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Reflexo e sensibilidade

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ 
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA VIDA 
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
“Reflexo e Sensibilidade” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curitiba 
2017 
 
Equipe: 
 Guilherme Bertola dos Reis 
Márcia O. Lima Azevedo da Silva 
Mayulle Francesca Mocelin 
Pedro Soares da Veiga Neto 
 
I. Introdução 
 
Qualquer músculo esquelético se contrai de forma reflexa quando estirado 
subitamente. Os tendões são apenas estruturas convenientes para se produzir o 
estiramento. Certos músculos, no entanto, são de fácil acesso e suas respostas 
normais e anormais foram definidas através de longa experiência. (AVANZO, 2004) 
A via para realização de atos reflexos, que são realizados pela transmissão 
de impulsos nervosos, é chamada de arco reflexo. Esse arco é constituído por cinco 
componentes: um receptor sensitivo (local onde ocorre o estímulo), um neurônio 
sensitivo, o centro de integração (área de substância cinzenta no sistema nervoso 
central onde haverá sinapse), um neurônio motor e o efetor da resposta de um 
reflexo (TORTORA, 2010). 
Os reflexos podem ser classificados segundo várias circunstâncias: em 
relação à quantidade de sinapses no centro de integração, pode ser 
monossináptico, com uma única sinapse entre o neurônio sensitivo e o neurônio 
motor, ou polissináptico, com mais sinapses realizadas devido à presença de um ou 
mais interneurônios no centro integrador; relacionados ao local em que são 
integrados, os reflexos dividem-se em espinais, direcionados à medula espinal, e 
cranianos, direcionados ao encéfalo; e por divisão eferente, podem ser autônomos 
ou somáticos (SILVERTHORN, 2010). 
Reflexos autônomos ou viscerais são os que geram contração de músculo 
liso ou cardíaco, e também causam secreção de glândulas, estando alguns deles 
integrados à medula espinal e outros ao encéfalo, sendo essenciais para a 
homeostase por meio da coordenação de frequência cardíaca, pressão arterial e 
outras funções controladas por essa região do sistema nervoso central 
(SILVERTHORN, 2010). Reflexos somáticos são reflexos que resultam em 
contração muscular esquelética e podem ser extensores, flexores, extensores 
cruzados ou tendinosos. O reflexo extensor é um reflexo monossináptico que gera 
impulsos nervosos do fuso muscular, um receptor presente no tecido muscular, que 
está estirado, para gerar como resposta a contração do músculo. Esse reflexo é 
caracterizado como ipsolateral, pois receptor e efetor envolvem componentes de um 
mesmo lado da medula espinal. O reflexo flexor é um reflexo polissináptico, gerado 
por estímulos de dor, que causa a contração de músculos flexores e relaxamento de 
seus antagonistas. Além de também ser ipsolateral, é um reflexo intersegmentar, 
por estimular mais de um órgão efetor. O reflexo extensor cruzado é estimulado 
juntamente ao flexor para dar equilíbrio ao corpo, pois atua sobre efetores do 
membro oposto ao do reflexo flexor, sendo então um reflexo contralateral. Esses 
reflexos tem em seu acontecimento o mecanismo de inervação recíproca, que 
caracteriza a inibição dos músculos antagonistas aos que estão contraídos (VAN DE 
GRAAFF, 2003). Os reflexos tendinosos, que são ipsolaterais, polissinápticos e 
também de inervação recíproca, têm como receptores os órgãos tendinosos de 
Golgi, localizados dentro dos tendões e próximos ao ventre. No centro integrador, o 
neurônio sensitivo estimula um interneurônio inibitório ao músculo envolvido e um 
interneurônio excitatório ao antagonista, com o objetivo de controle da tensão 
muscular (TORTORA, 2010). 
Toda manobra para obtenção dos reflexos profundos ou miotáticos tem, 
como objetivo único, o estiramento rápido do músculo ou melhor dos fusos 
mioneurais. Lembrar-se sempre desta afirmação, toda vez que estiver aprendendo a 
evocação de um reflexo miotático. Os reflexos profundos são obtidos batendo-se 
com um martelo apropriado no tendão do músculo, sua distensão rápida leva à 
contração reflexa e ao relaxamento simultâneo dos músculos antagonistas. Algumas 
manobras facilitam o exame. 
O estado do músculo, deve-se mantê-lo não muito estirado nem muito frouxo, 
deve-se procurar um estado intermediário, distendendo-o, passivamente, com 
auxílio da mão esquerda (se o examinador for destro). Por exemplo: no caso do 
reflexo aquileano, flete-se dorsalmente o pé, mantendo-o numa posição 
intermediária entre a flexão e extensão. (BICKERSTAFF, 1975) 
 
II. Objetivo 
 Aprender, observar e discutir sobre os reflexos aquiliano, tricipital e patelar. 
 Analisar os resultados dos experimentos práticos. 
 
 
III. Metodologia 
 
a. Materiais 
 Pilhas 
 Martelo Dejerine 
 Peso 
 
b. Métodos 
A aula prática teve início com a apresentação da professora Glaucia sobre 
como acontece um reflexo e os tipos que existem. Solicitou que os acadêmicos 
realizassem a prática para observação de cada reflexo. Recebemos instruções de 
como realizar os testes de reflexo em nossos colegas. Para este trabalho 
abordamos três tipos de reflexos motores (Reflexo Patelar, Reflexo Tricipital e 
Reflexo Aquiliano) e três tipos de reflexos sensoriais (Reflexo Pupilar, Reflexo de 
Retorno, Reflexo adaptativo), além de realizarmos o experimento da pilha. 
No que se refere a reflexos motores, primeiramente realizamos o reflexo 
patelar, que consiste em bater levemente no tendão patelar com o martelo Dejerine. 
O teste é realizado com uma pessoa sentada e a perna flexionada, de uma maneira 
que a pessoa esteja relaxada. Da mesma forma realizamos o teste de reflexo 
tricipital, onde batemos no tendão tricipital com a pessoa posicionada sobre uma 
bancada com o tronco em decúbito ventral e um dos braços em abdução de ombro 
com flexão de cotovelo. Ainda utilizando o martelo Dejerine, executamos o teste de 
reflexo aquiliano. Neste teste o impacto do instrumento foi aplicado no tendão de 
Aquiles, com a pessoa em pé e com uma das pernas flexionadas em cima de um 
banco. 
A respeito de Reflexos Sensoriais, realizamos o teste de reflexo pupilar, 
onde cobrimos os olhos da outra pessoa com nossas mãos e depois tiramos as 
mãos e observamos o reflexo. No teste de reflexo de retorno, com a pessoa em pé, 
aplicou-se uma forca no braço de uma pessoa e ela exerceu outra força no sentido 
contrário, por curto período de tempo. Em seguida, no teste de reflexo adaptativo, a 
pessoa mantém-se de pé e segurando um determinado peso. Ela fica com os 
ombros flexionados e os braços estendidos, sendo que após um tempo o peso é 
substituído por um mais leve. Por último realizamos o experimento da pilha, no qual 
colocam-se duas pilhas sobre a mesa, a pessoa fica com os olhos fechados e 
pegamos uma das suas mãos. Apenas os dedos indicador e médio da pessoa 
submetida ao experimento tocavam uma das pilhas, com movimentos de “vai e vem” 
de um dedo para o outro. Após isto, cruzam-se os dois dedos e o mesmo 
movimento é repetido. 
 
IV – RESULTADOS 
No teste do reflexo pateliano, a perna estendeu. 
No teste do reflexo aquiliano, o músculo gastrocnêmico se contraiu. 
 
No teste do reflexo de retorno, ao soltar rapidamente o braço ele se moveu na 
direção da força oposta, sem que a pessoa submetida ao teste conseguisse evitar o 
movimento. 
No experimento da pilha, a pessoa com os olhos fechados concluiu erroneamente 
estar manipulando duas pilhas ao invés de apenas uma. 
 
V – DISCUSSÃO 
A distensão da perna no teste do reflexo pateliano, deveu-se a um reflexo 
involuntário do tipo miotático ou profundo. 
O reflexo aquiliano demonstrou-se outro tipo de reflexo profundo, provocado 
pela ação do martelo dejerine sobre o tendão relaxado. 
A aplicação continuada da força, por parte da pessoa submetida ao teste do 
reflexo de retorno, é resultado da ação de uma espécie de memóriamuscular, em 
que o movimento continuou sendo aplicado mesmo quando a sua oposição havia 
cessado. O resultado do teste tipifica a localidade deste tipo de reflexo, em que não 
há a participação do sistema nervoso central. 
Quanto ao experimento da pilha, o mesmo provoca uma espécie de ilusão 
na pessoa submetida ao mesmo. Os sensores locais, sem assistência do recurso 
visual que informaria a quantidade correta de pilhas, confundem-se e provocam a 
clara sensação da existência de duas pilhas sendo manipuladas, ao invés de 
apenas uma, como é na realidade. 
 
VI – CONCLUSÕES 
A prática realizada em laboratório foi extremamente importante para 
corroborar e fixar os conceitos teóricos apresentados em aula. 
Pudemos observar em primeira mão a capacidade inata do nosso corpo de 
reagir de forma muita mais rápida do que a dos movimentos voluntários, 
transmitindo esta resposta pela via chamada de arco reflexo. 
A curta distância entre os sensores e órgãos efetores favorecem de forma 
significativa esta velocidade de resposta, além do envolvimento apenas de 
neurônios do tipo sensitivo e motor, como pudemos confirmar. 
Os experimentos e testes demonstraram, de forma inconteste, a natureza 
reativa dos reflexos como primeira resposta de defesa do organismo humano. 
 
VII – REFERÊNCIAS 
(AVANZO, 2004) Avanzo, Francine. “Avaliação fisioterapêutica neurológica”, Centro 
Universitário Anhanguera, 2004 
(BICKERSTAFF,1975) BICKERSTAFF, ER. “Exame neurológico na prática médica”. 
Trad. JA Levy, S Saraiva & FM Braga. Atheneu, Rio de Janeiro, 375 p, 1975 
(TORTORA, 2010) Tortora, Gerard J., Derrickson, Bryan, “Princípios de Anatomia e 
Fisiologia”, Guanabara Koogan, 12ª Ed., 2010 
(SILVERTHORN, 2010) Silverthorn, Dee Unglaub, Ph.D., “Fisiologia Humana - Uma 
Abordagem Integrada”, Artmed, 5º Ed., 2010 
(VAN DE GRAAFF, 2003) “Anatomia Humana”, Graaff, Kent M. Van De, Manole, 
2003

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