Ergonomia Saúde e Segurança do trabalho Estudo de caso Filme Tempos Modernos

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INSTITUTO FEDERAL DE BRASÍLIA - IFB 
PRÓ-REITORIA DE ENSINO - PREN 
CURSOS TÉCNICOS EM EAD 
CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho 
PROFESSOR - 
APOIO: 
Eluzai Rodrigues Alves – Eriton Lincoln T. Pompeu 
 
 
 
 
ATIVIDADE SUPERVISIONADA 
 
 
 
 
ALUNA 
 
MATRICULA 
 
Lillian Carlos Rosendo Silva 
Leidiane Saraiva dos Santos 
 
152064160113 
152064160115 
 
PÓLO: C 4 / TURMA: B / TURNO: Noturno 
 
 
 
 
BRASÍLIA/DF 
2017 
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Sumario 
 
1. Introdução ....................................................................................... 3 
2. Desenvolvimento ............................................................................ 4 
3. Conclusão ....................................................................................... 7 
4. Referencial Bibliografico ............................................................... 9 
 
 
 
 
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1. Introdução 
A Revolução Industrial proporcionou um movimento, que causou um enorme aumento 
na produtividade e no capitalismo sem precedentes. 
Entretanto esse boom econômico contribuiu para a escassez do trabalho artesanal para a 
intensificação da mão de obra com maquinários, resultando em deficiência de 
treinamentos adequados, longas jornadas de trabalho, elevada taxa de acidentes e 
incidentes e a ausência de uma Legislação Justa. 
Este estudo de caso referencia o filme; “Tempos Modernos” de 1936, do cineasta e ator 
Charlie Chaplin, seu personagem manifesta sem o uso da fala uma critica gritante contra 
o capitalismo e aos maus tratos aos funcionários com o sistema produtivo, além de sua 
percepção das linhas de produção da Ford, o filme mostra nas primeiras cenas, um 
bando de ovelhas, ordeiras para o matadouro ou tosquia, demonstrando uma analogia 
aos trabalhadores, autômatos, adestrados, alheios rumando para as atividades 
repetitivas, vemos também quando ele observa o relógio, submisso às horas evidencia o 
slogan atemporal; “tempo é dinheiro”. 
Terá como enfoque a importância da Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho, na 
reflexão de quais seriam os procedimentos da Fabrica na época, e as diretrizes a ser 
cumprida com relação aos trabalhadores, compreensão esta que só poderíamos refletir 
após o surgimento das Normas Regulamentadoras. 
De acordo com a Constituição da República Federal, Seção II da saúde, o artigo 196 
assevera que, “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros 
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação.” E as Normas Regulamentadoras consolidam o cumprimento 
das leis trabalhistas. 
Em se tratando do bem maior que o ser humano, a engrenagem que impulsiona a 
evolução, toda a atenção no cumprimento das Normas e Leis, com relação à saúde e 
preservação do profissional precisam ser atendidas e a base para essa compreensão está 
no conhecimento. 
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2. Conhecimento das Leis 
“Trabalho e individuo a humanidade em busca da felicidade” a frase que apresenta o 
Longa metragem e durante seu desenvolvimento revela uma grande ironia. Este clássico 
do cinema mudo, não demonstra a relação do Organograma da Fabrica, apenas a relação 
diretor e técnico, que controla automaticamente a fábrica e regula a velocidade da 
esteira, onde operários, entre eles Carlitos, executam um conjunto de gestos operatórios. 
Dessa forma deduz-se que a observância das leis e decretos não poderia ser cumprida, 
mesmo anos antes, em 1919 quando tinha sido criada a Organização Internacional do 
Trabalho – OIT. 
Nesse sentido observamos as discrepâncias apresentadas no filme com relação às 
determinações desta agencia das Nações Unidas, limitando-nos a primeira, das seis 
convenções. Na primeira conferencia da OIT no ano de sua fundação a primeira 
convenção era relacionada e; “esta respondia a uma das principais reivindicações 
do movimento sindical e operário do final do século XIX e começo do século XX: a 
limitação da jornada de trabalho a 8 diárias e 48 semanais. As outras convenções 
adotadas nessa ocasião referem-se à proteção à maternidade, à luta contra 
o desemprego, à definição da idade mínima de 14 anos para o trabalho na indústria e à 
proibição do trabalho noturno de mulheres e menores de 18 anos.” 
 2. 1 Aplicação da Ergonomia Saúde e Segurança do Trabalho 
Carlitos o protagonista, de uma forma tragicômica representa bem o que o repetitivo 
esforço físico, acrescido de supervisão estressante do seu superior que controla o ritmo e 
a adequação das tarefas causa, não há pausas como recomenda a Norma 
Regulamentadora 17 relativa à Ergonomia que visa “estabelecer parâmetros que 
permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e 
desempenho eficiente.” Não havia preocupações de o empregador avaliar as adaptações 
às condições de trabalho físicas ou psicológicas, apenas a produção que era de seu 
interesse. A exposição ritmada, desentendimentos com os demais colaboradores e o 
acidente nas engrenagens, gerara um colapso nervoso e ele é levado ao hospital. 
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Observamos ainda no ambiente de trabalho o Layout, maquinários em toda parte em 
um aspecto lúgubre e desconfortável, não havia refeitório, local de descanso para as 
pausas necessárias como foi comentado anteriormente. Sem ventilação, sem limpeza, 
sem qualquer aparato de segurança. 
Todos os funcionários da fabrica eram submetidos à exploração e o modelo de produção 
desenfreada, corta a criatividade e a percepção do mundo ao redor. Por viver em rotina, 
perde-se a capacidade de analisar possibilidades ou, até mesmo, soluções eficazes 
dentro de organizações e equipes. E tudo isso em prol de uma única coisa, o lucro. 
No filme, a máquina toma o lugar dos homens, e com o sistema desigual houve o 
acarretamento de manifestações e greves porque os lucros vinham de poucos operários. 
Essa crise deixou muitas pessoas desempregadas ou com dificuldades para se manter, o 
que gerou o aumento na criminalidade e na escravização. 
2.2 As Normas Regulamentadoras 
Até o início do século XVIII, a saúde do trabalhador não era motivo de 
preocupação. Mas diante das necessidades foram criadas normas para melhorar o 
ambiente de trabalho. As normas existem para serem aplicadas e cumpridas. 
A adoção do SESMT na fabrica poderia promover aos operários uma segurança maior e 
preservação da saúde nos mais diversos aspectos. 
O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – 
SESMT, serviço previsto na legislação trabalhista brasileira e regulamentado em uma 
portaria do Ministério do Trabalho e Emprego, por intermédio da Portaria n° 3.214, de 
08 de junho de 1978, Norma Regulamentadora – 4. 
 “A NR-04 estabelece que empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da 
administração direta e indireta e os poderes Legislativos e Judiciários, que possuam 
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, conforme o grau 
de risco de sua atividade principal e o seu número de empregados, obrigatoriamente, 
deverá constituir o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho – SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade 
do trabalhador no local de trabalho.” 
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2.3 Equipamento de Proteção Individual - EPI 
Paralelamente a proteção legalque envolve as relações de trabalho, deve existir uma 
maior conscientização tanto por parte dos empregados quanto dos empregadores, no 
sentido de evitar acidentes de trabalho. Na fabrica o operário não sabe como operar 
uma determinada ferramenta, e não usa equipamento de segurança. Sem treinamentos e 
Equipamento de Proteção Individual – EPI e Equipamento de Proteção Coletiva – EPC, 
eles ficaram expostos a toda tipo de incidentes, acidentes e riscos suscetíveis de ameaçar 
a segurança no trabalho, de acordo com a NR 6 que traz a lista completa de 
equipamentos de proteção para diferentes origens; térmicas, mecânica, química ou 
radioativa. 
As EPIs que poderiam ser usadas pelos operários na fabrica seriam; 
 Luvas – proteção ao manusear as ferramentas. 
 Vestimentas – resíduos resultantes das peças de metal para proteger a roupa do 
operário 
 Protetores Auriculares e Abafadores – ruídos diversos produzidos pelos 
maquinários. 
 Calçados – proteção no ambiente de trabalho para evitar escorregar. 
É necessário que o trabalhador utilize o EPI para não se expor a riscos, provocar 
doenças ocupacionais, acidentes com lesões temporárias, permanentes e mesmo a 
morte. A supervisão do Gestor precisa ser responsável, pois a organização sofrerá 
indenizações e ou penalidades caso ocorram acidentes e/ou doenças de trabalho. 
2.4 Equipamento de Proteção Coletiva – EPC 
O objetivo dos EPCs é a segurança para um grupo de trabalhadores durante o trabalho 
de uma atividade especifica. Devem estar em locais bem sinalizados e de fácil acesso. 
Na Fabrica para a proteção dos operários poderiam ser usados os seguintes 
equipamentos: 
 Sinalizadores- avisos, placas, fitas e cones. 
 Kit de Primeiros Socorros 
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 Extintores de Incêndio, especificamente sugerida para a fábrica, duas classes de 
extintores: 
a) Classe C: para incêndios em equipamentos elétricos energizados, tais como maquinas 
elétricas, quadros de força, transformadores, computadores, todo tipo de maquina que 
tenha aplicação de energia elétrica. 
b) Classe D: extintores especiais carregados com pó químico para os tipos de metal. 
O EPC precisa ser utilizado para minimizar a exposição dos trabalhadores com relação 
aos riscos e, em caso de acidentes, reduzir as consequências. Os trabalhadores devem 
ser treinados para a sua utilização. 
 2.5 Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT 
Este instrumento formal de registro dos acidentes de trabalho e seus equivalentes. 
Segundo o Regulamento da Previdência Social – RPS (Decreto n° 3.048, de 06 de maio 
de 1999) (Regulamento da previdência Social, 2011). O trabalhador, que sofreu o 
acidente ou doença ocupacional preenche e envia em uma sequencia predeterminada 
para as instituições; 
 Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS 
 Empresa 
 Segurado ou dependente 
 Sindicato da Classe do trabalhador 
 Sistema Único de Saúde – SUS 
 Superintendência Regional do Trabalho – SRTE 
No filme vemos que não são seguidas as determinações da OIT, as normas, e Leis 
trabalhistas, quiçá um procedimento como a CAT ter sido respeitada. Para um sistema 
de proteção do trabalhador a Fabrica precisaria investir para a prevenção dos acidentes 
com ações com relação à higiene e da segurança do trabalho, combatendo as doenças 
ocupacionais, minimizando os riscos ou a redução das condições inseguras de trabalho. 
 
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3. Conclusão 
Diante da exposição do filme que apesar de toda a evolução tecnológica e o advento de 
Lei, normas e procederes que visa assegurar a prevenção de acidentes e de doenças 
ocupacionais, muito precisa ser observado de modo a garantir que sejam cumpridas 
tanto por parte dos trabalhadores, como das organizações para a sua aplicação. 
Principalmente com relação ao preenchimento da Comunicação de Acidente do 
Trabalho. Observando que as greves dos operários ensejaram melhores remunerações, 
diminuição da jornada de trabalho e melhores condições para o trabalhador. 
 Assim o conhecimento das Normas regulamentadoras e seu cumprimento nos remetem 
ao maior objetivo que é assegurar a segurança no trabalho. Carlitos mostra em sua 
atuação que ele não está em consonância com atividades alienantes e sua resistência ao 
domínio da maquina sobre o homem. Como na loja de departamentos, ele evidencia 
habilidade em patinar, no restaurante como garçom improvisa um numero musical 
cômico, ilustrando que no uso de um trabalho que requeria criatividade, foi eficaz. 
A qualidade laboral, o bem estar harmonioso e a satisfação profissional, resultam em 
sucesso para a organização. Para o trabalhador compreende o social, físico, mental e 
familiar, por isso independente do segmento é imprescindível que o trabalhador receba 
treinamentos e a empresa esteja segura dos conhecimentos básicos que o colaborador 
possui, estreitando assim os laços trabalhistas e contribuindo para um ambiente mais 
seguro de modo a favorecer qualidade de vida no trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
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Referencial Bibliográfico 
WACHOWICZ, Marta Cristina. Curso Técnico em Logística. Ergonomia, Saúde e 
Segurança do Trabalho. PR (Brasil). 2011. p. 19, 21,31,33. 
Sites de pesquisa da internet 
EUA. Filme Tempos Modernos, disponível em: 
< https://www.youtube.com/watch?v=CozWvOb3A6E> Acesso em 20 fev. 2017. 
BRASIL. Normas Regulamentadoras, disponível em: 
<http://blog.inbep.com.br/normas-regulamentadoras-nrs-o-que-e/> 
Acesso em 20 fev. 2017. 
BRASIL. Constituição Federal, disponível em: 
<http://conselho.saude.gov.br/web_sus20anos/20anossus/legislacao/constituicaofederal.
pdf> Acesso em 20 fev. 2017. 
BRASIL. SEMST, disponível em: 
<http://portal.seduc.go.gov.br/Paginas/SESMT/Sesmt.aspx> Acesso em 21 fev.2017. 
BRASIL. Organização Internacional do Trabalho – OIT disponível em: 
<http://www.oit.org.br/content/hist%C3%B3ria> Acesso em 21 fev. 2017. 
BRASIL. Classes de extintores, disponível em: 
<http://portal.pucminas.br/cipa/index_padrao.php?pagina=629> 
Acesso em 22 fev. 2017.