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LFG Online apresenta... LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL ON LINE Lei Maria da Penha - I Com o Professor Arthur Trigueiros LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 1. “Antecedente histórico” da Lei Maria da Penha * Maria da Penha Maia Fernandes (farmacêutica) – vítima de tentativa de homicídio em 29/05/1983 por seu próprio marido. Na semana seguinte, foi, novamente, vítima de choque elétrico enquanto tomava banho. * Denúncia – 28/09/1984; Prisão apenas em setembro de 2002. LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL * Lentidão do processo + grave violação a direitos humanos = CIDH (Relatório nº 54/2001 – ineficácia judicial / falta de cumprimento, pelo Brasil, do compromisso assumido para reagir à violência doméstica). * Apenas em 2006 – editada a Lei 11.340/06 (Lei Maria da Penha) LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 2. Aspectos constitucionais e convencionais * Art. 226, §8º, da CF/88: “o Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações”. LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL * ONU – 1975 – I Conferência Mundial sobre a Mulher (Cidade do México) – surge, em 1979, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (“Convenção da Mulher”). O Brasil, por meio do Decreto Legislativo 26/1994, aderiu à Convenção, havendo, posteriormente (apenas em 2002), edição do Decreto 4.377. LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL * A Convenção da Mulher prevê a adoção de “ações afirmativas”, a fim de promover a isonomia material entre homens e mulheres. * II Conferência Mundial sobre a Mulher – 1980 – Copenhague LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL * III Conferência Mundial sobre a Mulher – 1985 – Nairóbi (Quênia) – análise da “Década das Nações Unidas para a Mulher” * Conferência de Direitos Humanos das Nações Unidas para a Mulher – 1993 – Viena (Áustria) – violência contra a mulher é definida como espécie de violação aos D.H. LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL * Em âmbito regional de defesa dos D.H., a Assembleia Geral da OEA adotou a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Doméstica (conhecida como Convenção de Belém do Pará – 1994, incorporada ao nosso ordenamento pelo Decreto 1.973/96). * Edição da Lei Maria da Penha – apenas em 2006, em razão da condenação imposta ao Brasil pela CIDH. LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 3. Interpretação da Lei Maria da Penha Art. 4º. Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar. A lei foi concebida para tutela a mulher em situação de vulnerabilidade (situações de violência doméstica e familiar previstas no art. 5º). LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 4. Situações de “vulnerabilidade” da mulher (violência doméstica e familiar) Art. 5º. Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL I- ... II- ... III- ... Situações de vulnerabilidade LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL -Art. 5º - fala de “violência doméstica e familiar contra a mulher” Somente se caracteriza a violência doméstica se praticada no “âmbito doméstico” e “entre familiares”? R: Não! Os incisos do art. 5º trazem 3 situações (“ambiências”) em que a mulher será considerada vulnerável, incidindo, assim, a Lei Maria da Penha. 4.1. “Ambiências” da Lei Maria da Penha (art. 5º, I, II e III) I- no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL II- no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; III- em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
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