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XXII EXAME DA ORDEM - CORREÇÃO DE QUESTÕES DE ÉTICA (DICAS)

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PARA MAIS QUESTÕES E DICAS DE COMO ESTUDAR ÉTICA 
PARA A OAB, VISITEM: simplexjvs.blogspot.com.br 
 
XXII EXAME DA ORDEM – 2017.1 - ÉTICA 
 
Questão 1 
 
Marcelo, renomado advogado, foi convidado para participar de matéria 
veiculada pela Internet, por meio de portal de notícias, com a finalidade 
de informar os leitores sobre direitos do consumidor. Ao final da matéria, 
mediante sua autorização, foi divulgado o e-mail de Marcelo, bem como 
o número de telefone do seu escritório. Sobre essa situação, de acordo 
com o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Marcelo não pode participar de matéria veiculada pela Internet, pois 
esse fato, por si só, configura captação de clientela. 
 
B) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas são 
vedadas a referência ao e-mail e ao número de telefone do seu 
escritório ao final da matéria. 
 
C) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet e são 
permitidas a referência ao e-mail e ao número de telefone do seu 
escritório ao final da matéria. 
 
D) Marcelo pode participar de matéria veiculada pela Internet, mas é 
vedada a referência ao número de telefone do seu escritório ao final da 
matéria, sendo permitida a referência ao seu e-mail. 
 
 
Resolução 
 
A questão não apresenta um grau de dificuldade alto, mas demanda 
conhecimento específico do candidato quanto ao CED - Código de Ética 
e Disciplina. 
 
Inicialmente marquei como opção correta a letra B (sim, eu resolvo 
primeiro as questões sem olhar o gabarito para depois corrigi-las). 
Afinal, o advogado não pode fazer publicidade e, em um olhar mais 
desatento, a finalidade na divulgação do e-mail ou do número de 
telefone seria a mesma, correto? Errado! 
 
Primeiro item: o advogado pode dar entrevistas, seja em rádio, televisão 
ou internet, desde que não seja de forma habitual ou que denote 
marketing (art. 42, I, do CED). 
 
PARA MAIS QUESTÕES E DICAS DE COMO ESTUDAR ÉTICA 
PARA A OAB, VISITEM: simplexjvs.blogspot.com.br 
 
Dessa forma, ele poderia participar da matéria, pois a finalidade era 
apenas alertar aos leitores quanto aos direitos do consumidor. 
Eliminamos, portanto, a alternativa A. 
 
Quanto à referência ao telefone do escritório, é possível verificar que se 
trata de indiscutível publicidade, haja vista sua forma ostensiva, 
ressaltando, inclusive, que pertence ao escritório, e não ao advogado. 
Portanto, podemos eliminar a alternativa C. 
 
No que pertine à referência ao e-mail, a primeira observação é de que 
o endereço eletrônico pertence ao advogado, e não ao escritório. Faria 
diferença se o e-mail pertencesse ao escritório? O CED autoriza a 
divulgação do e-mail (já adiantando a resposta), mas não menciona se 
do advogado ou do escritório. Entretanto, como a ideia é restringir a 
publicidade, o fornecimento de e-mail do escritório poderia caracterizar 
a publicidade ostensiva (mas é certo). 
 
A questão demanda conhecimento específico do candidato das 
alterações do CED. O e-mail do advogado poderia ser divulgado, sendo 
a alternativa D a correta. 
 
Dispositivo: art. 40, V, do CED. 
 
Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser 
compatíveis com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo 
vedados: 
 
V - o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em 
colunas ou artigos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, 
publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação 
em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela 
internet, sendo permitida a referência a e-mail; 
 
Questão 2 
 
Cláudio, advogado inscrito na Seccional da OAB do Estado do Rio de 
Janeiro, praticou infração disciplinar em território abrangido pela 
Seccional da OAB do Estado da São Paulo. Após representação do 
interessado, o Conselho de Ética e Disciplina da Seccional da OAB do 
Estado do Rio de Janeiro instaurou processo disciplinar para apuração 
da infração. Sobre o caso, de acordo com o Estatuto da OAB, o 
Conselho de Ética e Disciplina da Seccional da OAB do Estado do Rio 
de Janeiro 
 
PARA MAIS QUESTÕES E DICAS DE COMO ESTUDAR ÉTICA 
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A) não tem competência para punir disciplinarmente Cláudio, pois a 
competência é exclusivamente do Conselho Seccional em cuja base 
territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante 
o Conselho Federal. 
 
B) tem competência para punir disciplinarmente Cláudio, pois a 
competência é exclusivamente do Conselho Seccional em que o 
advogado se encontra inscrito, salvo se a falta for cometida perante o 
Conselho Federal. 
 
C) tem competência para punir disciplinarmente Cláudio, pois a 
competência é concorrente entre o Conselho Seccional em que o 
advogado se encontra inscrito e o Conselho Seccional em cuja base 
territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante 
o Conselho Federal. 
 
D) não tem competência para punir disciplinarmente Cláudio, pois a 
competência é exclusivamente do Conselho Federal, ainda que a falta 
não tenha sido cometida perante este, quando o advogado for inscrito 
em uma Seccional e a infração tiver ocorrido na base territorial de 
outra. 
 
Resolução 
 
Resolvi esta questão com base no CPP. Explico! 
 
Eu não me recordava quanto à competência, mas tinha certeza que a 
letra D estava incorreta, pois a competência é, em regra, da Seccional. 
 
O art. 70 do CPP adotou a teoria do resultado para fins de fixação da 
competência territorial (ratione loci) em matéria criminal, ou seja, a 
competência é determinada pelo local em que houver a consumação da 
infração ou pelo lugar em que for praticado o último ato de execução, 
no caso de crimes tentados. 
 
A infração praticada pelo advogado ocorreu na Seccional de São Paulo, 
consumando-se no local. 
 
Podemos eliminar a alternativa B, haja vista o advérbio 
"exclusivamente", bem como o fato da infração ter sido cometida em 
outra Seccional. 
 
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Voltando ao CPP, a competência territorial, em regra, é fixada pelo local 
onde se consumou o delito, ou infração no presente caso, motivo pelo 
qual marquei a alternativa A. 
 
O Estatuto da OAB dispõe, inclusive, que o CPP é aplicado 
subsidiariamente, salvo disposição em contrário, aos processos 
administrativos disciplinares, nos termos do art. 68 do EOAB. 
 
Não obstante, o EOAB estabelece que a competência para aplicação 
de sanção disciplinar compete à Seccional em que ocorreu a infração, 
salvo se cometida perante o Conselho Federal. Lembrem-se que cabe 
ao TED - Tribunal de Ética e Disciplina - de cada Seccional julgar os 
processos disciplinares. 
 
Portanto, a alternativa correta é a A. 
 
Dispositivo: art. 70 do EOAB. 
 
 
Art. 70. O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB 
compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base 
territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida 
perante o Conselho Federal. 
 
Questão 3 
 
Juliana, advogada, foi empregada da sociedade empresária OPQ 
Cosméticos e, em razão da sua atuação na área tributária, tomou 
conhecimento de informações estratégicas da empresa. Muitos anos 
depois de ter deixado de trabalhar na empresa, foi procurada por 
Cristina, consumidora que pretendia ajuizar ação cível em face da OPQ 
Cosméticos por danos causados pelo uso de um de seus produtos. 
Juliana, aceitando a causa, utiliza-se das informações estratégicas que 
adquirira como argumento de reforço, com a finalidade de aumentar a 
probabilidade de êxito da demanda. Considerando essa situação, 
segundo o Estatuto da OAB e o Código de Ética e Disciplina da OAB, 
assinalea afirmativa correta. 
 
A) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ 
Cosméticos, tampouco se utilizar das informações estratégicas a que 
teve acesso quando foi empregada da empresa. 
 
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B) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ 
Cosméticos, mas não pode se utilizar das informações estratégicas a 
que teve acesso quando foi empregada da empresa. 
 
C) Juliana pode advogar contra a sociedade empresária OPQ 
Cosméticos e pode se utilizar das informações estratégicas a que teve 
acesso quando foi empregada da empresa. 
 
D) Juliana não pode advogar contra a sociedade empresária OPQ 
Cosméticos, mas pode repassar as informações estratégicas a que teve 
acesso quando foi empregada da empresa, a fim de que sejam 
utilizadas por terceiro que patrocine a causa de Cristina. 
 
Resolução 
 
O enunciado já deixou claro que a advogada foi procurada muitos anos 
depois de ter deixado a empresa para ajuizar a ação cível, o que 
demonstra que o examinador não deixou dúvidas quanto à 
possibilidade da atuação da advogada contra a empresa. 
 
Eliminamos, então, as alternativas A e D. 
 
A alternativa B é quase que intuitiva, porquanto é evidente no enunciado 
que a advogada se utilizou de informações estratégicas que adquiriu 
durante o período em que laborou na empresa para reforçar seus 
argumentos no processo, demonstrando violação do sigilo profissional. 
 
A alternativa correta é a B. 
 
Dispositivo: art. 21 do CED. 
 
Art. 21. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-
cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar 
o sigilo profissional. 
 
Questão 4 
 
Em determinada subseção da OAB, constatou-se grave violação à 
disciplina prevista na Lei nº 8.906/94, no que diz respeito ao exercício 
de suas atribuições de representar a OAB perante os poderes 
constituídos e de fazer valer as prerrogativas do advogado. 
Considerando a situação hipotética narrada, assinale a afirmativa 
correta. 
 
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A) Compete ao Conselho Federal da OAB intervir na aludida subseção 
mediante voto de dois terços de seus membros. 
 
B) Compete ao Conselho Federal da OAB intervir na aludida subseção 
mediante decisão por maioria do Órgão Especial do Conselho Pleno. 
 
C) Compete ao Conselho Seccional respectivo da OAB intervir na 
aludida subseção mediante decisão unânime de sua diretoria. 
 
D) Compete ao Conselho Seccional respectivo da OAB intervir na 
aludida subseção mediante voto de dois terços de seus membros. 
 
Resolução 
 
Nesta questão podemos fazer uma ponte com o Direito Constitucional 
quanto à intervenção. 
 
Primeiro ponto é identificar que é cabível a intervenção na Subseção. O 
que o examinador quer saber é qual órgão possui atribuição e o quórum 
para ser decretada. 
 
Assim como dividimos os entes federados em União, Estados/DF e 
Municípios, podemos dividir a organização, grosso modo, da OAB em 
Conselho Federal, Seccionais (estaduais) e Subseções (comarcas). 
 
A CF/88 dispõe que é possível a intervenção da União nos Estados e 
destes nos Municípios, sendo vedada a intervenção per saltum, ou seja, 
da União diretamente nos Municípios, salvo se localizados território 
federal. 
 
Dessa forma, a atribuição é do Conselho Seccional da OAB, e não do 
Federal, eliminando-se as alternativas A e B. 
 
O quórum é algo bem específico que demanda leitura do EOAB, mas 
convenhamos que se fosse necessária a aprovação por unanimidade 
haveria engessamento da atuação da Seccional diante de graves 
violações ao EOAB, conforme narrado no enunciado. 
 
 Assim, a alternativa correta é a D. 
 
Atenção: o mesmo vale para a intervenção do Conselho Seccional na 
Caixa de Assistência do Advogado e no caso de infração ao regimento 
interno da Seccional pela Subseção. 
 
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Dispositivo: art. 58, XV e art. 60, § 6º, ambos do EOAB. 
 
Art. 58. Compete privativamente ao Conselho Seccional: 
 
XV - intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados; 
 
§ 6º O Conselho Seccional, mediante o voto de dois terços de seus 
membros, pode intervir nas Subseções, onde constatar grave violação 
desta lei ou do regimento interno daquele. 
 
Questão 5 
 
Os advogados Raimundo da Silva, Severino da Silva e Juscelino da 
Silva constituíram sociedade simples de prestação de serviços de 
advocacia, denominada Silva Advogados, com o registro aprovado dos 
seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB pertinente ao 
local da sede. Severino figura como sócio-gerente. Além dos três 
advogados, não há outros sócios ou associados. Considerando a 
situação narrada e a disciplina do Regulamento Geral do Estatuto da 
Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa 
jurídica apenas podem ser praticados por Raimundo, Severino ou 
Juscelino, sendo vedada a prática de atos por Silva Advogados, uma 
vez que as atividades necessárias ao desempenho da advocacia 
devem ser exercidas individualmente, ainda que revertam à sociedade 
os proveitos. 
 
B) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa 
jurídica podem ser praticados por Silva Advogados; porém, os atos 
privativos de advogado devem ser praticados por Raimundo, Severino 
ou Juscelino. 
 
C) Os atos indispensáveis à satisfação das finalidades da pessoa 
jurídica e os atos privativos de advogado podem ser praticados por Silva 
Advogados. 
 
D) Os atos destinados à satisfação das finalidades da pessoa jurídica 
apenas devem ser praticados por Severino, sendo vedada a prática de 
atos por Silva Advogados, uma vez que as atividades necessárias ao 
desempenho da advocacia devem ser exercidas individualmente, ainda 
que revertam à sociedade os proveitos. Os atos também não podem ser 
praticados pelos demais sócios, já que Severino figura como sócio-
gerente. 
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Resolução 
 
Quem pratica os atos privativos de advogado? O advogado, claro! Não 
há como uma pessoa jurídica praticar ato privativo de advogado 
(postulação, consultoria, assessoria e direção jurídica). Afinal, pessoa 
jurídica não presta exame de ordem. 
 
Dessa forma, somente Raimundo, Severino ou Juscelino podem 
praticar os atos privativos de advogado, já que todos são advogados. 
Eliminamos a alternativa C. 
 
A pessoa jurídica poderá praticar atos destinados à satisfação de suas 
finalidade, v. g. aquisição de insumos para manutenção do escritório de 
advocacia ou mesmo firmar contrato de locação. Seria desnecessária a 
constituição da pessoa jurídica se esta não pudesse praticar nenhum 
ato. 
 
Assim, a alternativa correta é a B. 
 
Dispositivo: art. 42 do REGA. 
 
Art. 42. Podem ser praticados pela sociedade de advogados, com uso 
da razão social, os atos indispensáveis às suas finalidades, que não 
sejam privativos de advogado. 
 
Questão 6 
 
Carolina, Júlia, Bianca e Maria são advogadas. Carolina é servidora 
estadual não enquadrada em hipótese de incompatibilidade; Júlia está 
cumprindo suspensão por infração disciplinar; Bianca está licenciada 
por requerimento próprio justificado; e Maria é servidora federal não 
enquadrada em hipótese de incompatibilidade. As quatro peticionam, 
como advogadas, isoladamente e em atos distintos, em ação judicial 
proposta em face da União. Diante da situação narrada, de acordo com 
o Estatuto da OAB, são válidos os atos praticadosA) por Carolina, apenas. 
 
B) por Carolina e Bianca, apenas. 
 
C) por Carolina, Bianca e Maria, apenas. 
 
D) por Carolina, Julia, Bianca e Maria. 
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Resolução 
 
Esta questão é bem tranquila! Todas as informações necessárias estão 
no enunciado. 
 
Júlia e Bianca estão suspensa e licenciada, respectivamente, não 
podendo praticar nenhum ato privativo de advogado. Portanto, as 
alternativas B, C e D estão incorretas. Restaria apenas a alternativa A. 
 
Eventual dúvida poderia surgir se houvesse uma alternativa dizendo 
que somente seriam válidos os atos praticados por Carolina e Maria, já 
que ambas não se enquadram em nenhuma hipótese de 
incompatibilidade. Entretanto, Maria não poderia postular contra a 
União, já que se trata de servidora federal (art. 30, I, do EOAB). 
 
Assim, a alternativa correta é a A. 
 
Dispositivo: art. 4º, parágrafo único, do EOAB. 
 
Art. 4º São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa 
não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e 
administrativas. 
 
Parágrafo único. São também nulos os atos praticados por advogado 
impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que 
passar a exercer atividade incompatível com a advocacia. 
 
Questão 7 
 
O Conselho Seccional X da OAB criou dez subseções e uma Caixa de 
Assistência dos Advogados. Dentre as subseções, inclui-se a Subseção 
Y, cuja área territorial abrange um município. Considerando a hipótese 
narrada, analise as afirmativas a seguir e assinale a única correta. 
 
A) O Conselho Seccional X é dotado de personalidade jurídica própria; 
já a Caixa de Assistência dos Advogados e a Subseção Y não possuem 
personalidade jurídica própria, caracterizando-se como partes 
autônomas do Conselho Seccional X. 
 
B) O Conselho Seccional X e a Caixa de Assistência dos Advogados 
são dotados de personalidade jurídica própria; já a Subseção Y não 
possui personalidade jurídica própria, caracterizando-se como parte 
autônoma do Conselho Seccional X. 
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C) O Conselho Seccional X, a Caixa de Assistência dos Advogados e a 
Subseção Y não possuem personalidade jurídica própria. Trata-se de 
órgãos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a qual é dotada de 
personalidade jurídica. 
 
D) O Conselho Seccional X, a Caixa de Assistência dos Advogados e a 
Subseção Y possuem, cada qual, personalidade jurídica própria. 
 
Resolução 
 
Para resolução desta questão é necessário conhecimento específico do 
EOAB, já que se trata de regra específica prevista na Lei 8.906/94. 
 
Os Conselhos Federal e Estaduais são dotados de personalidade 
jurídica própria, assim como a Caixa de Assistência dos Advogados. A 
exceção fica por conta das Subseções, que não detêm personalidade 
jurídica própria, sendo partes autônomas das Seccionais. 
 
Dispositivo: art. 45, § 2º, do EOAB. 
 
Art. 45. São órgãos da OAB: I - o Conselho Federal; II - os Conselhos 
Seccionais; III - as Subseções; IV - as Caixas de Assistência dos 
Advogados. 
 
§ 1º O Conselho Federal, dotado de personalidade jurídica própria, com 
sede na capital da República, é o órgão supremo da OAB. 
 
§ 2º Os Conselhos Seccionais, dotados de personalidade jurídica 
própria, têm jurisdição sobre os respectivos territórios dos Estados-
membros, do Distrito Federal e dos Territórios. 
 
§ 3º As Subseções são partes autônomas do Conselho Seccional, na 
forma desta lei e de seu ato constitutivo. 
 
Questão 8 
 
Viviane, Paula e Milena são advogadas. Viviane acaba de dar à luz, 
Paula adotou uma criança e Milena está em período de amamentação. 
Diante da situação narrada, de acordo com o Estatuto da OAB, assinale 
a afirmativa correta. 
 
A) Viviane e Milena têm direito a reserva de vaga nas garagens dos 
fóruns dos tribunais. 
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B) Viviane e Paula têm direito à suspensão de prazos processuais, em 
qualquer hipótese, desde que haja notificação por escrito ao cliente. 
 
C) Viviane, Paula e Milena têm direito de preferência na ordem das 
audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de 
sua condição. 
 
D) Paula e Milena têm direito a entrar nos tribunais sem serem 
submetidas a detectores de metais e aparelhos de raio-X. 
 
Resolução 
 
O examinador cobrou uma novidade prevista no EOAB, alterado pela 
Lei 13.363/2016 quanto à advogada gestante, lactante ou adotante. 
 
A alternativa A está incorreta, pois o direito à reserva da vaga cabe 
somente à gestante. Outrossim, não faria sentido reservar vaga à 
advogada adotante (Milena), haja vista que esta não teria, a princípio, 
nenhuma limitação, o que ocorre com a gestante. 
 
A alternativa B é "suspeita" em razão do pronome qualquer. 
 
A mesma observação na alternativa A, parte final, aplica-se na 
alternativa D quanto à advogada Milena. 
 
Portanto, a alternativa correta é a C. 
 
Dispositivo: art. 7º, III, do EOAB. 
 
Art. 7o-A. São direitos da advogada: 
 
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na 
ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a 
cada dia, mediante comprovação de sua condição 
 
Obs.: Leiam todo o art. 7º. 
 
Questão 9 
 
A advogada Maria foi procurada por certo cliente para o patrocínio de 
uma demanda judicial. Ela, então, apresentou ao cliente contrato de 
prestação de seus serviços profissionais. A cláusula dez do documento 
estabelecia que Maria obrigava-se apenas a atuar na causa no primeiro 
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grau de jurisdição. Além disso, a cláusula treze dispunha sobre a 
obrigatoriedade de pagamento de honorários, em caso de ser obtido 
acordo antes do oferecimento da petição inicial. Irresignado, o cliente 
encaminhou cópia do contrato à OAB, solicitando providências 
disciplinares. Sobre os termos do contrato, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) A cláusula dez do contrato viola o disposto no Código de Ética e 
Disciplina da OAB, uma vez que é vedada a limitação do patrocínio a 
apenas um grau de jurisdição. Quanto à cláusula treze, não se 
vislumbram irregularidades. 
 
B) Não se vislumbram irregularidades quanto às claúsulas dez e treze 
do contrato, ambas consonantes com o disposto no Estatuto da OAB e 
no Código de Ética e Disciplina da OAB. 
 
C) A cláusula treze do contrato viola o disposto no Código de Ética e 
Disciplina da OAB, uma vez que o advogado não faz jus ao recebimento 
de honorários contratuais em caso de acordo feito entre o cliente e a 
parte contrária, anteriormente ao oferecimento da demanda. Quanto à 
cláusula dez, não se vislumbram irregularidades. 
 
D) A cláusula dez do contrato viola o disposto no Código de Ética e 
Disciplina da OAB, uma vez que é vedada a limitação do patrocínio a 
apenas um grau de jurisdição. A cláusula treze do contrato também 
viola o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, uma vez que 
o advogado não faz jus ao recebimento de honorários contratuais em 
caso de acordo feito entre o cliente e a parte contrária, anteriormente 
ao oferecimento da demanda. 
 
Resolução 
 
O advogado pode limitar sua atuação somente na primeira instância e 
estabelecer a obrigatoriedade de pagamento dos honorários ainda que 
haja acordo antes do ajuizamento da ação? Pode! Somente não pode 
fazer publicidade ostensiva. 
 
Não há nenhum problema quanto à cláusula 10 do contrato, pois o 
advogado pode ser contrato apenas para atuar na primeira ou na 
segunda instâncias,não havendo nenhuma vedação. Podemos citar 
alguns casos nos processos submetidos ao rito do Tribunal do Júri, pois 
há advogados especializados em fazer a Defesa no plenário, haja vista 
a excelente oratória; outros apenas na apresentação das peças escritas 
da Defesa técnica. 
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Eliminamos portanto, as alternativas A e D. 
 
Vamos lembrar que os atos privativos do advogado não se restringem 
à postulação em juízo, mas abrangem, também, à consultoria e 
assessoria, dentre outros. 
 
O advogado poderá cobrar honorários pela consultoria ou assessoria 
prestadas. 
 
No que tange à cláusula 13, devemos lembrar que a solução do litígio 
extrajudicialmente pelas partes não importa em diminuição dos 
honorários advocatícios, conforme disposição expressa. 
 
Assim, a alternativa correta é a B. 
 
Dispositivo: art. 48, § 5º, do CED. 
 
Art. 48. A prestação de serviços profissionais por advogado, 
individualmente ou integrado em sociedades, será contratada, 
preferentemente, por escrito. 
 
§ 1º O contrato de prestação de serviços de advocacia não exige forma 
especial, devendo estabelecer, porém, com clareza e precisão, o seu 
objeto, os honorários ajustados, a forma de pagamento, a extensão do 
patrocínio, esclarecendo se este abrangerá todos os atos do processo 
ou limitar-se-á a determinado grau de jurisdição, além de dispor sobre 
a hipótese de a causa encerrar-se mediante transação ou acordo. 
 
§ 5º É vedada, em qualquer hipótese, a diminuição dos honorários 
contratados em decorrência da solução do litígio por qualquer 
mecanismo adequado de solução extrajudicial. 
 
Questão 10 
 
No ano de 2017, deverá se realizar a Conferência Nacional da 
Advocacia Brasileira, órgão consultivo máximo do Conselho Federal, 
que se reúne trienalmente. Cientes do evento, Raul, Francisco e 
Caetano decidem participar como membros efetivos da Conferência. 
Raul, advogado, é conselheiro de certo Conselho Seccional da OAB. 
Francisco é advogado, regularmente inscrito na OAB, e não exerce 
previamente função junto a qualquer órgão da instituição. Caetano é 
estagiário, regularmente inscrito como tal junto à OAB, e também não 
exerce previamente função em nenhum de seus órgãos. Considerando 
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o disposto no Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) Raul participará como membro efetivo da Conferência Nacional da 
Advocacia Brasileira, caso em que terá direito a voto. Os demais, 
mesmo inscritos na Conferência, poderão participar apenas como 
convidados ou ouvintes, sem direito a voto. 
 
B) Francisco, se inscrito, e Raul participarão como membros efetivos da 
Conferência Nacional da Advocacia Brasileira. Porém, o direito a voto é 
conferido apenas a Raul. Caetano, ainda que inscrito na conferência, 
somente poderá participar como ouvinte. 
 
C) Francisco e Caetano, se inscritos na Conferência Nacional da 
Advocacia Brasileira, dela participarão como membros efetivos, mas o 
direito a voto é conferido apenas a Francisco. Raul fica impedido de 
participar como membro efetivo da conferência, tendo em vista que já 
exerce função em órgão da OAB. 
 
D) Raul participará como membro efetivo da Conferência Nacional da 
Advocacia Brasileira. Do mesmo modo, Francisco e Caetano, se 
inscritos na conferência, poderão participar como membros efetivos, 
permitindo-se, aos três, o direito a voto. 
 
Resolução 
 
Questão muito específica. Difícil para quem não estudou muito o REGA. 
 
Devemos prestar atenção às informações lançadas no enunciado. A 
primeira delas é que Raul já era conselheiro de uma Seccional. A 
segunda é que os demais não exercem nenhuma função em outros 
órgãos, sendo Caetano, inclusive, estagiário, mas devidamente inscrito 
nos quadros da OAB. 
 
Diante da diferenciação feita pelo examinador no enunciado acima 
apontada, sendo que somente Raul exerce função de conselheiro em 
Seccional, mesmo não sabendo nada acerca do conteúdo cobrado, eu 
eliminaria as alternativas B e C. 
 
Quanto às alternativas A e D, de fato demandaria conhecimento 
específico. Contudo, na dúvida, marque D, de Deus! (Dica de um ex-
professor de Direito do Trabalho: na dúvida, marque sempre C de Cristo 
ou D de Deus). Brincadeiras à parte e respeitada a liberdade religiosa 
de cada um, a alternativa correta é a D. 
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Sim, o estagiário tem direito a voto! (risos). Somente quem já foi 
estagiário vai entender a colocação. 
 
Dispositivo: art. 145 e art. 146, I, do REGA. 
 
Art. 145. A Conferência Nacional dos Advogados é órgão consultivo 
máximo do Conselho Federal, reunindo-se trienalmente, no segundo 
ano do mandato, tendo por objetivo o estudo e o debate das questões 
e problemas que digam respeito às finalidades da OAB e ao 
congraçamento dos advogados. 
 
Art. 146. São membros das Conferências: 
 
I – efetivos: os Conselheiros e Presidentes dos órgãos da OAB 
presentes, os advogados e estagiários inscritos na Conferência, todos 
com direito a voto;

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