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Pratica 1 Reconhecendo Lab

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	Química Geral e Experimental 
Curso Engenharia
Prof. José Costa Sampaio Filho 
	
Prática 1 - Introdução às técnicas de Laboratório
Objetivo
 Apresentar o laboratório; conhecer algumas normas e equipamentos de segurança; aprender a apresentar resultados (relatórios); conhecer e manusear alguns equipamentos básicos de laboratório.
1. Equipamentos de Proteção
1) Equipamentos de Proteção individual:
Exemplo: Avental, Óculos, Luvas, Capacetes, Máscara
2) Equipamentos de Proteção Coletiva
Exemplo: Chuveiro de emergência, Lava-Olhos, Extintores de Incêndio, Capela
2. Noções Elementares de Segurança
 
	Ao iniciar seu trabalho em um laboratório químico, é importante que você conheça procedimentos de segurança que permitam sua atuação com um mínimo de riscos. Com a finalidade de diminuir a freqüência e a gravidade de acidentes em laboratório, torna-se imprescindível que durante os trabalhos se observe uma série de normas de segurança:
Siga corretamente as instruções específicas do professor;
Nunca trabalhar sozinho no laboratório;
As mulheres devem manter os cabelos presos;
Não brincar no laboratório;
Qualquer acidente, por menor que seja, deve ser imediatamente comunicado ao professor;
Encarar os produtos químicos como venenos em potencial, enquanto não verificar sua inocuidade.
Não fumar dentro do laboratório;
Não beber nem comer no laboratório; 
É obrigação do aluno ao adentrar em um laboratório, que esteja trajando um avental adequado. Óculos de proteção também são aconselhados.
Não usar shorts, bermudas ou saias.
 Não colocar sobre a bancada de laboratório bolsas, agasalhos, mochilas ou qualquer material estranho ao trabalho que estiver realizando.
Trabalhar calçado, mas nunca de sandálias ou chinelos.
 Não usar lentes de contato.
 Não deixar frascos destampados.
Acostume-se a retirar quantidades mínimas de reagentes. Nunca se deve recolocar sobras de reagentes nos recipientes originais. Adotando a regra acima, você evitará desperdícios e contaminações;
Quando você retirar um frasco de reagente da estante, tenha o cuidado de repô-lo no mesmo lugar, imediatamente após o uso;
 Nunca deixar frascos contendo solventes inflamáveis (acetona, álcool, éter) próximos chama.
 Não aquecer líquidos inflamáveis em chama direta.
Se o seu trabalho envolve desprendimento de gases e/ou vapores tóxicos, efetue-o na capela;
Ao aquecer um tubo de ensaio contendo solução (ou qualquer outra substância) nunca aponte-o para si ou para o colega vizinho. O super - aquecimento pode dar origem à formação brusca de bolhas de vapor com a expulsão do conteúdo de forma violenta e perigosa;
Dedicar especial atenção a qualquer operação que necessitar aquecimento prolongado ou que liberar grande quantidade de energia.
 Apagar sempre os bicos de gás que não estiverem em uso.
 Cuidado ao aquecer vidro em chama: o vidro quente tem exatamente a mesma aparência do frio.
 Evitar contato de qualquer substância com a pele.
 Caindo produto químico nos olhos, boca ou pele, lavar abundamente com água. A seguir, procurar o tratamento específico para cada caso.
 Saber a localização e como utilizar o chuveiro de emergência, extintores de incêndio e lavadores de olhos.
Nunca testar um produto químico pelo sabor, a não ser que receba instruções para isto;
 Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. Desloque com a mão, para sua direção, os vapores que se desprendem do frasco;
 Ao preparar soluções aquosas diluídas de um ácido, colocar o ácido concentrado na água, nunca o contrário.
 Sempre usar pêras de borracha para pipetar.
 Não jogar nenhum material sólido dentro da pia ou nos ralos.
 Para descarte de reagentes líquidos, consultar o professor.
Ao introduzir tubos de vidro em rolhas, umedeça-os convenientemente e enrole a peça de vidro numa toalha para proteger as mãos;
 Antes de iniciar uma reação química, verificar se a montagem e as conexões estão seguras.
 Consultar o professor antes de fazer qualquer modificação no andamento da experiência e na quantidade de reagentes a serem usados. 
Ao se retirar do laboratório, verifique e não há torneiras (água ou gás) abertas. Desligue todos os aparelhos, deixe todo o equipamento e a bancada limpos e lave as mãos.
O trabalho em laboratório exige concentração. Não converse desnecessariamente, nem distraia seus colegas. Trabalhe com atenção, método e calma. Outras normas de segurança serão apresentadas, à medida que forem necessárias, no decorrer das experiências que serão realizadas como parte da disciplina.
3. Equipamentos Básicos de Laboratório
	A execução de qualquer experimento na Química envolve geralmente a utilização de uma variedade de equipamentos de laboratório, com finalidades específicas. A seguir, são apresentados alguns equipamentos básicos de laboratório:
1º. Bico de Gás: aquecimentos em geral, excetuando-se materiais inflamáveis. A figura 1 ilustra diferentes tipos de bicos de gás e a figura 2, suas partes e as regiões de uma chama.
	
	
	
	A
	B
	C
		 		 
Figura 1: Diferentes tipos de bicos de gás para aquecimento: A – Bico de Bunsen; B - Bico de Tirril: C – Bico de Mecker.
	
	
	A
	B
	
	Região neutra: região próxima a boca do tubo; nela não ocorre combustão do gás. É fria.
Região redutora: fica acima da região neutra e forma um pequeno “cone”; nela se inicia a combustão do gás. É pouco quente.
Região oxidante: compreende toda a região acima e ao redor da zona redutora; nela a combustão do gás é completa. É muito quente: a temperatura pode chegar a 1.500 oC. 
	C
Figura 2: A – Partes de um bico de Bunsen; B – Fluxo dos gases e combustão no bico de Bunsen; C – Regiões da chama.
	Para acender um bico de gás, procede-se do seguinte modo:
Fecha-se completamente a entrada de ar na base da haste;
Abre-se lentamente a válvula de alimentação de gás e se aproxima lateralmente a chama de um fósforo, obtendo-se assim uma chama amarelada grande e luminosa;
Abre-se lentamente a entrada de ar até que a chama fique completamente azul.
2º. Balanças: medidas de massas. Há uma grande variedade de balanças de laboratório, desde as mais grosseiras (balança de plataforma e escala tríplice) até as de mais alta sensibilidade (balanças analíticas).
3º. Balão Volumétrico: preparo e diluição de soluções com volumes precisos e pré - fixados: recipiente calibrado, destinado a conter um determinado volume de líquido, a uma dada temperatura (geralmente 20ºC, podendo ser usado sem erro apreciável em temperaturas de mais ou menos 8ºC acima ou abaixo da indica ). 
 . 
4º. Béquer: aquecimento de líquidos, preparo de soluções exotérmicas, dissolução de sólidos, etc. –
 
5º. Bureta: equipamento calibrado para medidas volumétricas precisas de líquidos, utilizada especialmente nos casos de titulação 
 
6º. Pipetas: medidas precisas de volumes de líquidos. Existem dois tipos: pipeta graduada (figura E) e pipeta volumétrica (figura D). Uma pipeta graduada é usada para escoar volumes variáveis e uma volumétrica para escoar volumes fixos de líquidos; são calibradas sempre a uma dada temperatura. 
	
	(D) (E)
7º. Proveta: Cilindro com graduações, destinado a medidas aproximadas de volumes de líquidos, 
	
	
	
	
	
	
	
	
	 
	
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Outros Materiais e Equipamentos 
	Agitador magnético c/ ou s/ aquecimento
Balança especificação 
Bandeja plástica
Banho maria 
Bomba de vácuo
Centrífuga 
Chapa aquecedora c/ ou s/ agitação
Destilador de água
Estufa 
Evaporador rotativo
Forno (Mufla)
Mantade aquecimento
Porta pipeta 
Argola
	Balão de Destilação
Balão fundo chato
Balão fundo redondo
Balão Tri-tubulado
Bastão de vidro
Cadinho
Capsula de Porcelana
Condensador
Dessecador
Erlenmeyer
Espátula
Funil de Buchner
Funil de Vidro
Funil separação
Garra
Suporte Universal
	Kitassato
Pera
Pipetador manual
Pinça de madeira
Pinça metálica
Pipeta Pasteur
Pisseta
Tela de amianto
Termômetro
Tripé Tamanho
Trompa de vácuo
Tubo de ensaio
Vidro de Relógio
Refrigerador
 Medidor de pH digital ou analógico
4. Avaliação
5. Apresentação dos resultados (Relatórios)
Orientações para elaboração de um relatório 
5.1. Introdução
A elaboração de relatórios é um procedimento bastante corriqueiro durante o exercício de qualquer profissão tecno-científica e, em certos casos, esta habilidade chega a ser usada como uma medida de capacidade profissional. Ser um bom profissional envolve também saber transmitir a outros os resultados de um trabalho. A seguir, são dadas algumas orientações sobre a redação de relatórios científicos, que devem ser seguidas na elaboração dos relatórios referentes às diferentes experiências realizadas.
5.2. Estilo Impessoal e necessidade de clareza
 
 	É de praxe redigir relatórios de uma forma impessoal, utilizando-se a voz passiva no tempo passado, pois se relata algo que já foi feito. Assim, para relatar a determinação da massa de algumas amostras sólidas, pode-se escrever:
a) “A massa das amostras sólidas maciças foi determinada utilizando-se uma balança ...” ou
b) “Determinou-se a massa das amostras sólidas maciças utilizando-se uma balança ...”
	Outro aspecto muito importante é ter sempre em mente que as pessoas que eventualmente lerão o relatório poderão não ter tido nenhuma informação prévia sobre aquilo que está sendo relatado. Isto significa que o relato do que foi feito deve ser detalhado, cuidadoso e meticuloso, de modo que qualquer pessoa que leia o relatório consiga efetivamente entender o que foi feito e como.
5.3. As partes de um relatório
	Em geral, um relatório é composto de seis partes : título, introdução, procedimento experimental, resultados e discussões, conclusões e referências bibliográficas.
5.3.1. Título
Através de um título, que pode ser o mesmo já contido no material referente à experiência, deve-se explicitar o problema a ser resolvido através da experiência realizada.
5.3.2. Introdução
Nesta seção, deverá ser explicitado, de forma clara e breve qual foi o objetivo da experiência (o problema a ser resolvido através da experiência), qual o método (ou métodos) utilizado(s) para resolvê-lo e quais os princípios fundamentais em que esse(s) método(s) se baseia(m).
5.3.3. Procedimento experimental
	Esta seção deve conter relatos exatos e claros de como foi feita a experiência, de modo que, baseada nestes relatos, qualquer pessoa possa repeti-la. Deve-se descrever, passo a passo, como a experiência foi realizada. Note que não basta copiar o procedimento experimental contido no material referente à experiência, pois, na melhor das hipóteses, toda a forma da redação terá de ser mudada. Lembre-se que a forma deverá ser impessoal, usando voz passiva no tempo passado. Além disso, há necessidade de se especificar claramente cada equipamento utilizado. Por exemplo, no caso da experiência 2, pode-se ter:
 “O volume de cada amostra foi determinada utilizando-se uma proveta de 10,00 mL. Inicialmente, com o auxílio de uma pisseta, colocou-se água na proveta até aproximadamente... . Cada amostra foi pesada, utilizando-se uma balança de plataforma.”
NÃO INCLUA NO PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL OS DADOS COLETADOS NO LABORATÓRIO.
5.3.4. Resultados e Discussões
	Nesta seção do relatório, devem ser colocados os dados coletados durante a experiência, os cálculos realizados e as equações utilizadas. Os resultados finais obtidos devem ser discutidos, comentando-se possíveis explicações e fontes de erro experimental. Quando possível, devem ser feitas comparações entre os resultados obtidos e os reportados na literatura, e as discrepâncias encontradas devem ser comentadas. Quando for o caso, as limitações e/ou vantagens do método utilizado devem ser discutidas, incluindo-se, se possível, sugestões ao mesmo e comparações com outros métodos.
	Uma maneira rápida e eficiente de se registrar dados em um relatório é sob a forma de tabelas. Em geral, uma tabela é composta de um título, um cabeçalho, uma coluna indicadora, se necessária, e um corpo (veja os exemplos a seguir, Tabelas 1 e 2).
Tabela 1 – Algumas características dos estados da matéria.
	 estado da matéria
	 compressibilidade
	 fluidez ou rigidez
	 densidade relativa
	 gasoso
	 alta
	 fluido
	 baixa
	 líquido
	 muito baixa
	 fluido
	 alta
	 sólido
	 muito baixa
	 rígido
	 alta
Tabela 2 – Valores da densidade de algumas substâncias simples mais comuns (a 20ºC, a menos que outro valor seja indicado).*
	 Substância ρ/(g.cm-3)
	 Substância ρ/(g.cm-3)
	Alumínio 2,699
	 Gálio (a 29,6ºC) 5,878
	Bário 3,5
	 Manganês 7,20 a 7,40
	Carbono (diamante) 3,14 a 3,52
	 Níquel (a 25ºC) 8,876
	Carbono (grafite) 1,9 a 2,3
	 Paládio 12,00
	Ferro 7,860
	 Zircônio 6,494
*FONTE: WEAST, Robert cm. (Ed.) Handbook of Chemistry and Physics. 5º. ed. Cleveland (OH), CRC. Pres., 1976. p.B-5 a B-6 e F-5.
	Uma maneira de se detectar visualmente como varia uma quantidade (eixo y) à medida que uma segunda quantidade (eixo x) também varia é através de um gráfico. Salvo raras exceções, para montar um gráfico, utiliza-se papel milimetrado. Um gráfico, normalmente, tem dois eixos onde são representados os valores de cada quantidade. No eixo horizontal (representado na base do papel - vide Figura 1), denominado abscissa, é de praxe representar a variável independente (eixo x), isto é, aquela cujo valor foi controlado pelo experimentador: no eixo vertical (representado à esquerda do papel – vide Figura 1), denominado ordenada, é de praxe representar a variável dependente (eixo y), isto é, aquela cujo valor é medido experimentalmente (seu valor depende daquele fixado para a variável independente). Quando as duas quantidades são medidas experimentalmente, pode-se representar qualquer uma delas em qualquer em qualquer dos eixos.
	Para que um gráfico possa ser o mais útil possível, é importante que os seguintes pontos sejam observados ao montá-lo:
Deve-se utilizar, na ordenada e na abscissa, escalas suficientemente expandidas de modo a ocupar a maior porção possível do papel milimetrado. A origem da escala de cada eixo não precisa necessariamente aparecer no gráfico; a escala deve ser iniciada tomando-se um valor ligeiramente abaixo do valor máximo medido. Por exemplo, suponha que se tenha feito medidas de temperatura cujos valores encontram-se num intervalo que vai de 80ºC a 125ºC. Assim, a escala para representar tais valores deveria começar em 70ºC ou 75ºC e terminar em 130ºC ou 135ºC. 
Deve-se indicar, junto aos eixos, os símbolos das grandezas correspondentes divididos por suas respectivas unidades; isto porque os valores representados nos eixos devem ser números puros, isto é, adimensionais. Toda grandeza é igual ao produto entre um valor numérico e uma unidade (grandeza = valor numérico x unidade). Portanto, o valor numérico representandoo eixo deve ser igual ao quociente grandeza/unidade.
Deve-se indicar o que será representado no gráfico através de um título ou de uma legenda.
 Deve-se marcar os valores da escala em cada eixo de forma clara; não se deve colocar setas para indicar o sentido de crescimento das quantidades representadas em cada eixo.
 Deve-se indicar cada ponto de cada curva lançada no gráfico por meio de pequenos círculos, quadrados, triângulos, etc., usando, para cada curva, um único tipo de representação para os pontos. Cada curva, deve ser traçada com distintas convenções (linhas contínuas, tracejadas, pontilhadas, etc.).
 Ao se traçar uma curva, deve-se traçá-la de modo a representar a tendência média dos pontos (procedimento conhecido como interpolação); não se deve, a menos que assim solicitado, unir os pontos através de segmentos de retas( isto resulta num histograma).
A Figura 1 mostra um gráfico obedecendo a estas convenções.
Figura 1 – Massas de duas amostras em função de seus volumes. Note que o coeficiente angular corresponde à densidade destas amostras.
	Para aqueles gráficos em que a curva que passa pelos pontos é linha reta, como na Figura 1, é possível calcular o coeficiente linear e angular da reta. Isto porque uma linha pode ser representada por uma equação do tipo: y = ax + b, onde a representa o coeficiente angular e b o coeficiente linear da reta.
O coeficiente angular da reta mostra quanto a grandeza representada na ordenada varia (Δy) por unidade de variação da grandeza representada na abscissa (Δx). O cálculo do coeficiente angular (vide Figura 2) é feito tomando-se dois pontos sobre a reta (pontos 1 e 2) e calculando-se a relação Δy / Δx , isto é:
Coeficiente angular = 
Figura 2 – Reta descrita por uma equação do tipo y = ax + b onde a é o coeficiente angular e b o coeficiente linear da reta.
5.3.5. Conclusões
	Esta seção do relatório deve conter uma correlação entre os objetivos propostos e as discussões dos resultados, com base nas considerações teóricas. 
5.3.6. Referências Bibliográficas
	Finalmente, sempre se devem mencionar, no relatório, as fontes bibliográficas consultadas. Para tal, recomenda-se a utilização das normas para citação bibliográficas recomendadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, que para o caso de livros e manuais são as seguintes:
SOBRENOME DO AUTOR, Iniciais do nome completo. Título do Livro: subtítulo.
Tradutor. N.º . de edição. Local de publicação, casa publicadora, ano de publicação. Páginas consultadas.
6. Referências Bibliográficas
SILVA, R . R.; BOCCHI, N.; ROCHA-FILHO, R . C., Introdução à Química 
Experimental. São Paulo, McGraw-Hill, 1990.
ROCHA-FILHO, R.C., Grandezas e unidades de medida. São Paulo, Ática, 1988.
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