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2 
RADIOLOGIA GERAL 
 
Introdução 
O curso de técnico em radiologia além do conhecimento 
prático técnico diretamente ligado a profissão, também se 
depara com patologias tanto de ordem funcional quanto 
estrutural, do sistema neurológico, cardio-respiratório, 
reumatológico, traumato-ortopédico, postural e 
ginecológico. Para que a função do profissional em 
radiologia tenha sucesso absoluto, é necessário um 
conhecimento apurado e atenção na realização dos exames 
efetuados dentro do padrão técnico correto e acima de 
tudo, trazendo um diagnóstico de qualidade para paciente. E 
melhores resultados para a avaliação do médico 
radiologista no laudo a ser realizado. 
 
HISTÓRICO DA RADIOLOGIA 
 
 
 
Wilhelm Conrad Roentgen nasceu em 27 de março de 1845, 
em Lennep, na Província do Baixo Reno, na Alemanha. 
Era o único filho de um fabricante e comerciante de roupas. 
Ingressou na Universidade de Utrecht em 1865, para 
estudar Física. Em 1869, obteve o Doutorado na 
Universidade de Zurich e foi indicado assistente do Prof. 
Kundt, acompanhando-o para Wurzburg no mesmo ano. 
Em 1874, qualificou-se como conferencista na Universidade 
de Strasbourg; em 1875, foi indicado como professor na 
Academia de Agricultura em Hohenheim, Wurtemberg. 
Em 1888, aceitou convite da Universidade de Wurzburg, onde 
sucedeu o Prof. Kohlrausch. Em 1900, já famoso pela sua 
descoberta, aceitou o convite da Universidade de Munich, 
por nomeação especial do governo da Bavária, como 
sucessor do Prof. Lommel. Ali permaneceu pelo resto de sua 
vida, embora lhe tenham sido oferecidas diversas e 
importantes posições no mundo científico da Alemanha. 
O primeiro trabalho de Roentgen foi publicado em 1870, 
tratando de aquecimento específico de gases, seguido 
alguns anos após por um artigo sobre a condutividade 
térmica dos cristais. Entre outros assuntos, estudou as 
características elétricas do quartzo, a influência da pressão 
sobre os índices refratários de vários fluidos, a modificação 
dos planos da luz polarizada por influência eletromagnética, 
as variações das funções da temperatura e a 
compressibilidade da água e outros fluidos e os fenômenos 
relacionados com a dispersão de gotas de óleo na água. 
O nome de Roentgen, entretanto, está associado 
principalmente com sua descoberta dos raios que chamou 
de "raios-X", por desconhecer inicialmente sua natureza. 
Em 1895, Roentgen estudava os fenômenos que 
acompanhavam a passagem de uma corrente elétrica 
através de um gás de pressão extremamente baixa. 
Trabalhos anteriores neste campo já haviam sido 
desenvolvidos por Plucker, Hittorf, Varley,Goldstein, 
Crookes, Hertz and Lenardt. 
Em 8 de novembro de 1895, Roentgen trabalhava em seu 
laboratório em Wurzburg, na Baviera. O ambiente estava 
escurecido, uma vez que seus experimentos relacionavam-
se com fenômenos luminosos e outras emissões geradas 
por descargas de correntes elétricas em tubos de vidro 
com vácuo. 
Estes tubos eram conhecidos como "tubos de Crookes", em 
homenagem ao cientista William Crookes. 
Roentgen estava interessado nos raios catódicos e na 
determinação de seu alcance, depois de emitidos pelos 
tubos de Crookes submetidos a descargas elétricas. 
Para surpresa do cientista, observou que o tubo recoberto 
por um cartão opaco foi submetido à descarga elétrica, um 
objeto em outro canto do laboratório brilhou, era um pedaço 
de papelão recoberto com platino-cianeto de Bário um 
écran primitivo, localizado distante do tubo de Crookes 
(aproximadamente 2 metros) para reagir à emissão de 
raios catódicos, tal como Roentgen imaginava. 
Imediatamente iniciou uma série de experimentos, 
colocando diversos materiais entre o tubo e o écran para 
testar os novos raios. Sabe-se que ele observou claramente 
os ossos de sua própria mão, enquanto segurava materiais 
próximos ao écran. 
 
 
 
 3 
É difícil para observadores atuais, acostumados com a 
imaginologia sofisticada atual, compreender a mistura de 
incredulidade e maravilha dos sentimentos experimentados 
pelo Cientista naquele dia histórico para a Humanidade. 
Nas últimas três décadas, entretanto ocorreram avanços 
importantes que se tornaram parte do arsenal do 
radiologista: o Ultra Som na década de 60, a Tomografia 
Computadorizada na década de 70, a Ressonância Nuclear 
Magnética na década de 80, A cintilografia ou medicina 
nuclear e a densitometria. 
No começo do século XX ocorreu uma revolução no meio 
médico, trazendo um grande avanço no diagnóstico por 
imagem. 
Desde esta época até os dias de hoje surgiram várias 
modificações nos aparelhos iniciais a fim de se reduzir a 
radiação ionizante usada nos pacientes, pois acima de certa 
quantidade é prejudicial à saúde. 
Assim foram surgindo tubos de Raios X, diafragmas para 
reduzir a quantidade de Raios X assim diminuindo a 
radiação secundária que, além de prejudicar o paciente, 
piorava a imagem final. 
 
Produção dos raios x 
A produção dos raios X é explicada do seguinte modo: os 
elétrons emitidos pelo catodo são fortemente atraídos pelo 
anodo, e chegam a este com grande energia cinética. 
Chocando-se com o anodo, e perdem a energia cinética, e 
cedem energia aos elétrons que estão nos átomos do anodo. 
Estes elétrons são então acelerados. E acelerados, emitem 
ondas eletromagnéticas que são os raios X. Já tínhamos 
visto que os raios X são ondas eletromagnéticas de 
comprimento de onda muito pequeno. 
 
Propriedade dos raios x 
Sendo ondas eletromagnéticas, os raios X possuem todas 
as propriedades gerais dessas ondas, que o leitor já 
conhece para o caso da luz: sofrem reflexão, refração, 
interferência, difração, polarização. 
Atravessam grandes espessuras de materiais. A facilidade 
maior ou menor com que os raios X atravessam as 
substâncias depende do comprimento de onda dos raios X, 
da espessura da substância e do seu peso atômico. Os raios 
X de menor comprimento de onda têm maior facilidade para 
penetrar nos corpos: são chamados raios X duros. Os de 
maior comprimento de onda penetram menos nos corpos: 
são chamados raios X moles. Atravessam com grande 
facilidade as substâncias de pequeno peso atômico, como 
por exemplo, os elementos fundamentais dos corpos 
orgânicos, carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. As 
substâncias pesadas são dificilmente atravessadas. Assim, 
o chumbo é usado frequentemente para barrar os raios X. 
Os raios X são usados em medicina para radiografias e para 
cura de certos tumores e certas moléstias de pele. 
A radiografia é uma fotografia tirada com raios X, em vez de 
ser tirada com luz. 
Os raios X podem exercer, sobre os tecidos, ações 
benéficas ou maléficas, conforme a dose com que são 
absorvidos. Assim como curam, também podem produzir 
doenças, como por exemplo, a doença de pele chamada 
radiodermite, muito perigosa porque pode se transformar 
em câncer. 
 
 
 
Está provado que existe uma dose de raios X máxima que 
cada pessoa pode receber por semana. Qualquer pessoa 
pode ser submetida às doses compreendidas nesse limite 
máximo, sem perigo. Um fato perigoso se nota na quase 
totalidade dos hospitais e consultórios médicos que fazem 
aplicações de raios X, que os médicos e técnicos que 
trabalham com os aparelhos de raios X não controlam 
quanto de dose recebem durante o trabalho. Pois, assim 
como a luz que incide numa parede e se espalha por todas 
as direções, os raios X também se espalham quando 
encontram um obstáculo. 
Por causa disso, quando um técnico está manuseando o 
aparelho de raios X para fazer aplicação em outra pessoa, 
ele também recebe certa dose de raios X espalhada. Esses 
técnicos trabalham várias horas por dia, todos os dias, 
recebendo raios X, e quando não são controladas, suas 
vidas corre perigo. Embora eles se protejam com avental e 
luvas de chumbo, e óculos com vidro à base de chumbo, 
sempre recebem alguma dose.4 
Atualmente, a aparelhagem de raio-X é altamente 
sofisticada; todavia, o método de produzir os raios-X, 
permanece basicamente o mesmo usado pelo próprio 
Roentgen. Uma corrente elétrica de alta voltagem passa 
através de um tubo com vácuo. Isto faz com que uma 
corrente de elétrons de um elemento metálico (catódio) 
aquecido eletricamente, atinja um alvo metálico (anódio), 
após passar contra o vácuo. Quando o feixe de elétrons 
colide com o anódio, são produzidos os raios-X. 
Os exames por imagem têm uma variedade de diferentes 
técnicas. Tais técnicas podem ser classificadas da seguinte 
forma: 
 
Métodos de exames por raio X: 
Raios-X simples; 
Raios-X contrastados; 
Raios-X por tomografia computadorizada. 
 
Outros métodos de exame por imagem 
Ultra-som 
Ressonância nuclear magnética 
Cintilografia (Medicina Nuclear) 
 
Métodos de Exames por Raios-X 
Os métodos de exames por raios-X são definidos da 
seguinte forma: 
Raios-X simples 
É o método no qual um feixe de raio-X passa através do 
paciente posicionado sobre uma placa radiográfica 
(chassis), e a quantidade de raios-X que passa pelo corpo do 
paciente impressiona o filme dentro da placa, com 
diferentes tonalidades de acordo com a densidade de cada 
estrutura. 
 
a) Radiodensidade como função da espessura 
 
b) Radiodensidade como função da composição 
 
 
 
c) A sombra projetada na película é a imagem do órgão. 
 
 
 
Como na inspeção do paciente, também na inspeção de uma 
radiografia, devemos saber para o que estamos olhando. As 
características mais importantes para serem vistas em 
uma radiografia são: 
Densidade do osso; 
Relação entre os ossos; 
Solução na continuidade óssea; 
Contorno de um osso; 
Espessura da cartilagem articular; 
Modificações nos tecidos moles. 
 
Incidências em radiologia 
As incidências de rotina em um estudo radiológico são as 
seguintes: 
Antero-posterior – AP quando o raio-X incide na região 
anterior do paciente ou órgão a ser radiografado e o filme 
está localizado (região posterior) do mesmo. Ex.: Raio-X do 
abdome. 
 
 
 
Póstero-anterior – PA quando o raio-X incide no paciente 
pela região posterior e o filme está posicionado na região 
anterior do mesmo. Ex.: raio-X póstero-anterior do tórax. 
 
 
 5 
 
 
Perfil ou lateral – P ou L: o paciente ou o membro a ser 
radiografado é posicionado no perfil absoluto e o raio-X 
incide lateralmente, impressionando a película radiográfica 
posicionada do outro lado. 
 
 
 
 
 
Axial ou tangente: incidência onde o feixe de raio-X passa 
tangente a uma superfície ou espaço articular, imprimindo 
no filme, tumorações, saliências ou alterações de relevo 
articular. Ex.: Axial de 30, 60 e 90 graus da articulação 
fêmuro-patelar. 
 
 
 
Oblíqua D e E: o paciente é posicionado com uma rotação 
corporal em 45 graus ou de acordo com o espaço articular 
a ser radiografado; a posição oblíqua pode ser realizada 
tanto em AP como em PA. Ex.: Oblíquas D e E da coluna 
lombar. 
 
Energia 
Conceito de Energia 
A energia é uma medida da capacidade de interação de um 
Sistema. 
A Unidade SI da energia é o Joule. 
Outras Unidades de Energia são: kVp, Joule, mA, eV... 
 
O que você tem em comum com o cachorro da vizinha, a TV, 
com postes de luz na rua e com um avião? 
Todos funcionam a base de energia. Ela faz com que tudo e 
todos trabalhem... 
A palavra “energia” é de origem grega, e significa “contém 
trabalho”. 
A energia aparece sob diversas formas, um raio de luz, uma 
cenoura, o sopro do vento, uma pilha de tijolos caindo sobre 
a sua cabeça... 
Sem energia, o mundo e todas as coisas teriam se 
transformado num pântano... Por que todas as coisas 
tendem seriamente a se igualarem, se tornarem “médias”... 
Por si só, as montanhas se desintegrariam nos mares... E os 
mares se encheriam com as montanhas desintegradas e se 
encontrariam na metade do caminho. 
Uma xícara de chá quente acalma e vai esfriando 
lentamente 
Cubos de gelo lentamente derretem até atingirem a 
temperatura ambiente 
Um recém nascido morre... A não ser que a energia para o 
processo. 
 
Tal coisa recebe o nome de lei de entropia crescente ou 
da máxima entropia. 
A primeira lei da termodinâmica é a lei da conservação e 
estabelece que, embora a energia não possa ser criada nem 
destruída, pode ser transformada de uma forma para outra. 
(Principio já expresso pelo matemático grego Pitágoras 500 
a.C) 
”Tudo muda nada é perdido”. 
“... Imagine que uma quantidade de calor é transformada em 
trabalho. Ao fazê-lo, não destruímos o calor, somente o 
transferimos para outro lugar ou, talvez, o tenhamos 
transformado em outra forma de energia.” 
Na verdade, tudo é feito de energia. Contornos, formas e 
movimentos de tudo que existe representam concentrações 
 6 
e transformações de energia. Tudo o que existe no mundo, 
do mais simples ao mais complexo, tenha ou não sido criado 
pelo homem – plantas, animais, os próprios seres humanos, 
sistemas, máquinas, instrumentos variados, pedras, 
edifícios, monumentos etc. – representam transformações 
de energia de um estado para o outro. 
Até recentemente, toda nossa energia vinha do sol direta ou 
indiretamente este astro produz muita energia, muito mais 
do que a raça humana pode esperar utilizar. 
Porém, para começar do início o primeiro homem e a 
primeira mulher tinham como fonte de energia somente a 
comida. Cansados de pular e correr para se esquentarem 
eles acenderam o fogo... E então, a madeira tornou-se o 
primeiro tipo de combustível. 
Todos se ajudavam generosamente, de modo que o 
fornecimento de energia parecia infindável... E lá pela era 
cristã, as florestas da África e do Oriente Médio tinha sido 
todas devastadas para se transformarem em combustível. 
Mas mudou-se para a Europa ocidental e passaram toda a 
idade média derrubando as florestas. Estranhamente, só 
começaram a limpar a América do norte na idade moderna 
e hoje ainda existem somente algumas florestas virgens na 
Sibéria e no Amazonas. 
Depois da madeira, veio o vento e com a água construíram 
moinhos, navios, moinhos movidos à água, bombas da água... 
Etc. 
Tudo muito bom, mas o vento também levou os navios dos 
paises civilizados para outras terras, onde os senhores 
civilizados pudessem saquear, escravizar e colonizar os 
chamados paises não civilizados. 
Foi o chamado comércio e assim iniciando a era de um novo 
combustível descoberto o carvão mineral e com a extração 
desse minério eclodiu a revolução industrial e o nascimento 
do capitalismo. 
Praticamente sem saída a humanidade viu o princípio do fim 
da energia vital que impulsionava o mundo. 
Mas foi através das pesquisas de vários cientistas de várias 
áreas que surgiu a descoberta de um novo tipo de energia. 
ENERGIA NUCLEAR 
 
Tipos de energia 
Podemos encontrar vários tipos de energia, dos quais se 
destacam duas categorias associadas ao movimento. 
Energia potencial (energia de posição) 
Energia cinética (energia do movimento) 
Que somadas nos dão à energia mecânica. 
Na categoria geral de energias do tipo potencial estão as 
energias que representam um potencial de interação 
armazenado por via de uma determinada posição relativa. 
Estas energias podem ser libertadas e convertidas noutras 
formas de energia, alterando o estado do sistema. A energia 
potencial está associada a uma força restauradora (tende a 
puxar um objeto à sua posição inicial quando o objeto é 
deslocado). 
Dentro desta categoria encontramos: 
Energia gravitacional 
Energia elástica 
Energia eletrostática 
Energia térmica 
Energia química 
Energia nuclear 
 
Na categoria geral de energias do tipo cinético estão todas 
as energias relacionadas com um estado de movimento. 
Estas energias estão associadas a uma velocidade e, 
naturalmente, também podem ser convertidas noutras 
formas de energia.Fazem parte desta categoria: 
Energia cinética do movimento 
Energia do som 
Energia elétrica 
Energia térmica 
Energia da radiação 
 
Existem outras classificações de tipos de energia, como por 
exemplo, as energias obtidas a partir de combustíveis 
fósseis. E as energias renováveis ou alternativas, que 
compreendem os tipos de energia com um período de vida 
muito grande (muito maior que o das energias 
convencionais), ou com um período de renovação muito 
pequeno, perto da ordem de grandeza do período de 
utilização, ou, por outras palavras, tipos de energia que 
sejam alternativas às energias convencionais, 
nomeadamente, aos combustíveis fósseis. 
 
Atomística 
 
Um pouco de história 
Na Grécia antiga 
A idéia do átomo surgiu quando seus filósofos imaginaram a 
teoria de que uma partícula tão pequena que não pudesse 
ser mais dividida. Essa partícula recebeu o nome de átomo 
segundo a história, Leucipo foi o primeiro a conceber a idéia 
de pequenas partículas, cada vez menores, constituindo a 
matéria. 
Demócrito de Abdera, outro filósofo grego, discípulo de 
Leucipo, afirmava que o mundo material estava constituído 
 7 
de pequenas partículas o qual denominou átomo que 
significa: não tem partes. 
A = não 
Tomo = parte ou divisão 
 
Século XIX 
O modelo atômico proposto por John Dalton, no início do 
século XIX, era parecido com o dos gregos, a diferença 
básica é que as afirmações de Dalton eram baseadas em 
fatos experimentais enquanto que as dos gregos eram 
filosóficas. 
Tanto o modelo grego quanto o modelo de Dalton, o átomo 
era considerado como uma esfera maciça. 
 
Modelo atômico atual 
O modelo atômico atual aceita o átomo divido em: 
Núcleo (onde encontramos os prótons e neutros) 
Eletrosfera (onde encontramos os elétrons), a qual é 
distribuída em vários níveis energéticos. 
Toda a massa atômica esta concentrada praticamente, no 
núcleo atômico. 
A tabela a seguir apresenta as características principais 
dessas partículas. 
 
Partícula Massa relativa Carga relativa 
Prótons (p) 1 1 
Nêutrons (n) 1 0 
Elétrons (e) 1/1840 -1 
 
ESTUDO DA ELESTROFERA 
CAMADA OU NÍVEL: É a região do átomo onde o elétron se 
move sem perder energia, indicando a distância que o 
elétron se encontra do núcleo, determinando assim a 
energia potencial do elétron. 
NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL (n) Indica a camada em 
que o elétron se encontra. 
CAMADA K L M N O P Q 
n 1 2 3 4 5 6 7 
 
 
 
Eletricidade 
A eletricidade está presente a todo tempo ao nosso redor e 
até em nós mesmos. 
Na natureza a eletricidade pode ser observada no 
relâmpago, uma grande descarga elétrica produzida quando 
se forma uma enorme tensão entre duas regiões da 
atmosfera. 
No corpo humano também observamos a eletricidade: 
impulsos elétricos do olho para o cérebro. 
Nas células da retina existem substâncias químicas que são 
sensíveis à luz, quando uma imagem se forma na retina 
estas substâncias produzem impulsos elétricos que são 
transmitidos ao cérebro. 
Na Grécia antiga, Tales de Mileto fez algumas experiências 
com uma barra de âmbar (resina sólida fossilizada 
proveniente das árvores). 
Ele descobriu que, quando atritada com a pele de animal, a 
barra de âmbar adquire a propriedade de atrair pequenos 
pedaços de palha. 
A palavra eletricidade se origina do vocábulo elektron, nome 
grego do âmbar. 
Apesar das descobertas feitas pelos gregos, a eletricidade 
só teve seus conhecimentos sistematizados a partir da 
segunda metade do século XVIII. 
 
Eletricidade pode ser entendida como sendo o fenômeno 
resultante da interação das partículas que formam a 
matéria, em especial os elétrons. 
 
Eletrização, condutores e isolantes. 
Chamamos de condutores os corpos onde as partículas 
portadoras de carga elétrica conseguem se mover sem 
dificuldade, os corpos onde isso não acontece chamamos de 
isolantes. 
A eletrização é um fenômeno importante na eletricidade. 
Quando um corpo ganha elétrons dizemos que ele foi 
eletrizado negativamente, pois o número de elétrons no 
corpo é maior que o número de prótons no mesmo. 
E quando um corpo perde elétrons o número de prótons no 
corpo é maior que o de elétrons, então, dizemos que o corpo 
está eletrizado positivamente. 
 
Eletrização por atrito 
Na eletrização por atrito os corpos atritados ficam com 
cargas elétricas opostas, como por exemplo, o pedaço de 
flanela com cargas positivas e o bastão de vidro com cargas 
negativas. 
 
 
Eletrização por contato 
 8 
Na eletrização por contato os corpos ficam com a mesma 
distribuição superficial de cargas elétricas. 
Isto significa que se os corpos forem idênticos, eles terão a 
mesma carga elétrica. 
 
Eletrização por indução 
Dois corpos, A e B, sendo A positivamente eletrizado e B um 
corpo eletricamente neutro, são colocados próximos um do 
outro sem haver contato. 
As cargas positivas de A atraem as cargas negativas de B. 
Se aterrarmos o corpo B, as cargas elétricas negativas da 
terra vai se deslocar para o corpo B. Retirando o condutor 
que aterra o corpo B e só depois afastar o corpo A. 
Observamos então que o corpo B ficou negativamente 
eletrizado. 
 
Carga elétrica 
No núcleo do átomo estão os prótons e os nêutrons, e 
girando em torno deste núcleo estão os elétrons. 
Um próton em presença de outro próton se repele, o mesmo 
ocorre com os elétrons, mas entre um próton e um elétron 
existe uma força de atração, como no exemplo do âmbar e 
da palha. 
Desta maneira, atribuímos ao próton e ao elétron uma 
propriedade física denominada. 
CARGA ELÉTRICA. 
 
Diferença de potencial (ddp) 
Considere um aparelho que mantenha uma falta de elétrons 
em uma de suas extremidades e na outra em excesso. 
Este aparelho é chamado gerador e pode ser uma pilha 
comum. A falta de elétrons em um pólo e o excesso em 
outro origina uma diferença de potencial (ddp). 
Um aparelho elétrico só funciona quando se cria uma 
diferença de potencial entre os pontos em que estiver ligado 
para que as cargas possam se deslocar. 
Graças à força do seu campo eletrostático, uma carga pode 
realizar trabalho ao deslocar outra carga por atração ou 
repulsão. Essa capacidade de realizar trabalho é chamada 
potencial. 
Quando uma carga for diferente da outra, haverá entre elas 
uma diferença de potencial. 
A soma das diferenças de potencial de todas as cargas de 
um campo eletrostático é conhecida como força 
eletromotriz. 
A diferença de potencial (ou tensão) tem como unidade 
fundamental o volt(V). 
 
Corrente Elétrica 
A corrente elétrica é um fluxo de elétrons que circula por 
um condutor quando entre suas extremidades houver uma 
ddp. Esta diferença de potencial chama-se tensão. 
A facilidade ou dificuldade com que a corrente elétrica 
atravessa um condutor é conhecida como resistência. 
Esses três conceitos: corrente, tensão e resistência estão 
relacionadas entre si, de tal maneira que, conhecendo dois 
deles, pode-se calcular o terceiro através da Lei de Ohm. 
 
Conhecendo as unidades de medida. 
DDP ou tensão é medida em Volts (V) 
Corrente elétrica é medida em Amperes (A) 
Resistência em Ohms (ohm). 
 
Lei de Coulomb 
Outra contribuição para a Eletricidade foi dada por Coulomb. 
Charles Augustin Coulomb desenvolveu uma teoria que 
chamamos hoje de Lei de Coulomb. 
Ele estudou a força de interação entre as partículas 
eletrizadas, sabemos hoje que as partículas de mesmo sinal 
se repelem e as de sinais opostos se atraem. 
 
Física básica das radiografias convencionais 
 
O que é o raio-X? 
O raio-X é uma onda eletromagnética, como a luz visível, as 
ondas de rádio, os raios infravermelhos, e os raios 
ultravioletas. As ondas eletromagnéticas têm como 
características: a sua freqüência e o seu comprimento de 
onda, sendo estas duas características inversamente 
proporcionais, ou seja, quanto maior a freqüênciamenor o 
comprimento de onda. A energia de uma onda é diretamente 
proporcional à sua freqüência. 
Como o raio-X é uma onda de alta energia, o seu 
comprimento de onda é muito curto da ordem de 10–12µ e 
sua freqüência é da ordem de 1016 Hz. O comprimento de 
onda do raio-X está próximo do raio-y, que é radioativo. Com 
este comprimento de onda muito curto, estes raios tem a 
capacidade de penetrar na matéria, o que possibilita sua 
utilização no estudo dos tecidos do corpo humano. 
 
Como é feita a produção do raio-X? 
Raios-X são produzidos ao se liberar energia no choque de 
elétrons de alta energia cinética contra uma placa de metal. 
Para tais efeitos utiliza-se um tubo de raio-X que consiste 
num tubo de vidro fechado é mantido o vácuo com 2 
eletrodos de tungstênio (diodo), um ânodo (pólo positivo) e 
um cátodo (pólo negativo). O cátodo consiste num 
filamento de tungstênio muito fino que esquenta com a 
 9 
passagem de corrente elétrica de alta voltagem. Com isto 
os elétrons do tungstênio adquirem suficiente energia 
térmica para abandonar o cátodo (emissão termiônica). 
Devido à alta voltagem cria-se também uma diferença de 
potencial entre os eletrodos o que faz que os elétrons 
emitidos pelo filamento de tungstênio sejam acelerados em 
direção ao ânodo (pólo positivo). A energia cinética dos 
elétrons depende da voltagem entre os eletrodos: quanto 
mais alta a voltagem maior a energia cinética. O ânodo está 
revestido por tungstênio e funciona como alvo para os 
elétrons. 
 
 
 
 
 
No choque dos elétrons com o alvo de tungstênio a maioria 
da energia cinética destes é transformada infelizmente em 
calor, mas uma pequena parte produz raios-X através de 4 
fenômenos: 
 
Radiação característica, 
Radiação de freamento ou frenagem “Bremsstrahlung” 
Choque nuclear 
Formação de pares. 
 
A radiação característica ocorre quando o elétron em 
movimento choca-se com um elétron da camada interna do 
átomo do alvo de tungstênio e o desloca essa energia 
adquirida ao deslocar-se do cátodo para o ânodo é maior 
que a energia de ligação da camada eletrônica, com isso a 
camada de energia que este elétron do átomo ocupava fica 
vaga. Este átomo agora ionizado precisa se estabilizar. Para 
isto um elétron de uma camada mais externa migra para a 
vaga na camada de energia interna, liberando neste 
processo uma determinada quantidade de energia (fótons) 
na forma de raios-X. Esta energia corresponde à diferença 
entre as energias de ligação das duas camadas (a externa, 
que o elétron ocupava, e a mais interna que ele passou a 
ocupar). O fenômeno é chamado de radiação característica, 
já que essa energia das camadas é particular de cada 
elemento (poderíamos descobrir qual é o elemento do alvo a 
partir da análise das energias dos fótons de Raios X 
produzidos pela radiação característica). No entanto a 
chance deste fenômeno (radiação característica) ocorrer 
não é muito grande. 
 
 
 
Na radiação de freamento, ou efeito de 
“Bremsstrahlung”, o elétron em movimento tem sua 
trajetória desviada pela positividade do núcleo. Este desvio 
de trajetória é acompanhado por uma desaceleração o que 
faz que parte da energia cinética do elétron seja emitida 
como fóton de raio-X, que será a maior energia (maior 
freqüência) quanto maior for o ângulo de desvio da 
trajetória e quanto mais próximo estiver este elétron do 
núcleo. 
A desaceleração tem pouca chance de ocorrer em regiões 
próximas ao núcleo, devido à densidade nuclear. Assim, a 
maioria dos elétrons sofre interações distantes do núcleo e 
produzem fótons de baixa energia, agora não mais numa 
faixa de energia característica, mas sim numa variação 
constante, dependendo do co-seno do ângulo do desvio. A 
probabilidade de esse fenômeno ocorrer também é pequena, 
porém tende a ser a maior fonte dos fótons de raios-X em 
relação aos dois outros fenômenos. 
 
 10 
 
Fenômeno de Bremsstrahlung (desaceleração) 
 
 
 
No choque nuclear, o elétron choca-se com o núcleo e 
produz um fóton de alta energia. Nesse caso, 100% da 
energia que ele adquiriu acelerando do cátodo para o ânodo 
são transformadas em fótons de raio-x. 
 
A Formação de Pares é uma das formas mais importantes 
da radiação eletromagnética de alta energia ser absorvida é 
a produção de par. 
 
O que é o tubo de raio-X? 
Os tubos de raio-X são formados por um tubo de vidro 
revestido por uma camada de óleo e chumbo, no seu interior 
há um filamento de tungstênio, um alvo de tungstênio e 
vácuo. 
O tungstênio é o material escolhido para este fim, pois tem 
um número atômico e um ponto de fusão alto e não derrete 
com o calor (ponto de fusão acima de 3.000 °C). 
É importante utilizar um material com estas características, 
pois parte da energia produzida dentro do tubo de raio-X é 
na forma de calor. O alvo de tungstênio no quais os elétrons 
irão chocar-se está em movimento (na verdade, é um disco 
em rotação) para que a área que está recebendo o choque 
com o feixe de elétrons seja constantemente mudada o que 
distribui o efeito do bombardeio em torno da margem do 
alvo, possibilitando certo resfriamento. 
O tubo de vidro é revestido por chumbo, que por ser um 
material muito denso, tem grande absorção dos raios-X, e 
entre o vidro e o chumbo há uma camada de óleo para 
resfriá-lo. No tubo de raio-X há uma só abertura não 
revestida de chumbo e na qual são emitidos os raios-X na 
forma de um feixe piramidal (em forma de cone) que 
consegue “escapar” do tubo. Como descrito, os fótons são 
produzidos em todas as direções, porém só existe um lugar 
para que “escape” do tubo, e essa abertura são utilizados 
para direcionar o feixe. 
A corrente do filamento de tungstênio utilizada no tubo de 
raio-X é medida em miliampere (mA), e a diferença de 
potencial entre o pólo positivo e negativo é dada em 
kilovoltagem (geralmente de 35 a 150 kV). As características 
de kV e mA é que darão o brilho e o contraste da imagem 
obtida. 
Finalmente, o vácuo no tubo de raio-X é importante para 
evitar o choque dos elétrons com moléculas de gás, o que 
teria como efeito a desaceleração dos elétrons antes destes 
chegarem ao alvo (ânodo de tungstênio). 
 
 
 
Esquema da Ampola de ânodo giratório 
 
 
 11 
Como é a interação do raio-X com a matéria? 
Na obtenção da imagem por raio-X dois tipos de interação 
entre o raio-X e a matéria são importantes: o efeito 
fotoelétrico e o efeito Compton. Aqui, diferente da produção 
de raio-X vista acima, é o fóton que vai interagir com o 
átomo do organismo que se quer estudar (ou melhor, 
produzir uma imagem). 
O efeito fotoelétrico ocorre quando um fóton de raio-X 
choca-se com um elétron de um átomo e desloca-o de sua 
camada orbitária no átomo. Com a perda do elétron, o 
átomo fica ionizado. Nesta situação toda a energia do fóton 
de raio-X é utilizada para deslocar o elétron. Este efeito é 
muito acentuado nos materiais muito densos como, por 
exemplo, no chumbo e depende do número atômico do 
elemento. 
 
 
 
O efeito Compton neste caso o fóton aproxima-se do 
átomo, choca-se com um elétron orbitário pode ou não 
arrancá-lo da camada orbitária, dependendo da energia 
envolvida, mas o que é fundamental: não cede toda a sua 
energia e neste caso o fóton do raio-x é desviado de sua 
trajetória. Nesta nova trajetória ele pode interagir com 
outros átomos e sofrer de novo desvia de sua trajetória. No 
final, a trajetória deste fóton não é retilínea. Como a 
obtenção das imagens de raio-X depende da diferença de 
densidade entre as diversas estruturas, e do arranjo linear 
entre a fonte e o local de detecção (como a sombra de uma 
lâmpada). Uma trajetória não retilínea resulta em um 
prejuízo na interpretação das diferenças de densidade e 
borramento do contorno (imagine que mais que uma 
lâmpada ilumine um objeto, de forma a produzir mais que 
um limiteda sua sombra). 
 
 
 
Como é obtida a imagem de raio-X? 
A imagem de radiografia convencional depende dos fótons 
resultantes da interação com o objeto que dependem por 
sua vez da espessura do objeto e da capacidade deste de 
absorver raios-X. 
A detecção dos raios-X é feita através de um filme 
semelhante ao filme fotográfico. Este filme é composto de 
sais de prata (AgBr, AgI). Quando sensibilizado por um fóton 
de raio-X ou pela luz visível, o cátion de prata (íon positivo) 
acaba sendo neutralizado e vira metal (Ag0), e escurece. 
Por outro lado, o sal de prata que não foi sensibilizado pelo 
raio-X ou pela luz fica transparente. 
Os filmes normalmente são compostos de camadas de 
plástico (poliéster) protegidas da luz. O uso de camadas de 
prata recobrindo as duas superfícies do plástico aumenta a 
sensibilidade do filme aos raios-x. 
Resumindo a obtenção de imagens radiográficas: o feixe de 
raios-X piramidal vai atravessar o objeto que no nosso caso 
é o paciente. De acordo com as densidades das diversas 
estruturas que foram atravessadas pelo raio-X, haverá 
maior ou menor absorção destes raios. A resultante após a 
interação dos raios-X com o paciente é que irá sensibilizar o 
filme radiográfico, que dará a imagem final. É importante 
saber que as diferenças de densidade determinam as 
características radiológicas dos diferentes materiais e 
estruturas. Assim materiais densos como os metais 
absorvem muito os raios-X, pois tem um número atômico 
muito alto. 
Por outro lado, o ar, com densidade atômica e número 
atômico baixos não absorve os raios-x. Assim, temos em 
ordem crescente 5 densidades radiológicas básicas: ar, 
gordura, água, cálcio e metal. 
 
Quais os efeitos biológicos do raio-X? 
No início da descoberta dos raios-X não eram conhecidos os 
seus efeitos biológicos e não eram tomados os cuidados de 
proteção radiológica. Muitos foram os casos de dermatite 
actínica e mesmo outras doenças como leucemia e aplasia 
de medula. 
 12 
O efeito biológico dos raios-X sobre as células vivas inclui 
um efeito letal sobre elas (entre várias formas de lesões 
menores, como mutação). Este efeito é que é utilizado na 
radioterapia para o controle de tumores e está relacionado 
especialmente a altas doses de radiação. 
Há ainda efeitos comprovados de teratogênese devido a 
mutações, efeitos sobre os órgãos genitais, olhos, tiróide e 
medula óssea. O efeito da radiação é cumulativo e pequenas 
doses são acumuladas ao longo da vida, por isso, limites de 
exposição devem ser respeitados e a superexposição deve 
ser evitada. 
 
Esquema da Ampola de Crookes 
 
 
Quem construiu e idealizou a primeira ampola de raios 
catódicos? Sir William Crookes 
 
 
 
A qual Crookes estudava os raios catódicos que por sua 
vez idealizarão atualmente. 
 
O que são raios catódicos? 
Os raios catódicos são elétrons, que são arrancados do 
catodo por causa da diferença de potencial “ddp” existente 
entre o catodo e o anodo, e são atraídos pelo anodo. 
Saiba a utilização dos raios catódicos (elétrons) no nosso 
dia-a-dia 
 
Televisão 
O tubo de imagem dos televisores é uma ampola de Crookes 
(alto vácuo) com certas adaptações. Os raios catódicos 
incidem na superfície interna do vidro, que é revestida com 
tinta fluorescente. Durante a descarga, a tela fica iluminada. 
 
Lâmpada Fluorescente 
A lâmpada fluorescente contém vapor de mercúrio (Hg) 
como gás residual. A parede interna do vidro da lâmpada é 
revestida de tinta fluorescente. Pela descarga no interior da 
lâmpada aparece a luz visível. (Lembrando que as lâmpadas 
fluorescentes são aquelas "brancas", chamadas também de 
lâmpadas frias). 
 
Importância dos Raios X 
Radiodiagnóstico - possibilidade de avaliar estruturas do 
corpo do indivíduo sem uso de técnicas invasivas como 
cirurgias exploratórias Radioterapia - tratamento de 
neoplasias. 
 
Propriedades dos Raios X 
Os raios X são produzidos quando elétrons em alta 
velocidade, provenientes do filamento aquecido, chocam-se 
com o alvo (anodo) produzindo radiação. O feixe de raios X 
pode ser considerado como um “chuveiro” de fótons 
distribuídos de modo aleatório. Os raios X possuem 
propriedades que os tornam extremamente úteis. 
 
1. Enegrecem filme fotográfico; 
2. Provocam luminescência em determinados sais 
metálicos; 
3. É radiação eletromagnética ionizante, portanto não são 
defletidos por campos elétricos ou magnéticos, pois não 
tem carga; 
4. Tornam-se “duros” (mais penetrantes) após passarem 
por materiais absorvedores; 
5. Produzem radiação secundária (espalhada) ao atravessar 
um corpo; 
6. Propagam-se em linha reta em todas as direções e na 
mesma velocidade da luz. 
7. Atravessam um corpo tanto melhor, quanto maior for à 
tensão (voltagem) do tubo (kV); 
8. No vácuo, propagam-se com a velocidade da luz. 
9. Por não possuírem massa atravessam os corpos. 
10. Produzem ionização por onde passam e impressionam 
filmes fotográficos. 
11. Estimulam substâncias fluorescentes como o platino 
cianeto de bário e o sulfato de zinco. 
12. Podem afetar células vivas, produzindo alterações 
somáticas e ou genéticas. 
 
 
 13 
O efeito da quilovoltagem (kV) 
É a passagem da corrente de alta tensão através de uma 
ampola de RX que resulta na produção de radiação. 
Quanto maior a kV, mais rapidamente os elétrons viajarão, 
maior a quantidade de energia liberada no impacto e menor 
os comprimentos de onda dos RX produzidos. 
Quanto maior o comprimento de onda, maior a força de 
penetração do feixe, afetando a qualidade da radiografia. 
 
Qualidade dos Raios: 
40 a 60 kV / 0,5 A = raios moles 
60 a 80 kV / 0,45 A = raios médios 
80 a 100 kV / 0,4 A = raios duros 
Em radiodiagnóstico, os mais utilizados estão na faixa dos 
raios médios. 
 
Efeito da miliamperagem 
A quantidade de corrente que viaja através de uma ampola 
durante uma exposição depende do número de elétrons 
disponíveis 
A corrente da ampola (medida em miliampere) está 
diretamente relacionada com a quantidade de RX produzida 
No entanto, a quantidade de raios X produzida também 
depende da duração da exposição (mAs) 
 
A densidade da radiação é INVERSAMENTE proporcional 
à distância, visto que, os raios sendo divergentes, à medida 
que se afastam do objeto, menor é a quantidade de raios 
provenientes do foco que atingem este objeto e 
consequentemente o filme, assim produzindo imagem menos 
nítida. Posicionamento importante para evitar distorção da 
imagem 
 
A qualidade depende principalmente: 
O objeto a ser radiografado, precisa estar colocado junto ao 
filme, para que a imagem seja próxima ao tamanho real; 
A fonte de RX deve ser a menor possível e mais puntiforme 
possível, para se obter imagens mais nítidas; 
Os Raios X devem incidir perpendicularmente ao objeto a 
ser radiografado 
A formação da imagem radiográfica depende da 
impregnação do filme por sais de prata após a passagem da 
radiação. 
A precipitação determina imagens negras 
A não precipitação determina imagens brancas 
 
Densidades Radiológicas 
Quanto maior o peso atômico, maior dificuldade terão os 
raios para ultrapassar o corpo. 
Quanto maior a espessura, maior dificuldade terá a 
radiação para ultrapassar o corpo. 
Maior densidade da matéria requer maior poder de 
penetração dos raios 
 
Densidade OSSO - radiopaco (branco) 
Densidade ÁGUA (cinza claro) 
Densidade GORDURA (cinza mais escuro) 
Densidade AR - radiotransparente (preto) 
 
Efeito de Adição de Imagem: quando estruturas de mesma 
densidade se sobrepõem (ex.: dois ossos determinam 
imagem mais radiopaca) 
 
Efeito de subtração: quando estruturas de densidades 
diferentes se sobrepõem (ex.: gás em duodeno sobreposto a 
imagem do fígado determina imagem menos radiopaca) 
Radiografia de articulação do carpo em projeção oblíqua – 
efeito de adição 
 
Proteção RadiológicaRadiologistas, técnicos e auxiliares devem sempre usar 
avental e luvas plumbíferas, Dosímetros para medir a 
radiação recebida e quando possível proteger-se atrás de 
biombo de chumbo ou paredes espessas. 
Colima-se o feixe de radiação através de cones ou 
diafragmas dirigindo-o para o chão e utiliza-se maior kV e 
menor mAs. 
 
Radioproteção 
A principal regra da proteção radiológica esta na seguinte 
lei: 
LEI DO INVERSO DO QUADRADO DA DISTÂNCIA 
A distância interfere na intensidade da radiação e influência 
fatores como o tempo de exposição, mA, mAs e kV. 
“A intensidade da radiação decresce 
proporcionalmente ao inverso do quadrado da 
distância” 
 
Principio ALARA ou Principio de Otimização 
ALARA (As Low As Reasonably Achievable) é um acrônimo 
para a expressão. 
“Tão baixo quanto razoavelmente exeqüível”. 
Este é um princípio de segurança de radiação, com o 
objetivo de minimizar as doses a pacientes e trabalhadores 
e os lançamentos de resíduos de materiais radioativos 
empregando todos os métodos razoáveis. 
 
 
 14 
Bases para ALARA 
A filosofia atual de segurança da radiação é baseada no 
pressuposto conservador de que a dose de radiação e seus 
efeitos biológicos sobre os tecidos vivos são modelados por 
uma relação conhecida como “hipótese linear”. A afirmação 
é que cada dose de radiação de qualquer magnitude pode 
produzir algum nível de efeito prejudicial que pode se 
manifestar como um risco aumentado de mutações 
genéticas e câncer. O principio ALARA é usado como base 
para orientar todas as etapas do uso médico de radiação, 
os projetos de instalações dos equipamentos de irradiação 
e os procedimentos de proteção. 
 
Implementação do programa ALARA 
Um programa ALARA eficaz só é possível quando um 
compromisso com a segurança é feito por todos os 
envolvidos. As diretrizes e regulamentos não exigem apenas 
aderência aos limites de dose legal para o cumprimento 
regulamentar, mas também a investigação das doses que 
servem como pontos de alerta para o início de uma revisão 
do trabalho prático de um trabalhador de radiação. 
 
Redução de Exposições de Radiação Externa 
Os três princípios fundamentais do programa ALARA são: 
 
Tempo – minimizando o tempo de exposição direta, reduz-
se a dose de radiação; 
Distância – dobrando a distância entre o corpo e a fonte de 
radiação, a exposição à radiação será dividida por um fator 
quatro; 
Blindagem – materiais de absorção utilizando chumbo para 
raios X e raios gama são uma forma eficaz de reduzir a 
exposição à radiação. 
 
Interpretação Radiológica 
Avaliar padrão radiográfico e posicionamento 
Mudança de posição de um órgão ou parte dele 
Variação no tamanho 
Variação no contorno ou forma 
Alteração na densidade 
Alteração na função 
Mudança na arquitetura radiográfica 
 
Principais tamanhos de filmes: 
18x24 
24x30 
30x40 
35x35 
35x43 
Efeitos determinísticos e estocásticos 
 
Efeitos determinísticos 
São efeitos em que a probabilidade de ocorrência é 
proporcional à dose de radiação recebida, sem a existência 
de limiar. Isto significa que doses pequenas, abaixo dos 
limites estabelecidos por normas e recomendações de 
radioproteção, podem induzir tais efeitos. Entre estes 
efeitos, destaca-se o câncer. A probabilidade de ocorrência 
de um câncer radioinduzido depende do número de clones 
de células modificadas no tecido ou órgão, uma vez que 
depende da sobrevivência de pelo menos um deles para 
garantir a progressão. O período de aparecimento 
(detecção) do câncer após a exposição pode chegar até 40 
anos. No caso de leucemia, a freqüência passa por um 
máximo entre 5 e 7 anos, com período de latência de 2 anos. 
Consistem na imediata relação “causa e efeito” entre a 
exposição de um organismo a uma alta dose de radiação 
ionizante e os sintomas atribuídos à perda das funções de 
um tecido biológico. 
Em geral, trata-se aqui de um período de tempo curto (de 
algumas horas), em função da gravidade do dano causado. 
 
Efeitos estocásticos 
São efeitos causados por irradiação total ou localizados de 
um tecido, causando um grau de morte celular não 
compensado pela reposição ou reparo, com prejuízos 
detectáveis no funcionamento do tecido ou órgão. Existe um 
limiar de dose, abaixo do qual a perda de células é 
insuficiente para prejudicar o tecido ou órgão de um modo 
detectável. Isto significa que, os efeitos determinísticos, são 
produzidos por doses elevadas, acima do limiar, onde a 
severidade ou gravidade do dano aumenta com a dose 
aplicada. A probabilidade de efeito determinístico, assim 
definido, é nula para valores de dose abaixo do limiar, e 
100% acima. 
Exemplos de efeitos determinísticos na pele, são: eritema e 
descamação seca para dose entre 3 e 5 Gy, com sintomas 
aparecendo após 3 semanas; descamação úmida acima de 
20Gy, com bolhas após 4 semanas; necrose para dose acima 
de 50Gy, após 3 semanas. Como outros exemplos citam-se 
como efeitos determinísticos, a esterilidade temporária ou 
permanente, a opacidade das lentes, catarata, e depressão 
do tecido hematopoiético para exposições únicas e 
fracionada. 
São não aparentes, aos quais são associados períodos de 
latência da ordem de meses ou anos. Devido a esse grande 
intervalo de tempo, a relação “causa e efeito” é bem menos 
definida. 
 15 
 Isso porque os efeitos estocásticos são geralmente 
associados à exposição a baixas doses de radiação. Esta 
pode ser entendida como decorrente da exposição a uma 
dose única (como a uma chapa de raios X) ou a uma dose 
“crônica” (devido, por exemplo, à radiação natural de 
fundo). 
 
Efeitos somáticos 
Surgem do dano nas células do corpo e o efeito aparece ns 
própria pessoa irradiada. Dependem da dose absorvida, da 
taxa de absorção da energia da radiação, da região e da 
área do corpo irradiada. 
 
Efeitos genéticos ou hereditários 
São efeitos que surgem no descendente da pessoa 
irradiada, como resultados do dano produzido pela radiação 
em células dos órgãos reprodutores, as gônadas. Tem 
caráter cumulativo e independe da taxa de absorção da 
dose. 
 
Efeitos imediatos e tardios 
Os primeiros efeitos biológicos causados pela radiação, que 
ocorrem num período de poucas horas até algumas 
semanas após a exposição, são denominados de efeitos 
imediatos, como por exemplo, a radiodermite. Os que 
aparecem depois de anos ou mesmo décadas, são chamados 
de efeitos retardados ou tardios, como por exemplo, o 
câncer. Se as doses forem muito altas, predominam os 
efeitos imediatos, e as lesões serão severas ou até letais. 
Para doses intermediárias, predominam os efeitos 
imediatos com grau de severidade menor, e não 
necessariamente permanentes. Poderá haver, entretanto, 
uma probabilidade grande de lesões severas a longo prazo. 
Para doses baixas, não haverá efeitos imediatos, mas há 
possibilidade de lesões a longo prazo. 
Os efeitos retardados, principalmente o câncer, complicam 
bastante a implantação de critérios de segurança no 
trabalho com radiações ionizantes. Não é possível, por 
enquanto, usar critérios clínicos porque, quando aparecem 
os sintomas, o grau de dano causado já pode ser severo, 
irreparável e até letal. Por enquanto, utilizam-se hipóteses 
estabelecidas sobre critérios físicos, extrapolações 
matemáticas e comportamentos estatísticos. 
 
Radiação primária 
O feixe de raios X que sai do gerador e incide sobre o 
paciente e o filme é chamado de feixe primário. Ele se 
projeta em linha reta obedecendo à divergência do raio a 
partir do foco, e normalmente tem sua largura definida por 
meio de diafragmas. 
Nunca fique na direção de um feixe primário 
 
Radiação secundária 
Quando o feixe de radiação primária interage com um 
material qualquer (corpo do paciente, mesa, piso, etc.) a 
radiação é espalhada em todas as direções se constituindo 
no que chamamos radiação secundária. 
 
Efeitoanódico 
Descreve um fenômeno no qual a intensidade da radiação 
emitida da extremidade do catodo do campo de raios X é 
maior do que aquela na extremidade do anodo. Isso é devido 
ao ângulo da face do anodo, de forma que há maior 
atenuação ou absorção dos raios X na extremidade do 
anodo. 
A diferença na intensidade do feixe de raios X entre catodo e 
anodo pode variar de 30% a 50%. 
Na realização de estudos radiológicos do fêmur, perna, 
úmero, coluna lombar e torácica deve-se levar em conta a 
influência do efeito anódico na realização das incidências 
radiológicas pertinentes a estes estudos. 
 
 
 
Unidades e Grandezas das Radiações 
Atividade (A) 
Atividade de um radionuclídeo é a quantidade que exprime o 
grau de radioatividade ou o potencial de produção de 
 16 
radiação de uma determinada quantidade de material 
radioativo. 
A unidade de Atividade é o Curie (Ci). 
Originalmente foi definido como a quantidade de material 
radioativo que se desintegra com a mesma velocidade que 
um grama de rádio puro. 
Posteriormente foi definida mais rigorosamente como a 
quantidade de material radioativo em que se desintegram 
3,7 x 1010 átomos por segundo. 
A unidade de Atividade no Sistema Internacional (SI) é o 
becquerel (Bq). É a quantidade de material radiativo em que 
um átomo se transforma por segundo. 1 Ci = 37g Bq 
Atividade específica é a relação entre a massa de material 
radioativo e a Atividade. 
Exprime-se pelo número de Ci ou Bq por unidade de massa 
ou de volume. 
 
Radionuclídeos 
São os isótopos radioativos têm grande importância nos 
procedimentos de medicina nuclear. Os radionuclídeos 
foram descobertos no final de século XIX, mais 
precisamente no ano de 1896 por Henry Becquerel. 
Becquerel observou que sais de urânio à semelhança dos 
raios X, que haviam sido descobertos por Wilhelm Conrad 
Roentgen em 1895, emitiam radiações que eram capazes de 
promover a ionização de gases e de impressionar chapas 
fotográficas. Os radionuclídeos são empregados em 
ciências biomédicas como fontes de radiação ou como 
marcadores radioativos. 
 
Dose absorvida (D) 
É uma medida da energia depositada num meio. É a energia 
depositada por unidade de massa do meio. Exprime a 
quantidade de energia que uma radiação ionizante comunica 
a uma determinada quantidade de matéria. Uma unidade 
especial para a dose absorvida é o RAD (Radiation Absorbed 
Dose ou Dose Absorvida de Radiação). 
Define-se como uma dose de 100 erg de energia por grama 
de matéria. No SI (Sistema Internacional) a sua unidade é 
J/kg a que foi dado o nome de gray (Gy). 
 
Um gray é a absorção de 1 J de radiação por 1 kg de matéria. 
1 Gy = 1 J/kg = 1 m2 · s–2 
Dado que 
1J = 107 ergs 
1 kg = 1000gr 
1Gy = 10 7.10-3 erg/g = 10 4 erg/g = 100 RAD, Erg? 
Unidade de medida de energia e trabalho do sistema CGS, 
correspondente ao trabalho produzido por uma força 
dinâmica ao impelir um corpo a 1cm de distância. 
(107ergs equivalem a 1 joule) 
 
Joule? 
Unidade de trabalho, de energia e de quantidade de calor 
equivalente ao trabalho realizado por uma força constante 
de 1 Newton, cujo ponto de aplicação se desloca da distância 
de um metro na direção da força. Símbolo J. 
 
Newton? 
Unidade de medida de força do Sistema Internacional, 
equivalente à força que transmite uma aceleração de um 
metro por segundo a um corpo com massa de um 
quilograma. Símbolo N. 
 
Dose equivalente (H) 
A dose equivalente (H) é uma medida da dose de radiação 
num tecido. Esta grandeza tem maior significado biológico 
que a dose absorvida, pois permite relacionar os vários 
efeitos biológicos de vários tipos de radiação. 
A sua unidade no Sistema Internacional é Sievert (Sv). 
O nome foi dado em homenagem ao médico sueco Rolf 
Maximilian Sievert (1896 – 1966) que estudou os efeitos 
biológicos da radiação. 
1 Sv = 1 J/kg = 1 m2 ·s –2 
 
Fatores de qualidade (Quality factors) (QF) 
A mesma dose absorvida pode produzir efeitos biológicos 
diversos. O risco para a saúde da exposição a uma dada 
radiação é expresso por fatores de qualidade QF. 
A dose equivalente obtém-se multiplicando a dose absorvida 
pelo fator de qualidade. Os fótons gama rápidos têm um 
fator de qualidade igual a 1, enquanto as partículas alfa têm 
fatores de qualidade próximos de 20. 
As partículas alfa podem ter um efeito destrutivo 20 vezes 
superior às partículas beta, para a mesma dose absorvida. 
 
Dose de radiação – Unidades antigas 
 
Exposição (X) 
O Roentgen (R) é uma unidade de exposição a radiações 
ionizantes. 
O nome foi dado como homenagem ao físico alemão Wilhelm 
Conrad Roentgen (1845 – 1923) que descobriu os raios X. 
É a quantidade de radiação necessária para libertar cargas 
positivas e negativas de uma unidade eletrostática de carga 
 17 
num centímetro cúbico de ar a pressão e temperatura 
normal. 
A unidade eletrostática de carga (statC) é a unidade de 
carga elétrica no sistema cgs de unidades. No Sistema 
Internacional a unidade de carga elétrica é o Coulomb (C). 
1 statC = 3.3356 × 10-10 C 
Especificamente, o Roentgen é a quantidade de radiação 
necessária para produzir 1,610. 1012 pares de íons num 
centímetro cúbico de ar seco a 0ºC. 
O Roentgen aplica-se apenas a radiações X e gama, no ar, 
até 3MeV. 
O Roentgen foi substituído pelo gray. 1 Gy = 100R. 
O rem (Roentgen Equivalent Man) (rem) é uma unidade de 
dose de radiação. 
O rem foi substituído pelo Sievert. 1 Sv = 100rem
 
Quadro – resumo 
 
Grandeza Unidade antiga ou especial Unidade SI Equivalência 
Atividade (A) Ci (Curie) Bq (becquerel) 1 Ci = 37 G Bq 
Exposição (X) R (roentgen) Gy (gray) 1 Gy = 100 R 
Dose de radiação Rem (roentgen equivalente man) Sv (sievert) 1 Sv = 100 rem 
Dose absorvida (D) Rad (Radiation Absorbed Dose) Gy (gray) 1 Gy = 100 rad 
Dose equivalente (H) Sv (sievert) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
T€cnicas para clculos de kV – mAs – mA 
T€cnica de Maron
kV = E x 2 + CF + 20
Onde:
E – espessura da regio a ser radiografada
2 – rela‚o numƒrica de kV necess„rios para cada 
cm de espessura
CF – ƒ a constante do filme ou grau de dureza em kV 
de acordo com o tamanho dos cristais de haleto de 
prata da emulso do filme (sensibilidade do filme).
20 – uma constante que expressa um valor m…nimo 
de penetra‚o (densidade)
Exemplo:
Calcular o kV para uma regio com espessura de 
15cm, utilizando-se um filme Sakura.
kV = E x 2 + CF + 20
kV = 15.2 + 8 + 20
kV = 30 + 8 +20
kV = 58
T€cnica de Mikissu
Nesta tƒcnica no ƒ utilizada a constante do filme, 
mas utiliza-se a constante K (constante do aparelho). 
Desta forma, o c„lculo ƒ feito da seguinte maneira:
kV = E x 2 + K
Onde: 
E – espessura da regio a ser radiografada
2 – rela‚o numƒrica de kV necess„rios para cada 
cm de espessura.
K – constante do aparelho (depende do tipo de 
aparelho) 
Exemplo: 
Calcule o kV necess„rio para radiografar uma regio 
com 9cm de espessura, sabendo que a constante do 
aparelho ƒ igual a 40.
kV = E x 2 + K
kV = E x 2 + 40
kV = 9.2 + 40
kV = 18 + 40
kV = 58
Clculo de miliamperagem (mAs)
Existem duas maneiras para efetuarmos esse 
c„lculo:
a) Conhecendo a mA e o tempo de exposi‚o.
b) Conhecendo a constante do aparelho e a 
constante miliamperimƒtrica de Maron (CM).
Caso (a)
mAs = mA . t
Exemplo:
Calcule a mAs para os seguintes casos:
a) 150mA e 0,02s
b) 250mA e 0,04s
c) 200mA e 0,01s
d) 300mA e 0,03s 
Resolu‚o:
mAs = mA . t
a) mAs = 150 . 0,02 mAs = 3
b) mAs = 250 . 0,04 mAs = 10
c) mAs = 200 . 0,01 mAs = 2
d) mAs = 300 . 0,03 mAs = 9
DICA PRƒTICA
† importante lembrar que mA e o tempo so inversamente 
proporcionais, isto significa que, se aumentarmos a mA, 
devemos diminuiro tempo de exposi‚o, para mantermos 
o mesmo mAs.
Exemplo:
200mA t = 0,03s
mAs = mA . t
mAs = 200 . 0,03
mAs = 6
Alterando o mA para 300, vamos manter o mesmo mAs, 
ento:
6 = 300 . t
t = 6 ‡ 300
t = 0,02s
Facilmente verificamos neste exemplo que, quando se 
aumenta a mA, ƒ preciso diminuir o tempo para que a 
mAs mantenha-se a mesma.
Caso (b) 
mAs = kV . CM
Neste caso, precisa-se conhecer o valor da CM o 
qual depende da regio que ser„ radiografada, em 
mƒdia, os valores da CM so os seguintes: 
Regi„o a ser radiografada CM
Tˆrax PA e Contrastes negativos 0,1 a 0,2
M‰sculos e V…sceras 1,5
Ossos e Contrastes positivos 1,7 a 2,0
Demais partes 0,4 a 0,5
Exemplo:
Tˆrax PA com espessura de 15cm K = 35 
CM = 0,1
Ento:
kV = E x 2 + K
kV = 15 . 2 + 35
kV = 65
mAs = kV . CM
mAs = 65 . 0,1
mAs = 6,5
Artifício (Dica prática)
Na pr„tica costuma-se aumentar 10kV ao valor do kV 
calculado e, quando isto ƒ feito, precisamos dividir a 
mAs por um fator 2. 
O artif…cio no deve ser usado em mamografia, 
ortopedia e concursos.
Neste caso temos:
kV = 65 + 10
kV = 75
mAs = 6,5 ‡ 2
mAs = 3,25
Arredondando a mAs para menos temos: mAs = 3
Concluso:
Tˆrax PA
Espessura 15cm, CM = 0,1 K = 35
75kV – 3mAS
Mo adulto
Espessura = 4cm CM = 0,5 K = 35
kV = 4 . 2 + 35
kV = 43
mAs = 43 . 0,5
mAs = 22,5
Aumentando o kV em 10, temos:
kV = 53
Como aumentando o kV em 10, temos que dividir 
mAs por 2. logo:
mAs = 22,5 ‡ 2
mAs = 11,25
mAs = 11
Concluso:
Mo adulto
Espessura 4cm CM = 0,5 K = 35
kV = 53 
mAs = 11
Supondo que para o caso de tˆrax PA, usando 
200mA. Nesta condi‚o, qual ser„ o tempo de 
exposi‚o?
Resolu‚o:
t = mAs ‡ mA
t = 3 ‡ 200
t = 0,0015s
Para este caso, a tƒcnica seria a seguinte:
kV = 75
mAs = 3
mA = 200
t = 0,0015s
Técnica geral de cálculo 
Cálculo da tensão (kV)
Corrente por segundo (mAs)
A fˆrmula dos fatores de exposi‚o radiogr„fica ƒ 
uma ferramenta ‰til para a obten‚o dos valores 
aproximados da tenso (kV) e da corrente por 
segundo (mAs) necess„rias em uma exposi‚o 
radiogr„fica.
Os c„lculos propostos aplicam-se as regiŠes do 
corpo de espessura igual ou superior a 10cm. Para 
as regiŠes com espessuras menores que 10cm, 
como no caso das extremidades.
Para obter os valores ideais de uma dose de 
exposi‚o radiogr„fica exigem do profissional de 
tƒcnicas radiolˆgicas conhecimentos dos princ…pios 
f…sicos envolvidos na produ‚o dos raios X.
Fatores geomƒtricos da exposi‚o
Magnifica‚o
Distor‚o das imagens 
Conhecimentos de anatomia humana 
Principais altera‚Šes patolˆgicas que interferem na 
densidade dos ˆrgos ou da regio em estudo. 
Parâmetros para utilizar a formula geral
DFF 1 metro
Grade Razo 8:1
Filmes / Ecrans Verdes
Aparelho Calibrado
Espessura Medida para cada regio 
Retifica‚o Trif„sica (6 pulsos / ciclo)
† poss…vel atribuir ao equipamento radiolˆgico uma 
constate denominada “C” relacionada com o 
potencial de rendimento do equipamento. 
A constante “C”, dentro dos parmetros 
anteriormente descritos, equivale a 20 e ser„ sempre 
utilizada nos c„lculos da formula da dosagem.
Calculo da tens„o (kV)
† obtido com a medida da espessura do ˆrgo ser„ 
radiografada, multiplicada por 2 e somada com a 
constante “C” do equipamento igual a 20 ou o menor 
kV do aparelho.
E . 2 + C = kV
E – Espessura da regio a ser radiografada
2 – n‰mero constante multiplicador
C – Constante do aparelho 20
Calculo da corrente por segundo (mAs)
† obtido a partir do valor da tenso multiplicadora por 
uma constante denominada constante 
miliamperimƒtrica regional (CMR) 
kV . CMR = mAs
CMR – ƒ atribu…do aos diferentes ˆrgos do corpo 
humano.
Constante miliamperim€trica regional
TECIDO CMR
Ossos 1,0
Partes moles 0,8
Pulmo 0,05
Sele…„o da mA
A sele‚o da mA depender„ do paciente e da regio 
a ser radiografada.
Paciente contribui
Sim mA baixo Tempo alto 
No mA alto Tempo baixo
Regi„o a ser radiografada apresenta “detalhes”
Sim mA baixo Tempo alto
No mA alto Tempo baixo
Regi„o a ser radiografada apresenta movimentos 
involuntrios
Sim mA alto Tempo baixo
No mA baixo Tempo alto 
Exercˆcios de fixa…„o 
1. Descreva o significado de cada elemento da equa‚o da tƒcnica de Maron:
2. Descreva o significado de cada elemento da equa‚o da tƒcnica de Mikissu:
3. Descreva o significado de cada elemento da equa‚o da tƒcnica de c„lculo de mAs caso a):
4. Descreva o significado de cada elemento da equa‚o da tƒcnica de c„lculo de mAs caso b):
5. Descreva o significado de cada elemento da equa‚o da tƒcnica geral de c„lculo da tenso:
6. Descreva o significado de cada elemento da equa‚o da tƒcnica geral de c„lculo da corrente por segundo:
7. Qual mAs ter„ uma radiografia feita com 950mA e 0,5s.
8. Calcule o valor da mAs para 100mA e t = 0,3s.
9. Calcule o valor da mAs para 500mA e t = 0,08s.
10. Para realizar um exame de abdŽmen simples em um paciente com 27,8cm de espessura, sabendo-se que a CF ƒ de 
ƒcran sem chassis e mA 150 com tempo de exposi‚o de 0,04s. Calcule os fatores do problema. 
11. Calcule 18cm DAP de um tˆrax, onde a constante do aparelho ƒ 29. Qual ser„ o valor do kV:
12. Um exame de pelve com DAP de 51,6cm e CF de filme dupont 0. Sabendo que o de mA 250 e t = 0,7s. Qual kV e mAs 
deste c„lculo?
13. Neste caso espessura de 22cm, K = 57, CM = 1,7. Calcule:
14. Determine os valores do kV, K, e mA em fun‚o dos seguintes dados:
a) E = 13,7cm, mAs = 3,0, t = 0,012s e CM = 1,5
b) E = 17,9cm, mAs = 5,5, t = 0,07s e CM = 0,2
15. O kV final a ser considerado em uma radiografia de uma paciente que apresenta espessura igual a 22cm de tˆrax e no 
aparelho existem trs tipos de valores de quilovoltagem utilizando o conhecimento tƒcnico para o c„lculo. Considere o valor 
de kV de maior viabilidade kV = 21, kV = 25,5 ou kV = 28 para determinar o K no c„lculo:
16. Utilizando a tƒcnica de c„lculo geral. Calcule o kV para 18cm e 21,9cm de espessuras:
17. Utilizando a tƒcnica de c„lculo geral. Calcule o kV para 11,5cm e 0,9cm de espessuras:
18. Utilizando a tƒcnica de c„lculo geral. Calcule o mAs sabendo que o kV = 35 e o CMR ser„ de tecido ˆsseo:
19. Utilizando a tƒcnica de c„lculo geral. Calcule o mAs sabendo que o kV = 55.5 e o CMR ser„ de tecido pulmonar:
20. Utilizando a tƒcnica de c„lculo geral. Calcule o kV e o mAs respectivo das espessuras 10cm, 5cm , 14,8cm, 36cm e
58cm sabendo que o CMR ser„ de relativo a seguinte seqncia CMR= 0,8 (10cm), CMR= 0,8 (5cm), CMR= 0,05 (14,8cm), 
CMR= 1,0 (36cm) e CMR= 1,0 (58cm),
 20 
Conceito de Radiação e Radioatividade 
Radiação é a transferência de energia 
 
Radioatividade é a emissão de partículas e energia, com 
intuito de atingir a estabilidade eletrônica. 
 
Fatores que afetam a qualidade da Imagem 
O fog ou véu é causado pela radiação secundária e 
representa um escurecimento (aumento de densidade 
indesejável) da radiografia. Aumenta a densidade e reduz o 
contraste de uma radiografia, podendo prejudicar a realização 
do diagnóstico. 
 
Velamento em decorrência de condições de estocagem 
insatisfatória, filmes usados depois de expirada a data de 
validade, chassis defeituosos que permitem a entrada de luz, 
falhas na câmara escura e processamento – BAIXO 
CONTRASTE. 
 
Ruído é um efeito que pode degradar significativamente a 
qualidade de uma imagem. A influência do ruído em uma 
imagem pode ser medida pela relação sinal-ruído. 
O ruído é geralmente causado pelos seguintes fatores: 
Variação da intensidade da fonte de raios X 
Variação de brilho da imagem de saída do intensificador de 
imagens 
Variação dos tons de cinza da imagem. 
A relação sinal-ruído representa o quanto o ruído prejudica a 
informação contida em uma imagem. Quanto maior o seu 
valor, menor a influência prejudicial causada pelo ruído. 
Também visualmente tremura ou granulação da imagem. 
 
Artefato é qualquer coisaque aparece na imagem que não faz 
parte do objeto radiografado. 
Os artefatos também são caracterizados por uma distorção 
ou um erro na imagem que não tem nenhuma relação com o 
objeto estudado. 
Algumas das causas dos artefatos são: 
Movimento (voluntário ou involuntário) do paciente. Ocorre 
quando o paciente movimenta-se durante a aquisição. 
Presença de corpos metálicos dentro do paciente. 
Objetos metálicos absorvem os raios X. 
Em um paciente, objetos metálicos, tais como obturações 
dentárias, próteses cirúrgicas e clipes absorvem os raios X, 
resultando em perfis projeções incompletas. 
Esta extrema perda de dados resulta no aparecimento de 
artefato em forma de estrela. 
 
 
Qualidade Radiográfica 
Fatores do filme Fatores geométricos Fatores do objeto 
Curva característica Contraste 
Densidade 
Contraste 
Velocidade 
Latitude 
 
Distorção 
Magnificação 
Borramento 
Espessura 
Densidade 
Número atômico 
Processamento 
Tempo 
Temperatura 
 
 
Principais fatores na produção da imagem radiográfica 
Radiografia tecnicamente boa é aquela que apresenta um 
máximo de detalhe, um mínimo de distorção e um grau médio 
de contraste e densidade. 
Detalhe 
Distorção 
Contraste 
Densidade óptica 
 
Ecrans e ou telas Intensificadores 
Constituem de uma camada de micro cristais de fósforo 
aglutinados. Toda vez que um cristal de fósforo absorve um 
fóton de raios-x, ele emite um “jato” de luz. Durante a 
exposição ocorrem milhares de “jatos” em cada milímetro 
quadrado. Quanto maior for à intensidade dos raios-x, maior a 
intensidade de luz emitida. 
Os ecrans reforçadores são compostos por uma lâmina de 
cartolina ou plástico coberto por uma camada de cristais. 
A importância do écran na redução significativa da dose de 
exposição aos raios x resulta inicialmente da baixa eficiência 
do processo de formação de imagem por exposição direta aos 
mesmos. A propriedade do écran de emitir luz quando exposto 
aos raios x chama-se fluorescência. A propriedade de brilhar 
por certo tempo na obscuridade sem espalhar calor chama-se 
fosforescência. 
 
Tipos de ecrans 
Tungstato de cálcio: Serve para filme de luz azul. Elementos de 
“TERRAS RARAS”: serve para os filmes de luz verde e azul. 
O termo “Terras Raras” descreve elementos minerais pouco 
encontrados na natureza: 
Écran regular Rápidos 
Médios 
Lentos 
Écran comum Tungstato de cálcio 
Platinocianeto de bário 
Écran terras raras Oxissulfeto de gadolínio 
Oxissulfeto de Lantânio (ativado por térbio – luz verde) 
Écran terras raras Lantânio de Ítrio 
(ativado por nióbio – luz azul) 
 21 
Chassis 
São caixas com a função de receber o filme dentro da câmara 
escura. É dentro dele que o filme é exposto aos raios X e dele é 
retirado para a revelação. 
 
 
 
Características dos chassis 
Parte anterior esta face é de alumínio radiotransparente, por 
onde penetram os raios X é onde se forma a imagem. 
Parte posterior esta face é revestida de uma lâmina de 
chumbo, que é a base antidifusora de raios X, ou seja, onde os 
raios X são paralisados em torno da proporção de 95%. 
 
Tipos de chassis 
Os modelos de chassi variam entre vários tipos 
Plástico 
Polietileno 
Alumínio 
A durabilidade de um chassi é superior a 3 anos. 
Histórico dos Filmes Radiográficos 
 
Princípios da Formação da Imagem radiográfica 
Os filmes radiográficos surgiram com a descoberta dos raios 
X, mas sempre existiu uma interligação com o 
desenvolvimento das imagens fotográficas. 
 
 
 
Em 1826, o francês Joseph Nicephore Niepce fez a primeira 
imagem fotográfica permanente. 
Através da exposição de um material sensível à luz colocado 
dentro de uma grande câmera escura equipada com lentes e 
espelho, Niepce traçou a imagem refletida pelo material 
sensível, fazendo assim, a primeira imagem fotográfica 
permanente. 
 
Desde então, vários estudos foram realizados para 
estabelecer qual o melhor material para registrar as imagens 
fotográficas (emulsão), além do melhor suporte ou base para 
esse material. 
O brometo de prata foi largamente utilizado como emulsão e 
chapas de vidro, gelatinas e papéis foram usados como 
suporte ou base. 
 
 
 
Em 1896, Carl Schleussner fabricou a primeira chapa para 
registrar imagens de raios X a pedido de Roentgen. A chapa 
continha uma única camada de emulsão mais espessa do que a 
chapa fotográfica, pois a emulsão era pouco sensível aos raios 
X. A partir de 1914, com a Primeira Guerra Mundial, os filmes de 
raios X tornaram-se cada vez mais populares. O vidro que era 
utilizado na fabricação das chapas importadas da Bélgica. 
Porém com o envolvimento deste país com a Guerra, o 
suprimento de vidro para o mundo acabou sendo cortado. 
Devido a essa falta de fornecimento de vidro, o estudo dos 
filmes na radiologia obteve grande avanço. 
Atualmente, os filmes de raios X diagnóstico são, basicamente, 
constituídos por uma base de poliéster tingida de azul, coberta 
em um ou ambos os lados por uma emulsão gelatinosa 
contendo diversos grãos de haletos de prata sensíveis à luz 
verde. 
 
A Luz 
É a energia radiante em forma de partícula emitida sob certas 
circunstâncias pelos átomos e que pode ser detectada pela 
nossa retina. 
 
 22 
O Quantum 
A emissão dessa energia pelos átomos não se dá de uma 
maneira contínua, mas aos saltos, em pequenas quantidades 
denominadas quanta. É o chamado salto quântico da Física 
quântica; logo, dizemos que a energia é quantizada ou discreta 
ao invés de contínua. 
 
O Fóton 
Um "quantum" dessa energia quantizada radiante é chamado 
de fóton. Foi Einstein quem designou o termo "fóton" para 
representar o quantum da luz. 
 
O primeiro estágio da formação da imagem latente é a 
absorção de fótons de luz pelos íons de brometo de prata. 
Não conseguimos distinguir os grãos modificados devido à luz 
que receberam dos grãos não expostos. 
No entanto, os grãos expostos são muito mais sensíveis à ação 
do revelador químico. 
A distribuição desses grãos invisíveis no filme que foram 
ativados pela luz é que formam a imagem definitiva. 
 
O filme radiográfico é um conversor de imagem, pois converte 
luz em diversos tons de cinza. 
A exposição necessária para produzir uma imagem depende da 
sensibilidade ou da velocidade do filme. 
Um filme de alta velocidade resulta em menor dose para o 
paciente, mas por outro lado pode degradar a qualidade da 
imagem. 
 
 
 
Grãos de um Filme 
Um filme lento, com grãos menores e maior nitidez. 
Um filme médio, com boa sensibilidade e nitidez relativa. 
Um filme rápido, pelo tamanho de seus grãos, não 
proporciona grandes ampliações. 
 
Os filmes analógicos são compostos basicamente por base, 
emulsão e camada protetora que ficam superpostas por 
várias camadas. 
A estrutura básica de um filme radiográfico pode ser vista na 
figura 
 
 
A base, ou suporte, é geralmente constituído de poliéster e 
possui espessura muito fina. 
A base é dotada de espessura uniforme, sendo desprovida de 
irregularidades para que cada camada fotossensível possa ser 
distribuída por igual. 
A camada protetora é a película que cobre a emulsão para 
protegê-la contra a abrasão e o atrito possui espessura de 
aproximadamente 1µm. 
 
A emulsão é composta de 
Haletos, 
Halogenetos 
Brometos de prata suspensos em gelatina. 
A gelatina permite a distribuição uniforme dos cristais de 
haleto de prata para uma resposta puntiforme e a penetração 
dos produtos químicos de revelação nos cristais para a 
formação da imagem, sem diminuir sua firmeza e constância. 
A espessura da emulsão é de aproximadamente 10µm. 
Na radiografia convencional o receptor radiográfico consiste 
do filme em contato com duas telas intensificadoras que 
formam o conjunto tela-filme. 
 
O conjunto é disposto dentro de cassete conforme 
demonstrado na figura 
 
 
Acessórios utilizadosem câmara clara e câmara escura 
Quais os acessórios básicos para montar uma câmara 
escura? 
Processadora automática de filmes e seus tanques de 
químicos e uma mesa de apoio da processadora. Serviços de 
pequeno porte podem ter um tanque com três cubas para 
revelação. 
 
 23 
A sala deve possuir uma lanterna de segurança que esteja 
posicionada a pelo menos 1,5 metros de distância do balcão de 
manipulação dos filmes. Deve ter um exaustor, um 
identificador radiográfico que pode ser eletrônico ou então 
uma coleção de números de chumbo para identificar o 
paciente e a incidência da chapa (D e E, AP e PP)*. 
Deve possuir um tanque para limpeza dos racks de tamanho 
compatível com os mesmos. 
 
* Códigos e siglas em radiologia normalmente obedecem a 
convenções universais. Podem ocorrer algumas 
particularidades habituais em cada instituição no setor de 
radiologia. 
 
Elementos integrantes de uma câmara escura 
Parte Seca 
Manipulação de Filmes, Identificação das películas, Carga de 
Chassis, etc. 
 
Parte Úmida: 
Destinada ao desenvolvimento do processo de revelação 
 
Grade antidifusora 
A grade antidifusora é, em geral, constituída por tiras de 
chumbo separadas por um material radiotransparente e está 
concebida para absorver os fótons espalhados. 
A bandeja do Bucky é constituída pelo suporte do chassi, por 
uma superfície de apoio e por um mecanismo para 
movimentar a grade de modo a evitar a formação de linhas da 
grade na imagem. 
 
 
 
O processo de fabricação de grades permite a produção de 
diversos tipos de grades para diferentes aparelhos, entre eles 
aparelhos de raios-X, para chassis, para arcos cirúrgicos 
(intensificadores de imagem), aparelhos de hemodinâmica, 
mamógrafos, entre outros. 
Para especificar uma grade, precisamos conhecer quatro 
parâmetros: 
Distância focal 
Relação 
Número de linhas 
Tamanho da grade 
 
Distância focal 
Leva em consideração a distância entre o foco e o filme 
geralmente varia entre 90 a 1,80cm. 
Relação 
Indica o coeficiente de filtragem da grade antidifusora que 
pode variar de acordo com suas determinadas especificações. 
Número de linhas 
Indica a densidade de filtro, expresso em linhas por polegada 
ou linhas por centímetro pode variar de 60 a 170 linhas por 
polegada. 
Tamanho da grade 
Varia muito de acordo com a utilização, podendo ser do 
tamanho do chassi, do intensificador de imagem ou 
dependendo do padrão das fábricas de aparelhos de 
radiologia. 
Como os raios X são divergentes, para que as estruturas não 
sofram uma magnificação excessiva, conforme demonstrado 
na figura, é necessário manter uma distância mínima. 
A distância mínima utilizada para realização desse exame é de 
1,50 m e máxima 2,00 m, sendo adequada uma distância de 
1,80 m. 
No caso de raio X de tórax especificamente as demais 
incidências sempre serão a um metro distância fonte objeto a 
ser radiografado. 
 
 
 
A seleção de um ponto focal pequeno em um tubo de raios X de 
duplo foco resultará em menos borramento ou imprecisão da 
imagem devido ao efeito de penumbra da imprecisão 
geométrica. 
Entretanto, mesmo com o menor ponto focal possível, ainda 
assim haverá alguma penumbra. 
A divergência dos feixes de raios X é um conceito básico, 
porém importante para se compreender o posicionamento 
radiográfico em um estudo. Isso ocorre porque os fótons de 
raios X produzidos no tubo se propagam por uma janela. 
 24 
A janela é limitada por colimadores ajustáveis à incidência de 
interesse. 
Dessa forma, quanto maior for o campo de colimação, menor 
será distância do foco ao filme utilizado e maior será o ângulo 
de divergência nas margens externas, o que aumenta o 
potencial de distorção. 
O feixe de raios X é emitido a partir de uma região do ânodo 
conhecida como ponto focal. 
O tamanho do ponto focal é um parâmetro que deve ser 
considerado ao se realizar um exame radiográfico. 
 
Aspectos Gerais sobre as telas intensificadoras 
As telas intensificadoras fluorescentes, ou ecrans, são 
acessórios usados em conjunto com os filmes radiográficos 
como um artifício para melhorar o nível de sensibilização do 
filme. Para a realização dos exames, os filmes são protegidos 
contra a ação da luz por um invólucro denominado chassi, o 
qual, também, abriga os ecrans. 
 
Ecrans e terras raras 
 
 
 
O tungstato de cálcio era empregado em écran radiológico 
com eficiência 3 a 5% de conversão de raios X a luz. 
Foram desenvolvidos materiais a base de fósforo (terras 
raras) elementos químicos naturais raros. 
Vantagem do écran de terras raras sobre o écran 
convencional 
O écran de terras raras tem a vantagem sobre o écran de 
tungstato de cálcio na questão da velocidade e resolução da 
imagem. Adicionado a isso, dobra-se a vida útil da ampola. 
ÉCRAN DE TERRAS RARAS = LUMINOSIDADE VERDE-AMARELADA 
ÉCRAN DE TUNGSTATO DE CÁLCIO = LUMINOSIDADE AZUL 
 
Écran fluoroscópico 
Formado por micro cristais de sal de tungstato de cálcio ou de 
terras raras = gadolínio (funciona como agente emissor de luz 
que são aplicados em base de cartão coberto com uma resina 
de proteção sob uma camada com uma propriedade refletora 
a fim de emitir luz do écran no filme). 
 
Característica do écran 
Papelão 
Plástico 
Cartolina 
Durabilidade do écran = 10 anos em média 
Durabilidade recomendável para uso do écran = 2 anos em 
média 
 
Equipamentos utilizados no setor de radiologia 
A principal coisa que devemos saber são as diferenças dos 
equipamentos e acessórios utilizados. Pois cada um tem sua 
especificidade. 
Destes equipamentos o intensificador de imagem tem algum 
diferencial dos outros aparelhos de raios x. 
Que é a inversão da ampola. 
 
Intensificador de imagem e esquema operacional 
 
 
As imagens captadas passam para um monitor ou monitores 
que transmitem as imagens digitalizadas em tempo real para 
visualização. 
 
 
 
 25 
 
 
Equipamento convencional de Raios X com mesa 
basculante 
 
 
 
Tipo de equipamento de RX que tem a capacidade de fica na 
vertical para realização de exames geralmente contrastados. 
 
Tipos de Equipamentos 
Alguns tipos de equipamentos que emitem Raios-X são os 
seguintes: 
 
Equipamentos Móveis de Raios – X: São equipamentos de 
baixa potência que produzem níveis baixos de radiação 
espalhada. Utilizados em unidades onde o paciente não pode se 
deslocar até a sala de RX. (chamados de RX no leito) 
 
 
 
Equipamentos Fixos de Raios – X (Radiologia): São 
equipamentos de alta potência que produzem níveis altos de 
radiação espalhada. São as salas de RX. 
 
Equipamentos Fixos de Raios – X (Hemodinâmica): São 
equipamentos de fluoroscopia de alta potência similares aos 
utilizados na Radiologia, mas como são utilizados por um 
tempo maior (tempo de exposição) produzem níveis de 
radiação espalhada superiores aos verificados nos 
equipamentos fixos da radiologia. 
 
 
 
Outros Equipamentos: Tomografia, Densitometria Óssea (por 
RX), Litotripsia, Radioterapia. 
 
Não emitem Raios-X: Ressonância Magnética, Ecografia, 
Endoscopia, Ultra Som. 
 
Monitor de Radiação 
Diretamente o monitor de radiação não fornece nenhuma 
proteção adicional ao usuário, porém seu uso é de suma 
importância para que o usuário saiba se está recebendo maior 
ou menor dose de radiação, podendo assim rever seus 
procedimentos de proteção. Portanto pode-se dizer que o 
monitor de radiação oferece uma proteção indireta. 
 
Planigrafia ou Planigrafia linear 
Método de radiografia de planos de corte por um movimento 
paralelo recíproco dos tubos de raios X e do filme. 
 
 
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Colgaduras 
São suportes geralmente feitos de aço que servem para 
prender os filmes, onde os mesmos secam após o contato com 
os líquidos reveladores. Normalmente ocorrendo esse 
processo na revelação manual.

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