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CEFET/RJ – COORDENADORIA DE DESENHO CEFET/RJ – COORDENADORIA DE DESENHO CEFET/RJ – COORDENADORIA DE DESENHO CEFET/RJ – COORDENADORIA DE DESENHO CURSO DE EDIFICAÇÕESCURSO DE EDIFICAÇÕESCURSO DE EDIFICAÇÕESCURSO DE EDIFICAÇÕES PROFPROFPROFPROFASASASAS MARIA TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA MARIA TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA MARIA TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA MARIA TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA DESENHO BÁSICODESENHO BÁSICODESENHO BÁSICODESENHO BÁSICO CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 1 FOLHAS DE DESENHO - LEIAUTE E DIMENSÕES Os formatos das folhas recomendadas para desenho são os da série A normatizados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Do formato básico, designado por A0 (A zero), deriva-se a série A, através de bipartição. As margens, que limitam o espaço para o desenho, também seguem normas da ABNT. A1 A2 A3 A4 A0 DOBRAMENTO DAS FOLHAS DE DESENHO De acordo com as normas estabelecidas pela ABNT, é necessário o dobramento das folhas de desenho até o formato final ser o A4. Damos como exemplo o dobramento do formato A3. Observe que a legenda (que contém a identificação do desenho – nome da empresa, número de registro, título, autor do desenho, etc.) deve ficar sempre na parte externa ao final do dobramento e a margem esquerda deverá ser totalmente visível, pois nela é feita a furação para o arquivamento. CALIGRAFIA TÉCNICA As letras e algarismos são utilizados somente as maiúsculas, não inclinadas. Com tamanho de 3 mm para o texto e cotas e 5 mm para títulos. Para execução da caligrafia técnica devem ser observados alguns itens: · Traçar as linhas de guia (linhas paralelas entre si) para manter as letras e números com a mesma altura e devem ser executadas com traço contínuo e estreito. · A altura das letras maiúsculas não deve ser menor do que 2.5 mm. · A distância entre linhas não deve ser inferior a 2 mm. Formato Dimensão (em mm) Margem Esquerda (em mm) Demais Margens (em mm) A0 1189 x 841 25 10 A1 841 x 594 25 10 A2 594 x 420 25 7 A3 420 x 297 25 7 A4 210 x 297 25 7 A3 Legenda Folha A3 Dobrada LegendaMargem Margem Legenda 29 7 420 25 7 A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X W Y Z 1234567890 A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X W Y Z 1234567890 3 2 Linhas de guia 5 3 CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 2 USO DO INSTRUMENTAL DE DESENHO PARA TRAÇADO DE PARALELAS E PERPENDICULARES Para o traçado de retas paralelas e perpendiculares é necessário o uso de um par de esquadros. Na manipulação dos instrumentos para traçar paralelas e perpendiculares, um sempre se manterá fixo, como apoio, enquanto o outro é deslocado. Nunca usar um esquadro sozinho, sempre em dupla com outro esquadro ou com uma régua. Traçado de paralela por um ponto externo à reta dada: Traçado de perpendiculares por um ponto externo à reta dada: r A r A r A Esquadro fixo Esquadro móvel (deslizar apoiado no esquadro fixo até o ponto) Reta desejada A r r A Esquadro fixo Esquadro móvel A r r Esquadro móvel Esquadro fixo r BB r Girar o esquadro móvel Esquadro fixo Reta desejada Reta desejada (deslizar apoiado no esquadro fixo até o ponto) CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 3 Traçado de paralelas à uma determinada distância da reta dada: EXERCÍCIO Este primeiro exercício tem o objetivo de treinar o desenho à grafite, exercitando a diferenciação de traçado necessária para a representação dos desenhos de arquitetura; além de permitir conhecer a representação de hachuras – convenções gráficas que visam identificar os materiais aplicados à Construção Civil. FORMATO A3 CONCRETO EM VISTA CONCRETO EM CORTE ALVENARIA ARGAMASSA GRANITO EM VISTA TALUDEATERRO VIDRO EM VISTA MADEIRA EM CORTE MADEIRA EM VISTA 30 40 30 5 0 2 5 1 0 0 2 5 TRAÇO MÉDIO TRAÇO ESTREITO r Esquadro móvel Esquadro fixo r Reta auxiliar (nela é marcada a distância desejada) Distância desejada r r Esquadro fixo Esquadro móvel r Esquadro fixo Esquadro fixo esquadro fixo até o ponto) (deslizar apoiado no Esquadro móvel Esquadro móvel r Retas desejadas Girar o esquadro móvel Esquadro fixo CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 4 ESCALAS NUMÉRICAS Em alguns casos o objeto é grande (como um prédio) ou pequeno demais (como um componente eletrônico) e nem sempre pode ser desenhado em tamanho natural. A escala permite aumentar, diminuir ou manter o tamanho do objeto no desenho de acordo com cada situação. A escala é uma relação entre as medidas do desenho e as medidas reais do objeto e podem ser de três tipos: • NATURAL: na forma 1/1, ou seja, as medidas do objeto são exatamente iguais às medidas do desenho. • DE REDUÇÃO: na forma 1/N, onde N é o fator de redução, ou seja, é o número de vezes que devemos reduzir o objeto para que possa ser desenhado. Para calcular as medidas de um desenho em escala de redução, basta dividir a medida real do objeto pelo fator de redução. Exemplo: • Seja desenhar uma casa de 15 por 25 metros na escala 1/50. Ao aplicar a relação o / N = d, teremos: 15 m /50 = 0.3 m (= 30 cm) e 25 m /50 = 0.5 m (= 50 cm). Logo, o desenho da casa terá 0.3 por 0.5 metros, ou seja, 30 por 50 cm. • DE AMPLIAÇÃO: na forma N/1, onde N é o fator de ampliação, ou seja, é o número de vezes que devemos ampliar o objeto para que possa ser desenhado. Para calcular as medidas de um desenho em escala de ampliação, basta multiplicar a medida real do objeto pelo fator de ampliação. Exemplo: • Seja desenhar um alizar de porta de 2.5 por 5 cm na escala 2/1. Ao aplicar a relação o x N = d, teremos: 2.5 cm x 2 = 5 cm e 5 cm x 2 = 10 cm. Logo, o desenho do alizar terá 5 por 10 cm, exatamente o dobro do original. Para determinar a escala utilizada em um determinado desenho, basta conhecer suas medidas originais (cotas). Exemplo: • Seja um quarto de 3 por 4 metros cujo desenho tem 12 por 16 cm. Qual a escala utilizada? Aplicando a relação de redução o / N = d, teremos: 3 m / N = 0.12 m (atenção para usar as mesmas unidades de medida!!) então N = 25, logo a escala é de 1/25. Não é necessário fazer o outro cálculo, mas apenas para confirmar: 4 m / N = 0.16 m, logo N = 25. As escalas recomendadas pela ABNT são as abaixo relacionadas. • De redução: 1/10, 1/20, 1/50, 1/100, 1/200, 1/500, 1/1000, 1/2000, 1/5000, 1/10000. • De ampliação: 2/1, 5/1, 10/1, 20/1, 50/1. Ao se executar um desenho, a escala utilizada deverá ser sempre indicada na legenda, no espaço destinado para tal. Existindo desenhos em diferentes escalas, estas deverão vir indicadas abaixo de cada um, sendo que a escala que predomina é indicada na legenda. Atenção: As dimensões a serem usadas na cotagem serão sempre as dimensões reais do objeto, mesmo quando este estiver em escala. Os ângulos não sofrem redução ou ampliação em sua abertura, independentemente da escala utilizada no desenho. medida do objeto (o) fator de redução (N) = medida do desenho (d) medida do objeto (o) x fator de ampliação (N) = medida do desenho (d) CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 5 EXERCÍCIOS 1) Complete a tabela abaixo usando as relações de escala adequadas. Desenho Objeto Título da Escala 17,5 cm (em metros) 1/20 14 cm 3,5 m (em cm) 9,5 m 1/50 18 cm (em metros) 1/75 27 cm 27 m(em cm) 21,5 m 1/125 15 cm (em metros) 1/200 200 mm 10 cm (em cm) 5 mm 5/1 ESCALÍMETRO É um instrumento de medição linear, contendo diferentes graduações. Estas graduações, indicadas por seu título (1/N), são todas de redução. A principal vantagem desse instrumento para o desenhista está na economia de tempo no cálculo das dimensões do desenho. No escalímetro, todas as graduações são feitas utilizando como unidade de medida o metro. Sendo assim, na escala 1/100 teremos 1metro reduzido 100 vezes, já na escala 1/50, teremos 1 metro reduzido 50 vezes. varia de 2 em 2 cm varia de 5 em 5 cm varia de 10 em 10 cm ESC. 1/20 ESC. 1/25 1 metro 1 0.5 m 0 0.1 m 0.02 m 0.05 m 0.1 m ESC. 1/75 ESC. 1/125 0.5 m 1 metro 10 ESC. 1/50 ESC. 1/100 0.1 m 0.5 m1 metro 210 CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 6 Procedermos da mesma forma para os demais títulos de escala do escalímetro: 1/50 1/5 0 1 10 equivale a 1 m reduzido 50 vezes 0,1 m 1/20 1/2 0 1 10 equivale a 1 m reduzido 20 vezes 0,1 m 10 10 equivale a 1 m (distância 10 vezes maior que na esc.1/50) equivale a 1 m (distância 10 vezes maior que na esc.1/20) 1/1 10 0,1 m equivale a 1 m reduzido 100 vezes 1/10 1/100 0 1 10 5 0 1 0,01 m 100 equivale a 1 m (distância 10 vezes maior que na esc.1/100) equivale a 1 m (real) (distância 100 vezes maior que na esc.1/100) O escalímetro pode ser usado para outras escalas além das indicadas por seus títulos. Por exemplo, utilizando a escala 1/100, podemos obter a escala 1/10, basta considerarmos cada unidade como 10 vezes menor. E, para 1/1, devemos considerar cada unidade (distância entre 0 e 1) como 100 vezes menor. Considerando o esquema de graduação abaixo como a leitura do escalímetro no título de 1/100, teremos: CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 7 EXERCÍCIOS 1) Dadas as formas abaixo, faça a cotagem considerando as escalas indicadas. Dimensões em metros. ESC.: 1/100 ESC.: 1/50 ESC.: 1/20 ESC.: 1/5 CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 8 2) Sabendo que o desenho foi executado na escala de 1/50, faça o levantamento das dimensões e efetue a cotagem. CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 9 NOÇÕES DE DIMENSIONAMENTO E COTAGEM Os desenhos devem possuir todas as informações necessárias para a sua fabricação ou produção. As medidas dos desenhos são dadas através da cotagem. Toda a cotagem segue uma padronização a fim de facilitar seu entendimento. Para se ler e interpretar a cotagem de um desenho é necessário conhecer alguns de seus elementos: Linha de cota: estreita e contínua, traçada paralelamente às dimensões da peça, distando aproximadamente 7 mm do contorno do desenho. Linha auxiliar ou de extensão: estreita e contínua, limita as linhas de cota. A linha auxiliar não pode encostar nas linhas de contorno do elemento do desenho que está sendo cotado, e deve ultrapassar um pouco as linhas de cota (3 mm); são perpendiculares aos elementos do desenho a que se referem. Limites da Linha de cota: podem ser traços oblíquos com inclinação de 45° ou setas. Os traços oblíquos são usados normalmente no desenho arquitetônico e devem ser executados com 3 mm de extensão. No caso de setas, elas devem ser finas, abertas ou fechadas, e ter ângulo de 15° (ou dimensões de aproximadamente 3 mm por 1 mm). São usadas geralmente nas demais representações técnicas. Cotas: são os números que representam as medidas da peça. São escritas centralizadas e acima das linhas de cota quando na horizontal, ou centralizadas e à sua esquerda quando na vertical. A altura dos algarismos deve ser de no mínimo 2,5 mm. OBSERVAÇÕES GERAIS: - Cotas horizontais acima da linha de cota. - Cotas verticais à esquerda da linha de cota. - As cotas totais (comprimento, largura e altura) são obrigatórias. - Os detalhes são cotados onde aparecem melhor (mais em destaque) e têm que ter 3 cotas (comprimento, largura e altura). Linha auxiliar ou de extensão Linha de cota Cota Linhas auxiliares não toca o contorno Linhas auxiliares avançam 3 mm além do final da linha de cota Nº (cota) não encosta na linha de cota Traço obliquo a 45º e médio, com 3 mm CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 10 SALA QUARTO BANH. COZINHA EXERCÍCIOS 1) Execute a cotagem da planta baixa dada. Escala 1/50. OBS.: Cote apenas a espessura de paredes e o tamanho dos compartimentos. CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 11 1)Redesenhe a planta de loteamento dada abaixo, na escala 1/250. CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 12 DESENHO PROJETIVO APLICADO EM DESENHO TÉCNICO Projetar significa representar graficamente um objeto localizado no espaço em um plano. Em desenho técnico é usada a projeção ortogonal (representação gráfica de um objeto obtida através de perpendiculares traçadas de cada ponto que compõe o objeto sobre um plano). Os elementos da projeção: • Triângulo (A) (B) (C) : figura plana no espaço, a ser projetada. • () : plano de projeção. • Triângulo ABC : projeção do triângulo (A)(B)(C) obtida por retas projetantes perpendiculares ao plano (). Vistas Ortográficas Principais A representação gráfica de um objeto é obtida através de projeção ortogonal sobre três plano que formam 90 entre si. Para desenhar e interpretar as projeções é necessário que os planos de projeção sejam represen- tados em uma única superfície plana. Isto é obtido fazendo-se com que os planos sejam rebatidos um sobre o outro, ou seja, fazer com que eles sejam coincidentes. O resultado desse processo é denominado épura. As projeções ortogonais do objeto sobre os planos são chamadas de VISTAS ORTOGRÁFICAS PRINCIPAIS. C () B A (A) (B) (C) OBS.: A vista lateral esquerda pode ser obtida, com compasso, descrevendo um giro de 90 a partir da vista superior, ou por uma reta oblíqua de 45. VIS TA FRO NTA L VISTA LATERAL ESQUERDA VIS TA SU PER IOR VISTA SUPERIOR VISTA LAT. ESQUERDAVISTA FRONTAL CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 13 Definidas as três vistas, eliminam-se as linhas dos planos de projeção e de construção. OBS.: A distância entre as três vistas deverá ser sempre a mesma, não sendo aconselhável distância menor que 20mm. O desenho deverá ser distribuído pela folha, de forma que o enquadramento fique com melhor aspecto. Leitura e Interpretação de um Desenho Técnico Para ler e interpretar desenho técnico é necessário conhecer as linhas mais utilizadas na representação de um objeto em vistas ortográficas. Linha para contornos e arestas visíveis: é uma linha larga e uniforme, que indica as partes visíveis do objeto. Linha para contornos e arestas não visíveis: é uma linha tracejada larga e uniforme, que serve para indicar nas vistas ortográficas as partes não visíveis do objeto. Eixo de simetria: linha estreita formada de traços e pontos alternados uniformemente. Serve para indicar que o objeto é simétrico, ou seja, que o objeto pode ser dividido em duas partes exatamente iguais. Linhas de centro : linha estreita formada de traços e ponto alternados uniformemente. Ela serve para indicar o centro de circunferências e arcos no desenho do objeto. Ordem deprioridade de linhas coincidentes : se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: a) Arestas e contornos visíveis. b) Arestas e contornos não visíveis. c) Linhas de centro e simetria. d) Linhas de cota (de cotagem: procedimento de atribuição de medidas no desenho do objeto). CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 14 EXERCÍCIOS 1) Assinale as vistas frontal e lateral esquerda que correspondem às peças dadas. CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 15 2) Assinale as vistas ortográficas principais das peças dadas. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 16 DESENHO EM ESBOÇO Uma forma muito usada de representação dos objetos é o desenho em esboço. É usado nas fases de estudo e de desenvolvimento, assim como na de levantamento da situação real (elemento construído). O esboço é executado à mão-livre, utilizando lápis ou lapiseira de grafite macio, borracha e papel, sendo o uso do instrumental apenas para o desenho definitivo. O esboço deverá respeitar a proporção das medidas do objeto e ser executado em traço firme e uniforme. Esboço das Vistas Ortográficas Principais Para a representação de uma peça em esboço a partir de sua perspectiva cotada, deve-se primeiramente considerar as dimensões totais de cada vista, marcando o seu contorno através de linhas estreitas e claras, que possam ser eliminadas ao final do trabalho se for necessário. É recomendado fixar uma unidade de medida como referência para que o esboço fique todo proporcional. Ao terminar o esboço, verificar, sempre, se cada detalhe da peça está corretamente representado em todas as vistas e, após essa verificação, reforçar o desenho, eliminando as linhas de construção e executando o estudo da cotagem. Caso a peça em perspectiva isométrica não esteja cotada, o esboço deverá respeitar a proporção entre suas dimensões para fornecer uma idéia mais próxima da realidade. 25 2020 6 40 15 10 15 APAGAR ALGUMAS LINHAS DE CONSTRUÇÃO E VERIFICAR O DESENHO MARCAR AS MEDIDAS TOTAIS DE CADA VISTA E OS DETALHES USANDO UMA UNIDADE DE MEDIDA REFERENCIAL UNIDADE DE MEDIDA REFERENCIAL { CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 17 DIMENSIONAMENTO E COTAGEM Como vimos anteriormente, desenhos devem possuir todas as informações necessárias para a sua fabricação ou produção. Toda a cotagem segue uma padronização a fim de facilitar seu entendimento. Recordando os seus elementos: Linha de cota: estreita e contínua, traçada paralelamente às dimensões da peça, distando aproximadamente 7 mm do contorno do desenho. Linha auxiliar ou de extensão: estreita e contínua, limita as linhas de cota. A linha auxiliar não pode encostar nas linhas de contorno do elemento do desenho que está sendo cotado, e deve ultrapassar um pouco as linhas de cota (3 mm); são perpendiculares aos elementos do desenho a que se referem. Limites da Linha de cota: podem ser traços oblíquos e médios, com inclinação de 45° ou setas. Os traços oblíquos são usados normalmente no desenho arquitetônico e devem ser executados com 3 mm de extensão. No caso de setas, elas devem ser finas, abertas ou fechadas, e ter ângulo de 15° (ou dimensões de aproximadamente 3 mm por 1 mm). São usadas geralmente nas demais representações técnicas. Cotas: são os números que representam as medidas da peça. São escritas centralizadas e acima das linhas de cota quando na horizontal, ou centralizadas e à sua esquerda quando na vertical. A altura dos algarismos deve ser de no mínimo 2,5 mm. OBSERVAÇÕES GERAIS: - Cotas horizontais acima da linha de cota. - Cotas verticais à esquerda da linha de cota. - As cotas totais (comprimento, largura e altura) são obrigatórias. - Os detalhes são cotados onde aparecem melhor (mais em destaque) e têm que ter 3 cotas (comprimento, largura e altura). - As cotas são distribuídas pelas vistas. - Quando a peça é simétrica, algumas cotas podem ser omitidas (no exemplo dado, na vista frontal, a distância do detalhe no meio até a lateral direita, que mede 20, foi omitida por ser igual ao valor da esquerda). - Não é cotada linha tracejada (aresta não visível). Linhas auxiliares não encostam no contorno Linhas auxiliares avançam 3 mm além do final da linha de cota Nº (cota) não encosta na linha de cota Traço obliquo a 45º e médio, com 3 mm Cota Linha de cota Linha auxiliar ou de extensão CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 18 EXERCÍCIOS 1) Execute as vistas ortográficas principais cotadas das peças dadas, respeitando a proporcionalidade. CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 19 CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 20 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA Perspectiva é o método de representação gráfica dos objetos da forma mais próxima a como são vistos, ou seja, é uma representação tridimensional que fornece, através de um único desenho, a forma da peça em estudo. O objeto é representado de tal maneira que permite demonstrar três de suas faces (geralmente frontal, lateral esquerda e superior), ligadas entre si, num só desenho, montadas sobre três eixos, que servem de suporte às três dimensões (altura, largura e comprimento). Na perspectiva isométrica, a posição no papel do eixo Z é vertical (eixo das alturas) e os eixos X (eixo dos comprimentos) e Y (eixo das larguras) formam ângulo de 30° com a reta horizontal. A construção da perspectiva isométrica de um objeto é feita a partir de um sólido envolvente, cujas dimensões totais (altura, comprimento e largura) são marcadas sobre os três eixos. E, sobre este sólido envolvente, são marcados os detalhes que compõem o objeto, traçando paralelas aos três eixos para obter sua perspectiva. 30°30 ° Z XY 30°30 ° 30 ° 30° Y X Z Em perspectiva isométrica, as arestas não paralelas aos eixos, são denominadas de linhas não isométricas. Para o traçado de arestas não isométricas deve-se considerar o sólido envolvente como elemento auxiliar, marcando-se os pontos extremos das linhas não isométricas e unido-os posteriormente. CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 21 Exercícios 1) Assinale a perspectiva isométrica correspondente às vistas ortográficas principais das peças dadas. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) CURSO DE EDIFICAÇÕES / DESENHO BÁSICO - PROFAS. M. TERESA MICELI E PATRICIA FERREIRA 22 2) Execute as vistas ortográficas principais cotadas e as perspectivas isométricas das peças dadas. 2.0 0 1.2 5 1.0 0 .5 0 .7 5 1. 50 .3 0 2.00 .75 .75 1.0 0 1.0 0 .50 .75 .75 .25. 25 .2 5 .2 5 Escala 1/50. Medidas em m. Escala 1/250. Medidas em m. Escala 1/2 Medidas em mm. Escala 1/1 Medidas em mm. Escala 1/1 Medidas em mm.
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