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a guarda da constituição Disciplina de Processo Constitucional Prof. Me. Henrique Rabello Serafim A guarda da Constituição - Schmitt O guardião da Constituição, com base na interpretação do artigo 48 da Constituição de Weimar que, daria ao presidente do Reich (região) poderes excepcionais destinados à guarda da Constituição, conferindo-lhe um poder neutral, ou seja, mediador, regulador e tutelar. O presidente podia até mesmo dissolver o Parlamento, convocar as Forças Armadas, baixar decretos emergenciais e influir nos direitos fundamentais dos cidadãos. A guarda da Constituição - Kelsen Exteriorizava que nos casos mais importantes de violação Constitucional, Parlamento e governo seriam partes litigantes, o que justificaria o reconhecimento do Judiciário como o poder neutro livre das tensões entre Parlamento e Governo. Reconhecia como guardião da Constituição o Tribunal Constitucional. Constitucionalismo Democrático Como já visto, o Constitucionalismo Democrático foi a ideologia vitoriosa do século XX em boa parte do mundo, derrotando diversos projetos alternativos e autoritários que com ele concorreram. Tal arranjo institucional é produto da fusão de duas ideias que tiveram trajetórias históricas diversas, mas que se conjugaram para produzir o modelo ideal contemporâneo: Democracia, que significa a soberania popular, governo do povo, vontade da maioria. Constitucionalismo, que, por sua vez, traduz a ideia de poder limitado, com respeito aos direitos fundamentais e individuais, abrigados em uma Constituição. Constitucionalismo Dempcrático A Corte desempenha dois papéis distintos e aparentemente contrapostos. Contramajoritário: em nome da Constituição, da proteção das regras do jogo democrático e dos direitos fundamentais, cabe a ela a atribuição de declarar a inconstitucionalidade de leis (i.e., de decisões majoritárias tomadas pelo Congresso) e de atos do Poder Executivo (cujo chefe foi eleito pela maioria absoluta dos cidadãos). Agentes públicos não eleitos, como juízes e Ministros do STF, podem sobrepor a sua razão à dos tradicionais representantes da política majoritária Constitucionalismo Democrático Representativo: trata-se, como o nome sugere, do atendimento, pelo Tribunal, de demandas sociais e de anseios políticos que não foram satisfeitos a tempo e a hora pelo Congresso Nacional. A legitimidade política não decorre apenas da representação por via eleitoral, que autoriza os parlamentares a tomarem decisões em nome do povo. Ao lado dos conceitos de eleições e do princípio majoritário, a ideia de democracia deliberativa não só comporta como exige um outro componente: uma representação argumentativa ou discursiva. A guarda da Constituição no Brasil Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição [...] (Art. 102 da CF/88). ADIN, ADC - Art. 102, I, “a” da CF/88 ADPF - Art. 102, § 1.º da CF/88 REXT - Art. 102, III da CF/88 A evolução do papel da jurisdição constitucional exercida pelo Supremo Tribunal Federal ampara-se, cada vez mais, na junção de sua atuação como verdadeiro Tribunal Constitucional, não somente nos casos de controle concentrado de constitucionalidade, bem como nos casos de controle difuso.
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