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00 TRABALHO DISTÚRBIOS GLANDULARES

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CÂMPUS HENRIQUE SANTILLO
CURSO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MODALIDADE EM LICENCIATURA 
 
  
 
 
DISTÚRBIOS GLÂNDULARES 
DO SISTEMA ENDÓCRINO 
 
 
DANIELLY GRAMACHO
JHENIFER RENNER LUZ SANTANA
KELLY ROSA CHAGAS
LUÍSA CARVALHO CHAIBUB
 
  
Anápolis, Go
2017
 DANIELLY GRAMACHO
JHENIFER RENNER LUZ SANTANA
KELLY ROSA CHAGAS
LUÍSA CARVALHO CHAIBUB
 
  
   
DISTÚRBIOS GLÂNDULARES 
DO SISTEMA ENDÓCRINO
Trabalho Acadêmico apresentado à disciplina de Fisiologia Animal I da Universidade Estadual de Goiás Campus Henrique Santillo, como requisito para obtenção de nota parcial na disciplina, na área de Ciências Biológicas modalidade licenciatura.
Orientadora professora Luciana Damacena Silva.
  
Anápolis, Go
2017
INTRODUÇÃO
Os distúrbios do sistema endócrino frequentemente envolvem hipossecreção, liberação insuficiente de hormônio, ou hipersecreção, liberação excessiva de hormônio. Em outros casos, os problemas são receptores hormonais defeituosos, quantidade inadequada de receptores ou defeitos nos sistemas de segundos mensageiros. Como os hormônios são distribuídos, no sangue, para os tecidos-alvo em todo o corpo, os problemas associados com a disfunção endócrina também podem ser muito comuns (TORTORA & DERRICKSON, 2014).
DISTÚRBIOS DA GLÂNDULA HIPÓFISE
Se caracterizam por excesso ou deficiência de hormônios produzidos pela glândula hipófise, ou por sintomas causados pela compressão de tecidos vizinhos provocada por um tumor da hipófise. Esta é uma glândula do tamanho de uma ervilha e se localizada no centro da cabeça. 
A hipófise se divide em parte anterior que produz hormônio GH, ACTH, TSH, LH, FSH e prolactina. Estes regulam o crescimento ósseo, a massa muscular, a resposta do corpo a estresse, o nível sanguíneo de glicose, a utilização de energia pelo corpo, o desenvolvimento de características sexuais secundárias, a fertilidade e a produção de leite. E parte posterior que acumula e secreta os hormônios antidiurético, que regula a excreção de água pelos rins, e o hormônio ocitocina, que estimula a contração do útero durante e após o parto e a liberação de leite durante a amamentação (AACC, 2013).
Tumores da hipófise: podem produzir hormônios ou não. A maioria é benigna. Quando comprimem os tecidos vizinhos, podem provocar distúrbios visuais e dor de cabeça. Com frequência, produzem um hormônio em excesso, com deficiência de outros.
Hipopituitarismo: diminuição geral dos hormônios hipofisários, resultante de tumores, traumatismos, redução do suprimento sanguíneo, infecção, sarcoidose, autoimunidade, irradiação ou cirurgia da hipófise.
Hiperprolactinemia: adenoma secretor de prolactina. Em mulheres, pode provocar galactorreia e amenorreia. Em homens, diminuição do libido e impotência.
Síndrome da sela vazia: a sela turca é uma estrutura do osso esfenoide que abriga a hipófise. Síndrome da sela vazia é uma descrição da imagem obtida por ressonância magnética em que a sela parece vazia. Está associada a cefaleia e, em alguns casos, a Hipopituitarismo.
Nanismo hipofisários, Acromegalia e Gigantismo: a hipossecreção do hGH durante os anos de crescimento diminui o crescimento ósseo, e as lâminas epifisiais se fecham antes que a estatura normal seja alcançada, outros órgãos também não crescem e requer administração de hGH durante infância, essa condição é chamada de nanismo. A hipersecreção durante infância provoca o gigantismo anormal no comprimento dos ossos, crescendo muito, mas as proporções do corpo são quase normais. A hipersecreção na fase adulta ocasiona acromegalia, o espessamento dos ossos das mãos, pés, face e da mandíbula e outros tecidos crescem. As pálpebras, lábios, língua e nariz aumentam.
Doença de Cushing: sintomas de síndrome de Cushing causados por um tumor da hipófise secretor de ACTH, que estimula a produção de cortisol pelas glândulas suprarrenais, incluindo obesidade da parte central do corpo, rosto arredondado, pele fina, estrias abdominais, fraqueza muscular, osteoporose, aumento da glicemia e hipertensão arterial.
Diabetes insípido: é decorrente de defeitos nos receptores do hormônio antidiurético (ADH) ou na incapacidade de secretar o mesmo. Geralmente é provocada por um tumor encefálico, trauma encefálico ou cirurgia encefálica que causa danos a neuro-hipófise ou ao hipotálamo. Logo, os rins não respondem ao ADH ficando comprometidos, havendo excreção de grandes volumes de urina, resultando em desidratação. O tratamento compreende em reposição hormonal (geralmente a vida toda) ou caso mais complexo exige restrição de sal na dieta, d uso de medicamentos diuréticos são úteis.
Síndrome de Nelson: causada pela remoção das glândulas suprarrenais como tratamento da doença de Cushing. Ocorre escurecimento da pele como resposta à secreção excessiva de ACTH e hormônio estimulante dos melanócitos.
Neoplasia endócrina múltipla do tipo 1: mutação hereditária que aumenta o risco de tumores da hipófise e de outras glândulas endócrinas.
Síndrome de Kallmann: liberação deficiente do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) pelo hipotálamo causa deficiência dos hormônios estimulante dos folículos (FSH) e luteinizante (LH), que resulta em retardo ou ausência de puberdade. Está associada a anosmia (ausência de olfato).
Infarto da hipófise: limitação do suprimento sanguíneo para a hipófise pode causar Hipopituitarismo.
Síndrome de Sheehan: Hipopituitarismo provocado por perda excessiva de sangue durante ou após o parto.
Craniofaringioma: tumor que se desenvolve perto da hipófise, causando Hipopituitarismo, cefaleia, distúrbios visuais e retardo do crescimento.
DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS PARATIREOIDES
A maioria das pessoas tem quatro pequenas glândulas no pescoço (duas de cada lado), geralmente localizado atrás da tireoide. Elas são muito pequenas para serem vistas ou sentidas, não relacionados na função da tireoide e é responsável por manter os níveis de cálcio no sangue. Quando os níveis deste último aumentam as glândulas produzem maiores quantidades de hormônio da paratireoide (PTH adiante) que aumenta o cálcio no sangue por vários meios (FARIAS & MAÇARANDUBA, 2017).
Hiperparatiroidismo: muito pouco hormônio paratireóideo leva a uma deficiência de Cálcio no sangue, que provoca a despolarização dos neurônios e das fibras musculares e a produção espontânea de potenciais de ação. Isso provoca contrações, espasmos e tetania (contração contínua) do músculo esquelético. A principal causa é a lesão acidental às glândulas paratireoidismo é a lesão acidental às glândulas paratireoides ou ao seu suprimento sanguíneo durante uma tireoidectómica.
Hipoparatireoidismo: uma concentração elevada do hormônio paratireóideo é, mais frequente, decorrente de um tumor em uma das glândulas paratireoides. Uma concentração elevada de PTH provoca reabsorção excessiva da matriz óssea, elevando as concentrações sanguíneas dos íons de cálcio e fosfato, tornando os ossos moles e facilmente fraturáveis. Altas concentrações sanguíneas de cálcio promovem a formação de cálculos renais. Fadiga, alterações de personalidade e letargia também são observadas e pacientes com hiperparatireoidismo. 
DISTÚRBIOS DA GLÂNDULA PINEAL
No homem adulto, mede aproximadamente 5 por 8 mm. A glândula pineal fica localizada no centro do cérebro, sendo conectada com os olhos através de nervos. As pesquisas recentes sobre as funções da glândula pineal, despertaram um grande interesse público nesta última década em função da descoberta do papel da melatonina na regulação do sono e do ritmo biológico.
Diabetes melito: é o distúrbio endócrino mais comum, provocado pela incapacidade na produção ou utilização da insulina. Sendo a quarta principal causa de morte por doença nos EUA, em razão das lesões provocadas no sistema circulatório. Como a insulina não esta disponível para auxiliar no transporte de glicose para as células do corpo, sua concentração é alta e extravasa para a urina. Ocasionando na produção excessiva de urina,
incapacidade de reabsorção de água nos rins, sede e ingestão excessiva de alimento. Sendo encontrado no tipo 1 (insulinodependente) e tipo 2 (não insulinodependente).
SAD: o transtorno afetivo sazonal é um tipo de depressão que aflige algumas pessoas durante meses de inverno, quando a duração dos dias é menor. Considera-se que seja, em parte, consequências da produção excessiva de melatonina. Terapia por luz intensa por três a seis horas, proporciona alívio para algumas pessoas e parecem acelerar a recuperação de dessincronize, a fadiga sofrida por viajantes que cruzam rapidamente diversos fusos horários.
DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SUPRARRENAIS
Estas glândulas estão situadas na parte superior de cada rim e dividem-se em córtex e medula. Ambas as partes são controladas pelo hipotálamo, por diferentes mecanismos. Quando estas glândulas se encontram danificadas, ocorre um comprometimento das suas funções surgindo assim uma variedade de distúrbios patológicos (REIS, 2014).
Síndrome de Cushing: ocasionado pela hipersecreção do cortisol pelo córtex da glândula suprarrenal. As causas incluem um tumor na glândula ou em outro local, que secreta adrenocorticotrópico ACTH, que por sua vez, estimula a secreção excessiva de cortisol. A condição é caracterizada pela decomposição das proteínas musculares e pela redistribuição da gordura corporal, resultando em braços e pernas delgadas acompanhadas por face arredondada, giba de búfalo no dorso e abdome pendular. A pessoa também se machuca com facilidade e a cicatrização do ferimento é deficiente. A alta concentração de cortisol provoca hiperglicemia, osteoporose, fraqueza, hipertensão, suscetibilidade a infecções, diminuição da resistência a alteração do humor.
Doença de Addison: a hipossecreção de glicocorticoides e aldosterona provocam esta doença. Na maioria são distúrbios autoimunes, provocando destruição do córtex da glândula ou o boqueio da ligação do ACTH e seus receptores. Sintomas que, não aparecem até que 90% do córtex da glândula tenha sido destruído incluem letargia mental, anorexia, náusea e vômito, perda de peso, hipoglicemia e fraqueza muscular. A perda de aldosterona leva a um aumento na concentração sanguínea de potássio e a uma diminuição na concentração sanguínea de sódio, hipotensão, desidratação, diminuição do débito cardíaco, arritmias e até parada cardíaca. E a pele apresenta aparência “bronzeada”.
Feocromocitomas: geralmente, os tumores benignos das células cromafins da medula da glândula, provocam hipersecreção de norepinefrina e epinefrina. O resultado é uma versão prolongada da resposta de luta ou fuga: frequência cardíaca acelerada, hipertensão, altas concentrações sanguíneas e urinas de glicose, uma taxa metabólica basal elevada, face ruborizada, nervosismo, sudorese e diminuição da motilidade gastrointestinal. O tratamento é a remoção cirúrgica do tumor.
Hiperaldosteronismo: A maioria dos pacientes apresenta cefaleia, hipertensão diastólica, hipernatremia, poliúria e alcalose hipopotassêmica, que se manifesta pela debilidade episódica, parestesias, paralisia transitória e tetania. Às vezes, podem observar-se distúrbios da personalidade, diabetes e glicosúria. O tratamento cirúrgico do adenoma suprarrenal solitário produtor de aldosterona costuma curar o paciente. Na hiperplasia suprarrenal bilateral poderão ser eficazes a restrição de sódio e a administração de espironolactona.
DISTÚRBIOS DA GLÂNDULA TIREOIDE
Os distúrbios desta glândula afetam todos os principais sistemas do corpo e estão entre os distúrbios endócrinos mais comuns. Por toda essa importância, a glândula tireoide precisa estar em perfeita ordem. Quando isso não acontece, o próprio corpo dá o alerta.
Hipotireoidismo congênito: hipossecreção dos hormônios da glândula tireoide, presente ao nascimento, possui consequências devastadoras se não tratado imediatamente. Essa condição provoca retardo mental grave e impedimento do crescimento ósseo. Na ocorrência, a administração oral do hormônio deve ser iniciado logo após o nascimento e continuada durante toda a vida.
Mixedema: ocorre hipotireoidismo na fase adulta mais predominante em mulheres. A marca registrada é o edema, que faz os tecidos faciais incharem, com aparência túrgida. Apresentando também, baixa frequência cardíaca e temperatura corpórea, sensibilidade ao frio, cabelo e pele secos, fraqueza muscular, letargia geral e tendência a ganhar peso fácil. A administração do hormônio oral diminui sintomas.
Doença de graves: ocorre 7x mais em mulheres do que em homens, em geral antes dos 40 anos. É um distúrbio autoimune, onde pessoa produz anticorpos que imitam a ação do hormônio estimulador da tireoide TSH. Logo, estimulam continuamente o crescimento da glândula e a produção de hormônios. Ocasionando no seu crescimento em até 3x do seu tamanho normal e a presença de edema atrás dos olhos. O tratamento inclui remoção cirúrgica de parte ou total da glândula, uso de iodo radioativo e de medicamentos antitireóideos.
Bócio: é a glândula tireoide aumentada, podendo estar associado a hipertireoidismo, hipotireoidismo ou eutireoideo. Em alguns lugares do mundo, a ingestão de iodo na dieta é inadequada; a baixa secreção de hormônio no sangue estimula a secreção do TSH, que provoca seu aumento de tamanho.
REFERÊNCIAS
TORTORA, G. J. DERRICKSON, B. PRINCIPIOS DE ANATOMIA E FISIOLOGIA: desequilíbrios homeostáticos. [revisão técnica Marco Aurélio Fonseca Passos, Cristina Lisboa da Silva ; tradução Alexandre Lins Werneck]. – [reimpr.]. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
AACC. DISTÚRBIOS DA HIPÓFISE. Disponível em: <http://www.labtestsonline.org.br/understanding/conditions/pituitary/>. Acessado em: 05 de junho de 2017.
FARIAS, A.S. MAÇARANDUBA, B. R. DISTÚRBIO DAS GLÂNDULAS PARATIREOIDES: informação, especialistas e perguntas frequentes. Disponível em: <http://www.doctoralia.com.br/enfermidade/disturbios+das+glandulas+paratireoides-41008>. Acessado em: 05 de junho de 2017.
REIS, A. A. N. DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SUPRARRENAIS. Disponível em: <https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/5802/1/PPG_23511.pdf>. Acessado em: 05 de junho de 2017.
MAPFRE. DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS SUPRARRENAIS E CONDUÇÃO. Disponível em: <https://www.medicosporlaseguridadvial.com/pt-pt/questoes-clinicas/endocrinologia-e-metabolismo/endocrinologia-e-metabolismo-disturbios-das-glandulas-supra-renais-e-conducao/>. Acessado em: 05 de junho de 2017.

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