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16/05/2016 1 GESTÃO TRIBUTÁRIA II - Conhecer os conceitos básicos e fundamentais a serem utilizados. - Conhecer conceitos sobre Simples Nacional, para melhor entendimento do conteúdo exposto, a legislação básica e sua aplicação. CRFB/88 “Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.” 16/05/2016 2 É o nome de fantasia dado ao sistema de tributação simplificada criado em 1996 através de medida provisória e convertida na Lei nº 9.317/1996 pelo governo do Brasil cujo objetivo é facilitar o recolhimento de contribuições das microempresas e médias empresas. O SIMPLES (sistema integrado de pagamento de impostos e contribuições das microempresas e empresas de pequeno porte). Lei das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte "SIMPLES" LEI nº 9.317, de 05 de dezembro de 1996 Dispõe sobre o regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte, institui o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de pequeno Porte - SIMPLES e dá outras providências. 16/05/2016 3 Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº 10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga a Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996. Até 30 de junho de 2007 o nome "simples" era usado como sinônimo de regime de tributação simplificado para micro e pequenas empresas. A União e cada ente federativo tinha o seu simples. Assim, havia o Simples Federal, Simples Paulista, Simples Goiano etc. 16/05/2016 4 O Simples Federal � Previa recolher tributos para outros entes federados e repassar o valor arrecadado. � Os repasses de arrecadação estavam ligados a várias condições, de forma que se algum ente federado aderisse ele arriscaria a ter a sua arrecadação retida. � Nenhum estado chegou a aderir e não há informação de município que o tenha feito. � Mais que isso, considerava-se que o cerceamento do poder tributário de determinado ente federativo era francamente inconstitucional. Art. 4º O SIMPLES poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal - ICMS ou o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS devido por microempresas e empresa de pequeno porte, desde que a Unidade Federada ou o município em que esteja estabelecida venha a ele aderir mediante convênio. Na LEI nº 9.317, de 05 de dezembro de 1996 16/05/2016 5 Em julho de 2007, as empresas que eram optantes do Simples Federal passaram automaticamente para o Simples Nacional, ato que foi chamado de migração. A partir de então, para aderir ao simples nacional, é preciso a empresa fazer opção no Portal do Simples Nacional: ADESÃO 1- Em janeiro de cada ano para empresas que já estejam em atividade. 2- A qualquer momento do ano, para empresas em inicio de atividade. � A principal novidade foi a arrecadação direta de tributos. Ao pagar a guia de arrecadação chamada de Documento de Arrecadação do Simples - DAS, o valor pago ao banco é repassado a um sistema gerenciado pelo Banco do Brasil que reparte automaticamente o recurso dentro de um dia para os entes destinatários do recurso. O Simples Nacional 16/05/2016 6 Características principais do Regime do Simples Nacional: � Ser facultativo; � Ser irretratável para todo o ano-calendário; � Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP); � Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação - DAS; O recolhimento não exclui a incidência dos seguintes impostos ou contribuições, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: 16/05/2016 7 I - IOF; II - II; III - IE; IV - ITR; V - IR, dos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável; VI - IR dos ganhos de capital; VII - CPMF; VIII - FGTS; IX - Contribuição para a Seguridade Social, relativa ao trabalhador; X - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, XI – IR, dos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas;; XII - PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação de bens e serviços; XIII - ICMS devido: XIV - ISS devido: XV - demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, não relacionados nos incisos anteriores. Administração � Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). � É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes (CGSN): � 4 da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), � 2 dos Estados e do Distrito Federal e � 2 dos Municípios. 16/05/2016 8 O Simples Nacional herdou também suas características. � Uma das características do Simples Federal era a de não abarcar os profissionais liberais, diferente dos benefícios do imposto de renda da maioria dos outros países. � Essa tendência começou a se reverter logo no começo do Simples Nacional, quando foi incluída a categoria dos contabilistas, aceitando-se os primeiros profissionais liberais em um regime tributário de pequenas e microempresas. � Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta; 16/05/2016 9 CAPÍTULO II DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE Microempresas e Empresas de pequeno porte � Microempresa (ME) é a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. � Empresa de pequeno porte (EPP) é aquela que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00. 16/05/2016 10 Obs.: No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as frações de meses (LC 123, art 3º, § 2º). I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado (LC 123, Art. 3º. § 4º) 16/05/2016 11 IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; VI -constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; X - constituída sob a forma de sociedade por ações. XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade. 16/05/2016 12 Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte incorrer em alguma das situações previstas nos incisos do § 4o, será excluída do tratamento jurídico diferenciado (Art. 3º, § 6º), Com efeitos a partir do mês seguinte ao que incorrida a situação impeditiva. A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual, fica excluída, no mês subsequente à ocorrência do excesso, do tratamento jurídico diferenciado (Art. 3º, § 9). 16/05/2016 13 Os efeitos da exclusão prevista no § 9o dar-se-ão no ano-calendário subsequente se o excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por cento) do limite referido no inciso II do caput (Art. 3º, § 9º-A). A empresa de pequeno porte que no decurso do ano-calendário de início de atividade ultrapassar o limite proporcional de receita bruta de que trata o § 2o estará excluída do tratamento jurídico diferenciado, com efeitos retroativos ao início de suas atividades (Art. 3º, § 10). 16/05/2016 14 Das Vedações ao Ingresso no Simples Nacional I - que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços; II - que tenha sócio domiciliado no exterior; III - de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal; Não podem optar pelo Simples Nacional (LC 123, art. 17) 16/05/2016 15 V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto quando na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes ou trabalhadores; VII - que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; VIII - que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; IX - que exerça atividade de importação de combustíveis; X - que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes; b) bebidas a seguir descritas: 1 - alcoólicas; 2 - refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas; 3 - preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 (dez) partes da bebida para cada parte do concentrado; 4 - cervejas sem álcool; 16/05/2016 16 XII - que realize cessão ou locação de mão-de-obra; XIV - que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis. XV - que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação de serviços tributados pelo ISS. XVI - com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível. LEI COMPLEMENTAR Nº 147, DE 7 DE AGOSTO DE 2014 Altera a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, e as Leis nos 5.889, de 8 de junho de 1973, 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, 9.099, de 26 de setembro de 1995, 11.598, de 3 de dezembro de 2007, 8.934, de 18 de novembro de 1994, 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e 8.666, de 21 de junho de 1993; e dá outras providências. 16/05/2016 17 NOVAS ATIVIDADES NOVAS ATIVIDADES 16/05/2016 18 NOVAS ATIVIDADES ATIVIDADE COM TRIBUTAÇÃO DIFERENCIADA 16/05/2016 19 NOVAS ATIVIDADES SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – VIGÊNCIA: 2016 16/05/2016 20 O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte será determinado mediante aplicação das alíquotas constantes das tabelas dos Anexos I a VI sobre a base de cálculo (LC 123, Art. 18) § 1o Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração. 16/05/2016 21 § 2o Em caso de início de atividade, os valores de receita bruta acumulada constantes das tabelas dos Anexos I a VI desta Lei Complementar devem ser proporcionalizados ao número de meses de atividade no período. A empresa optante pelo Simples Nacional deve recolher o imposto conforme a Receita Bruta, variando as alíquotas de acordo com a atividade desempenhada. 16/05/2016 22 Anexos e alíquotas: Anexo I - Comércio: de 4% à 11,61% Anexo II - Indústria: de 4,5% à 12,11% Anexo III - Serviços: de 6% à 17,42% Anexo IV - Serviços: de 4,5% à 16,85% (Art. 18 parágrafo 5º - C) Anexo V - Serviços: de 17,50 à 22,90% (Art. 18 parágrafo 5º - D) Anexo VI – + atividades: de 16,93% à 22,45% 16/05/2016 23 16/05/2016 24 16/05/2016 25 16/05/2016 26 Quando o SIMPLES não é aconselhável? Segundo o presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo o Super Simples vale a pena para praticamente todas as micro e pequenas empresas de indústria e comércio. Apesar disso, para prestadores de serviço, o regime só vai representar redução de impostos para empresas que tenham 40% da sua receita gasta em folha de pagamento e encargos (salários, férias, horas extras, pró-labore dos sócios e INSS e FGTS). 16/05/2016 27
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