Buscar

Aula Organização Administração FADERGS(1) (2)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Estrutura Organizacional da Administração Pública
Matheus Rocha Faganello
Administração Pública
Conjunto de Entes que exercem funções administrativas.
Abrangência dos três poderes.
Administração pública não é sinônimo de PEx
Abrangência das três esferas da Administração.
Pessoas Políticas e 
Pessoas Administrativas
Divisão vertical: Pessoas Políticas, entes políticos ou entidades políticas.
Reconhecimento dessas pessoas jurídicas pela Constituição 
Detentoras de competências legislativas e administrativas. 
Dotadas de autonomia política. 
Quem são?
Pessoas Políticas e 
Pessoas Administrativas
Divisão horizontal: Pessoas administrativas, entes administrativos ou entidades administrativas.
Criação decorrência de lei editada pelo ente político respectivo, para desempenhar alguma atividade que seja de competência deste.
Quem são?
Desconcentração e Descentralização
No nível constitucional toda competência administrativa está concentrada e centralizada
Competência atribuída aos entes políticos:
União
Estados
Distrito Federal
Municípios
Impossibilidade de atuação apenas pelo Chefe do Executivo
Desconcentração e Descentralização
Desconcentração
Criam-se órgãos administrativos integrantes das pessoas jurídicas 
Não são dotados de personalidade jurídica própria – 
Personalidade jurídica: pessoa dotada capacidade de ser sujeito de direitos e deveres. Titular de patrimônio próprio
Órgão é a unidade de atuação integrante de determinada entidade. Núcleo de competência. Ele é uma estrutura interna! 
Desconcentração e Descentralização
Desconcentração
Por ocorrer no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, surge relação de hierarquia (poder amplo de fiscalização e revisão de atos), de subordinação, entre os órgãos dela resultantes. 
Há controle hierárquico (implica os poderes de comando, fiscalização, revisão, punição, solução de conflitos de competência, delegação e avocação). 
Desconcentração e Descentralização
Desconcentração
Atos praticados pelo agente de determinado órgão geram direitos e obrigações para a própria entidade a qual o órgão pertença. Como regra geral, esta é que será legitimada para estar em juízo em eventual controvérsia que envolva tal relação jurídica. 
Exceção: defesa de prerrogativas
Ex.: Ministérios no âmbito Federal; as Secretarias no âmbito Estadual e Municipal, bem como suas divisões internas (departamentos, diretorias, etc.).
Desconcentração e Descentralização
Descentralização
Criam-se novas pessoas jurídicas dotadas de personalidade jurídica própria.
Alguma competência da Pessoa Política é delegada para outra pessoa jurídica. 
Há vinculação, mas não hierarquia.
Trata-se da criação de Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista
Desconcentração e Descentralização
Descentralização
“A descentralização administrativa pressupõe a delegação de competência de uma autoridade investida de poderes de administrar, cuja execução pode delegar a outros agentes públicos” (STJ - RMS 3.614/DF)
Desconcentração e Descentralização
Descentralização
Pode ocorrer por outorga ou por delegação.
Outorga: Cria-se uma entidade e a ela transfere-se, por lei, determinado serviço público. Normalmente é conferida por prazo indeterminado. É o caso da Administração Indireta.
Delegação: Transfere-se, por contrato (concessão ou permissão de serviços públicos) ou ato unilateral (autorização de serviços públicos), a execução do serviço, para que o ente delegado o preste ao público em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado. 
Administração Pública Direta 
e Indireta
Administração Pública Direta
Formada pelo conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas, aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada (mas desconcentrada, ou seja pode criar órgãos), de atividades administrativas.
União, Estados, Distrito Federal e Municípios e seus respectivos Ministérios, Secretarias, Departamentos, etc.
Administração Pública Direta 
e Indireta
Administração Pública Indireta
Integrada pelas pessoas jurídicas administrativas que, vinculadas à Administração Direta, têm a competência para o exercício, de forma descentralizada, de atividades administrativas.
Personalidade jurídica própria
Vinculadas (sem hierarquia)
Descentralizada
Atividades Administrativas
Administração Pública Direta 
e Indireta
Administração Pública Indireta
Decreto-Lei 200/67
Autarquias
Fundações Públicas
Empresas Públicas
Sociedades de Economia Mista
Lei 11.107
Consórcios Públicos
Lei 13.303/16
Empresas Públicas
Sociedades de Economia Mista
Pessoas Jurídicas de Direito 
Público
Conceito
São os entes políticos e as pessoas criadas para o exercício de atividades típicas do Estado
Quem são?
Administração Direta: Entes Políticos
Administração Indireta:
		a) autarquias – exs: Banco Central, INSS, IBAMA
		b) agências reguladoras – exs: Anatel, Aneel, ANP, ANS etc
		c) fundações públicas de direito público
		d) consórcios públicos de direito público (associações públicas)
Pessoas Jurídicas de Direito 
Público
Regime Jurídico Geral
São criadas por lei específica
Possuem imunidade de impostos quanto ao patrimônio, renda e serviços vinculados às suas finalidades essenciais (art. 150, § 2º, da CF)
Possuem bens públicos
Submetem agentes a regime estatutário, como regra
Responsabilidade objetiva (art. 37. § 6º, da CF)
Possuem vantagens processuais 
Pessoas Jurídicas de Direito 
Privado
Conceito
são as pessoas criadas para o exercício de atividades não típicas de Estado, tais como a mera execução de serviço público e a exploração de atividade econômica
atividade econômica: o Estado só pode agir nela em caso de relevante interesse público ou de imperativo de segurança nacional
Quem são
		a) Empresa pública – exs.: CEF, Correios
		b) Sociedade de economia mista – exs.: BB, Petrobrás
		c) Fundações públicas de direito privado – ex.: um museu estatal
		d) Consórcios públicos de direito privado
Pessoas Jurídicas de Direito 
Privado
Regime Jurídico Geral
são criadas mediante autorização de lei específica
são reguladas pelo direito civil, empresarial, trabalhista; porém obedecem aos princípios da Administração, e devem fazer licitação e concursos públicos
não possuem imunidade de impostos, salvo Correios
não possuem bens públicos, salvo Correios
submetem agentes a regime celetista
respondem subjetivamente, salvo se prestadora de serviço público (art. 37, § 6º, da CF)
não possuem vantagens processuais 
agentes cometem improbidade administrativa
são fiscalizadas pelos Tribunais de Contas
Autarquias
Conceito:
serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica [de direito público], patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
Art. 5º, I do Decreto-Lei nº 200/67
Autarquias
Conceito:
Na maioria das vezes, o nome “instituto” designa entidades públicas com natureza autárquica.
- Universidades, Banco Central, INSS.
Autarquias
Regime Jurídico
Regime Jurídico de Direito Público
Criação e extinção por lei específica (personalidade jurídica surge com a publicação da Lei)
Autonomia sem hierarquia
Nomeação dos diretores
Sem revisão de atos 
Atos Administrativos: presunção de legitimidade, exigibilidade, imperatividade e autoexecutoriedade
Autarquias
Regime Jurídico
Contratos regulados pela Lei n. 8.666/93
Responsabilidade objetiva e direta por seus atos
Bens Autárquicos são públicos
Insuscetíveis de usucapião
Impenhoráveis
Regime de Pessoal Estatutário
Autarquias
Regime Jurídico
Benefícios processuais da “Fazenda Pública”: prazos em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar, desnecessidade de adiantar custas processuais e de anexar procuração do representante legal, dever de intimação pessoal,
execução de suas dívidas pelo sistema de precatórios.
Autarquias
Autarquias Especiais
Costumava designar as Universidades
Dotadas de maior autonomia
Escolha de Diretores por voto
Prazo determinado de mandato
Impossibilidade de remoção 
Autarquias
Autarquias Especiais – Agências reguladoras
Nomeação pelo Chefe do Executivo
Dirigentes estáveis (sem influência político partidária)
1) com o encerramento do mandato; 
2) por renúncia; 
3) por sentença judicial transitada em julgado.
Mandatos fixos
Autarquias
Autarquias Especiais – Agências reguladoras
Criadas com a finalidade de disciplinar e controlar certas atividades (normatizar)
ANEEL, ANATEL, ANVISA, AGERGS (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS)
Invasão da Competência Legislativa?
Autarquias
Autarquias Especiais – Autarquias Coorporativas
Conselhos profissionais (CRM, CREA, etc.). 
Possuem regime especial de grande autonomia 
Doutrina e jurisprudência afirmam essa natureza e a que essas entidades se submetam ao regime jurídico administrativo.
OAB?
Autarquias
Autarquias Especiais – Autarquias Coorporativas
STF – ADI 3026-DF
3. A OAB não é uma entidade da Administração Indireta da União. A Ordem é um serviço público independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro. 
4. A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem essas que se tem referido como "autarquias especiais" para pretender-se afirmar equivocada independência das hoje chamadas "agências". 
5. Por não consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a OAB não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. Essa não-vinculação é formal e materialmente necessária. 
7. A Ordem dos Advogados do Brasil, cujas características são autonomia e independência, não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional.
Fundações
Conceito
“Universalidade de bens personalizada em atenção ao fim que lhe dá unidade” (Hely Lopes Meirelles)
Normalmente instituído para desempenho de atividade no âmbito social: saúde, educação, cultura, etc.
Exemplos: Universidades, museus
Fundações
Regime Jurídico
Discussão doutrinária:
Sempre Regime Jurídico de Direito Público
Sempre Regime Jurídico de Direito Privado
Depende como foram criadas
Se de direito público, são uma espécie do gênero autarquia
Fundações
Regime Jurídico
STF:
	A distinção entre fundações públicas e privadas decorre da forma como foram criadas, da opção legal pelo regime jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e também da natureza dos serviços por elas prestados. 
(ADI 191, Relatora: Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 29/11/2007)
É possível que haja, portanto, fundações públicas de direito privado ou de direito público.
Empresas Públicas
Conceito
Pessoa Jurídica cuja criação é autorizada por lei como instrumento de ação do Estado e cuja integralidade do capital é público.
Prestar serviços públicos ou explorar atividade econômica.
Ex. Caixa Econômica Federal, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Empresas Públicas
Conceito Legal
 Conceito Legal previsto no art. 5º, II, do Decreto-Lei n. 200/67: empresas públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criadas por lei para exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência, ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se de quaisquer das formas admitidas em direito.
Por que está errado?
Empresas Públicas
Conceito Legal
Lei 13.303/16 – artigo 3º
Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. 
Empresas Públicas
Regime Jurídico
Regime Jurídico de Direito Privado
Criação mediante autorização legislativa
A Lei não cria personalidade jurídica (Lei Simples)
Há decreto legislativo regulamentando a lei
Registro dos atos societários (cria a empresa)
Integralidade do capital público
Qualquer forma organizacional (Ltda, SA). Pode ser negociada em bolsa de valores?
Prestadoras de serviço público – maior influência do direito público (Ex: falência, responsabilidade objetiva, MS, )
Se da União, competência da Justiça Federal (CEF)
Sociedade de Economia Mista
Conceito
Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, criadas mediante autorização legislativa, com maioria das ações com direito a voto pertencentes à Administração Pública e organizadas obrigatoriamente como sociedades anônimas.
Ex. Banco do Brasil, Petrobras
Sociedade de Economia Mista
Conceito Legal
Conceito legal previsto no art. 5º, III, do Decreto -Lei n. 200/67: “a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou à entidade da Administração Indireta”.
Por que está errado?
Sociedade de Economia Mista
Conceito Legal – Lei 13.303/16 – Art. 4º
Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. 
Sociedade de Economia Mista
Regime Jurídico
Regime Jurídico de Direito Privado
Criação mediante autorização legislativa
Há capital privado (obrigatoriamente - MISTA)
Maioria das ações com direito a voto está em posse do Estado (poder diretivo do Estado)
Sempre deve ser constituída como Sociedade Anônima
Competência da Justiça Estadual
Banco do Brasil e Petrobrás
Empresa Pública e 
Sociedade de Economia Mista
Diferenças
Capital/controle
Estrutura societária
Competência da justiça 
Empresa Pública e 
Sociedade de Economia Mista
Diferenças
Alexandre Mazza
Consórcios
Conceito
Reunião de entes políticos para a gestão associada de serviços públicos
Associação entre entes políticos
Art. 241 da Constituição Federal
Lei n. 11.107/2005
Exemplo: Criação de hospital regional
Consórcios
Espécies
direito público: atividade típica de Estado; ex: fiscalização
direito privado: atividade não típica de Estado; ex: hospital
Consórcios
Criação
protocolo de intenções, publicação nos Diários Oficiais ratificação por leis locais, contrato de consórcio público
Contrato de rateio
 anual, serve para tratar dos recursos que entes políticos destinarão para o consórcio
Contrato de programa: 
prestação de serviço para um ente consorciado, pelo consórcio ou por um órgão ou ente de um consorciado 
Paraestatais
Serviços Sociais Autônomos
Sistema “S” (SESI, SENAC, SENAI etc)
Pessoas jurídicas de direito privado
Criados mediante autorização legislativa
Não pertencem ao Estado
Ligadas a categorias profissionais
Prestam atividades privadas de interesse público
Arrecadam contribuições parafiscais
Paraestatais
Serviços Sociais Autônomos
Não visam lucro – superávit e reinvestimento
Não são obrigadas a fazer licitação e concursos, mas devem gastar recursos observando a impessoalidade e a moralidade
(regulamentos próprios para licitação)
RE 789874 – Ausência de obrigação de realização de concurso público
Sujeitam-se à fiscalização do TCU 
Paraestatais
Terceiro Setor
Organizações Sociais – OS (Lei 9.637/98)
Ensino, saúde, cultura, pesquisa, meio ambiente
Atuam em atividades que o Estado deve prestar
Devem ter representantes do Poder Público e da comunidade no órgão superior
São qualificadas mediante aprovação do Ministério Supervisor e do Ministério da Reforma
do Estado 
Celebram Contrato de Gestão
Paraestatais
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP (Lei 9.637/98)
Pessoas Jurídicas de Direito Privado
Sem fins lucrativos
Instituídas por iniciativa dos particulares
Parceria com a Administração Pública por meio de termo de parceria
O campo de atuação das Oscips é mais abrangente do que o das organizações sociais
Paraestatais
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP (Lei 9.637/98)
Serviços não exclusivos do Estado
Possibilita recebimento de verbas públicas
Paraestatais

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando