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* FISIOLOGIA DE RESPIRAÇÃO II Prof. José Francisco Manta UNOESC * * * Respirações Externa e Interna * * MECÂNICA VENTILATÓRIA * MECÂNICA VENTILATÓRIA * * * Complacência pulmonar Expansão dos pulmões requer mínimo esforço que ocorre naturalmente na atividade respiratória; Representa: Maior ou menor capacidade de expansão pulmonar; Condições que destroem tecido pulmonar, produzem fibrose ou edema: diminuem complacência; Alterações por cirurgia da caixa torácica contribuem; * Definições Função respiratória processada mediante: Ventilação pulmonar: ar atmosférico alcança os alvéolos; * Definições Perfusão pulmonar: o sangue venoso alcança os capilares alveolares para as trocas gasosas; * Definições Difusão pulmonar: por meio da qual o dióxido de carbono do sangue é eliminado para os alvéolos e o oxigênio do ar inspirado é captado pelo sangue venoso; * Tipos de ventilação Pulmonar: Trocas gasosas nas vias aéreas e alvéolos com gases do exterior; Alveolar: Volume de ar que entra e sai dos alvéolos em determinado tempo; Do espaço morto: Volume que entra e sai de ar sem tomar parte da troca; * Volumes e Capacidades Pulmonares Associados à quantidade de ar ou a quantidades associadas a um movimento respiratório; VOLUME: quantidade de ar respirado para dentro ou para fora durante um ciclo respiratório; * Volumes e capacidades pulmonares Aumenta ou diminui de acordo as necessidades de ventilação; Quantidades mobilizadas de ar dependem do tamanho do animal; * Volumes pulmonares Classificados: Volumes estáticos (absolutos): Resultam da complementação das manobras respiratórias; Volumes dinâmicos: Resultam das manobras respiratórias forçadas; Medidos através da espirometria; * Volumes pulmonares Mensuração de volumes: Informa sobre caracterização de anormalidades respiratórias, nos processos pulmonares-ventilatório; * Volumes estáticos Constituídos por quatro volumes e quatro capacidades: Volume de ar corrente (VAC); Volume expiratório de reserva (VER); Volume inspiratório de reserva (VIR); Volume residual (VR); * Volumes estáticos Capacidades: Capacidade vital (CV); Capacidade residual funcional (CRF); Capacidade inspiratória (CI); Capacidade pulmonar total (CPT); * Classificação dos volumes respiratórios Ar respiratório: o ar que no estado de repouso, é trocado entre os pulmões e o exterior em cada inspiração e expiração; Representa 10% da capacidade pulmonar total (CPT); Cavalo: 4 a 6 lts; Vaca: 3,5 lts; Cão grande porte: 300 ml; Cão pequeno porte: 100 ml; Homem: 500 ml; * Ar inspiratório de reserva (VRI): (ar complementar) o ar que após, uma inspiração pode ser admitido ainda pelos pulmões, mediante uma inspiração forçada; Cavalo: 10 a 12 lts; Homem: 2-3 lts; (ex: no suspiro); Corresponde a 40-50% da CPT; * Ar expiratório de reserva (VRE): quantidade de ar que após uma expiração normal, pode ser expulso ainda dos pulmões mediante uma expiração máxima (ex. após uma queda ou colapso), mesma magnitude que o ar complementar; Corresponde ao redor de 15 a 20% da CPT; * Volume residual (VR): é o ar que fica nos pulmões após uma expiração forçada, (durante abate, pneumotórax); Cavalo: 10 a 12 lts; Homem: 1,2 lts; Espirômetro * Capacidade pulmonar Combinações de dois ou mais volumes; Principais capacidades: Inspiratória (CI): quantidade de ar que pode ser inspirado (soma de volume corrente e do volume reserva inspiratória); homem: 3.500 ml; Residual funcional (CRF): quantidade de ar que permanece nos pulmões ao final de expiração normal (soma de volume de reserva expiratório com volume residual); homem: 2.300 ml; * Capacidade vital: quantidade máxima de ar que o individuo pode expelir dos pulmões após inspiração máxima; 4.600 ml no homem; Soma de volume de reserva inspiratório com volume de reserva expiratório; * Capacidade total: volume máximo com o qual os pulmões podem se expandir com o maior esforço inspiratório possível; No homem: 5.800 ml; Volumes e capacidades pulmonares: 20 a 25% menores nas fêmeas; * Espaço morto: constituído por porções do aparelho respiratório que não possuem epitélio respiratório como fossas nasais, faringe, laringe e brônquios; Cálculo da quantidade de ar trocado nos alvéolos: diminuir do volume respiratório o do espaço morto; Homem: 150 ml (500 total – 350 nos alvéolos); Volume de ventilação alveolar: porção de ar basal. * Funções do espaço morto Produção de sons: laringe nos mamíferos; Regulação da temperatura corporal: perda de calor pela evaporação da água nos órgãos respiratórios em elevadas temperaturas (porco, cão e aves); * Captação de odores: transmissão por meio de receptores olfativos; Aquecimento e limpeza do ar inspirado: em casos de baixas temperaturas ambientes ar inspirado chega a temperatura corporal * Volume minuto Volume do ar que é trocado em um minuto; Depende da freqüência e profundidade da respiração; Fatores diversos: estímulos físicos ou psíquicos, gestação, temperatura externa; * ALGUMAS MEDIDAS DE VOLUME E CAPACIDADE EM LITROS * Volumes em humanos * Ventilação alveolar Ventilação alveolar Fator mais importante no processo ventilatório pulmonar; Representa: velocidade com que o ar alveolar é renovado a cada minuto pelo ar atmosférico na área de trocas gasosas dos pulmões (alvéolos, sacos alveolares, dutos alveolares e bronquíolos); * não é igual ao volume respiratório por minuto: grande parte ar inspirado enche vias aéreas onde membrana não troca gases; Ventilação alveolar: Principais fatores que determinam a concentração de oxigênio e dióxido de carbono nos alvéolos; Freqüência respiratória, volume corrente e volume minuto: afetam ventilação alveolar; * Freqüência respiratória Número de ciclos respiratórios a cada minuto; Indicador do estado de saúde porém sujeita a fatores: Tamanho do corpo; Idade; Exercício; Excitação; Temperatura ambiente; * Prenhez; Grau de preenchimento do trato digestivo; Estado de saúde; Aumenta durante as doenças. * Pressões respiratórias Expressa as concentrações dos gases; Gases: difundem-se de uma área de concentração maior para uma menor; PRESSÃO PARCIAL: Pressão exercida por um gás em particular em uma mistura de gases; Soma das pressões parciais dos gases em uma mistura é a PRESSÃO TOTAL; Denota-se: P: Pa (arterial); Pv (venoso). * AR ATMOSFÉRICO: pressão total de uma atmosfera (1amt) de ar, sob condições ideais de temperatura e pressão é: 760 mm Hg; Composição ideal de ar atmosférico: 21% O2; 0,03% de CO2; 79% N2; (ar seco); * * AR ALVEOLAR: ar que fica nos alvéolos; Pressão total do ar alveolar igual a 760 mm Hg; PO2 é menor (difunde dos alvéolos aos tecidos); PCO2 é maior (difunde dos tecidos aos alvéolos para ser expelido); * Ventilação pulmonar Processo de troca do gás das vias aéreas e alvéolos com o gás do ambiente; Principal função da respiração é facilitar a ventilação; * Ventilação Volume de ar mobilizado pelos pulmões por minuto; Expresso em litros por minuto; Ve = volume corrente X FR = frequência respiratória; Ex: homem 500ml X 12 = 6 lt/min; * Pressões que favorecem a ventilação Pressão intrapulmonar: pressão no interior dos pulmões; Pressão intrapleural: pressão entre pleura visceral e parietal; Ar flui aos pulmões devido a pressão intrapulmonar menor que atmosférica; Ar flui ao exterior pela maior pressão intrapulmonar; * Geração de alterações de pressão Pressão intrapulmonar diminui na inspiração Volume dos Pulmões aumenta Pressão intrapleural diminui Fluxo ar exterior Pressão intrapulmonar positiva: pela retração dos pulmões * * Difusão dos gases respiratórios Gases respiratórios difundem-se fácil pelos tecidos; Dióxido de carbono: lipossolúvel, 20 vezes maior difusão pela membrana do que O2; * Movimento dos gases: Dos alvéolos para o sangue e tecidos; Dos tecidos para o sangue e alvéolos; Além das diferenças de pressão nos gases entre alvéolos e capilares, o tempo de permanência do ar nos pulmões e velocidade do sangue pelos capilares intervém no intercâmbio gasoso. * Ventilação O2 para alvéolos e remove CO2 O2 consumido nos tecidos gradiente para difusão dos alvéolos para o sangue venoso (torna arterial) e do arterial para os tecidos CO2 produzido nos tecidos, difunde para o sangue arterial (torna venoso) e do venoso para os alvéolos Passagem dos gases por DIFUSÃO * * * * * * Perfusão Pulmonar O sangue venoso alcança os capilares alveolares para as trocas gasosas; Obstruções ex. * Enfisema Pulmonar Em termos anatomopatológicos: Alargamento do espaço aéreo distal ao bronquíolo terminal, destruição do parênquima sem fibrose evidente; Perda de elasticidade pulmonar e fechamento das vias aéreas; * Função respiratória do sangue O sangue realiza o transporte de O2 dos pulmões aos tecidos; Do CO2 dos tecidos aos pulmões; Regido pelas leis do intercâmbio gasoso entre gases e líquidos ou entre dois líquidos; Importante: capacidade do sangue para combinar-se com os gases; Fixação: feita tanto nos eritrócitos ou com o plasma. * Sensibilidade ou absorção dos gases respiratórios no sangue depende: Da temperatura; Pressão dos gases no sangue; Natureza do gás; Quantidade de sangue em contato, em uma mistura de gases a quantidade de cada um absorvido depende da pressão parcial; Intercambio facilitado pela ampla superfície de contato: sistema capilar, distensão dos alvéolos (pulmão) rede capilar e membrana celular (tecidos). * Intercambio gasoso Depende: Diferença de concentração entre sangue e ar alveolar; Entre sangue e os tecidos; Diferença de concentração devida: diferença de pressões parciais entre ar alveolar e o sangue dos capilares venosos dos pulmões; P O2 alveolar P sangue venosa P arterial 100 mm Hg 40 mm Hg 80-90 mm P CO2 alveolar P CO2 sangue venosa 30 mm HG 40-50 mm HG * * Intercambio entre líquidos tissulares e sangue Quanto mais lenta a circulação do sangue pelos capilares melhor o intercambio gasoso; No geral gases atravessam: membranas permeáveis do endotélio capilar, membrana celular, membrana das mitocôndrias; Gases que não participam ativamente no metabolismo encontram-se no sangue em solução física: N2, H2, metano (ruminantes); Gases importantes: O2, CO2, em solução física e combinados quimicamente (eritrócitos e plasma). * pulmões Veia pulmonar Aorta tecidos Arteria pulmonar Veia cava * Transporte de O2 pelo sangue 5% dissolvido no plasma (baixa solubilidade); 95% junto à hemoglobina; Oxihemoglobina; * Transporte de oxigênio pelo sangue HEMOGLOBINA: localizada nos eritrócitos permite fixar quimicamente uma quantidade de O2, até 100 vezes maior da que está em solução física no plasma; OXIHEMOGLOBINA: desprende com facilidade o O2 para os tecidos; Em condições normais apenas 0,2 a 0,3 volumes por cento dissolvidos no plasma; * * * Combinação de O2 e hemoglobina (Hb) é reversível; HB + O2 HbO2 HbO2 é a chamada Oxihemoglobina: ácido mais forte que a Hb; União do O2 com a Hb influenciada pelo pH do sangue: inibe com alcalinidade e favorecida com acidez; Variações de pH dependem de mudanças na concentração de CO2 (maior concentração mais fácil dissociação da HbO2); Importante para a oxigenação dos tecidos. * O abaixamento do pH de 7.4 (curva vermelha) para 7.2 (curva azul) resulta em libertação de O2 pela oxi-hemoglobina. O aumento da pressão parcial de CO2 de 0 para 40 torr (curva violeta), também promove a libertação de O2 * Cada molécula de Hb unida a 4 O2 * Nos tecidos: O2 dissocia-se da Hb e difunde-se pelo líquido tissular, chegando as células; Maior parte de gás carbônico (70%) liberado pelas células penetra nas hemácias e reage com a água, formando ácido carbônico, dissocia-se e dá origem a íons H e bicarbonato, indo ao plasma (ajuda a manter acidez); * Ao redor de 23 % de gás carbônico liberado por tecidos associam-se a própria Hb formando a CARBOEMOGLOBINA; Restante dissolve-se no plasma; Monóxido de carbono com Hb: CARBOXIHEMOGLOBINA, mais estável do que com o O2. * * * Transporte de dióxido de carbono pelo sangue Por diferença de pressão parcial: difusão através da membrana celular, endotélio capilar até o sangue; 80% do transporte em forma de bicarbonato (HCO3); Reação facilitada pela enzima anidrase carbônica no interior do eritrócito (forma H e HCO3); Sangue venoso pH menor que arterial (H não tamponados) e maior concentração de HCO3; Hemoglobina: componente para o tamponamento de H; * Déficit de hemoglobina (anemia) acidemia nos períodos de formação aumentada de H (exercício); Outra forma de transporte: combinação de CO2 com grupos amino terminais nas proteínas plasmáticas e hemoglobina: forma compostos carbamínicos; Muito CO2 é perdido nos alvéolos. * * * Sons pulmonares Auscultação Escutar os sons pulmonares com auxílio do estetoscópio; * Sons pulmonares Velocidade do ar diminui da traquéia para os bronquíolos; Fluxo laminar de baixa velocidade nos bronquíolos não produz sons; Doenças que promovem edema ou exsudato nas vias aéreas provocam alterações nos sons respiratórios: ‘’crepitante’’. * * * Polipnéia ou ofego Ventilação do espaço morto; Cães, aves e suínos mantém temperatura corporal; Não aumenta ventilação, aumenta frequência; Mantém constante ventilação alveolar; Ato de ofegar: aumenta ventilação do espaço morto; Fornece esfriamento corpóreo pela evaporação de água pelas membranas mucosas envolvidas; * Ronronar Em felinos; Ativação alternante regular do diafragma e músculos intrínsecos da laringe; Frequência de 25 vezes entre inspirações e expirações; Fluxo de ar pela contração do diafragma vibra cordas vocais; Tornar efetiva ventilação em respiração superficial; * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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