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Aerofotogrametria resenha fotografia aéreas

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ANTONIO ALCIR DA SILVA ARRUDA
ELIANE PEREIRA MONTES LUZ
RESENHA
O Status da Realidade das Fotografias Aéreas Verticais no Contexto dos Estudos Geográficos. CAZETTA Valéria.Pro-Posições, Campinas, v. 20, n. 3 (60), p. 71-86, set./dez. 2009.
	A autora neste artigo faz uma reflexão indagando se as imagens das fotografias verticais que parecem tão reais, podem representar a realidade geográfica como uma convincente retratação da realidade desse lugar. Essas imagens materializam e congelam os momentos capturados pelos aparelhos que em sua diversidade fazem atualmente as possibilidades de captura de imagens aumentarem muito, consequentemente, o aumento da discussão sobre o que eé o real ou a realidade; A relação entre realidade e imagem pode ser produzida por várias ferramentas, tais como; carta topográfica, mapa, imagem orbital e fotografias de origem aérea ou terrestre, que produzem cada uma, memória visual distinta sobre as realidades geográficas apresentadas e materializadas em momentos congelados acerca dos lugares capturados.
	Através do Google Earth, atualmente, podemos navegar pela internet e acessar visual e virtualmente territórios nunca antes pisados pelos nossos próprios pés, além disso, o próprio cinema já incorporou as fotografias aéreas e as imagens orbitais na construção de suas ficções. As possibilidades de olhar e conhecer o território e suas paisagens aumentou, sendo possível cruzar distintas linguagens. E, em cada uma delas, esse lugar apresentar-se-á aos nossos sentidos de maneira distinta, uma problematizando a outra, tencionando a concepção de realidade que temos acerca de nossas geografias.
	Na sua tese de doutorado Valéria Cazetta, compactua com o pensamento de Castro e Jorn Seeman que defendem a escala como sendo a definidora do grau de detalhamento e generalização de um mapa objeto. Diferenciando a conceituação de tamanho de escala em grande e pequena, quando a origem provem de uma fotografia aérea vertical e escala é definida como grande pelo nível de detalhamento dos objetos da planta urbana, por exemplo, cercas, contornos de casa e árvores, enquanto que numa escala pequena, por exemplo, um mapa de um país existe restrições bem delimitadas como as divisas estaduais e as fronteiras internacionais, ainda na escala pequena é possível a localização e representação através de símbolos convencionados das cidades principais. Desta forma os autores desta definição afirmam que é possível a partir de um determinado lugar retratar realidades diferentes. È só uma questão de escala. Embora as fotografias aéreas verticais e as imagens orbitais sejam obtidas de maneira diferenciada umas das outras, a objetividade técnica e visual de ambos os tipos garante, supostamente, a estabilidade de seu status de realidade. A autora indaga como diferenciar e nominar ou reconhecer as identidades e nomes das realidades geográficas apresentadas pelas fotografias verticais e as imagens orbitais do Google Earth em três possibilidades iniciais a saber:
1) Usar vários mapas em várias escalas, pois mapas com escala grande possibilitam saber o nome de ruas e avenidas, entre outros detalhes do espaço; mapas em escala menor permitem diferenciar relevos e delimitações geográficas, fazendo-se com que se possa pensar em várias escalas.
2) Navegar pelas imagens orbitais do Google Earth, ao qual já fo-
ram incorporados nomes de vários lugares associados. Valer-se do uso de
mapas, fotografias aéreas oblíquas e fotografias comuns podem ser de grande utilidade. 
3) Uma maneira de distinguir a ideia da fotografia apresentar o real ou a realidade, está no fato da fotografia ser obtida a partir do real, ou seja, “o testemunho que se vê gravado na fotografia se acha fundido ao processo de criação do fotógrafo”
	A autora conclui seu texto afirmando que é necessário, circular por outros tipos de linguagens como fotografias aéreas oblíquas, fotografias comuns, imagens orbitais e mapas em pequena e grande escala de modo a amparar o entendimento do que se vê para poder afirmar que determinados enquadramentos fotográficos deixam de ser a expressão única da verdade e da realidade. Desse modo, desnaturaliza-se a existência de uma dada realidade e verdade em defesa do pronunciamento de outras formas de como compreender melhor o território e suas gentes.

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