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Estudo_ há 4 bilhões de anos, Terra seria parecida com lua de Júpiter

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http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/estudo-ha-4-bilhoes-de-anos-terra-seria-parecida-com-lua-de-
jupiter,5cab67ee16651410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html 
25 de Setembro de 2013•15h32 
Estudo: há 4 bilhões de anos, Terra seria parecida com lua de Júpiter 
 
Um estudo divulgado nesta quarta-feira afirma que, antes de formar placas tectônicas, a Terra pode ter sido 
muito similar à lua Io, de Júpiter. A pesquisa pode responder a uma questão da geologia, conhecida como 
paradoxo do Arqueano. O estudo foi divulgado nesta quarta-feira na revista especializada Nature. 
Acredita-se que Terra e a Lua se formaram há cerca de 4,5 bilhões de anos, quando dois protoplanetas 
colidiram no Sistema Solar. O choque dos dois corpos e a consequente "liberação" dos núcleos quentes 
geraram uma imensa quantidade de calor e uma grande quantidade de elementos radioativos deve ter feito 
com que a temperatura continuasse alta por muito tempo. Essa era é chamada de Hadeano e desse éon 
temos apenas cristais como registro. As primeiras rochas conhecidas datam de cerca de 4 bilhões de anos, do 
éon chamado de Arqueano. Contudo, essas pedras indicam que, durante esse período geológico, a crosta 
continental profunda do planeta (as rochas que formam os continentes) era tão quente quanto hoje em dia, o 
que não faz sentido. Segundo os cientistas, essa característica é por vezes chamada de paradoxo do 
Arqueano. Agora, o estudo de pesquisadores dos Estados Unidos oferece uma solução para o problema. 
William B. Moore (Universidade Hampton) e A. Alexander G. Webb (Universidade do Estado da Louisiana) 
criaram um modelo computacional baseado nos registros geológicos que propõem que a Terra nesse período 
seria semelhante à lua Io, de Júpiter. Em outras palavras, o planeta teria "tubos" que transportariam o calor do 
interior da Terra para a crosta, assim como os vulcões do satélite natural. O magma seria transportado tão 
rapidamente que não passaria boa parte do calor para a crosta. Isso explicaria como a Terra "infernal" dos 
primórdios do planeta perdeu boa parte de sua temperatura. 
"Um exemplo de corpo terrestre com um fluxo de calor na superfície maior do que a Terra moderna é a lua de 
Júpiter Io. Ao invés de perder calor por placas tectônicas mais vigorosas, Io por sua vez transporta cerca de 40 
vezes o fluxo de calor da Terra de seu interior para a superfície através do vulcanismo", dizem os 
pesquisadores no artigo divulgado hoje. 
Hoje a superfície do planeta é redesenhada por um processo chamado de tectônica de placas. Novas 
superfícies (em geral nos oceanos) são formadas quando o limite de uma placa "escorrega" por baixo de outra, 
em um processo chamado de subducção. Segundo o modelo de Moore e Webb, esse processo começou no 
nosso planeta somente na metade do Arqueano, sendo até então dominante o modelo dos "tubos de calor", no 
qual há pouco - ou nenhum - movimento horizontal. 
O estudo dos pesquisadores dos Estados Unidos joga lenha em um debate sobre como eram os primórdios do 
nosso planeta. Outros recentes modelos teóricos indicam o outro caminho, a viabilidade da subducção em uma 
Terra muito mais quente - em um processo que seria muito mais rápido do que ocorre hoje em dia.

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