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Henri Wallon (2)

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Centro Universitário Internacional
Uninter.
Laureci Muller, RU: 12 44 625
Mauro Luiz MIERNITSKI, RU: 12 19 513
Tairine Vanessa Cordeiro
 
PORTFóLIO
UTA-FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
PENSADORES DA PSICOLOGIA 
DA EDUCAÇÃO
FASE I
CANOINHAS
2015
Centro Universitário Internacional
Uninter.
Laureci Muller, RU: 12 44 625
Mauro Luiz MIERNITSKI, RU: 12 19 513
Tairine Vanessa Cordeiro
 
 
PORTFóLIO
UTA-FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
FASE I
Trabalho apresentado a UTA – Fundamentos Pedagógicos, das disciplinas de Curso de Licenciatura em Geografia, História, Matemática e Letras da Faculdade Internacional de Curitiba. 
 	Coordenadora: Andréia Gusmão Nogueira 
 	Tutora Presencial: Claudia R. Lima Nogueira 
 	Centro Associado: Curitiba
 CANOINHAS
 2015
INTRODUÇÃO
No presente texto falaremos sobre as contribuições de Henri Wallon na educação. Para tanto, parte de uma análise dos conceitos fundamentais e princípios gerais da teoria e de seus pressupostos, e das principais ideias pedagógicas expressas em seus textos. Podemos assim pensar que Wallon colocou ao professor a função de mediar o acesso do aluno à cultura de seu tempo, e fazer como que ele tivesse mais aptidões compatíveis com as necessidades que a sociedade lhe impunha, de forma que o ensino por ele preparado seja suficiente para o exercício de qualquer função que se poderia oferecer mais tarde. Situando-se e definindo os complexos afetivos e cognitivos na teoria Waloniana e destaca a noção de pessoa engajada como síntese fundamental para o entendimento da relação entre afetividade e cognição no campo educacional.
Busca ainda apontar a importância da visão dialética e humanista da pessoa completa de Wallon para as práticas educacionais e retoma a ideia de “circularidade fundamental” atualizar-se a visão de Wallon sobre a não separatividade entre homem e mundo.
Palavras-chave: afetividade; cognição; educação; Henri Wallon; circularidade Fundamental.
DESENVOLVIMENTO
BIBLIOGRAFIA DE HENRI WALLON (1879 - 1962)
Nasceu na França em 1879. Antes de chegar à psicologia passou pela filosofia e medicina e ao longo de sua carreira foi cada vez mais explícita a aproximação com a educação. Em 1902, com 23 anos, formou-se em filosofia pela Escola Normal Superior, cursou também medicina, formando-se em 1908.Viveu num período marcado por instabilidade social e turbulência política. As duas guerras mundiais (1914-18 e 1939-45), o avanço do fascismo no período entre guerras, as revoluções socialistas e as guerras para libertação das colônias na África atingiram boa parte da Europa e, em especial, a França. Em 1914 atuou como médico do exército francês, permanecendo vários meses no front de combate. 
O contato com lesões cerebrais de ex-combatentes fez com que revisse posições neurológicas que havia desenvolvido no trabalho com crianças deficientes. Até 1931 atuou como médico de instituições psiquiátricas. Paralelamente à atuação de médico e psiquiatra consolida-se seu interesse pela psicologia da criança. Na 2a guerra atuou na Resistência Francesa contra os alemães, foi perseguido pela Gestapo, teve que viver na clandestinidade. De 1920 a 1937, é o encarregado de conferências sobre a psicologia da criança na Sorbonne e outras instituições de ensino superior. Em 1925 funda um laboratório destinado à pesquisa e ao atendimento de crianças ditas deficientes. Ainda em 1925 publica sua tese de doutorado “A Criança Turbulenta”.
Inicia um período de intensa produção com todos os livros voltados para a psicologia da criança. O último livro “Origens do pensamento na criança’, em 1945.Em 1931 viaja para Moscou e é convidado para integrar o Círculo da Rússia Nova, grupo formado por intelectuais que se reuniam com o objetivo de aprofundar o estudo do materialismo dialético e de examinar as possibilidades oferecidas por este referencial aos vários campos da ciência. Neste grupo o marxismo que se discutia não era o sistema de governo, mas a corrente filosófica. Em 1942, filiou-se ao Partido Comunista, do qual já era simpatizante. Manteve ligação com o partido até o final da vida. Em 1948 cria a revista ‘Enfase”. Neste periódico, que ainda hoje tenta seguir a linha editorial inicial, as publicações servem como instrumento de pesquisa para os pesquisadores em psicologia e fonte de informação para os educadores. Faleceu em 1962.
CONTRIBUIÇÕES DE HENRI WALLON PARA EDUCAÇÃO.
A educação no século XXI diz respeito à questão da multietnicidade, da convivência plural e democrática e da unidade na diversidade. Extrapolando assim a educação envolvendo a sociedade e querendo reflexões mais avançadas no que diz respeito a formação humana.
Nos dias de hoje sociabilidade é de desconfiança, violência e agressão e os cidadãos surgem como inimigos potenciais que disputam um lugar no Mercado de Trabalho e na divisão de bens e serviços. Assim a educação deve se defrontar – o analfabetismo, a evasão escolar, a educação de jovens e adultos entre outros, a questão da relação entre cognição e afetividade, ao lado da violência, sem dúvida, contribui para um ponto na agenda da educação nesse século.
Temos cada vez mais desvelado o lugar opressor das instituições educacionais no processo de formação humana. Onde destaca-se uma simetria entre os modelos das celas nos conventos, quartéis, hospitais, fábricas e o das escolas. Na escola, o lugar de cada um, a ordem nas fileiras, a repartição das tarefas, os gestos mais úteis, são postos não só para tornar as pessoas mais submissas, mas também para garantir uma melhor economia do tempo e dos gestos.
A possibilidade de resistência na escola tem levantada por muitos autores, pondo em ponto as concepções neoliberais a respeito das Contribuições de Henri Wallon. Deixando assim a educação, como a tarefa prática de preparar os indivíduos para a vida social. 
Da mesma forma em que os meios de educação tradicional nos mostram de tal modo que estão desgastados e começam a ser direcionados para a Escola os olhares da sociedade deixam a esperança de que esta exerça uma função Educativa e não apenas a da Escolarização.
Sendo necessária uma nova visão da Escola, dos conteúdos escolares, do papel dos educadores e da relação da Escola com a sociedade. Assim nossas crianças serão levadas cada vez mais cedo para a escola e nela ficarão por um tempo mais longo. Com isso a Escola deverá exercer o tradicional papel das famílias, das comunidades, e ainda, o que lhe era próprio: desenvolver conhecimentos e habilidades. 
A escola terá um papel de formação integral do ser humano e terá como missão a formação do sujeito ético. Sendo assim educação comprometida buscando ampliar e resgatar os fundamentos da razão formativa. Assim deixando com novos desafios para educação e para escola. Podemos deixar o questionamento da afetividade e suas relações com a cognição no campo educacional.
Temos que deixar a escola como o lugar para formação da cognição trazendo desafios antes imaginados, pois em que pesem as tentativas de impedir o surgimento dos afetos no ato educativo, a sua presença aparece nas atividades propostas, nas relações que são estabelecidas, nos ditos e não ditos e no imaginário escolar, fazendo com que continuemos pensar no processo de formação do ser humano.
A CONCEPÇÃO DIALÉTICA DO DESENVOLVIMENTO PARA A COMPREENSÃO DO SER HUMANO.
O movimento dialético a afetividade, a cognição e os níveis biológicos e socioculturais e também traz contribuições para o processo de ensino e aprendizagem, valorizando a relação professor e aluno deixando a escola como papel principal no processo de desenvolvimento da pessoa.
Estreitando os laços da sociedade e a educação,
mostrando assim uma visão política de uma educação mais justa para uma sociedade com princípios norteadores da Justiça e Dignidade, valorizando ainda a cultura geral e destacando a importância de se ter orientação escolar e depois a profissional.
Desse modo a teoria Walloniana traz grandes contribuições para o entendimento das relações entre educando e educador, além mostra a escola como um meio importante no desenvolvimento desses sujeitos. 
Os estudo das etapas que a criança vai percorre serão, portanto, os da afetividade, do ato motor, do conhecimento e da pessoa” (WALLON, 1995, p. 117). Eles vão construir e ajudar na compreensão do desenvolvimento e são colocados com instrumentos na construção dos processos ensino e aprendizagem.
AFETIVIDADE.
O interesse pela afetividade trouxe uma herança positivista nessa área onde dificultava a inclusão dessa temática, classificada geralmente como “não científica” ou colocada como não relevante, sendo muitas vezes marginalizada ou usada de maneira para justificar as dificuldades em lidar com aqueles que desobedeciam regras escolares.
Sendo assim ditas aos que não aprendem porque não tem apoio afetivo em casa, os pais estão se separando e as notas revelam isto, não conseguem prestar a atenção, estão tomados pelos hormônios da adolescência.
Onde nos mostra uma conceptualização de Wallon sobre emoção, sentimentos e paixão, incluindo todas essas manifestações como um desdobramento de um domínio funcional mais abrangente: a afetividade, reduzida uns aos outros.
Assim podemos definir a afetividade como o domínio funcional que apresenta diferentes manifestações que irão se complexificando ao longo do desenvolvimento e que surgem em uma base até alcançarem relações com cognição, como pode ser visto nos sentimentos.
Ao mostrar a base da afetividade, a teoria walloniana tem como formação da pessoa, ao mesmo tempo em que indica que o meio social se transforma e está afetividade molda e torna suas manifestações cada vez mais social. Assim, podemos dizer que a um laço de união entre o corpo e o meio social, é um campo que forma as dualidades, no qual: O mundo é inseparável do sujeito, mas de um sujeito que não é senão projeto do mundo, e o sujeito é inseparável do mundo, mas de um mundo que ele mesmo projeta.
Essa relação entre homem e mundo é um dos principais conjuntos que ajudam a compreender a formação da pessoa, destacado a importância da afetividade no processo de aperfeiçoamento da personalidade da criança, que se iniciaria de forma gradativa e adquire contornos mais nítidos através dos processos de diferenciação.
E ao longo do desenvolvimento a afetividade vai alternando o conjunto cognitivo em um movimento centrípeto e ora centrífugo, e que inclui ainda o conjunto motor, como base na expressão.
Sendo assim a afetividade, abrange um conjunto que adquire um status social com relação com o outro e que de grande importância na formação da pessoa completa.
COGNIÇÃO 
A cognição é fundamental na formação da pessoa completa, sendo que seu desenvolvimento tem como base as constantes interações com o meio.
Sendo assim a inteligência é transferida do plano motor para o plano especulativo não pode evidentemente ser explicado, no desenvolvimento do indivíduo, pelo simples fato de suas experiências motoras combinarem-se entre si para melhor adaptação das exigências múltiplas e instáveis do real, fazendo do homem um ser essencialmente social. 
A evolução ocorrida entre o ato e o pensamento explica-se simultaneamente pelo oposto e pelo mesmo. A cognição, como a afetividade, brota e vão adquirindo complexidade e diferenciação na relação dialética com o social.
Sendo que a evolução psicológica da criança, aponta a aquisição da linguagem como um fator principal para o desenvolvimento da cognição, oferecendo um conjunto de funções que permite identificar e definir, significações, classificá-las, dissociá-las, reuni-las, para mostrar suas relações lógicas e experimentais, tentar reconstruir por meio delas qual pode ser a estrutura das coisas, fixando e analisando o presente e projetar futuros possíveis e imaginários, desenvolvem-se a partir das dimensões motora e afetiva. Com isso a cognição continua inseparável da afetividade, devendo no adulto alcançar o equilíbrio.
COGNIÇÃO E AFETIVIDADE: DUAS FACES DE UMA MESMA PESSOA
A noção de pessoa apresentada por Wallon nos mostra um conjunto (afetivo, motor e cognitivo) e para integração entre o orgânico e o social. 
Ele atribui à criança que ela deve ser entendida como evolução no momento em que se encontra. Essa posição Walloniana nos faz pensar nas práticas e teorias em educação que coloca a criança em uma posição com pouco objetivo e não como sujeitos de direito e desejo.
Wallon situa a noção de pessoa como o conjunto funcional resultante da integração de suas dimensões, e cujo processo de desenvolvimento ocorre na integração do orgânico com o meio, que em sua teoria é sempre predominantemente social.
Esse desenvolvimento não ocorre de forma linear e contínua, mas apresenta movimentos que implicam integração, conflitos e na predominância dos conjuntos funcionais. No que diz respeito à afetividade e cognição, esses grupo te estágios de desenvolvimento. Nos estágios impulsivo e emocional, a personalidade na puberdade e adolescência, predominam o movimento para si mesmo sendo de maior prevalência do conjunto funcional afetivo, sendo que no sensório-motor e projetivo o movimento se dá para fora, para o conhecimento do outro (força centrífuga), o predomínio é do conjunto funcional cognitivo possibilitando o manejo integrativo da afetividade.
O motor, o afetivo, o cognitivo, a pessoa, embora cada um desses aspectos tenha identidade estrutural e funcional diferenciada, estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros. Sua separação se faz necessária apenas para a descrição do processo. Sendo que qualquer atividade motora tem ressonâncias afetivas e cognitivas.
 
CONCLUSÃO
Assim, temos o desafio da educação da pessoa é estimular o processo de complementação continuado no giro dessa circularidade, de maneira que possamos ver nossas atividades como reflexos de uma estrutura, sem perder de vista nossa experiência direta, ou seja, a integração dos conjuntos funcionais e suas relações continuadas com o meio.
Ainda não se conseguiu estabelecer um corpo consistente de ações educativas, em relação cognição e afetividade, que nos permita um enfrentamento desse desafio, permanecendo no nível de tentativas e projetos de intenções. Entre as causas que estão na raiz de nossa dificuldade de pensar essa problemática está o fato de não dispormos de compreensão do humano. A multiplicidade de fatores e variáveis, biológicas, psicológicas, sociais, econômicas, culturais, todas elas igualmente importantes. É preciso, portanto, estar atento para vencer as tentações bastante comum no campo educativo e psicológico.
Devemos também compreendermos as questões de fundo do campo pedagógico, e de aceitarmos aquilo que a experiência aponta: cognição e afetividade estão irremediavelmente presentes na formação da pessoa.
Não se trata de uma simples casualidade, haja vista que o projeto pedagógico da modernidade permanece tributário de certo entendimento sobre o sujeito, suas experiências e relação consigo, com os outros e com o próprio mundo.
Trata-se da compreensão que faz da Razão e de suas propriedades o solo em que se movimentam as teorias pedagógicas. Tudo isso sendo de fundamental importância em relação cognição/afetividade, corpo/mente, teoria/prática e sujeito/objeto, apresentando-se assim como uma alternativa à meta educativa humana de privilegiar uma das dimensões do ser humano como essencial e determinante de todas as outras, ainda que seja difícil alcançar a meta da proposta de integralidade, ela não deve ser abandonada, pois a compreensão da pessoa como ser total nos conduz a um constante movimento produtor de transformações.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Internet: www.centrorefeducacional.com.br 
http://www.sed.sc.gov.br/secretaria/
http://revistaescola.abril.com.br/

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