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Aula 02: ANÁLISE GRANULOMÉTRICA Professora: Giovanna Feitosa FEVEREIRO/2015 O solo é um conjunto de partículas dispostas de forma organizada, seguindo leis fixas e segundo a ação de forças naturais. Define-se como Estrutura, o arranjo das partículas que compõem o solo. A estrutura do solo influencia o seu comportamento como material de engenharia. Nos solos grossos (areias e pedregulhos) a massa de cada partícula é grande, não há forças elétricas entre elas, a gravidade é o principal fator agindo na formação de sua estrutura. Há a deposição individual das partículas, formando uma estrutura SIMPLES ou UNIGRANULAR. ESTRUTURA DOS SOLOS Do ponto de vista da engenharia o comportamento mecânico e hidráulico de um solo com estrutura simples, fica definido principalmente por duas características: COMPACIDADE E ORIENTAÇÃO DAS PARTÍCULAS. A orientação das partículas produz, como efeito principal, diferentes permeabilidades do solo, conforme o fluxo seja normal ou paralelo à direção de deposição do material. ESTRUTURA DOS SOLOS Nos solos finos (siltes e argilas), a massa de cada partícula é muito pequena, quando comparada com as forças intermoleculares existentes. A existência dessas forças de atração faz com que nos solos finos, as partículas não se depositem individualmente, mas sim em grupos, originando estruturas dos tipos: Alveolar, Floculada e Mista. ESTRUTURA DOS SOLOS Estrutura floculada Estrutura dispersa Placas individuais Nos solos grossos, as forças gravitacionais predominam sobre qualquer outra força, por isso, todas as partículas grossas têm um comportamento similar. O comportamento MECÂNICO e HIDRÁULICO de tais solos está definido por suas características circunstanciais, tais como, a compacidade do depósito e a orientação das partículas individuais. Nos solos de grãos muito finos, entretanto, forças de outros tipos exercem ação importante, provocando uma relação área/volume de valores elevados. As forças eletromagnéticas desenvolvidas nas superfícies dos compostos minerais exercem grande influência no seu comportamento. CARACTERÍSTICAS DAS PARTÍCULAS Nos solos grossos a forma característica é a EQUIDIMENSIONAL, em função da ação dos agentes mecânicos desintegradores. Raramente corresponde à partículas que tenham sofrido ataque químico. A forma equidimensional divide-se em ANGULAR e ARREDONDADA. As formas angulares são típicas das areias residuais e areias vulcânicas. As formas arredondadas são freqüentes nas areias de rios e algumas formações de praias (areias eólicas). FORMA DOS GRÃOS Nos solos finos, devido ao seu processo de formação, a forma das partículas tende a ser achatada, por causa dos minerais de argila, predominando a forma lamelar ou laminar. Como exceção, alguns minerais possuem a forma fibrilar (haloisita), caso mais comum nos solos orgânicos. Durante muitos anos acreditou-se que o tamanho das partículas era o fator determinante em algumas propriedades mecânicas importantes, mais particularmente, na compressibilidade. Hoje, considera-se que a forma das partículas exerce um papel muito mais importante nesta propriedade. FORMA DOS GRÃOS Os solos são formados por partículas de diferentes tamanhos, em proporções variadas. O tamanho relativo dos grãos que formam a fase sólida dos solos é chamado TEXTURA. A medida da textura é feita pela análise granulométrica. De acordo com a textura os solos são classificados como GROSSOS E FINOS. São solos grossos os Pedregulhos e as Areias, e são solos finos, os Siltes e as “Argilas”. TAMANHO DAS PARTÍCULAS Escala Granulométrica:( ABNT 6502/95) Argila silte areia pedregulho 0,002 mm 0,06 mm 2,0 mm 60 mm A distribuição granulométrica de um solo é representada pela curva que indica para cada tamanho de partícula (diâmetro equivalente), a percentagem em peso do solo que possui diâmetros maiores ou menores que esta partícula. Diâmetro Equivalente: É o diâmetro da menor esfera que circunscreve a partícula. A curva granulométrica permite distinguir tipos de textura diferentes, definindo aquelas que predominam em cada tipo de material. DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA A distribuição granulométrica do solo é obtida através da análise do material por dois processos: Método do Peneiramento; Método da Sedimentação. DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA Procedimento feito com o auxílio de peneiras de malhas metálicas, quadradas. É utilizado para solos com diâmetros de partículas maiores que 0,074 mm. Esta limitação é física, função do material usado na fabricação da peneira. MÉTODO DO PENEIRAMENTO Ensaio realizado com o auxílio do densímetro baseado na lei de Stokes que estabelece: “Supondo uma esfera caindo através de uma massa líquida de extensão infinita, após os primeiros instantes da queda, a esfera atinge uma velocidade constante, que é função do quadrado do diâmetro da esfera”. Relaciona o diâmetro equivalente das partículas (D) com a velocidade de sedimentação (v) em meio líquido de viscosidade (μ) e peso específico () conhecidos. MÉTODO DA SEDIMENTAÇÃO ws D 1800 O ensaio de sedimentação é empregado para solos com diâmetros de partículas menores que 0,074 mm e maiores que 0,2 m. MÉTODO DA SEDIMENTAÇÃO Para auxiliar a identificação das características de uniformidade e graduação dos solos, são definidos os seguintes índices, obtidos diretamente do gráfico: MÉTODO DA SEDIMENTAÇÃO DIÂMETRO EFETIVO (D10 ou De): É o diâmetro correspondente a 10% em peso total de todas as partículas menores que ele. O valor de D10 fornece uma das informações necessárias para o cálculo da permeabilidade, utilizado no dimensionamento de filtros e drenos. D30 e D60: diâmetros correspondentes a 30% e 60% em peso total das partículas menores que eles. d10 d30 d60 CURVA GRANULOMÉTRICA CURVA GRANULOMÉTRICA Coeficiente de Uniformidade: onde: Dois solos com coeficientes de uniformidade iguais apresentam curvas granulométricas paralelas, embora possam apresentar texturas diferentes. 10 60 D D Cu Cu < 5 Solo muito uniforme Cu < 15 Solo de uniformidade média Cu >15Solo Desuniforme (bem graduado) CURVA GRANULOMÉTRICA Coeficiente de Curvatura: solo bem graduado: 1 < Cc < 3 1060 2 30 DD )D( Cc D30 e D60: diâmetros correspondentes a 30% e 60% em peso total das partículas menores que eles. DIÂMETRO EFETIVO (D10 ou De): É o diâmetro correspondente a 10% em peso total de todas as partículas menores que ele. O valor de D10 fornece uma das informações necessárias para o cálculo da permeabilidade, utilizado no dimensionamento de filtros e drenos. NEM SE ILUDA... ISSO FOI SÓ O COMEÇO!
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