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TDE de Filosofia: Análise do filme "O jogo da imitação" Curso: Educação Física - PUCPR - 1º período Aluna: Márcia O. Lima Azevedo da Silva O filme "O jogo da Imitação" conta a história de Alan Turing, um matemático que teve uma atuação decisiva na vitória dos aliados na segunda guerra mundial, decifrando a poderosa máquina alemã "Enigma". Sendo assim, colocou os aliados sempre um passo à frente dos nazistas, que puderam elaborar cuidadosamente novas estratégias militares para chegar à vitória final. Turing era um britânico de vinte e sete anos e dono de uma das mentes mais brilhantes da sua época. Com pensamentos e ideias à frente do seu tempo, percebeu o que nenhum outro havia percebido: que uma máquina só seria vencida por outra máquina, aplicando princípios de inteligência artificial em processos similares ao da imitação, comum aos seres humanos. O cientista lutou contra tudo e contra todos, defendendo sua ideia e acreditando piamente no seu projeto, chegando a desafiar os próprios militares. Pela sua astúcia e ousadia assumiu a liderança do projeto secreto para derrotar a codificação da Enigma, inclusive reformulando profundamente a equipe. Foi neste momento que ele conheceu a linda e inteligente Joan Clarke, que se tornou sua parceira, conselheira e noiva. Ela foi responsável por várias mudanças de comportamento de Alan, fazendo assim do relacionamento de Turing com a sua equipe algo mais harmonioso, tornando-os amigos, aliados e seguidores do protagonista. Feito notável. Alan Turing, que era um homem com problemas em se relacionar com as pessoas, do tipo fechado no seu próprio mundo, passou a frequentar rodas de amigos. Foi assim que, numa conversa descontraída entre amigos, Alan teve a idéias que estava faltando para a sua máquina, que se torna a mais importante até então para a humanidade. No meu ponto de vista, Turing venceu a segunda guerra mundial. Pela primeira vez na história, a inteligência e a tecnologia foram os verdadeiros vencedores de uma guerra. O fato que mais me chamou atenção no filme "O jogo da imitação" é que o orgulho, o preconceito, a hipocrisia e os dogmas da sociedade assassinaram um herói, o maior herói da segunda guerra mundial. Penso que o mínimo que os militares deveriam ter feito pelo seu salvador sigiloso seria uma proteção discreta no caso do processo que o condenou. Não o fizeram para não denegrir a masculinidade dos militares, afinal ser homosexual era algo algo completamente inaceitável então. Afirmo que foi um assassinato, pois submeteram Alan Turing a tratamentos hormonais fortíssimos, algo tão agressivo que travou sua concentração e sua estabilidade emocional, o que o levou à depressão profunda e consequentemente à morte. O mais assustador é ver que nos tempos atuais o preconceito ainda é predominante, não nos permitindo ver que com isso só perdemos. Perdemos pessoas brilhantes e revolucionárias como Alan Turing.
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