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Direito Empresarial Aula 8 Títulos de Crédito

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Direito Empresarial III
Títulos de Crédito
Prof. Gustavo Teixeira Villatore
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Aval
AVAL PARCIAL
Lei Uniforme de Genebra - L.U.G. (Decreto 57.663/1966):
Art. 30 - O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. 
Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra. 
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Aval
AVAL PARCIAL
Lei das Duplicatas (Lei 5.474/1968):
Art . 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação sobre emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio.
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Aval
AVAL PARCIAL
Lei do Cheque (Lei 7.357/1985):
Art . 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título.
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Aval
AVAL PARCIAL
CCB. Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval.
Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
*não aplicável aos títulos típicos, com regra expressa em contrário.
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Aval
AVAIS SIMULTÂNEOS E SUCESSIVOS
O AVAL pode ser simples (quando dado por apenas uma pessoa) ou plural (quando lançado por duas ou mais pessoas)
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Aval
AVAIS SIMULTÂNEOS E SUCESSIVOS
Hipóteses de aval plural:
A) Dois ou mais avais dados em favor de obrigados cambiários distintos; 
B) Dois ou mais avalistas de uma mesma obrigação cambiária (avais simultâneos ou coavais)
C) Aval de aval (avais sucessivos). 
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Aval
AVAIS SIMULTÂNEOS OU COAVAIS
“Ocorrem quando o aval é dado, em conjunto, por duas ou mais pessoas em relação a uma mesma obrigação cambiária, como devedores do mesmo grau.” Luiz Emydio F. da Rosa Jr. 
A relação entre avalistas simultâneos é de solidariedade do direito comum. Perante o credor respondem pela integralidade da obrigação e, entre eles (relação interna) um só poderá exigir do outro coavalista sua quota parte (art. 283 do CCB). 
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Aval
AVAIS SIMULTÂNEOS OU COAVAIS
CCB. Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores.
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Aval
AVAIS SUCESSIVOS ou AVAL DE AVAL
Ocorrem avais sucessivos quando há aval de aval, que não é vedado por lei porque as obrigações cambiárias são autônomas e independentes e porque o avalista não garante pessoa determinada mas o pagamento do título. 
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Aval
AVAIS SUCESSIVOS ou AVAL DE AVAL
Nos avais sucessivos, somente existem relações jurídicas de natureza cambiária e todos os signatários do título serão devedores solidários cambiários, inclusive os avalistas, e a solidariedade terá natureza sucessiva e não simultânea. 
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Aval
AVAIS SUCESSIVOS ou AVAL DE AVAL
Como os avalistas sucessivos são obrigados de grau diverso, aquele que pagar terá direito de recobrar dos demais avalistas o total pago e a ação será cambiária. 
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Aval
Espécies: Aval em preto e em branco
Aval em preto: ocorre quando o avalista identifica a pessoa avalizada;
Aval em branco: ocorre quando o avalista não identifica a pessoa avalizada, porque o aval pode resultar da simples assinatura do avalista lançada na face anterior do título (frente), desde que não seja assinatura do sacado ou sacador (letra de câmbio), do emitente da Nota Promissória e do Cheque. 
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Aval
AVAIS SUPERPOSTOS EM BRANCO: “SUCESSIVOS ou SIMULTÂNEOS”
Súmula 189 do STF
“Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos.” 
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Aval
AVAIS SUPERPOSTOS EM BRANCO: “SUCESSIVOS ou SIMULTÂNEOS”
LUG 
Art. 31 - O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. 
Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do aval. 
O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador. 
O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação entender-se-á ser pelo sacador. 
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Aval
AVAIS SUPERPOSTOS EM BRANCO: “SUCESSIVOS ou SIMULTÂNEOS”
LUG 
Art. 77 - São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias a natureza deste título, as disposições relativas as letras e concernentes: 
(...)
São também aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas ao aval (artigos 30 a 32); no caso previsto na ultima alínea do artigo 31, se o aval não indicar a pessoa por quem é dado entender-se-á ser pelo subscritor da nota promissória. 
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Aval
AVAIS SUPERPOSTOS EM BRANCO: “SUCESSIVOS ou SIMULTÂNEOS”
Lei do Cheque (Lei 7.357/85)
Art . 30 O aval é lançado no cheque ou na folha de alongamento. Exprime-se pelas palavras ‘’por aval’’, ou fórmula equivalente, com a assinatura do avalista. Considera-se como resultante da simples assinatura do avalista, aposta no anverso do cheque, salvo quando se tratar da assinatura do emitente.
Parágrafo único - O aval deve indicar o avalizado. Na falta de indicação, considera-se avalizado o emitente.
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Aval
AVAIS SUPERPOSTOS EM BRANCO: “SUCESSIVOS ou SIMULTÂNEOS”
Lei das Duplicatas (Lei 5.474/68)
Art . 12. O pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval, sendo o avalista equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação, àquele abaixo de cuja firma lançar a sua; fora desses casos, ao comprador.
Parágrafo único. O aval dado posteriormente ao vencimento do título produzirá os mesmos efeitos que o prestado anteriormente àquela ocorrência.
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Aval
AVAL DADO POR PESSOA CASADA
CCB. Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
(...) III - prestar fiança ou aval;
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Aval
AVAL DADO POR PESSOA CASADA
Conselho da Justiça Federal 
I Jornada de Direito Civil
Enunciado nº114:
“O aval não pode ser anulado por falta de vênia conjugal, de modo que o inc. III do art. 1.647 apenas caracteriza a inoponibilidade do título ao cônjuge que não assentiu.”
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Aval
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE AVAL JULGADA IMPROCEDENTE. RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDA. AUTORIZAÇÃO DO CONJUGE VENCIDA. AVAL NÃO PODE SER ANULADO POR AUSÊNCIA DE VÊNIA CONJUGAL. SUBSISTÊNCIA DA GARANTIA PRESTADA, PRESTIGIANDO-SE A BOA FÉ DO CREDOR. RESSALVADA, PORÉM, A MEAÇÃO DA CONJUGE DO AVALISTA QUE NÃO ANUIU COM A GARANTIA. PRECEDENTES. ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA. INVERSÃO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
(TJPR - 14ª C.Cível - AC - 1136975-8 - Região Metropolitana de Maringá - Foro Central de Maringá - Rel.: Celso Jair Mainardi - Unânime - - J. 12.02.2014)
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Aval
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE AVAL PRESTADO EM NOTA PROMISSÓRIA SEM ANUÊNCIA DO CÔNJUGE DO GARANTIDOR. PEDIDO INICIAL JULGADO PROCEDENTE. INEXISTÊNCIA DE PREJUÍZO À MEAÇÃO.APELAÇÃO PROVIDA. SENTENÇA REFORMADA.RECURSO ADESIVO. MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL REJEITADO."O aval não pode ser anulado por falta de vênia conjugal, de modo que o inciso III do art. 1.647 apenas caracteriza a inoponibilidade do título ao cônjuge que não assentiu." (Enunciado 114 do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) do Conselho da Justiça Federal).APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PROVIDA.RECURSO ADESIVO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.
(TJPR - 15ª C.Cível - AC - 1109148-4 - Umuarama - Rel.: Shiroshi Yendo - Unânime - - J. 20.11.2013)
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Aval
AVAL DADO POR PESSOA CASADA
APELAÇÃO CÍVEL - ANULATÓRIA DE AVAL C/C TUTELA ANTECIPADA - AVAL PRESTADO SEM OUTORGA UXÓRIA - OFENSA AO ART. 1.647, INC. III, DO CÓDIGO CIVIL - NULIDADE DO ATO - HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA - READEQUAÇÃO AOS CRITÉRIOS DO ART. 20, §§ 3º E 4º, DO CPC - SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA - RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
(TJPR - 16ª C.Cível - AC - 1027178-8 - Foz do Iguaçu - Rel.: Maria Mercis Gomes Aniceto - Unânime - - J. 19.02.2014)
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Aval
AVAL DADO POR PESSOA CASADA
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL - AÇÃO ANULATÓRIA
DE AVAL - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL, A FIM DE ANULAR O AVAL PRESTADO SEM O CONSENTIMENTO DO CÔNJUGE - INSURGÊNCIA RECURSAL DA RÉ.
1. Nos termos do artigo 1.647, inciso III, do Código Civil, é necessária vênia conjugal para a prestação de aval por pessoa casada.
2. Precedentes específicos desta Corte.
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no REsp 1082052/RS, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 19/09/2013, DJe 27/09/2013)
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Aval
AVAL DADO POR PESSOA CASADA
Aval. Autorização conjugal. Para ser válido, o aval dado por pessoa 
casada - salvo se no regime da separação absoluta (convencional) de bens - tem de vir acompanhado da autorização do outro cônjuge. Essa restrição do direito de família nada tem a ver com a autonomia do aval e de seu regramento pelos princípios do direito cambiário. A autorização conjugal é requisito de validade do aval dado por pessoa casada sob regime de bens que não seja o da separação absoluta convencional. Prestado o aval sem a observância desse requisito (autorização conjugal), o aval é anulável (CC 1649 caput). A anulabilidade do aval não contamina a higidez da obrigação principal que decorre do título (Nery, Junior Nelson, Rosa Maria de Andrade Nery, Código Civil Comentado, 7ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 1174)
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