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CEFET-MG Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Difratometria de Raios X Araxá 2017 Grupo: Ryan Borges Aguiar Robson Novato Lobão Sofia M. Magela Ávila Paulo César Viseu Júnior Bruna Pires Guimarães Luiz Cláudio Silva Neves Lívia Zanini de Freitas Vitor Bernardes Barbosa Jefferson de Oliveira Um agradecimento especial ao professor Francisco Valente Difratometria de Raios X O processo de descoberta da difratometria de raios X foi resultado de vários estudos que foram incialmente feitos durante o século XIX, um dos principais estudos que iniciaram essa busca foram os estudos de Willian Crookes onde seu experimento se baseia em um tubo de vidro, conectado a uma bomba de vácuo, com uma saída de gás e diminuição da pressão onde descargas elétricas seriam disparadas dentro deste vidro, então na parte oposta do catodo um fenômeno foi observado, o catodo inicia uma emissão de incandescência esverdeada, então em 1875, Willian Crookes, concluiu que esse fenômeno de luminescência era resultado de alguma radiação que se iniciava no terminal negativo seguindo em direção do terminal positivo, então ele denominou esse fenômeno de raios catódicos. A partir da descoberta de Crookes vários cientistas começaram a estudar os raios catódicos, um desses cientistas que prosseguiu o estudo sobre os raios catódicos foi o físico húngaro Phillip Lenard que inclusive ganhou o Nobel de Física de 1905, então com certo interesse pelo trabalho de Lenard sobre os raios catódicos que Wilhelm Conrad Röntgen começou a efetuar vários experimentos para o estudo destas radiações, com isso em 1895 Röntgen observou quem uma folha de papel tratada com platinocianeto de bário que havia sido deixada perto do tubo de raios catódicos estava a brilhar no escuro, emitindo luz, então Röntgen tentou cobrir o tubo de raios catódicos com uma folha de papel grossa e preta e observou que mesmo assim a folha tratada com platinocianeto de bário continuava a emitir luz, também nesse processo Röntgen notou que os ossos de sua mão estavam sendo refletida em forma de uma imagem na folha, então após vários testes com chapas fotográficas Röntgen publicou um anuncio para a comunidade cientifica, que por essa técnica pela primeira vez seria possível ver o corpo humano por dentro sem a necessidade de abri-lo. Após todos esses estudos Röntgen denominou esses raios de Raios X, pois não conhecia completamente a natureza desses raios por isso o uso da incógnita, X. Whilhelm Conrad Röntgen e a primeira radiografia da história. Então em 1912 o físico alemão Max Von Laue propôs a comunidade cientifica que os átomos ficavam como estrutura organizada de forma a apresentarem periocidade ao longo do espaço e essa característica caracterizava uma estrutura cristalina, e se os raios X eram ondas eletromagnéticas com comprimento de onda menor que os espaços entre os átomos, então como a massa do átomo se concentra no núcleo atômico os mesmos poderiam difratar os raios X, formando novos raios de difração. Logo Laue fez o um experimento onde ele emitia um feixe de raios X por uma amostra cristalina e logo após a amostra ele coloca um filme fotográfico, e obteve um resultado após revelar o filme onde se apresentava vários pontos sensibilizados pelos raios X difratados. Experimento de Laue Filme Fotográfico após experimento Após essa experiência houve dois cientistas que se interessaram pelos trabalhos de Laue, os dois físicos ingleses, W. H. Bragg e W. L. Bragg que formularam uma equação capaz de calcular os ângulos onde se seriam encontrados os índices máximos de difração, assim também sendo capaz de calcularmos a distância interplanar, que vem a ser a distância entre os planos atômicos, e a partir dessa equação seria possível resolver problemas envolvidos na determinação da estrutura cristalina. Dessa forma, a primeira estrutura cristalina que os Bragg conseguiram determinar foi a do Sal (NaCl). Então a difração de raios X ficou sendo a primeira ferramenta com mais eficiência para identificar estrutura atômica dos materiais, sendo muito utilizada em pesquisas. Então essa nova descoberta acabou por criar a necessidade de desenvolver novos conceitos e criar áreas de estudos como a cristalografia onde começamos a estudar mais sobre os cristais. Os cristais podem são definidos como, solido que tem na sua composição átomos arranjados de forma ordenada, na cristalografia temos um estudo mais avançado sobre esses arranjos, com o estudo de eixos cristalográficos que são definidos como eixo a, b e c e os ângulos entre estes eixos são definidos por α, β e γ, e a partir desses parâmetros definimos os sete tipos diferentes de sistemas cristalinos: Cúbico com eixos a = a = a e ângulos entre eixos iguais α = β = γ = 90º Tetragonal com eixos a = a ≠ c e ângulos entre eixos iguais α = β = =90º. Ortorrômbico com eixos a ≠ b ≠ c e ângulos entre eixos iguais α = β = γ = 90º Romboédrico com eixos a = a = a e ângulos entre eixos iguais α = β = γ ≠120º Hexagonal com eixos a ≠ c e ângulos entre eixos iguais α = β = 90º γ ≠ 120º, Monoclínico com eixos a ≠ b ≠ c e ângulos entre eixos iguais α = γ = 90º β ≠ 90° Triclínico com eixos a ≠ b ≠ c e ângulos entre eixos iguais α ≠ β ≠ γ ≠ 90º Para a obtenção de todas essas informações os Bragg tiveram que formular várias equações que tinham como objetivo calcular o espaçamento interplanar, isto é, o espaçamento entre planos atômicos, então a partir deste ponto eles formularam equações para mensurar esse espaçamento em cada sistema cristalino. Então a partir dessas equações os Bragg formularam outra equação a “Equação de Bragg”, pois ao pensarem que quando um feixe de raios-X incide sobre um cristal os planos atômicos deste cristal funcionam como um refletor, onde ao receber esse feixe de raios-X ele o reflete, e isso acontece por que o espaçamento entre os planos atômicos de um cristal e o comprimento de onda dos raios X são da ordem dos ângstrons (1Å metros). Se considerarmos um feixe monocromático de raios X incidindo em um cristal, os planos cristalográficos do mesmo iram funcionar como espelhos que ao refletir o feixe incidente de raios X, as linhas horizontais do plano representam uma serie de planos paralelos, os índices de Miller (h, k, l). E quando a diferença de fase entre duas ondas for um número inteiro mais meio comprimento de onda [(n+1/2) λ, para n= 1, 2, 3, etc.], está irá interferir destrutivamente, isto é, suas amplitudes se subtraem de forma a não produzir um feixe reforçado ocorrendo então uma interferência destrutiva. Porem se as ondas refletidas pelos planos estiverem em fase, isso leva a um reforço do feixe, isto é, uma interferência construtiva, e para que os raios estejam em fase eles precisam ter um numero inteiro de comprimento de onda λ, ou seja, nλ = MP + PN em que n = um numero inteiro positivo e é designada por ordem de difração. Já que MP e PN são iguais a , onde é a distancia interplanar dos planos de índices (h, k, l). Na maior parte dos casos, usa-se difração de primeira ordem, em que n = 1; neste caso, a lei de Bragg toma a forma: λ=2 Onde d é o espaçamento interplanar, θ seria o ângulo que o feixe de raios X faz com o plano atômico e λ é a comprimento da onda. O uso da Difratometria hoje no meioindustrial pode ter várias aplicações indústrias, porém, uma das mais significantes é a da área da mineração, pois com a descoberta da cristalografia os mineralogistas tiveram que dividir e qualificar todos os minerais de acordo com os seus sistemas cristalinos, pois todos os minerais são cristais, então a partir dessa característica quando não conseguimos identificar um mineral através de suas propriedades físicas a olho nu, utilizamos a difração de raios X do pó, cuja aplicação é quase indispensável para caracterização mineralógica completa da rocha, , mas também além da difração de raios X utilizamos uma análise química sendo possível identificar sua composição química. Esse processo tem uma importância fundamental para adequar o minério para seu uso correto e sem desperdícios. O equipamento utilizado facilita o processo de caracterização mineral de várias empresas, não sendo assim necessário enviar amostras para laboratórios, o que torna o processo de estudo mais demorado. Outra grande mudança na ciência onde usamos a difratometria de raios X foi a descoberta da dupla hélice de DNA onde no inicio dos anos de 1950, James Watson um grande biólogo americano juntamente ao físico britânico Francis Crick projetaram o modelo de dupla hélice do DNA, que ao invés de fazerem vários e vários experimentos em laboratório, então decidiram analisar dados já existentes e os organizando de forma a melhores aproveita-los e esclarece-los e dentre esses experimentos analisados o que mais determinaram na elaboração da dupla hélice foi o experimento de Rosalind Franklin, uma química que matinha suas atividades no laboratório do físico Maurice Wilkins. Franklin era especialista em difratometria de raios X , e quando a forma cristalizada de uma molécula como o DNA , foi exposta os raios X, esses raios refletidos, formaram um padram de difração, que foi essencial para a formar a estrutura do DNA. Fontes: https://www.passeidireto.com/arquivo/24362148/aula-pratica-i---difratometria-de-raios- x https://pt.wikipedia.org/wiki/Difra%C3%A7%C3%A3o_de_raios_X http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:Gx7EyoDPXacJ:www.bibliot ecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUBD- 97XP2T/dissertacao_amanda.pdf%3Fsequence%3D1+&cd=1&hl=pt- BR&ct=clnk&gl=br http://www.angelfire.com/crazy3/qfl2308/1_multipart_xF8FF_2_DIFRACAO.pdf http://www.ebah.com.br/content/ABAAABcK0AC/difracao-raio-x-ciencia-dos-materiais http://www.ifsc.usp.br/~lavfis/images/BDApostilas/ApRaios-X/Manual_RX_v2.pdf http://www.ppgem.eng.ufmg.br/defesas/2176M.PDF http://www.fem.unicamp.br/~caram/analise.pdf https://centraldeanalise.quimica.ufg.br/n/76394-difratometria-de-raios-x https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/891ac54d5452f5b57e5d5cbca ec328d1c3ebd6a7 http://fiscomp.if.ufrgs.br/index.php/Lei_de_Bragg http://www.foz.unioeste.br/~lamat/downmateriais/materiaiscap5.pdf
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