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Utimo Sermão de Prova Asafe

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Sermão 
Saudação
Texto: Marcos 1.40-45
Oração
Introdução- O mendigo que entrou na igreja 
Um mendigo, sem aparência, parecendo sujo e bêbado entrou no meio do culto e sentou ao lado de alguns irmãos. As pessoas se afastavam, olhavam de lado com olhar de desprezo, algumas eram conduzidas a mudar de banco para não ficarem perto daquele rapaz, as crianças viravam curiosas para saber quem era aquele estranho que estava ali, outras pessoas nem fizeram caso do jovem.
	Um tempo depois ele saiu, se trocou e foi para a porta do templo, até que o dirigente apresentou o pregador da noite, era o rapaz, aquele que antes estava vestido de mendigo. Ele subiu até o púlpito, tomou o lugar e saudou a igreja, todos se surpreenderam ao ver a cena. Então o rapaz começou a pregar neste mesmo texto que acabei de ler com vocês a respeito do verdadeiro Evangelho de Cristo. Ao final do culto, muitos vieram até ele pedir perdão e se justificar pelo acontecido.
Ligação
Elucidação- Contexto histórico e paráfrase do texto
	O texto que acabamos de ler foi um relato escrito por Marcos, ou João Marcos como era conhecido pela Igreja apostólica. Foi companheiro de Barnabé e Paulo em sua primeira viagem missionária na qual os abandonou e retornou deixando-os, já ao final do livro de Atos vemos Marcos em companhia de Paulo em sua prisão domiciliar. Muito provavelmente recebeu o Evangelho através de Pedro e fez assim o relato provavelmente entre o fim da década de quarenta e inicio da década de cinquenta. Marcos foi um fiel pregador do Evangelho, segundo a tradição morreu martirizado por amor a esse Evangelho.
	O texto mostra-nos um episódio do ministério de Jesus que aconteceu provavelmente no inicio, para alguns até antes da escolha dos doze apóstolos. O local onde ocorreu não é mostrado, se deu entre as passagens de Jesus em Cafarnaum, podemos ver isso no inicio do capitulo um e no inicio do capítulo dois, mas nesse trecho Jesus havia saído com seus discípulos para outras regiões pregando nas sinagogas e expelindo demônios.
	Jesus se encontra com um leproso, segundo Lucas estava coberto de lepra. De acordo com a lei estabelecida por Moisés um leproso era considerado um homem imundo, ele jamais poderia se aproximar de ninguém, ele deveria viver afastado da sociedade. Sua casa teria que ser fora das cidades, ele não poderia participar dos cultos a Deus porque na cabeça dos judeus a lepra era um pecado e aquele homem estava pagando pelos seus pecados diante de Deus.
O homem que tivesse lepra era considerado imundo, tudo que tocasse seria considerado imundo, a pessoa que ele tocasse precisaria fazer um ritual para se purificar porque também estaria imundo, além de correr um grande risco de se contaminar com a doença por ser ela muito contagiosa e ser praticamente incurável.
O leproso deveria viver excluído da sociedade, da sua família, dos parentes e amigos. Ele teria que andar gritando em todo lugar que passasse: Imundo, imundo, imundo. Para que ninguém se aproximasse dele.
Ligação
Tema- O Genuíno Evangelho
Ligação
1º Revela o Poder de Deus Ver. 40
Podemos observar isso no Senhor Jesus nesse versículo. Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe de joelhos: Se quiseres podes purificar-me.
É diante dessa realidade que Jesus encontra esse homem. Ele estava desafiando varias barreiras para chegar até Jesus. Ele estava desafiando as barreiras religiosas, físicas, sociais, e morais. Segundo a lei de Moisés ele não poderia de jeito nenhum se chegar até qualquer pessoa, mas ele sabia que Jesus poderia curá-lo e por isso se aproximou. A distância que ele chegou do Senhor foi a mínima possível, ao ponto de poder tocá-lo. O Evangelho segundo Lucas fala dos dez leprosos que Jesus curou, mas o texto fala que aqueles homens ficaram de longe pra que Jesus os curasse, esse homem aqui não, ele se achegou aos pés do Senhor. 
	Mas irmãos, qual o motivo principal desse homem se achegar a Jesus? Ele mesmo nos responde através da exclamação que fez neste versículo: Se quiseres, podes purificar-me. Aquele homem se aproximou de Jesus porque sabia profundamente que só Jesus poderia curá-lo, porque só Jesus tinha poder e autoridade pra isso! Esse homem reconhece o poder de Jesus convicto de que ele poderia fazer o que quisesse, mas esse homem também se prostra a seus pés não só de forma respeitosa, mas de forma submissa reconhecendo a vontade soberana do Senhor de que ele o curaria se bem lhe aprouvesse. Outros textos falam de pessoas que se aproximaram de Jesus perguntando ou questionando se Ele teria poder de ajudá-los com algum milagre, mas esse homem não questionou a autoridade de Jesus, a ele foi revelado o poder e a autoridade do Senhor Jesus de que poderia fazer todas as coisas. Ele tinha total convicção do que Jesus podia fazer, falou com certeza.
	Esse homem foi atraído à presença do Senhor pela fé no poder e na autoridade de Jesus e pelo sentimento de que não seria rejeitado ou constrangido a se afastar, mas que seria aceito e recebido pelo Senhor.
Aplicação
	Irmãos, o genuíno Evangelho atrai os perdidos. Foram essas boas novas que Jesus veio anunciar, buscar e salvar o que se havia perdido. O Evangelho, atrai, aproxima porque Ele é o poder de Deus para salvação dos perdidos. Aquele leproso sabia que Jesus era a única solução para sua vida por isso se aproximou. O Evangelho genuíno tem esse efeito sobre a vida dos perdidos pecadores. Ele atrai! Aquele homem se aproximou de Jesus porque sabia que diferente dos médicos, dos sacerdotes, dos doutores da lei, de qualquer pessoa que nada podiam fazer por ele, Jesus tinha algo diferente para lhe oferecer. Jesus poderia devolver a vida, livrá-lo de sua terrível enfermidade.
	Esta é a diferença do verdadeiro Evangelho daquilo que se prega por aí ou daquilo que o mundo oferece. O falso evangelho e mundo atraem o homem pelas coisas momentâneas que eles podem oferecer, pelos prazeres terrenos que pode propiciar pelo bem estar temporal que pode criar. O verdadeiro Evangelho atrai o homem pecador não pelos prazeres temporais, não pelas bênçãos momentâneas, mas pelo Poder de Deus revelado através de Cristo. O Evangelho de Cristo tem algo a oferecer ao homem que nada e ninguém no universo pode oferecer. O poder de Deus para todo aquele que crê, assim como aquele leproso. 
	Poder que não está baseado em misticismo, poder que não precisa de truques ou exageros para ser revelado, poder que não precisa de nada fantástico para ser mostrado, poder que não precisa de grandes curas para ser comprovado. Cristo sim pode manifestar seu poder de forma aparentemente fantástica assim como fez com o leproso, mas o motivo central para Jesus curar leprosos, ressuscitar mortos, expulsar demônios, não foi para fazer uma demonstração para aparecer diante de homens, mas foi para anunciar que ao mundo veio o Filho de Deus para salvar, regenerar, perdoar o que se havia perdido e restaurar o cosmos que sofre e geme pelos efeitos do pecado. Esse é o verdadeiro poder de Deus revelado em sua Palavra.
	O Evangelho não pode ser estéril, Ele precisa revelar o poder de Deus. Um Evangelho morto não atrairá ninguém a presença de Deus. Aquele homem não teria crido em Jesus se Ele não tivesse algo diferente dos demais a lhe oferecer. Mas o poder revelado em Cristo foi tão notável que o leproso chegou a crer com toda convicção de seu coração. Um falso evangelho por mais que tenha uma boa aparência jamais poderá salvar alguém se não tiver o poder de Deus. 
	Por mais que sejamos reformados, que tenhamos a sã doutrina, que venhamos dizer que a Escritura é a nossa regra de fé e prática. Você já para pensar que podemos estar vivendo um falso Evangelho sem o poder de Deus? 
Ilustração
	Conta-se que Tomás de Aquino, o "doutor angélico" da Igreja Romana (1330 d.C.), ao visitar o Papa Inocêncio IV, este, depois de lhe haver mostrado toda a fabulosa riqueza do Vaticano, disse, fazendo alusão às palavras de Pedro ao coxo da porta Formosa (Atos 3:6):
- Vês, Tomás? A Igreja não pode mais dizer como nos primeiros dias: "Não tenho pratanem ouro..."
- É verdade - confirmou Tomás - Mas também não pode mais dizer ao coxo: "Levanta-te e anda".
	Irmãos, precisamos como o Senhor Jesus, mostrar ao mundo que temos algo diferente a oferecer. O Evangelho de Cristo capaz de salvar e libertar o homem de suas mazelas e sua lepra espiritual. Nossas vidas precisam estar envoltas pelo poder de Deus se queremos impactar a vida das pessoas. Irmãos, a melhor maneira de mostrarmos ao mundo o poder de Deus não através de curas miraculosas, fazer coisas extraordinárias para Deus ou coisas deste tipo. A melhor maneira de mostrar para as pessoas o poder de Deus é mostrando com a transformação das nossas que Cristo tem poder de salvar e transformar o perdido pecador. É quando a nossa vida reflete isso, é quando a nossa boa teologia se une a nossa vida prática e Cristo se revela em nós. 
	A ordem de Jesus para seus discípulos foi que ficassem em Jerusalém até que fossem revestidos de poder. Só através do revestimento de poder dado pelo Espírito de Deus estaremos habilitados a ir ao mundo anunciar o Evangelho, só através do poder de Deus esse Evangelho vai fazer efeito sobre a vida dos pecadores. 
“Antes de mandar a igreja para o mundo, Cristo mandou o Espírito para a igreja. A mesma ordem precisa ser observada hoje.” (John Stott)
Ilustração
Em 1729 Charles Wesley, o irmão de John, e mais dois estudantes começaram um pequeno grupo que se reunia para oração, estudo bíblico e encorajamento mútuo. John logo tornou-se o líder do grupo, que era chamado o "Clube Santo". O grupo nunca cresceu muito, variando entre 10 e 15 membros, com um máximo de 25. Um outro jovem chamado George Whitefield juntou-se ao grupo depois de alguns anos, tornando-se um grande amigo de John Wesley.
Em outubro de 1735 John e Charles Wesley viajavam para América como missionários, porém depois de um pouco mais que dois anos, John voltou a Inglaterra, em fevereiro de 1738, preocupado com sua própria salvação. "Fui para a América converter os índios", ele lamentou, "mas, oh, quem vai me converter?". Poucos meses depois, no dia 24 de maio, John teve uma experiência na qual ele obteve a certeza da sua salvação pelá fé. Poucos anos depois, John e outros membros do Clube Santo tiveram uma experiência poderosa de enchimento com o poder do Espírito Santo:
No dia do Ano Novo, 1739, John e Charles Wesley, George Whitefield e mais quatro membros do Clube Santo fizeram uma festa de amor [santa ceia] em Londres. 'Cerca de três da manhã, enquanto estávamos orando, o poder de Deus caiu tremendamente sobre nós, a tal ponto que muitos gritaram de alegria e outros caíram ao chão (vencidos pelo poder de Deus). Tão logo nos recobramos um pouco dessa reverência e surpresa na presença da Sua majestade, começamos a cantar a uma voz: "Nós te louvamos, ó Deus; Te reconhecemos como Senhor"'. Este evento foi chamado de Pentecoste Metodista.
A partir deste dia, um grande avivamento começou. Dentro de um mês e meio, George Whitefield estava pregando para multidões de milhares, com John Wesley fazendo o mesmo dentro de três meses. Com apenas 22 anos de idade, Whitefield começou a pregar ao ar livre: Whitefield continuou pregando a milhares, na Inglaterra e nos Estados Unidos, até sua morte, aos 56 anos, em 1770. 
John Wesley viajou extensivamento, na Inglaterra e na Ámerica, e o fogo de avivamento se espalhou rapidamente. Em agosto de 1770 havia 29.406 membros, 121 pregadores e 50 zonas na Inglaterra e 4 pregadores e 100 capelas nos Estados Unidos. Quando Wesley morreu, no dia 2 de março de 1791, havia mais de 120.000 metodistas nas suas sociedades.
Para que venhamos revelar ao mundo o poder de Cristo precisamos ser cheios do Espírito Santo, e como nos enchemos do Espírito Santo? 
	Precisamos clamar por esse poder, precisamos orar incessantemente para que sejamos revestidos de poder do alto. Precisamos buscar na fonte de todo poder, precisamos gastar o nosso tempo em oração, em busca, em tempo com Deus, a nossa vida só vai revelar o poder de Deus se tivermos comunhão com Ele. Quando foi a ultima vez que você jejuou? Que você buscou a face do Senhor em secreto por mais de uma hora? Hoje o Senhor está te chamando a ser cheio do poder do Espírito de Cristo. Se revista desse poder.
“Se queremos ser cheios do Espírito, temos de pedir isso ao nosso Pai celestial. E foi isso que Paulo fez pelos crentes de Éfeso. Ele pediu ao Pai celestial que aqueles crentes fossem "tomados [cheios] de toda a plenitude de Deus" (Efésios 3.19). Beba do Espírito e ore. Beba do Espírito e ore. Beba do Espírito e ore”. Jonh Piper. 
Ligação
2º Revela o Amor de Deus
Outra característica que nós podemos observar no Senhor Jesus é o amor pelos perdidos, é o sentir a situação do outro. Diz o texto que Jesus ficou profundamente compadecido pela situação daquele homem, toda a sua alma se encheu de compaixão por aquele miserável pecador. Jesus não se enojou por aquele homem se aproximar, mas Ele se comoveu profundamente ao vê-lo naquela situação.
Nós podemos ver o amor do Senhor Jesus por aqueles que viviam sob opressão do pecado, sob opressão das doenças e sob o poder e o governo de satanás. 
A palavra usada para “compadeceu-se” nesse texto não é uma simples compaixão humana ou um mero sentimentalismo, Jesus não é um emocionalista cheio de peninha pela situação desse homem. Essa Palavra nos traz uma idéia muito mais profunda daquilo que Jesus sentiu por aquele leproso. Jesus ficou profundamente tocado em seu íntimo por aquela situação. O termo é usado doze vezes nos sinóticos e em nenhuma dessas vezes denota uma simples compaixão humana, mas vai além, mostra uma expressão para revelar um sentimento divino, para revelar a amplidão da misericórdia de Deus. A divindade de Cristo é apresentada aqui o mostrando como o Senhor que se compadece de seu povo. É a mesma expressão usada quando Jesus vê a grande multidão que estava aflita e Ele se compadece porque eram como ovelhas que não tem pastor, é a mesma expressão que ele tem quando vê a multidão faminta e se compadece para alimentá-los para que não desfaleçam pelo caminho, ou, quando ele observa a viúva de Naim e se compadece dela pela perca de seu filho. 
Para alguns comentaristas aqui temos o cumprimento de uma das profecias do antigo testamento, a mensagem do consolo de Israel. Uma expressão escatológica onde o Senhor que estava para vir se compadeceria dos sofrimentos de seu povo e seria seu consolo eterno, lhes enxugaria dos olhos toda lagrima. Essa palavra reflete o amor e a misericórdia de Deus sobre o seu povo, como aquele que vê a sua situação, suas dores, suas enfermidades, suas aflições e toma para si como se fossem suas, se colocando no lugar deles. 
É uma das maiores expressões que demonstram o amor de Deus sobre seu povo. Mas nós já podemos observar esse amor e misericórdia mostrados por Jesus mesmo sem o uso dessa expressão. Apenas com sua atitude já podemos constatar isso. Jesus não o repreendeu ou mandou aquele homem se afastar. Jesus poderia ter se afastado por justa causa. De acordo com a sociedade, era isso que Ele deveria ter feito, mas invés de repreendê-lo, de expulsar aquele homem, o que Jesus fez foi permitir que ele viesse do jeito que estava. Aquele homem sabia que essa seria a reação de Jesus, ele sabia que poderia se aproximar sem que fosse repreendido. Ele sabia que Jesus seria compassivo e permitiria sua aproximação. 
Aplicação
	Outra característica fundamental do verdadeiro Evangelho é isso, o amor, a compaixão. Uma das coisas marca os nossos dias é uma supervalorização do amor em detrimento da justiça e da ira de Deus. Onde se Deus me ama eu posso viver minha vida como quiser porque Deus vai me amar de qualquer jeito. Mas você já percebeu como caímos em outro erro ao criticarmos a igreja dos nossos dias que é o de supervalorizar a justiça e a ira de Deus em detrimento do amor. Esquecendo que os dois devem estar em equilíbrio. A ira do Senhor Jesus revelada nesse texto não é contra o leproso, não é contra a pessoa em si, mas contra o pecado e seusefeitos na vida daquele homem. O que vemos nos Evangelhos não é um foco principal dado sobre a ira de Deus sobre os homens, mas o cumprimento da justiça de Deus sobre os homens por meio de Cristo. Onde ele recebeu a ira divina em nosso lugar. E por que isso aconteceu, por que ele fez isso por nós? Existe uma resposta: Amor!
	A boa nova para salvação do homem tem uma marca principal que é o amor. O Evangelho genuíno de cristo não pode ser vivido sem essa marca fundamental. Um amor equilibrado, um amor que é baseado no sentimento de Cristo, amor que esse texto retrata muito bem. O Evangelho mostra a presença de um Cristo que veio ao mundo para se compadecer da sua miséria, um Cristo que veio para anunciar o consolo para os desconsolados. O Evangelho proclama um amor que se compadece, um amor que se coloca no lugar da outra pessoa sentindo o que ela está passando, que sofre pelo sofrimento do outro. Essa é a demonstração do amor de Cristo por nós. 
Meu amado irmão, nosso coração deve se parecer com o coração do Senhor Jesus, nosso coração deve arder pelos perdidos, deve queimar de amor por aqueles que estão perdidos, nosso coração deve sentir a dor daqueles que sofrem, nosso coração deve amar aqueles que padecem.
Meu irmão, se esse foi no evangelho a proclamado por Cristo, também deve ser o mesmo Evangelho praticado por nós. A única maneira de atrairmos os perdidos à presença de Deus é amando! Mas será que vivemos esse amor de Cristo de forma genuína? A palavra de Deus nos diz que nos últimos dias o amor de quase todos esfriará. Como será que anda o amor dentro de nós meu irmão? Será que ainda arde em nosso coração ou já esfriou? 
Ilustração
Outro dia compartilhei com vários irmãos um acontecimento com um irmão que havia partido para a glória, pedi então oração pela família e falei que estava triste. Falei pessoalmente para uns e compartilhei isso em alguns grupos no Whatsapp, alguns poucos me retornaram, outros nem fizeram caso, e quando outras pessoas compartilharam alguma coisa que tinha algum humor todos se manifestaram. Pessoalmente me surpreendi com a atitude de outra pessoa que falou o seguinte: É assim mesmo, as pessoas morrem, acontece, não é surpresa pra ninguém. Isso com uma frieza que me surpreendeu. Então observei como anda o amor no coração da igreja, ninguém se importa com o que o outro está vivendo. Existe uma apatia, uma insensibilidade.
Se vive hoje um evangelho egoísta que olha pra seu próprio umbigo, menos para o outro. Se nós vivemos um evangelho sem amor, esse evangelho pode ser qualquer outro, menos o Evangelho de Cristo. Se é que podemos chamar evangelho.
O “Amor para com Deus é o fundamento do gracioso amor para com os homens.” Jonathas Edwads
A única forma de conseguirmos isso é pedindo ao Senhor que coloque amor em nosso coração, que ele tire toda frieza e toda barreira que nos impede de amar, que Ele esteja reacendendo em nós a chama do seu amor para que venhamos amar de verdade. Porque se somos servos dele, precisamos amar, a Palavra de Deus nos diz que quem não ama não conhece a Deus.
Se dizemos que amamos a Deus, mas não mostramos amor para com os homens esse nosso amor tem algo errado.
Parece que muitas vezes nossa reação é o contrário, muitas vezes nossa tendência é agir diferente de como Jesus agiu. Quantas vezes estamos de braços cruzados, não fazemos caso da situação que as pessoas estão vivendo. Vivemos como se tivéssemos nojo dos perdidos, desprezamos as pessoas como se elas não existissem, como se as pessoas estivessem bem como estão.
Quero dar uma notícia pra você esta noite: Dizer que as pessoas não estão bem como estão. Enquanto você está aqui, as pessoas estão aí fora sob as garras de Satanás, sob os poderes do inferno. Assim como aquele homem tinha uma doença que dominava todo o seu corpo, todo ser humano também tem uma doença chamada pecado que toma conta de toda a sua vida, que destrói todo o ser humano, que destrói a sua vida por completo. 
Meus queridos, diante dessa situação do homem será que nós temos tomado a atitude de Jesus em atrair a Ele os perdidos? Muitas vezes no lugar de Jesus nós espantaríamos aquele homem, o expulsaríamos de nossa presença. Muitas vezes invés de buscar os perdidos nós espantamos as pessoas com nossas palavras, invés de buscar os perdidos deixamos que eles vivam da forma que querem sem conhecer o Senhor. 
Meu querido, nossa reação tem que ser a mesma reação do Senhor Jesus nós precisamos atrair, chamar buscar, tratar com amor. As pessoas precisam ver em nós as marcas de Cristo, elas precisam chegar até o Senhor através do testemunho da minha e da sua vida. Precisamos ter em nossas vidas o testemunho da igreja primitiva que contavam com a simpatia de todo povo e a cada dia o Senhor acrescentava o numero dos que iam sendo salvos.
Ilustração
	Outro dia ouvi o testemunho de conversão de um irmão que me deixou um pouco pensativo sobre o assunto. Ele dizia que vivia uma vida totalmente promiscua, se drogava, vivia nas ruas em uma vida miserável, nunca quis saber de igreja, mas sua mãe era cristã. Até que um dia ele sofreu um acidente e foi levado pra casa da mãe pra ser cuidado por ela, quase recuperado a mãe saía para trabalhar e o deixava sozinho, um dia ela pediu que o pastor fizesse uma visita a seu filho que estava em casa. O pastor foi e o rapaz quando olhou pelo olho mágico e viu que era o pastor ficou calado como se não tivesse ninguém em casa. Alguns dias depois o pastor foi outra vez e ele fez a mesma coisa, a mãe quando chegou em casa o levou até a igreja e o pastor o cumprimentou e depois chegou sua família. O rapaz se surpreendeu pela atitude achou que seria excluído, era rip, estava fedendo, dias sem tomar banho, mas foi recebido com amor, ele sentiu o cheiro de Cristo naqueles irmãos, disse que se converteu primeiro aos crentes e depois a Cristo.
Precisamos orar ao Senhor que coloque amor em meu coração para olhar para o outro e sua situação e me compadecer ao ponto de preferi-lo em vez de preferir a mim mesmo.
Ligação
3º Revela ação. Versículo 41.
Jesus fez naquele momento estava fazendo o que provavelmente ninguém e Israel faria, diz o texto que ele estendeu a mão e tocou naquele leproso. Meu querido Aquele homem era considerado imundo, a pessoa que tocasse nele poderia se contaminar, poderia se tornar impuro de acordo com a sociedade. Mas Jesus não quis saber de nada disso, Ele quebrou toda e qualquer barreira que pudesse existir para que aquele homem fosse curado. Jesus se aproximou daquele que ninguém queria se aproximar e tocou naquele que ninguém queria tocar, Jesus tocou no intocável e quando Ele fez isso a vida daquele homem mudou completamente.
O que podemos ver neste texto é que Jesus não ficou somente com o sentimento de compaixão, mas o amor de Jesus é comprovado pela ação praticada por ele. É assim que podemos comprovar um verdadeiro amor, ele não fica preso ao sentimentalismo, o amor verdadeiro é seguido pela ação. Vemos isso muitas vezes nos Evangelhos, a compaixão do Senhor é seguida imediatamente pela ação, aconteceu com Lazaro, quando a entrada do tumulo ele chorou e imediatamente chamou o morto para fora, aconteceu com o filho da viúva de Naim quando mandou que o rapaz voltasse a vida. O Evangelho de cristo não é teórico apenas, é prático. Jesus tem poder pra curar o leproso à distância sem precisar tocá-lo, mas ele faz questão de lhe estender a mão. A impureza daquele homem não procedia de demônios ou coisa do tipo, era a impureza cultual que Jesus estava purificando. Aquele homem não podia cultuar a Deus como os demais, ele estava impossibilitado disso por sua condição. De acordo com a tradição Jesus se tornaria impuro ao tocá-lo, mas Jesus purificou o imundo.
Os rabinos jamais se aproximariam daquele homem, existia uma distância estabelecida para a aproximação, o leproso que entrasse na cidade era ameaçado de chicotadas. O risco de contaminação era enorme, mas Jesus o tocou. Mostrando que as boas novas de salvação não era para os sãos, mas para aqueles doentes que ninguémqueria aproximação.
Aplicação
	Irmãos, precisamos viver de acordo com o Evangelho de Cristo. Não podemos dizer que amamos, que sentimos a situação dos perdidos, que nos compadecemos dos nossos irmãos se não temos atitudes que mostram isso. Muitas vezes é difícil amar, amar aqueles que não mostram amor para conosco, mas se dizemos que os amamos e não conseguimos ter atitudes de amor somos mentirosos.
Essa é a vontade do Senhor para a minha e para a sua vida. Que venhamos além de amar apenas em nossos corações, que venhamos mostrar atitudes de que esse amor é verdadeiro, precisamos estender a mão e ajudar aqueles que estão longe do Senhor, que estão mortos e escravizados pelo peso do pecado, precisamos agir para libertar os cativos da mão do diabo.
Precisamos estender a mão e tocar nos intocáveis, tocar naqueles que ninguém quer tocar, estender a mão aqueles que as pessoas querem distancia. Estender a mão ao bêbado, a prostituta, ao ladrão, ao mendigo, ao homossexual. Nós como Igreja do Senhor precisamos estender a mão a todos aqueles que estão marginalizados pela sociedade. Precisamos ir atrás daqueles que ninguém quer ir, precisamos ser instrumentos de Deus pra salvar aqueles que estão perdidos, aqueles que ninguém que tocar.
Ilustração
	Um dia eu preguei sobre isso em uma congregação e aquilo mexeu muito comigo, quando terminou o culto veio um homem em minha direção para me cumprimentar, Ele aparentemente tinha problemas mentais e estava sujo e mal-cheiroso. Eu disfarcei, olhei pra outro lado e fui falar com alguns irmãos e pensei: Não vou pegar na mão desse homem, nem sei onde ele colocou essa mão. Naquele momento veio um toque na minha cabeça: Tu acabou de pregar sobre isso e quando sai da igreja faz diferente? Esse é o problema das nossas vidas estarem como estão, das nossas igrejas estarem como estão. Se prega uma coisa e se vive outra. Nosso evangelho não passa de uma teoria morta, sem prática.
Ilustração
	Mahatma Gandhi é um dos mais respeitados líderes da história moderna. Apesar de hindu, admirava Jesus Cristo e freqüentemente citava frases do Sermão do Monte. Certa vez o missionário E. Stanley Jones encontrou-se com ele na Índia, e perguntou: Senhor Gandhi, apesar do senhor sempre citar as palavras do Cristo, por que é tão inflexível e sempre rejeita tornar-se seu seguidor?
Ao que Gandhi respondeu: Ó! Eu não rejeito seu Cristo. Eu amo seu Cristo. “Eu só não creio no vosso cristianismo”.
Mas será que isso é fácil? De forma alguma! É uma das tarefas mais desafiadoras que temos, é uma das coisas que satanás mais ataca para que não aconteça, porque no dia que a Igreja arregaçar as mangas e correr para os campos missionários algo surpreendente vai acontecer. Deus vai trabalhar de forma profunda e milhares de pessoas serão libertas pelo poder de Deus. Assim nós precisamos usar da autoridade que o Senhor nos deu como seus discípulos e ser usados para transformar as vidas dos perdidos que precisam de Cristo Jesus. 
Ilustração
Os Moravianos que se venderam como escravos
Iniciado em Hernhut, Alemanha no século 18, o movimento de oração continua (24 horas) chamado Moravianos durou por quase 100 anos, e eles não oravam por aquilo que não estavam dispostos a ser a resposta. Os Moravianos eram muito dedicados ao Senhor, mais de 2150 membros de sua igreja foram enviados como missionários, a ação missionária utilizou pessoas simples e comuns de coveiro a lavrador, de sapateiro a oleiro e até como escravo vendido. Marcaram um recomeço de um mutirão missionário a todas as nações. Certa vez foi feita a seguinte pergunta a um Moraviano: “O que significa ser um Moraviano?”. E ele respondeu “Ser um Moraviano e promover a causa global de Cristo são a mesma coisa”.
Dois jovens Moravianos, de 20 anos ouviram sobre uma ilha no Leste da India onde 3000 africanos trabalhavam como escravos e cujo dono era um Britânico agricultor e ateu. O coração dos jovens se contorceu só de imaginar que todas essas pessoas passariam o resto de suas vidas confinadas sem jamais ouvir falar sobre o amor do Pai. Então esses dois jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários, a resposta do dono foi imediata: “Nenhum pregador e nenhum clérigo chegaria a essa ilha para falar sobre essa coisa sem sentido”. Isso seria o ponto no qual a maioria de nós desistiria, para eles foi a motivação para tomar a decisão mais difícil de suas vidas: vender-se como escravo. Eles poderiam suportar o fato de viverem confinados pelo resto de seus dias, mas jamais suportariam saber que tantas almas morreriam sem salvação. O valor da venda pagou a viagem até a ilha, depois disso jamais se receberam notícias dos dois.
Na hora da partida houve orações choros e abraços, amigos e familiares puderam dar o último adeus para seus irmãos. E algumas pessoas falaram: porque vocês estão fazendo isso? Vocês nunca mais irão ver seus familiares e amigos, e vão ser escravos para o resto de suas vidas! Mas quando o barco estava se afastando do porto os dois jovens levantaram suas mãos e declararam em voz alta:
“Para que o Cordeiro que foi imolado receba a recompensa por seu Sacrifício através das nossas vidas”.
Irmãos esse é o sentimento que houve em Cristo, de não só amar com palavras e sentimentos, mas de agir em favor daqueles que precisam de Cristo, de se colocar no lugar do outro se necessário. Esse foi o sentimento do Senhor Jesus não só nesse momento com o leproso, mas foi o amor que transcende as palavras que o levaram para cruz, quando ele se colocou no meu e no seu lugar recebendo a ira de Deus que estava destinada a nós. 
Isso deve ser gerado em nossas vidas, que nossos sentimentos não sejam infrutíferos, mas que nosso coração transbordante de amor venha gerar frutos de ações que busquem a glória de Deus.
Como devemos mostrar esse amor? Vendendo-nos como escravos para salvar alguns? Se preciso sim! Mas não é necessário que você faça isso para mostrar amor, se você não mostrar amor nas suas pequenas atitudes jamais vai conseguir nas grandes, se sua forma de se relacionar com as pessoas que te rodeiam não mostra amor, se em seu relacionamento com a família não existe amor, se no campo não existe amor, se nas pequenas coisas do seu dia-a-dia não existe amor é falso o seu evangelho! Quer viver um Evangelho genuíno? Comece exercendo amor nas pequenas coisas.
Ligação
Conclusão
Meu amado irmão até quando vamos olhar de lado ao mendigo que entra na igreja, até quando vamos deixar na escuridão aqueles vivem nas trevas, até quando não vamos fazer nada por aqueles que estão se perdendo cada vez mais a cada dia?
Meu irmão é hora de fazer alguma coisa, é hora de mudarmos nossa posição como cristãos, é hora de vivermos um cristianismo verdadeiro. Não saia daqui essa noite da mesma forma que você entrou, não saia daqui dizendo que gostou do culto, que sentiu ou não a Palavra, é necessário viver essa Palavra, é necessário tomar uma atitude diante do Senhor e agir. Não seja como o construtor insensato que edifica a sua casa sobre a areia, mas construa a sua casa sobre a rocha e viva a Palavra de Deus.
É hora de nós como servos do Senhor mudarmos nossa vida. É hora de atrairmos as pessoas a Cristo através da nossa vida, é hora de amarmos os perdidos assim como o Senhor Jesus os amou e se entregou por eles e é hora de agirmos, de estendermos a mão àqueles que vivem longe do Senhor.
Como faremos isso? A começar orando, colocando diante do Senhor a sua necessidade, depois agindo. Envolvendo a sua vida com esta obra, se doando, ajudando, trabalhando. 
Precisamos ser usados como instrumentos do poder de Deus através de Cristo, precisamos revelar o amor de Deus e precisamos agir em conformidade com esse amor. Precisamos nos parecer com Cristo para mostrarmos um verdadeiro Evangelho. 
“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro,que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna”.
- São Francisco de Assis
 “O propósito de Deus é nos fazer como Cristo. E a forma como ele faz isso é nos enchendo com o seu Espírito Santo.” (John Stott)
Garanhuns 15 de Junho de 2015
Héber Asafe A. Felix

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