do custo de operação, podendo influenciar diretamente na receita. A tabela 5 apresenta um exemplo disso, nela consta a flutuação no preço da matéria prima (abacate) entre os anos de 2007 e 2015.
Tabela 5 – Evolução do preço médio (R$/Kg) do abacate.
Fonte: CEAGESP (2008)
 Variações no cambio e taxa de juros: Alteração nas relações de competitividade (por exemplo, uma valorização do real frente às moedas estrangeiras poderá fazer com que bens produzidos com custos mais baixos internamente comecem a sofrer com a competição de produtos importados). Já o nível da taxa de juros interfere no custo capital (tomada de credito) da empresa e dos consumidores
ISO 14001 e ISO 9001
FALTA ACRESCENTAR ISSO’S!!!
FLUXOGRAMA DO PROCESSO
Fluxograma é uma representação de um processo e em sua formulação, utilizam-se símbolos gráficos para descrever passo a passo a natureza e o fluxo deste processo (CITISYSTEM, 2016). 
Para proporcionar a melhoria dos processos de uma empresa é necessário realizar uma análise organizacional. Assim requerendo a elaboração do fluxograma dos processos existentes (CAMPOS et al.,2015).
 O objetivo é mostrar de forma descomplicada o fluxo das informações, elementos e sequência operacional do processo. A Figura 4 apresenta o fluxograma básico do processo de extração enzimática do óleo de abacate da empresa Bioextraction, esse pode ser denominado como fluxograma de blocos.
Figura 4 - Fluxograma básico do processo.
 
Fonte: Dos autores (2016)
A Figura 5 apresenta o fluxograma detalhado do processo de extração enzimática do óleo de abacate da empresa Bioextraction.
Figura 5 - Fluxograma detalhado do processo.
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Continuação figura 5 - Fluxograma do produto de segunda linha
 
Fonte: Os autores (2016)
Descrição das etapas do fluxograma
Neste subcapitulo serão descritos todos os equipamentos que serão utilizados na empresa Bioextraction.
3.4.1.1 Esteira de seleção de frutas
Esteira de seleção de frutas contínua, manta branca especial plana, com separação de frutas desclassificadas, estrutura em aço carbono pintado com tinta especial (MAX MACHINE, 2016).
Figura 6 - Esteira
Fonte: Max Machine (2016).
3.4.1.2 Lavadorde frutas em aço inox
Lavador de frutas em aço inox, por sistema de borbulhamento, com 3 chuveiros, elevador de manta atóxica, tanque capacidade de 500 litros (MAX MACHINE, 2016).
Figura 7 - Lavador de frutas
Fonte: Max Machine (2016).
3.4.1.3 Despolpadeira / refinador de frutas
A despolpadeira de frutas será em aço inox. Essa é uma máquina ideal para extrair a polpa das frutas, separando as cascas e sementes pela parte frontal da máquina e saindo somente a polpa por outro compartimento, despolpa todas as frutas, é um equipamento importante para o processamento de alimentos, painel com chave de partida para acionamento com proteção para o motor contra queima e curto circuitos (MAX MACHINE, 2016).
Figura 8 - Despolpadeira
Fonte: Max Machine (2016).
3.4.1.4 Reator
O reator em aço inox 316 tem capacidade de 1000 litros, o que atenderá nossa produção diária. Dentro do reator serão colocados água a temperatura de 40ºC e as enzimas ao mesmo tempo para que aconteça o processo enzimático por x horas, dependendo da demanda da produção.
O reator tem um funcionamento básico por batelada, já que nosso processo requer o fator tempo. A figura x abaixo representa um modelo básico do reator com capacidade de 1000 litros.
Figura x – reator em inox.
Fonte: Milmaq, 2016.
3.4.1.5 Centrifugação
O Tricanter® Flottweg é apropriado para a produção de óleo de abacate. Essa centrífuga industrial separa a polpa do abacate em parte sólida, óleo e água. Em seguida, o separador refina a fase óleo e remove as mais finas impurezas. Esse processo é gentil com o produto e apropriado para a produção de óleo do abacate de primeira qualidade. O processamento com o Tricanter® proporciona um altíssimo rendimento, um óleo de abacate claro e a máxima qualidade do produto (FLOTTWEG, 2016).
Segundo Flottweg (2016), a estrutura e o modo de funcionamento do são similares aos do Decanter (separação de duas fases). A diferença fundamental entre essas duas máquinas está na descarga dos líquidos. Em um Tricanter®, existem duas fases líquidas. Uma fase líquida "pesada" (maior densidade e descarregada sob pressão) e uma fase líquida "leve" (baixa densidade e descarregada sem pressão).
Um impulsor ajustável descarrega a fase líquida "pesada". Além disso, o operador pode ajustar sem problema algum a altura da lâmina de líquido do líquido pesado com o impulsor ajustável durante o funcionamento. Um mecanismo de ajuste provoca uma mudança da posição do impulsor e, consequentemente, uma alteração da linha de separação dos líquidos. Portanto, os resultados do processo de engenharia podem ser influenciados visando se obter o resultado de separação desejado (FLOTTWEG, 2016).
Figura 9 - Tricanter® Flottweg
Fonte: Flottweg (2016). 
Algumas vantagens e benefícios desse equipamento são listadas:
Máximo em pureza dos líquidos a serem separados graças ao uso do impulsor;
Podem ser suprimidos ou descartados outros passos de trabalho de separação. Portanto, há a possibilidade de redução de custos para o operador;
Adaptação contínua a situações variáveis (produto na alimentação) possíveis a qualquer hora;
Possibilidade de automação;
Produzido com máximo de qualidade.
3.4.1.6 Emulsificador
O Emulsificador Agimix com tanque é uma excelente solução para preparo de emulsões e soluções onde se deseja redução de partículas sólidas ou mistura completa entre dois líquidos imiscíveis. É prático e gera um excelente coeficiente de cisalhamento garantido uma perfeita homogeneização do produto. Na Figura 10 observa-se o emulsificador, ele pode ser fabricado em inox, entre outros com acabamento sanitário atendendo aos mais exigentes padrões (AGIMIX, 2015). 
Figura 10 - Emulsificador
Fonte: Agimix (2015).
3.4.1.7 Caldeira de 5000 kg vapor/hora
Um gerador de vapor, conhecido também como caldeira, é um dispositivo usado para produzir vapor aplicando energia térmica a água. Trata-se de uma máquina ou dispositivo de engenharia onde a energia química transforma-se em energia térmica. Geralmente é utilizado nas turbinas de vapor para gerar vapor, habitualmente vapor de água, com energia suficiente.
3.4.1.8 Espectrofotômetro de Infravermelho.
Espectrofotômetro (mono feixe) para trabalhos na faixa visível em análises quantitativas e qualitativas nos vários campos de aplicação. .Será usado para o controle de qualidade pela identificação dos compostos e grau de pureza. A otimização do sistema ótico e eletrônico e a minimização da influência atmosférica permitem obter espectros de alta sensibilidade com o novo IRTracer-100, com relação sinal:ruído de 60.000:1. Desta forma é possível a análise de traços, como por exemplo, na investigação de contaminantes (Shimadzu, 2016). O modelo poder observado conforme Figura x abaixo.
Figura x – espectrofotômetro de infravermelho.
Fonte: Shimadzu, 2016.
Figura 11- Caldeira
Fonte: Heatmag Caldeiras (2015).
3.4.1.9 Máquina para dosar, envasar, selar e tampar.
Movimento da mesa mecânico, acionado por motor, redutor, com controle de velocidade;
Programa supervisor que analisa presença de embalagem e volume nos tanques para autorizar a execução das operações;
Disponibilidade de sinal para acionamento de componente externo para reposição de produto no funil do equipamento;
Controlador lógico programável que comanda os movimentos dos conjuntos para posicionamento e retirado das embalagens da mesa, dosagem do(s) produto(s), aplicação de selo, selagem, aplicação e fechamento da sobretampa e impressão dos dados de fabricação.
Características:
Entrada e saída das embalagens por esteira;
Sistema de dosagem volumétrico;
Opção para um ou mais bicos de envase, em função do volume da embalagem e da produção horária requerida;
Aplicação de selo e/ou tampa rosqueada ou batoque;
Processamento de uma embalagem por ciclo de mesa;
Produção de até 2.000 unidades/hora.
Figura 12- Máquina para dosar, envasar, selar e tampar
Fonte: Delgo (2016).
PROCEDIMENTO ADERIDO NA FASE DA INCUBAÇÃO ENZIMÁTICA
Para obter-se um processo viável com um bom rendimento, algumas questões importantes devem ser pensadas na fase de incubação, e a principal delas é condição ideal para a eficácia da reação enzimática, tendo em vista que diversos fatores a influenciam, como concentração de substrato, concentração de água e temperatura. 
 A quantidade de água que entrará no processo de extração de óleo da empresa Bioextraction para diluir a polpa do abacate na fase de incubação será em proporção de (substrato/água) 1:2, sendo a melhor proporção encontrada visando à viabilidade do processo baseado nos experimentos de Abreu e Pinto (2009), ao passo que de tal maneira a enzima ficará diluída e consequentemente em maior contato com a polpa, facilitando a liberação do óleo por meio da hidrólise da parede celular.
Referente à quantidade de enzima no processo está relacionada à densidade da enzima Viscosyme L, que é 1,21 g/ml (temperatura de armazenagem 0º – 10º C) e sua atividade enzimática que é de 100FGB/g, onde FGB é a quantidade de enzima necessária para hidrolisar β-glucanas em carboidratos redutores, em condições padrões (30 graus Celsius, pH 5,0 e 30 minutos de reação) (JUNIOR, Rosset, BELEIA, 2010).
O processo será feito em batelada com incubação da enzima por 1 hora, de acordo com Abreu e Pinto (2009), propiciando um rendimento em torno de 87% de extração do óleo total dos frutos.
3.5.1 Cálculo da produção
A produção da empresa Bioextracion será de 100.000 L de óleo por mês, tendo uma produção diária de 5000L de óleo. A seguir serão apresentados os critérios e cálculos realizados para estabelecer a quantidade de frutos, água e enzimas necessárias para essa produção diária.
3.5.1.1 Quantidade de Frutos (Matéria-prima)
Para calcular a quantidade de matéria prima necessária para a extração de 5.000 L/dia, fez-se necessário o levantamento e conversão de alguns dados.
O óleo extraído possui a densidade aproximadade 0,97g/cm³. Utilizou-se a Equação (1), para transformar litros (5.000) em massa de óleo de abacate. Porém fez-se necessário passar 5000 litros para cm3, pois a densidade encontrada na literatura está em g/cm3.
 Equação (1)
Onde,
D – representa a densidade
m – representa a massa do corpo (ou objeto)
V  – representa o volume
0,97 g/cm3 = m
 5000000 cm3
m= 4850000 g de óleo 
A média de quantidade de óleo por fruto é de 20% da massa total do fruto, portanto, em 1Kg de fruto há 0,2 Kg de óleo. Através de Regra de Três, conseguimos obter o valor em Kg de abacates necessários para a produção diária de 5000 litros (massa = 4.850 kg) de óleo de abacate.
 1 Kg abacate – 0,20 Kg de óleo
Quantos Kg serão necessários (x) – 4850 Kg de óleo
X = 24250 Kg de frutos serão necessários para produzir 5000L de óleo.
3.5.1.1 Quantidade de água que entra no processo
A quantidade de água tem como proporção 1:2, logo será necessários 48.500 litros de água para extrair 5000L de óleo de abacate.
3.5.1.2 Quantidade de água que entra no processo
A quantidade de enzima necessária de acordo com sua densidade, 1,21 g/ml, e sua atividade enzimática que é de 100FGB/g. Então, utilizando a densidade da enzima que é 1,21g/mL e levando em conta um volume de 48.500.000 mL de água calculada no item acima, determinou-se a massa de FBG que seria concentração da enzima. Essa concentração foi 58.685.000g que foi multiplicado por 100, já que em 1g da enzima existe uma atividade de 100FBG, dando um total de 5.868.500.000 g. Após isso, utilizando-se a Equação (2) para quantificação do volume de enzimas necessário para essa extração.
 Equação (2)
Onde:
C = concentração de FBG = 5.868.500.000 g
C’= concentração dada = 1000 ppm = 0,1% (Embrapa, 2010)
V = volume a descobrir
V’ = volume dado = 48.500.000 mL
V = 1000 ppm x 48.500.000 mL
5.868.500.000 g 
V = 8,26 ppm = 8,26 ml/L
Cada L necessita de 8,26 ml de enzima, 48500 L de água = 5871,67 mL de enzima.
Pensando no trabalho d Barb, ela usou:
100 ml agua -8,3 ml de enzima
 48.500.000ml - x (qte em ml necessaria de enzima)
x = 4025500,00 ml de enzima
Ou 4025,5 Litros de enzima
3.6 MALHA DE CONTROLE
DESCREVER O QUE É MALHA DE PROCESSO (2 A 3 PARAGRAFOS)
COLOCAR O FLUXOGRAMA DE MALHA DE PROCESSO
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(VILELA et al., 2006). 
(TANGOe TURATTI, 1992).
(AGRIANUAL, 2012).
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